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Conhecendo o atual cenário da AP na região em estudo, no qual há o envolvimento de diferentes segmentos de ação com o mesmo grau de importância, tendo de um lado, pesquisadores e empresas que desenvolvem soluções para a aplicabilidade da técnica e, de outro lado, usuários e implementadores dessas soluções, ou seja, agricultores diretamente ligados à produção; acredita-se que diferentes opiniões possam ser formadas sobre a AP e a sua viabilidade prática. Por isso, a metodologia do trabalho envolveu visitações e entrevistas aos diferentes segmentos de mercado ligados a esta tecnologia, a fim de comprovar e/ou corroborar as hipóteses pré-estabelecidas.

Para a melhor compreensão das atividades realizadas, o estudo prático foi organizado em dois diferentes momentos. Primeiro, realizou-se visitações a empresas prestadoras de serviços em AP da Região Noroeste do Estado do RS e, posteriormente entrevistas com agricultores utilizadores desta tecnologia nos municípios estabelecidos criteriosamente para o estudo: Augusto Pestana, Catuípe, Coronel Barros, Ijuí, Jóia e Santo Augusto.

3.1.1 Visita a empresas prestadoras de serviços: COTRIJUÍ e AGROPLAN

Com o intuito de verificar a aplicabilidade das técnicas de AP na Região Noroeste do RS, procedeu-se com a análise de dados da prestação de serviços de duas empresas do ramo agrícola, a Cotrijuí e a Agroplan, que atendem os principais municípios da Região Noroeste.

A Cotrijuí, com sede em Ijuí (RS), é uma Cooperativa Agropecuária & Industrial que vem fomentando a criação de grupos de produtores, bem como a criação de programas com a finalidade de orientar os produtores na adoção das práticas de manejo mais ajustadas a sua realidade, cujo objetivo é levar até eles os pressupostos da sustentabilidade. Como exemplo, descreve-se o PARC – Programa de Agricultura de Resultados Cotrijuí, que, acima de tudo, proporciona aos extensionistas o uso de ferramentas sofisticadas que contribuem para a utilização racional dos insumos.

A Agroplan é uma empresa de serviços agrícolas, com matriz em Panambi (RS), especialista em AP. Possui como missão planejar, executar e coordenar ações estratégicas relacionadas ao agronegócio, prestando serviços e ajudando o produtor rural a semear novas tecnologias no Brasil inteiro, a medida em que ganha outros estados como Mato Grosso (MT) e Santa Catarina (SC).

Inicialmente, no mês de janeiro de 2012, procedeu-se com uma visita as referidas empresas, na qual apresentou-se a proposta de trabalho e importância do estudo, tendo a ciência e o aceite de participação na pesquisa. As visitações seguintes, de fevereiro a março de 2012, tiveram o propósito de realizar o levantamento de dados da prestação de serviços, de ambas as empresas, no período de 2009 a 2011, no Estado do RS.

Para a análise específica da Região Noroeste do RS, objeto do estudo, identificou-se, entre os dados fornecidos pelas empresas, municípios que fizessem parte desta região. Os dados foram descritos em tabelas e gráficos, nos quais a análise estatística teve como objetivo verificar a evolução da aplicabilidade desta tecnologia, de 2009 a 2011, na tentativa de elucidar e dar ênfase aos reflexos, para o desenvolvimento regional, da utilização da AP.

Além disso, com o propósito de evitar viés no estudo em relação à prestação de serviços na AP, foram escolhidos municípios de atendimento comum de ambas as empresas, para que se pudessem realizar entrevistas com os produtores, passo seguinte da metodologia do estudo. Neste sentido os municípios pré-estabelecidos foram Augusto Pestana, Catuípe, Coronel Barros, Ijuí, Jóia e Santo Augusto, nos quais foram identificados produtores de diferentes ordens econômicas a fim de contribuir, significativamente, com a pesquisa respondendo um questionário, que traduzisse transparentemente a realidade da AP na região, conforme explicação que segue.

3.1.2 Entrevista com produtores rurais dos municípios de Augusto Pestana, Catuípe, Coronel Barros, Ijuí, Jóia e Santo Augusto.

Para analisar por completo o cenário da AP procedeu-se com a investigação do segundo segmento de ação da tecnologia: os usuários e implementadores das técnicas, ou seja, os agricultores. Por estarem diretamente ligados à produção, pretende-se analisar a opinião dos produtores a respeito da AP e a sua viabilidade prática para, no final do trabalho de pesquisa, realizar comparações com os dados obtidos pelas empresas prestadoras de serviços e os dados referenciados por diferentes autores na literatura a cerca da evolução da tecnologia e os impactos na região.

Foi elaborado um questionário padrão com perguntas sobre a AP visando investigar a sua aplicabilidade na Região Noroeste, as quais nortearam o roteiro para a entrevista com os agricultores que utilizam a AP, conforme Anexo 01. Os 20 agricultores atendidos pelas empresas que fazem parte do estudo, em cada município visitado, foram escolhidos

aleatoriamente, através de sorteio, para que não fossem obtidos resultados tendenciosos. As visitações e entrevistas se deram nos meses de março, abril e maio de 2012.

Por conseguinte, depois de concluída a coleta de dados, procedeu-se com a análise das entrevistas e dos resultados obtidos, no sentido de identificar os principais impactos da AP entre os agricultores que fazem uso desta tecnologia. Através de um estudo quantitativo, os dados foram tabulados e trabalhados estatisticamente buscando-se verificar os reflexos da aplicabilidade da AP nos municípios em estudo. Além disso, a seguir será feita a análise descritiva do estudo, na qual os resultados práticos e a literatura serão comparados, a fim de se avaliar quais são os reflexos da aplicabilidade da AP na Região Noroeste gaúcha.