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MODELAGEM DINÂMICA E ANÁLISE PARAMÉTRICA DA RIGIDEZ MAGNÉTICA EM UM MANCAL MAGNÉTICO RADIAL (RMB)

D. SANTOS, R. TRENTINI; O. REICHOW; Instituto Federal de Santa Catarina – IFSC

Campus Jaraguá do Sul - Rau rodrigo.trentini@ifsc.edu.br

RESUMO: Este trabalho apresenta a modelagem dinâmica e variação de parâmetros físicos (área do polo, entreferro e corrente de base) que alteram a rigidez magnética de um Mancal Magnético Radial (RMBs - Radial Magnetic Bearings) Ativo Heteropolar de 8 pólos. Os parâmetros foram analisados através de cubos espectrais para uma melhor visualização do problema e também foi verificada a saturação do mancal. Por fim, mostra-se que uma corrente de controle com a mesma magnitude da corrente de base é atingida com área mínima do polo e entreferro s0= 528 µm. Estes resultados visam uma futura construção e controle de um protótipo.

Palavras-chave: Mancal Magnético Radial, Rigidez Magnética, Sensibilidade Estática. Instituição de fomento: IFSC

1 INTRODUÇÃO

A maioria das máquinas elétricas utiliza rolamentos mecânicos convencionais sujeitos a perdas de torque, aquecimento e a chamada zona morta devido ao atrito estático. Isso impõe uma barreira ao desenvolvimento de motores mais eficientes e limitações a aplicações especiais como vácuo extremo, ambientes explosivos, ou na robótica (SICILIANO, 2016).

RMBs são empregados para tais aplicações devido à falta de contato mecânico (fricção), principalmente quando são necessárias altas velocidades. Existem vários tipos e configurações possíveis para RMBs, desde passivos - que são compostos apenas de ímãs permanentes - até os rolamentos magnéticos ativos mais sofisticados. Um RMB ativo heteropolar de 8 pólos, Fig. 1 (dir.), compõe uma das configurações mais simples,

2 METODOLOGIA

Este estudo parte do equacionamento da dinâmica em cada mancal, que advém do cálculo da força magnética em cada um dos circuitos magnéticos em modo diferencial. Nos circuitos alinhados à direção horizontal x, é estabelecida uma corrente de base invariante no tempo nos enrolamentos com voltas para a condição de equilíbrio inicial do rotor. A estes mesmos núcleos há enrolamentos com voltas em que são aplicadas correntes de controle de magnitude de forma a reforçar o fluxo magnético do enrolamento de base em um dos circuitos e enfraquecer no seu oposto produzindo uma força resultante no rotor. A mesma lógica aplicada à direção vertical permite o controle da posição do rotor nas direções radiais ao eixo, omitindo-se na direção axial.

A força magnética , é escrita em função do deslocamento do entreferro e da

corrente de controle na forma linearizada,

e possui os parâmetros. São respectivamente, a permeabilidade do ar, área do polo, entrefero e o ângulo entre a normal ao entreferro e eixo de simetria do atrator. A dinâmica do sistema considera um rotor-eixo rígido, vinculando o movimento deste em relação aos dois mancais A e B.

deslocamentos do centro de massa do rotor x e y e os ângulos de Euler α (relacionado à arfagem do eixo) e β (relacionado à guinada), que são combinados no vetor de estado " = [&, , −(, )]+e a dinâmica do rotor é então dada por:

,"-+ ."/ + 0120+ 3 " = 014, (2)

Para uma análise de sensibilidade estática, as matrizes M (inércia), Giroscópica) estão multiplicando termos nulos. À matriz de entrada B, cujos parâmetros são relacionados a geometria do eixo, (correntes de controle), Kie Ks(rigidez magnética), identificados por:

observou-se a variação das correntes de controle em função de (entre 5,18 e 36,2 µm2), (entre 336 e 624 µm) e (entre 2,5 e 5,5 A). Apresentados através de um cubo espectral e verificou-se se as correntes mais intensas atingem o limite de saturação do núcleo.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na análise são considerados 3 pontos de operação distintos a partir dos deslocamentos verticais dos mancais A e B (0, -240 e +240 µm).

Pode-se observar que o segundo cubo da Fig. 2 é o pior caso pois deve compensar a força da gravidade. Nele, a corrente de controle (i ≈ 2,92 A) com a menor corrente de base ocorre com área mínima do polo e entreferro máximo. No entanto, observe que esta corrente de controle é maior do que a de base e isso não é recomendado pois introduz singularidades ao sistema. A partir da análise desses resultados, chegou-se em resultados para a situação limite sem que haja singularidade com área mínima e entreferro de 528 µm. Contudo, em cada uma das posições há faixas de valores que evitam singularidades e são, teoricamente, adequadas.

A análise de saturação, ainda, simula o maior valor de corrente para toda as bobinas (2,5 A) chegando a valores inferiores a 1,1T.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

São apresentados alguns parâmetros construtivos de um RMB, que podem variar para alterar sua rigidez magnética, influenciando sua eficiência energética e controle. A modelagem dinâmica RMB indica como obter a matriz de rigidez magnética Ks. Em seguida, três parâmetros são variados, para observar a magnitude dacorrente de controle. Os resultados são

apresentados em um cubo espectral para facilitar a visualização. Três simulações são realizadas: com o RMB nas posições central, inferior e superior.

A partir da análise desses resultados, determinou-se que i = 2,5 A, Q = 5,18 µm2e Q = 528 µm. Com esses valores, a corrente de controle tem magnitude máxima de i = 2,5 A.

REFERÊNCIAS

SICILIANO, Bruno; KHATIB, Oussama (Ed.). Springer handbook of robotics. springer, 2016. ZHANG, Weiyu; ZHU, Huangqiu. Radial magnetic bearings: An overview. Results in physics, v. 7, p. 3756-3766, 2017.

KANDIL, Ali; SAYED, M.; SAEED, N. A. On the nonlinear dynamics of constant stiffness coefficients 16-pole rotor active magnetic bearings system. European Journal of

OTITE POR MALASSEZIA EM CÃO – RELATO DE CASO

S. DALEGRAVE1*, M. O. WILNSEN2, , F. WAGNER3, B. G. P. BRISQUELEAL4 1

Residente em ClínicaMédicae Cirúrgica de Pequenos Animais da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUCPR - Campus Toledo, Paraná 1;2Professor do Curso de Medicina

Veterinária da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUCPR - Campus Toledo, Paraná 2; 3Aluna de Graduação do Curso de Medicina Veterinária da Universidade de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul 3;4Aluna de Graduação do

Curso de Medicina Veterinária da PUCPR - Campus Toledo, Paraná 4. *Email: suhdalegrave@hotmail.com

RESUMO

A Malassezia pachydermatis é um habitante, oportunista, natural dos ouvidos e da pele dos cães, quando se instala necessita de tratamento prolongado possuindo várias recidivas. As causas primárias de otite são: ácaros, corpos estranhos, atopia, causas iatrogênicas, conformação do conduto auditivo, excesso de pelos e distúrbios de queratinização. Alguns sinais clínicos de otite externa são: agitação da cabeça, coceira, ato de esfregar as orelhas, secreção auricular, dor ao redor das orelhas ou da cabeça, mau odor, manchas na pele periauricular, alterações comportamentais e perda da audição. O objetivo deste relato é informar a comunidade acerca desta enfermidade comum na medicina veterinária. Foi atendido um canino, fêmea, com 10 anos de idade, da raça Lhasa apso, não castrado, pesando 12,5 kg. O histórico relata que o animal apresentava prurido generalizado, odor fétido, calor, secreção escura em ambos ouvidos e no ouvido esquerdo animal possuía um otohematoma há 2 meses. Como exames complementares, foram solicitados o hemograma completo e bioquímicos (creatinina, ALT, AST, fosfatase alcalina, proteínas totais, colesterol e triglicerídeos). O tratamento foi realizado através de drenagem cirúrgica do otohematoma, limpeza de ambos ouvidos com solução clorexidine 0,2%, e após foi utilizado otoguard®, prescrito aplicação em ambas orelhas duas vezes ao dia por 14 dias. Também foi receitado meloxican 0,1mg/kg/SID por 3 dias, dipirona 25mg/kg à cada oito horas(TID) por 4 dias e itraconazol 10mg/kg uma vez ao dia(SID), logo é necessário acompanhamento de função hepática à cada 21 dias. No retorno a consulta, a fosfatase alcalina estava em 226 (20- 156 UI/I) prescrito S-adenosilMetionina (SaMe) 20mg/kg/SID por 30 dias e continuação do itraconazol por mais 21 dias, aguardando o próximo retorno para novo exame função hepática (FA – ALT) e evolução do tratamento do ouvido. O otohematoma que o canino possuía no ouvido esquerdo foi causado pelo rompimento de um vaso pelo excesso de prurido, logo, foi coletado material, a fim de investigar a causa primária da otite. Como resultado citológico foi possívelobservar o fungo Malassezia pachydermatis. Portanto, a partir deste relato percebe-se que a desinformação dos tutores e a demora para a busca

sinais clínicos aparecem, e consequentemente evitar maior desconforto para seus animais.

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