• Nenhum resultado encontrado

5 CATEGORIAS E CRITÉRIOS PARA A ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PORTAIS

5.8 MODELO DE AVALIAÇÃO DE SÍTIOS GOVERNAMENTAIS A PARTIR DA

PARA A CONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS DELIBERATIVOS

A ideia de participação da cidadania é vista como ocupação civil da esfera política e encontra na internet as possibilidades técnicas e ideológicas para a realização de um ideal de condução popular e direta dos assuntos públicos no que diz respeito à ampliação dos espaços de participação cidadã e ao controle social dos gastos públicos.

Para Gomes (2005) a experiência da internet enquanto um instrumento que viabiliza a participação da sociedade nas discussões políticas é vista como inspiração para práticas de participação deliberativa protagonizada pela esfera civil. Tem-se a ideia de democracia digital ou da internet como possibilidade de incremento das práticas e oportunidades democráticas.

A partir desta possibilidade democrática de participação, a “democracia digital”, e outros concorrentes, como: democracia eletrônica, e-democracy, democracia virtual, ciberdemocracia, entre outras que lhes são semelhantes, é empregado para referir-se à experiência da internet no exercício da participação cidadã na esfera pública.

De certa forma, todos os verbetes associados ao termo “democracia digital” são voltados para o incremento das potencialidades de participação civil na condução dos

negócios públicos, ou seja, referem-se às possibilidades de extensão das oportunidades democráticas advindas da infraestrutura tecnológica das redes de computadores (GOMES, 2005, p. 218).

Gomes (2005, p.218) aborda um conjunto de pressupostos teóricos acerca da internet e da participação civil na política. Entre eles, destaca-se a utilização da internet como um instrumento que permite solucionar os entraves relacionados à participação do público na política que afeta as democracias representativas liberais contemporâneas, pois tornaria esta participação mais fácil, mais ágil e mais conveniente. Para este autor, “isso é particularmente importante em tempos de sociedade civil desorganizada e desmobilizada ou de cidadania sem sociedade”.

Na mesma lógica de pensamento, em tese, a utilização da internet possibilitaria uma interação entre a esfera civil e a esfera política sem haver influências da esfera econômica e, sobretudo, das indústrias do entretenimento, da cultura e da informação de massa, que no atual contexto social brasileiro controlam o fluxo da informação política. Indubitavelmente, a internet corrobora para que o cidadão não seja apenas o consumidor de informação política, cujo fluxo da comunicação é unidirecional, partindo da esfera política para a esfera civil.

Segundo Gomes (2005) à medida que o setor público passa a adotar a infraestrutura da internet para a publicização e prestação de serviços on-line é possível estabelecer efetivamente graus de participação popular, cujo intuito é ampliar a legitimação das ações públicas a luz da democracia deliberativa e da gestão social. O mesmo autor elenca cinco graus de democracia digital correspondentes à escala de reivindicação do modelo de democracia participativa, os quais serão descritos nos tópicos seguintes.

5.8.1 Primeiro grau de democracia digital

Na visão de Gomes (2005, p. 218) o primeiro grau de democracia digital é representado pelo acesso do cidadão aos serviços públicos através da rede (os serviços de Estado entregues em domicílio ou a cidadania delivery). O primeiro grau de democracia digital pode ser caracterizado pela ênfase na disponibilidade de informação e na prestação de serviços públicos.

Silva (2005, p. 454) afirma que as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e o ciberespaço – e aí incluiu-se a internet – seriam instrumentos democráticos na medida em que circulam informações governamentais genéricas e melhoram a prestação de serviços públicos. Parte-se do pressuposto que o fluxo de interação entre Cidadão-Governo é

predominantemente de mão única: o governo disponibiliza informações ou torna a prestação de serviços mais eficiente através do emprego das TICs. Neste sentido, a prestação de informação por parte do Estado, dos partidos ou dos representantes que integram os colegiados políticos formais se dá no sentido unidirecional.

A democracia digital de primeiro grau implanta-se de forma acelerada em toda a instância esfera federativa (federal, estadual e local), muito em função das Leis de Responsabilidade fiscal instituídas em 04 de Maio de 2000 e da Lei de Acesso à Informação 12.527 instituída em 18 de Novembro de 2011, ambas sancionadas no âmbito federal e que têm por objetivo aprimorar a qualidade dos serviços prestados pela administração pública, a transparência das informações, o controle social, a fiscalização das ações governamentais, entre outros aspectos que corroboram para uma gestão com ênfase na participação deliberativa da sociedade.

Gomes (2005) afirma que a virtualização das informações do setor público pode servir como plataforma de autopromoção dos governos, que, por sua vez, designam estruturas tecnológicas destinadas ao provimento de serviços e informações públicas on-line de democracia eletrônica ou cidade-digital.

Não faltam, naturalmente, iniciativas sérias que tendem a facilitar a vida do cidadão no que respeita àquelas iniciativas em que ele era, a princípio de maneira penosa, forçado a lidar com a burocracia do Estado. Eficiência da gestão, diminuição de custos da administração pública e substituição da terrível burocracia estatal pela nova burocracia digital tornam a democracia digital de primeiro grau vantajosa para os governos e confortável para o cidadão. Cidadão que, na verdade, é um cliente ou usuário (GOMES 2005, p. 219).

5.8.2 Segundo grau de democracia digital

O segundo grau é constituído por um Estado que consulta os cidadãos pela rede para averiguar a sua opinião a respeito de temas da agenda pública e até, eventualmente, para a formação da agenda pública. Para Gomes este grau consiste no emprego das TICs para colher a opinião pública e utilizar esta informação para a tomada de decisão política.

Gomes (2005, p. 219) afirma que “numa democracia digital de segundo grau, a esfera política possui algum nível de porosidade à opinião pública e considera o contato direto com o público uma alternativa às sondagens de opinião”.

Este gênero de democracia digital favorece o contato direto com o público e torna-se uma alternativa às sondagens de opinião pública realizadas pelo Estado. Para Silva (2005) a utilização das TICs se assemelha e muito ao de um “canal de comunicação” embora a

publicização de informação continue predominantemente num único sentido, ou seja, o vetor neste caso atua no sentido (Estado-Sociedade).

No primeiro grau de democracia digital, assim como no segundo, o fluxo de comunicação parte da esfera política, obtém o feedback da esfera civil e retorna como informação para os agentes da esfera política.

Na visão de Gomes (2005) a interação representada no segundo grau pode ser sintetizada na fórmula G2C (Governo-Cidadão ou governmentto citizen), termo que vem se popularizando nos últimos anos. Tal relação vai, intrinsicamente, do governo para o cidadão.

Nos graus posteriores (terceiro, quarto e quinto) altera-se o sentido do fluxo de comunicação, cujo protagonista passa a ser a esfera civil, e não mais a esfera política. Neste sentido, ocorre a substituição do enfoque estadocêntrico e/ou mercadocêntrico, em que a sociedade aparece como alvo e/ou cliente, por um enfoque sociocêntrico, onde a sociedade civil aparece como sujeito do processo. A sociedade civil passa a ocupar uma posição de destaque, em que a cidadania emerge como protagonista no processo dessas novas relações (ALLEBRANDT, 2006). Tal iniciativa produz efeito direto na esfera política, entendida como esfera da efetivação da decisão política (GOMES, 2005).

Segundo Silva (2005) embora neste grau de democracia digital tem-se maior abertura governamental quando visto pela ótica do primeiro grau, a participação popular acerca de determinados assuntos públicos não representa obrigatoriamente que esta opinião será acatada na sua plenitude por todos os campos da produção da decisão.

5.8.3 Terceiro grau de democracia digital

O terceiro grau é representado por um

Estado com tal volume e intensidade na sua prestação de informação e prestação de contas que, de algum modo, adquire um alto nível de transparência para o cidadão comum. Um Estado cuja esfera política se orienta por um princípio de publicidade política esclarecida (GOMES 2005, p. 219).

O terceiro grau de democracia digital é representado pelos princípios da transparência e da prestação de contas (acountability), gerando uma maior permeabilidade da esfera governamental para alguma intervenção da esfera civil.

O Estado, através da internet, presta serviços, informações e contas à cidadania, mas este grau não legitima a sociedade enquanto um ator importante para a produção da decisão política, ou seja, o Estado não delibera a tomada de decisão à sociedade civil.

Silva (2005) compartilha do mesmo pensamento de Gomes (2005) no que tange a característica do terceiro grau de democracia digital, que, embasado nos princípios da “transparência e da prestação de contas (accountability)”, proporciona maior permeabilidade da esfera governamental para alguma intervenção da esfera civil, isto é, a preocupação na responsabilidade política por parte do Estado a fim de garantir maior controle social das ações governamentais. O Estado quando adquire um alto nível de transparência, ou de prestação de contas, ou até mesmo a divulgação de informações úteis à sociedade, de certo modo, permite o monitoramento por parte dos cidadãos das ações governamentais.

O mesmo autor distingue publicidade de informações do primeiro e segundo grau para o terceiro, embora seja utilizada a expressão “publicização de informações” em ambos os graus. No primeiro grau a “informação é claramente menos preocupada em demonstrar transparência dos atos de concernência pública e menos preocupada com a formação e as repercussões da opinião pública” (SILVA 2005, p. 455). A publicidade, no terceiro grau, é direcionada no fortalecimento da cidadania, concentrando esforços no âmbito da esfera governamental a fim da “evitar” a prática do “segredo”. É importante ressaltar que, neste terceiro grau, a produção da decisão ainda permanece, em última instância, restrita à esfera política.

5.8.4 Quarto grau de democracia digital

Para Gomes (2005) a democracia digital de quarto grau corresponde a determinados modelos de democracia deliberativa. A diferença da democracia de quinto grau para a de quarto grau, é que, na de quinto grau existe a combinação entre as democracias deliberativa, participativa e representativa.

Na perspectiva da democracia digital de terceiro grau, o Estado torna-se suscetível à participação cidadã, e a sociedade além de se manter informada sobre as ações dos órgãos públicos, passa a ter voz e vez, ou seja, a intervenção acontece nos pressupostos da cidadania deliberativa, na qual se delibera a decisão nos espaços públicos. Levando em conta o caráter deliberacionista da decisão política, esta se dá por meios eletrônicos de interação envolvendo a Sociedade-Estado no âmbito virtual ou ciberespaço.

Conforme Monteiro (2007) o ciberespaço é entendido como um “universo virtual proporcionado pelas redes de telecomunicações, mormente a Internet”. Este ambiente pode ser considerado um novo meio de interação, comunicação e de vida em sociedade. Para

Levine (2002), citado por Frey (2003), o ciberespaço é um “espaço de acesso público em que cidadãos criam e compartilham bens públicos livres”.

Portando, de acordo com Gomes (2005), a democracia digital deliberativa deveria ser uma democracia participativa apoiada em dispositivos eletrônicos, como por exemplo, os portais ou sítios eletrônicos, capazes de conectar entre si os cidadãos e possibilitando a intervenção na decisão dos negócios públicos.

5.8.5 Quinto grau de democracia digital

Para Silva (2005) o quinto grau é necessariamente o mais idealista na escala de participação civil. Isto porque, a implementação acarretaria uma mudança no modelo democrático. Gomes (2005) reitera que este grau é representado pelos modelos de democracia direta. Assim:

A esfera política profissional se extinguiria porque o público mesmo controlaria a decisão política válida e legítima no interior do Estado. Trata-se do modelo de democracy plug’n play, do Voto eletrônico, preferencialmente on-line, da conversão do cidadão não apenas em controlador da esfera política mas em produtor de decisão política sobre os negócios públicos (p. 19).

Trata-se da tomada de decisão direta sem a interveniência de uma esfera política do tipo representativa. Ademais, neste grau de democracia digital, o Estado passaria a ser governado por plebiscitos on-line em que à esfera política restariam exclusivamente as funções de administração pública, ou seja, o cidadão substitui os seus representantes políticos na produção da decisão.

Em linhas gerais, Silva (2005) corrobora com a ideia de que as possibilidades interativas em massa proporcionada pelo advento das novas tecnologias da informação e comunicação, como a decisão política – via portal eletrônico, deveria ser transferida diretamente para a esfera civil por estar fortemente baseado no modelo da democracia direta. Porém o mesmo autor adverte a existência de sérios problemas pragmáticos e teóricos para implementação do quinto grau.

A partir do debate sobre a utilização das TICs no sistema democrático contemporâneo Gomes e Silva explanaram uma variação de visões sobre as promessas e o modo de existência de uma democracia mediada por instrumentos tecnológicos. Estes autores trabalharam com a tese de cinco graus de democracia digital não excludente de participação democrática da sociedade civil nos processos de tomada de decisão política.

Kegler (2011) utiliza como instrumento de coleta dos dados e análise dos graus de democracia digital o modelo desenvolvido e aplicado por Silva (2005). Este modelo é composto por questões qualitativas e quantitativas e tem-se, por objetivo, servir como instrumento de apoio para que o pesquisador possa detectar, mensurar e tipificar os graus de democracia participativa no lócus do estudo (SILVA, 2005, p. 78).

No primeiro grau de democracia digital, de acordo com silva (2005), existem duas ênfases: a primeira é a ênfase na informação, visualizada no Quadro 3; a segunda possui foco na prestação de serviços (Quadro 4).

Quadro 4 – Primeiro grau de democracia digital com ênfase na informação (continua)

Questões Caracterizador função política Caracterizador

publicidade Pontuação 1.1. Existência de site e se está

em operação

Pré-requisito para a viabilidade da análise do portal.

0

1.2. Presença de informações genéricas sobre a

municipalidade (turísticas, dados históricos, geográficos, etc.). Objeto: conteúdo.

Com relevância reduzida, o objetivo é identificar se a ênfase informativa é abrangente ou restrita. 10 1.3. e 1.4 Presença de informações institucionais. Objeto: conteúdo

1.3 Categoria “A”: referente a informações legislativas (legislação, decretos de leis, portarias,

despachos oficiais do município);

1.4 Categoria “B”: informações institucionais sobre o acesso físico e comunicacional ao governo (emails, telefones, endereços, horários de atendimento das secretarias).

Categoria “A”: Analisar a preocupação do governo em disponibilizar dados de teor políticos oficiais, proporcionando ao cidadão ao conhecimento sobre os seus direitos e deveres. Categoria “B” demonstra a preocupação do poder público em dispor informações que

viabilizem aproximação física ou contato do cidadão com os órgãos do governo. Avalia-se ainda se estas informações institucionais (nas duas categorias) estão dispostas em seção nominalmente delimitada do sítio e se estão visíveis na página principal (home) do portal. Categoria “A”: 15 Categoria “B”: 15 1.5. e 1.6. Presença de informações do tipo “notícia”. Objeto: conteúdo. 1.5 Categoria “A”: notícia no formato fato consumado (relatos das ações governamentais).

1.6 Categoria “B”: notícia de fato não Consumado (Notícias sobre ações ou decisão futura).

A informação noticiosa caracteriza a intenção do governo em manter o público informado sobre seus atos

e sobre seus possíveis atos,

permitindo maior intervenção da esfera civil nas decisões vindouras. Também é avaliado paralelamente se estas categorias de informação noticiosa estão em seção (link) ou em área gráfica visivelmente ou nominalmente delimitada. Categoria “A”: 15 Categoria “B”: 15

Quadro 4 – Primeiro grau de democracia digital com ênfase na informação (conclusão)

Questões Caracterizador função política Caracterizador

publicidade Pontuação 1.7. e 1.8. Existência de feedback

informativo assincrônico. Objeto: interface.

1.7 Categoria “A”: feedback

informativo para questão de fácil resposta.

Categoria “A” Caracteriza a preocupação do governo em otimizar a resposta à solicitação do cidadão, feita através de formulário eletrônico ou e-mail disponível no portal.

Verificar ainda se o retorno da resposta (feedback) ocorre de forma ágil quando Solicitada.

Categoria “A”: 15

1.8 Categoria “B”: feedback

informativo para questão cuja resposta seja mais complexa ou mais específica).

Categoria “B” demonstra uma preocupação governamental em melhorar o diálogo com o cidadão quando este necessita de informação específica, ou seja, demonstra que há uma integração na emissão de informação pública pelo governo.

Categoria “B”: 10

1.9. Existência de informações sobre programas (iniciativas) de inclusão digital. Objeto: conteúdo.

Categoria “E” com ênfase em dispor

informações ou conteúdo.

Caracterizar a preocupação do governo em debater ou informar sobre “inclusão digital”, demonstrando interesse em pelo menos atenuar as desigualdades de oportunidades e de cidadania, entre quem tem acesso e conhecimento para utilizar as TICs e aqueles que não têm.

Categoria E: 15

1.10. Existência de informações sobre infraestrutura tecnológica. Objeto: conteúdo.

Categoria “E”

Sob o ponto de vista político, a presença destas informações indicaria a preocupação do governo em propiciar algum tipo de acesso digital ao cidadão, através de aparelhos tecnológicos necessários para emprego político civil das tecnologias de comunicação (neste caso, com ênfase no acesso à informação).

15 pontos

Fonte: Kegler (2010).

Ainda se tratando do primeiro grau de democracia digital, porém agora com foco na prestação de serviços, Silva (2005) propõe que a classificação de serviços seja subdividida em serviços de primeira, segunda e terceira ordem, em ordem decrescente de importância para os cidadãos. Na primeira estão segurança, saúde e educação, entre outros. Na segunda ordem estão saneamento básico, trânsito e tráfego, e na ótica da terceira ordem, está a situação tributária, a consulta de andamento de processos e outros.

Quadro 5 – Primeiro grau de democracia digital com ênfase em serviços

Questões Caracterizadores políticos Pontuações 2.1. Delivery informativo automatizado

Objeto: interface

Verificar os tipos de serviços que podem ser acessados. Esta ferramenta caracteriza a intenção do governo em levar a informação sobre os serviços públicos até o cidadão, através dos portais. Ainda, a investigação busca a identificação sobre quais tipos de serviços são contemplados.

15

2.2. Delivery informativo instantâneo (possibilidade de diálogo em tempo real). Objeto: interface.

Investigar se a ferramenta tem a função de prestar o

delivery instantâneo de informações para assuntos

gerais ou se este serviço é temático, específico para assuntos delimitados. Esta ferramenta de interface demonstra a intenção do governo em instrumentalizar o delivery de informação sobre serviço de forma extremamente ágil, dando ao cidadão a resposta imediata para questão personalizada sobre assuntos públicos.

15

2.3. e 2.4. Delivery

burocrático. Objeto: interface 2.3 Categoria “A”: presença de ferramentas que possibilitem a operação completa de serviços ou pré- serviços via rede.

2.4 Categoria “B”: existência de ferramentas que possibilitem a emissão de documentos oficiais a partir da inserção de dado personalizado do cidadão.

Categoria “A” – a presença indica intenção de ofertar serviços e pré-serviço mais complexo através das TICs.

Categoria “B” – a presença desta ferramenta caracteriza a intenção de viabilizar a emissão de documentos públicos (consulta e pagamento de alguns serviços online).

Categoria “A”: 25

Categoria “B”: 15

2.5. e 2.6. Delivery de serviço. 2.5 Categoria “A”: com pedido inicial realizado através do sítio, para serviços externos.

2.6 Categoria “B”: com pedido inicial realizado através do sítio para atendimento em domicílio.

Verificar que tipo de serviço público é oferecido (ex.; infraestrutura, saúde, segurança pública). Relaciona-se à preocupação com o atendimento a serviços públicos em domicílios, bairros e ruas.

Categoria “A”: 25

Categoria “B”: 25

2.7. Existência de informações sobre programas de inclusão digital (Categoria “D” ênfase em dotar administração pública de instrumentos que melhore a prestação de serviços do governo para o cidadão).

Esta categoria demonstra a preocupação em debater ou dispor de informações sobre inclusão digital, que indicaria a preocupação em atenuar ou pelo menos evitar o aumento da desigualdade de oportunidades e de cidadania entre aqueles que possuem acesso e conhecimento para o uso das TICs e aqueles que estão à margem do processo.

15

2.8. Existência de informações sobre infraestrutura tecnológica categoria “D”.

Sob o ponto de vista político, a presença destas informações indicaria a preocupação do governo em propiciar algum tipo de acesso digital do cidadão, através de aparelhos tecnológicos necessários para emprego político civil das tecnologias de

comunicação (neste caso, com ênfase no acesso à informação).

15

Fonte: Kegler (2010).

No quadro 6 tem-se a sintetização das características do segundo grau de democracia digital.

Quadro 6 – Segundo e terceiro grau de democracia digital

Questões A - Caracterizador político Pontuação 3.1. e 3.2 Transparência

3.1 Categoria “A”: pré-legislação ou projetos de leis ainda não votados.

3.2 Categoria “B”: acompanhamento financeiro (prestação de contas)

Categoria “A”: a presença caracteriza a intenção de transparência e permeabilidade à opinião pública para a tomada de decisão. Categoria “B”: prestação de contas aos cidadãos, dados de cunho administrativo e orçamentário.

Categoria “A”: 15 pontos

Categoria “B”: 15

3.3. e 3.4. Sondagem de opinião pública (Categoria não-publicada e publicada).

Indica preocupação em utilizar as TICs para consultar a opinião dos cidadãos, ainda que esta não tenha poder decisório.

3.3. Não publicada: 10 3.4 Publicada: 15 3.5. e 3.6. Locus crítico

(categoria não-publicado e publicado)

Sinaliza preocupação em dispor ao cidadão um canal de comunicação, para críticas, sugestões,