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4.2 DESCRIÇÃO DO CASO E LOCAL DE REALIZAÇÃO DO ESTUDO

4.2.2 Municípios do RIDES

4.2.2.1 Abadia dos Dourados

Prefeito: Wanderlei Lemes Santos Vice-Prefeito: Luis Da Auto Elétrica

Tabela 1 - Dados do Municípos de Abadia dos Dourados Brasão

Site Oficial http://abadiadosdourados.mg.gov.br/novo

População [2010] 6.704 habitantes Área 881,064 km² Fundada em 1862 Gentílico Abadiense Fonte: IBGE, 2010 História

Abadia dos Dourados teve sua fundação intimamente ligada ao movimento de garimpeiros ali chegados em meados do século XIX. Também vieram lavradores e se fixaram no local. As famílias Arruda e Esteves dos Santos destacaram-se entre as iniciadoras da povoação (IBGE, 2010).

As notícias das jazidas de diamantes às margens do Rio Dourado e da fertilidade das terras espalharam-se rapidamente, afluindo ao Arraial dos Garimpos levas de garimpeiros e de agricultores. Construíram casas em número crescente, enquanto as duas atividades básicas impulsionavam o desenvolvimento da povoação. Ergue-se a primeira capela, dedicada a Nossa Senhora da Abadia, escolhida como Padroeira. Os Arrudas e os Esteves doaram terrenos para o patrimônio da Paróquia, criada em 1886, sendo seu primeiro pároco o Padre foi Arraial Manoel Luis Mendes. O aglomerado evoluiu rapidamente e ainda hoje se sustenta nas mesmas bases de sua origem (IBGE, 2010).

O primeiro topônimo foi Arraial do Garimpo. A construção da capela de Nossa Senhora da Abadia e a proximidade do rio Dourados, provocaram sua mudança para Abadia dos Dourados (IBGE, 2010).

Figura 1 - Prefeitura de Abadia dos Dourados

Fonte: Da Autora, 2018

4.2.2.2Cascalho Rico

Prefeito: Dário Borges De Rezende Vice-Prefeito: Elias Manuel Coelho

Tabela 2 - Dados do Município de Cascalho Rico Brasão

Site Oficial http://www.cascalhorico,mg.gov.br/

População [2010] 6.704 habitantes Área 367,308 km² Fundada em 1890 Gentílico Cascalho-Riquense Fonte: IBGE, 2010 História

Encontrando-se vestígios nas proximidades da cidade que leva-se à suposição que tenham sido os índios tapuias os primitivos habitantes. Em 1743, o Coronel Antônio Pires de Campos, por ordem Del-Rei, teria fundado três aldeias para a concentração de índios pacíficos: Santana, Pissarão e Rio das Pedras. A última, construída no alto de uma colina, tinha por função primordial defender a região contra invasores, além de servir como aldeamento de índios mansos, trazidos de Mato Grosso e Goiás, Posto Fiscal e aquartelamento de tropas. A estrada de Anhangüera, ainda hoje existente em alguns trechos, era passagem obrigatória para os que demandavam de Goiás, vindos de São Paulo, e o controle da travessia no arraial era exercido pelo Capitão dos Índios que exercia também autoridade na Aldeia. Era o Curador dos índios, nomeado pelo Governo Imperial, para proteger os interesses dos indígenas (IBGE, 2010).

Em 1856, o Curador Manoel José de Carvalho exarou, no livro de registros eclesiásticos do Vigário de Bagagem, declaração segundo a qual os indígenas possuíam, na Aldeia de Rio das Pedras, uma faixa de terras de cinco léguas de comprimento por três de largura. Esta aldeia, veio a ser a Sede do Município de Cascalho Rico (IBGE, 2010).

Figura 2 -Prefeitura de Cascalho Rico

Fonte: Da Autora, 2018

4.2.2.3Coromandel

Prefeita: Dione Maria Peres Vice-Prefeito: Marcos de Siqueira

Tabela 3 - Dados do Município de Coromandel Brasão

Site Oficial https://coromandel.mg.gov.br/novo/

Continuação da Tabela 3 Área 3.313,116 km² Fundada em 1870 Gentílico Coromandelense Fonte: IBGE, 2010 História

Consagra a tradição, como ponto pacífico, a fundação do arraial por aventureiros portugueses que teriam vindo da costa oriental da Índia, chamada ″Costa do Coromandel″(IBGE, 2010).

Teriam vindos atraídos pela fama de minas diamantíferas e dado este nome ao local em princípios do século XIX. A origem do nome parece assim definitivamente explicada. A única dúvida mantida por alguns baseia-se no fato de haver escritura de doação de patrimônio para a Paróquia, em dezembro de 1823, figurado a futura paróquia com a denominação de ″Paróquia de Nossa Senhora de Santana do Curimandela″, o que pode ser um erro de grafia (IBGE, 2010).

Fixados os primeiros moradores, o local passou a servir de pouso obrigatório para os viajantes que vinham de Paracatu ou de Goiás. Nessa altura, foram descobertos garimpos de diamantes e o antigo pouso recebeu algumas famílias oriundas da cidade Paracatu, surgindo, então, um povoado que prosperou não só pela afluência de garimpeiros, como também pelo desenvolvimento da pecuária (IBGE, 2010).

Figura 3 - Prefeitura de Coromandel

Fonte: Da Autora, 2018

4.2.2.4 Douradoquara

Prefeito: MARCOS ALEM DE OLIVEIRA Vice-Prefeito: DOMINGOS FERREIRA

Tabela 4 - Dados do Município de Douradoquara Brasão

Site Oficial https://www.douradoquara.mg.gov.br

População [2010] 1.841 habitantes

Continuação da Tabela 4

Fundada em 1962

Gentílico Douradoquarense

Fonte: IBGE, 2010

História

Conhecido antigamente como Boqueirão, o município surgiu no ribeirão da Bagagem. Os primeiros moradores de que se tem notícia foram o padre Fortunato José de Miranda e Manoel Dias da Rocha, que se estabeleceram em fazendas nas sesmarias concedidas pela coroa portuguesa em 1818, no sertão da Farinha Podre (atual Triângulo Mineiro). Em 1922, outras famílias chegaram à região. Fizeram, então, suas residências e construíram uma pequena escola rural. Em 1923, Boqueirão passou a se chamar Douradoquara, nome dado pelo coronel José Cardoso Naves. Com a descoberta dos diamantes no Alto Paranaíba, o garimpo se estendeu por toda a região, dando origem a diversos arraiais, dentre eles, o de Carmo da Bagagem, atual município de Monte Carmelo, do qual Douradoquara foi distrito durante muitos anos. Em 1962, emancipou-se.

Distrito criado com a denominação de Doradoquara, pela lei estadual nº 843, de 07-09- 1923, subordinado ao município de Monte Carmelo. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Doradoquara, figura no município de Monte Carmelo. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1950. Pela lei nº 1039, de 12-12-1953, o distrito de Doradoquara passou a grafar Douradoquara. Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o distrito de Douradoquara (ex-Doradoquara), figura no município de Monte Carmelo. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960. Elevado à categoria de Município com a denominação de Douradoquara, pela Lei estadual nº 2764, de 30-12-1962, desmembrado de Monte Carmelo. Sede no antigo distrito de Douradoquara. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-03-19963. Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o Município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Retificação de grafia Doradoquara para Douradoquara, teve sua grafia alterado pela lei nº 1039, de 12-12-1953.

Figura 4 - Prefeitura de Douradoquara

Fonte: Da Autora, 2018

4.2.2.5 Estrela do Sul

Prefeita: DAYSE MARIA SILVA GALANTE Vice-Prefeito: CHIQUINHO COELHO

Tabela 5 - Dados do Município de Estrela do Sul Brasão

Site Oficial https://www.estreladosul.mg.gov.br/

População [2010] 7.446 habitantes

Continuação da Tabela 5

Fundada em 1856

Gentílico Estrela-sulense

Fonte: IBGE, 2010

História

A Estrada Real, denominação da passagem das expedições pela região naquele tempo, condicionou a formação de vários e pequenos arraiais como Desemboque, Sacramento, Uberaba e Uberlândia, dentre outros. Esses arraiais constituíram-se em um ponto de passagem entre o litoral e o sertão.

O processo de urbanização só foi intensificado a partir de 1852, quando foi descoberto o famoso diamante ″Estrela do Sul″. Neste mesmo ano foi criado o Distrito de Paz no Arraial da Bagagem pertencente à comarca de Patrocínio, pela Lei nº 575 de 04 de maio. Em 1854 o curato foi elevado à categoria de paróquia pela Lei nº 667 de 27 de Abril. Pela Lei nº 777 de 30 de Maio de 1856, o distrito foi elevado à Vila, com o nome de Bagagem, instalado em 30 de Setembro de 1858.

Devido ao crescimento local, em 1861, a Vila de Bagagem foi elevada a categoria de cidade, pela lei nº 1101 de 19 de Setembro. Foi neste momento que a cidade chegou a contar com uma população de, aproximadamente, 30 mil habitantes. No entanto, verificou-se que essa população, diretamente vinculada ao garimpo, apresentava significativa rotatividade em busca dos diamantes e residia em habitações improvisadas.

Em meados do século XIX, a cidade exercia um fascínio na região que se traduzia numa numerosa população e também na influência político-ideológica sobre grande parte da região do Triângulo Mineiro. Este dado reforça a importância e expressão já exercidas pelo Município na região e que, atualmente, vem tentando recuperar.

Figura 5 - Prefeitura de Estrela do Sul

Fonte: Da Autora, 2018

4.2.2.6 Grupiara

Prefeito: RONALDO JOSÉ MACHADO Vice-Prefeito: PAULO SÉRGIO DA SILVA

Tabela 6 - Dados do Município de Grupiara Brasão Site Oficial https://www.grupiara.mg.gv.br/ População [2010] 1.373 habitantes Área 192,56 km²

Continuação da Tabela 6 Fundada em 1962 Gentílico Grupiarense Fonte: IBGE, 2010 História

Segundo arquivos históricos da Prefeitura Municipal de Grupiara, os primeiros habitantes foram aventureiros garimpeiros, que não deixaram registro de suas origens ou procedência. Provavelmente vindos da Vila da Santa Rita da Estrela (Estrela do Sul/MG) ou do Estado de Goiás.

Instalaram-se em precárias moradias de pau-a-pique, cobertas de folhas de babaçu, nas margens do Rio Bagagem.

Conta a tradição popular que o antepassado fundador da cidade seria um valente e perigoso cangaceiro conhecido por Índio Afonso.

Há documentos que mostram que em 12 de outubro de 1908, foi doado uma parte de terras de cultura e de campo. A fazenda Troncos foi cedido para o patrimônio com a condição de este ser administrado pela municipalidade competindo esta conceder gratuitamente os lotes, que não podiam exceder de 40 metros de frente com igual de fundos. O intento redistribuir a arranchação àqueles que não possuíam terras. Doadores: Domingos Antônio Rodrigues, Terêncio Antônio Rodrigues e Jesuíno Pinto Gonçalves, Alberto Antônio Rodrigues, Manoel Rodrigues e Urselina Maria de Jesus. Documento transcrito no Cartório de 1º Ofício de Estrela do Sul, conforme certidão extraída em data de 11 de setembro de 1968.

O lugar era conhecido por São Sebastião dos Troncos ou simplesmente Troncos. O nome Troncos originou-se de prisões de madeira para castigo de escravos e São Sebastião em homenagem ao padroeiro.

Em 07 de setembro de 1923 houve a criação do Distrito houve a criação do Distrito, com a Lei nº 843, que nomeou-se GRUPIARA. Grupiara é originado de garimpos diamantinos que eram abundantes no município. Grupiara é cascalho brotado no solo, onde facilita o trabalho dos garimpeiros.

Foi emancipado o Distrito de Gupiara passando a ter a categoria de cidade pela Lei nº 2.764 de 30 de dezembro de 1962. Para a instalação do Município, foi nomeado pelo Sr. Governador, o intendente Sr. Ranulfo Alves de Oliveira, instalando a intendência Municipal em 01/03/1963 e fazendo funcionar a orgânica de Grupiara.

Figura 6 - Prefeitura de Grupiara

Fonte: Da Autora, 2018

4.2.2.7 Indianópolis

Prefeito: LINDOMAR AMARO BORGES Vice-Prefeito: ANIDSON GABRIEL DA SILVA

Tabela 7 - Dados do Município de Indianópolis Brasão

Site Oficial https://www.indianopolis.mg.gov.br

População [2016] 6.751 habitantes Área 830,030 km² Fundada em 1938 Gentílico Indianopolense Fonte: IBGE, 2010 História

Segundo a tradição, os índios Tupis são tidos como os primeiros habitantes da região, os quais foram expulsos pelos Tremembés, vindos do alto Jaguaribe. Estes, por sua vez, viram-se quase imediatamente atacados pelos Caiapós que, procedendo do médio Araguaia, os compeliram a se retirar para as cabeceiras do Rio São Francisco (IBGE, 2010).

No começo do século XVIII, quando os bandeirantes paulistas viviam à caça de ouro, passaram por Santana do Rio das Velhas, antigo nome de Indianópolis, em demanda das minas de Goiás, encontrando no local os Caiapós, como seus habitantes. Estes, entretanto, após tremenda luta com os índios considerados mansos (Bororós, Parecis, Javaís e Carajás) chefiados pelo cel. Antônio Pires de Campos, célebre sertanista, foram expulsos para outros pontos de Minas e Goiás, passando os Bororós a dominar a aldeia que, localizada à margem direita do Rio das Velhas, tinha por encargo proteger os povoadores que viajavam pela Estrada Anhangüera (IBGE, 2010).

É voz corrente que também os jesuítas, com suas caravanas, passaram por Santana do Rio das Velhas, ali fixando residência por algum tempo. Assim é que o Padre Caturra, como

lembrança de sua passagem pela região, deixou alguns vestígios. Ainda existe uma casa de tipo rústico, provavelmente, construída pelos índios, a qual serviu de residência aos religiosos, local denominado “Furnas”, há outra que foi a habitação do comentado Anhangüera. Data dessa época o erguimento do povoado, que era ponto de concentração das bandeiras vindas do sul, e das caravanas sertanejas (IBGE, 2010).

Muitos dos habitantes de Indianópolis se mudaram para Araguari atraídos pela chegada dos trilhos da Estação Ferroviária Mogiana, o que diminuiu progresso daquela localidade. (IBGE, 2010).

Figura 7 - Prefeitura de Indianópolis

Fonte: Da Autora, 2019

4.2.2.8 Iraí de Minas

Prefeito: ANTONINHO DALL AGNOL

Tabela 8 - Dados do Município de Iraí de Minas Brasão

Site Oficial https://www.iraideminas.mg.gov.br/

População [2016] 6.929 habitantes Área 356,264 km² Fundada em 1953 Gentílico Iraiense Fonte: IBGE, 2010 História

O desbravamento dos sertões do Alto Paranaíba e das margens do Rio Bagagem é o resultado das expedições que, à procura de jazidas minerais, realizaram um trabalho de exploração da região (IBGE, 2010).

A descoberta do diamante Estrela do Sul, em 1852, provocou a aglomeração de grandes levas de garimpeiros no local. Nasceu, assim, o povoado de Espírito Santo do Cemitério, denominação primitiva do Município que, em 1909, passou a chamar-se Iraí, palavra de origem tupi que significa “rio de mel”, permanecendo esse topônimo até 1943, quando voltou a ser Bagagem (IBGE, 2010).

O nome atual define-se em 1953 e, a 30 de dezembro de 1962, Iraí de Minas é elevado à categoria de Município (IBGE, 2010).

Figura 8 - Prefeitura de Iraí de Minas

Fonte: Da Autora, 2019

4.2.2.9 Monte Carmelo

Prefeito: SAULO FALEIROS CARDOSO Vice-Prefeito: PAULO RODRIGUES ROCHA

Tabela 9 - Dados do Município de Monte Carmelo Brasão

Site Oficial https://www.montecarmelo.mg.gov.br/

Continuação da Tabela 9 Área 1.343,035 km² Fundada em 1892 Gentílico Carmelitano Fonte: IBGE, 2010 História

Esta região era habitada por índios, conforme artefatos encontrados em diversos lugares, tais como: machados de pedra, potes, roletes, etc. Eram índios das tribos Caiapós e Araxás (IBGE, 2010).

Os primeiros movimentos que deram origem ao nosso povoado tiveram início em 1840. Moradores de São João del Rei e Itapecerica, foram atraídos pela descoberta de garimpos diamantíferos em Estrela do Sul, que na época se chamava ″Bagagem″. Por causa do ambiente dos garimpos, pouco recomendado a famílias e também devido ao clima saudável e à excelente água de nossa região, os garimpeiros deixavam aqui suas famílias. Estas pessoas se instalaram às margens do Córrego Mumbuca, onde é hoje o bairro Tamboril (IBGE, 2010).

D. Clara Chaves, fazendeira conhecida por sua generosidade, doou um terreno de 6 léguas quadradas para construírem capela para N. Sra. do Carmo, de quem era devota. Nesta área, onde hoje é a Praça da Matriz, os moradores fizeram suas casas em torno da primeira Igreja e assim formou-se o Arraial do Carmo da Bagagem (IBGE, 2010).

Em 1882, o Arraial foi elevado à categoria de Vila, passando a chamar-se Nossa Senhora do Carmo da Bagagem (IBGE, 2010).

Em 1892, a Vila é elevada à categoria de cidade e passou a denominar-se Monte Carmelo, que é o nome da montanha existente no litoral de Israel, nas proximidades da cidade de Haifa. Carmelo, em hebraico, significa uvas de Deus e como Carmo da Bagagem situa-se próximo a um monte semelhante ao da antiga Palestina, onde se encontra a sede da Congregação das Carmelitas, adotaram o nome de Monte Carmelo, em consideração ao local onde se fundou a Ordem de Nossa Senhora do Carmo e também ao monte nas proximidades da cidade (IBGE, 2010).

Nessa ocasião o município de Monte Carmelo abrangia cinco distritos de paz: Monte Carmelo (sede), Douradoquara, Iraí de Minas, Nossa Senhora D′ Abadia de Água Suja e São Sebastião da Ponte Nova (IBGE, 2010).

Figura 9 - Prefeitura de Monte Carmelo

Fonte: Da Autora, 2018

4.2.2.10 Romaria

Prefeito: JOÃO RODRIGUES DOS REIS

Vice-Prefeito: VALDEMAR RESENDE FILHO

Tabela 10 - Dados do Município de Romaria Brasão

Continuação da Tabela 10

Site Oficial https://www.romaria.mg.gov.br

População [2016] 3.650 habitantes Área 407,557 km² Fundada em 1938 Gentílico Romariense Fonte: IBGE, 2010 História

Água Suja, hoje Romaria, começou sua existência como povoado, no tempo da guerra do Paraguai, quando alguns garimpeiros vindos de Estrela do Sul descobriram ali ricas jazidas de diamante (IBGE, 2010).

Em 1867 foi descoberto o primeiro e daí por diante, o Córrego Água Suja, que desemboca no rio Bagagem, tornou-se célebre, emprestando seu nome à povoação que logo foi surgindo com os diamantes. Seus primeiros habitantes, sempre devotos de Nossa Senhora, como seus antepassados, com grandes dificuldades, iam todos os anos à longínqua Ermida de Muquém (centro de Goiás) a fim de cumprir suas promessas participando da concorrida romaria anual. Nesta Ermida era invocada Nossa Senhora da Abadia, Invocação Importada de Portugal para a capela de São Tomé, na paróquia de São José do Tocantins, em Goiás (hoje Tocantins) (IBGE, 2010).

Crescendo, a população de Água Suja, crescia também a dificuldade de se deslocarem os devotos até Muquém. Surgiu então entre os habitantes a ideia de se construir capela em honra a Nossa Senhora da Abadia, se os emissários do governo imperial os não viessem incomodar neste recanto, com a designação para o serviço da campanha do Paraguai. Levaram ao conhecimento de D. Joaquim Gonçalves de Azevedo, bispo de Goiás, a ideia, pedindo licença para que na capela a ser construída gozassem os peregrinos dos mesmos favores espirituais de que gozavam os de Muquém (IBGE, 2010).

O prelado concordou graciosamente. No ano de 1870 foi construída Capela provisória e deu-se início também ao transporte de material para o futuro Santuário. Providenciaram logo a aquisição de imagem de Nossa Senhora da Abadia. Foi encomendada de Portugal, na capital do império. Foi transportada do Rio a Barra do Piraí em lombos de animais. E daí em diante veio de trem e carro de bois, trazida pelo viajante português Custódio da Costa Guimarães. O povo feliz foi esperar a imagem a algumas léguas de distância do arraial nascente. No encontro do povo com o comboio, a imagem foi benta ali mesmo naquele local campestre (IBGE, 2010).

E assim Nossa Senhora da Abadia, rodeada pelos seus filhos e devotos foi recebida triunfalmente entre aclamações apoteóticas e o espocar dos fogos de artifício, foguetes e morteiros e aos acordes marciais, sendo entronizada na capela provisória depois templo (IBGE, 2010).

A Santíssima Virgem, vendo a grande fé com que este povo venerava sua imagem, não cessou, até o dia de hoje, de alcançar de seu Divino filho, graças extraordinárias e até milagres em favor dos que a ela recorrem e a procuram neste Santuário. Quem uma vez ia a água Suja, por curiosidade, ou por sentimento religioso, assistir aos festejos em honra da Santíssima Mãe de Deus, nunca mais deixava de lá ir, de modo que se as romarias começaram a crescer de ano para ano (IBGE, 2010).

Figura 10 - Prefeitura de Romaria