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Não há exigência de licitação (interesse do próprio autorizatário)

Como podemos perceber, o instituto da autorização de serviço público é efetivado na realização de um interesse particular, não podendo, porém, prejudicar o interesse coletivo.

e revogar a autorização, quando for conveniente para o interesse público, sem necessidade de indenizar qualquer prejuízo. A formalização ocorre por decreto ou portaria. A realização de procedimento licitatório não é regra comum, haja vista que normalmente há caracterização de uma hipótese de dispensa ou inexigibilidade. Por fim, a esse instituto aplica-se a Lei nº 8.987/95, no que for compatível, podendo, inclusive, ser remunerada por meio de tarifa.

Em regra, é concedida no interesse do particular e intuitu personae. Coloca-se ao lado da concessão e da permissão, destinando- se a serviços muito simples, de alcance limitado, ou a trabalhos de emergência (exs: serviço de táxi; serviços de despachantes; serviços de segurança particular, de uso excepcional).

ATENÇÃO!! NÃO CONFUNDIR!!! O ato de polícia denominado autorização não é instrumento de delegação, pois não diz respeito a uma atividade de titularidade exclusiva do poder público. Configura ato administrativo de controle prévio que condiciona o exercício, pelo particular, de uma atividade privada, regida pelo direito privado e aberta à livre iniciativa.

43) (CESPE – 2015 - TJ-DF - Juiz de Direito Substituto) De acordo com a Lei n.o 11.079/2004, a contratação de parceria público- privada deverá ser precedida de licitação na modalidade de

a) leilão.

Questão de

b) tomada de preços. c) concurso.

d) concorrência. e) pregão.

O art. 10 da lei 11.079/2004 estabelece que: “Art. 10. A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na

modalidade de concorrência, estando a abertura do processo

licitatório condicionada a (...)”. Gabarito – Letra D.

44) (CESPE - 2015 - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) Tendo em vista as permissões e concessões de serviços públicos e as parcerias público-privadas, assinale a opção correta.

a) A concessionária do serviço público somente pode interromper a prestação do serviço por motivos de ordem técnica ou de segurança das instalações, casos em que ficará dispensada de realizar prévia comunicação ao usuário.

b) A concessão patrocinada se caracteriza pelo fato de a administração pública, além de ser a usuária direta ou indireta do serviço ou da obra contratada, ser integralmente responsável pela remuneração do parceiro público-privado.

c) Embora seja formalizada por meio de contrato administrativo, a permissão de serviço público se diferencia da concessão por não poder ser firmada com pessoa jurídica ou consórcio de empresas.

d) O poder concedente poderá intervir na concessão, com o fim de assegurar a adequação na prestação do serviço e o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares e legais pertinentes, medida essa que deve ser formalizada por decreto.

e) A encampação, que constitui uma das formas de extinção do contrato de concessão, deve ser adotada pela administração sempre que se caracterizar a inadimplência por parte do concessionário.

Letra (A) A lei n° 8987/95 no seu art. 6° dispõe que: “Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato”.

Letra (B) A Lei n° 11.079/04 no seu art. 2° preconiza que: “Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa”. §1° “Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado”.

“§ 2o Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens” Letra (C) A lei n° 8987/95 dispõe em seu art. 2º IV – “permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco”.

Letra (D) A lei n° 8.987/95 estabelece em seu art. 32 o seguinte: “O poder concedente poderá intervir na concessão, com o fim de assegurar a adequação na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares e legais pertinentes”. “Parágrafo único. A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que

conterá a designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida”.

Letra (E) A lei n° 8.987/95 no seu art. 37 dispõe que. “Considera- se encampação a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização, na forma do artigo anterior”.

Gabarito – Letra D.

5) Resumo

Serviço público é toda atividade de oferecimento de utilidade e comodidade material, destinada à satisfação da coletividade, mas que pode ser utilizada singularmente pelos administrados, e que o Estado assume como pertinente a seus deveres e presta-a por si mesmo, ou por quem lhe faça as vezes, sob um regime de direito público, total ou parcialmente.

O Estado, por meio da Constituição ou lei, escolhe quais as atividades que são consideradas de interesse geral e rotula como serviços públicos, dando-lhes um tratamento diferenciado.

ESTADO Atividade LEGISLATIVA Atividade ADMINISTRATIVA Atividade JUDICIÁRIA

SERVIÇOS PÚBLICOS (ativ. prestacionais)

Fomento (estímulo no setor econômico)

Polícia (restrição de direitos)

A classificação de serviços públicos mais aceita é a que adota por critério os destinatários do serviço público, classificando-o em: serviços gerais ou uti universi e serviços individuais ou uti singuli ou específicos. Essa distinção possui relevância principalmente no âmbito tributário, uma vez que somente os serviços prestados uti singuli podem ser fato gerador de taxas, enquanto que os serviços uti universi devem ser custeados por impostos e não por taxas nem tarifas.

GERAIS OU UTI UNIVERSI INDIVIDUAIS OU UTI SINGULI

Prestados à coletividade ou postos à sua disposição, em caráter geral e em condições de igualdade Prestados de forma individualizada a pessoas específicas Usuários indeterminados e indetermináveis Número determinado ou determinável de usuários

Serviços indivisíveis (não é possível determinar-se quem os utiliza ou quanto é utilizado para cada um)

Serviços divisíveis (passíveis de utilização, separadamente, por cada um dos usuários e essa utilização é mensurável)

Normalmente, são gratuitos, ou seja, não são cobrados do usuário, pois são mantidos por toda a sociedade, pela receita geral do Estado, com a arrecadação dos impostos

São divididos, medidos e cobrados do usuário na proporção de sua utilização. Podem ser remunerados por meio de taxa (prestação por ente público – regime legal – é tributo) ou de preços públicos (prestação por particular delegado do Estado – regime contratual – não é tributo)

Não há, necessariamente, relação jurídica específica com o Estado

Há relação jurídica entre o usuário e o prestador (ex: contrato)

Exemplos: iluminação pública, limpeza urbana, conservação de logradouros públicos, policiamento urbano, garantia da segurança nacional, estradas, saúde, segurança

Exemplos: coleta domiciliar de lixo, fornecimento domiciliar de água, gás, energia elétrica, serviço postal, telefônico, etc

A última classificação que por vezes é cobrada em concursos é a que subdivide o serviço público em próprio e impróprio.

Os serviços públicos próprios são aqueles que atendem as necessidades básicas da sociedade e, por isso, o Estado presta esses serviços diretamente (pela administração direta ou indireta) ou por meio de empresas delegatárias (concessionárias e permissionárias). Ex: fornecimento de água, energia elétrica, tratamento de esgoto etc.

Os impróprios são aqueles que atendem a necessidades da coletividade, mas não é o Estado quem os executa (nem direta nem indiretamente). Nesses serviços, o Estado apenas autoriza, fiscaliza e regulamenta a sua execução por entidades privadas (ex: instituições financeiras, seguradoras etc.).

Segundo prevê o art. 6º da Lei nº 8.987/95, toda prestação de serviço público deve assegurar aos usuários um serviço ADEQUADO. A lei estabeleceu alguns requisitos mínimos para que o serviço seja considerado adequado.

1. Regularidade: obediência a um padrão de qualidade. Os

serviços públicos devem funcionar de acordo com um conjunto de normas previamente previsto (controle de qualidade), que se encontram em lei ou contrato de prestação de serviços

2. Continuidade (ou permanência): a regra é que o serviço

público não pode ser interrompido/paralisado sem justa causa, por visar a satisfação do bem-estar social.

Existem 3 formas de paralisação que não violam esse princípio: Situações emergenciais, independente de aviso prévio. Ex: caiu um raio e o serviço de energia foi interrompido

Necessidades técnicas ou de segurança das instalações, após aviso prévio. Ex: limpeza/manutenção de postes de energia elétrica

Falta de pagamento do usuário, após aviso prévio, considerando o interesse da coletividade (no caso de serviços públicos “uti singuli”).

3. Eficiência: o serviço público deve funcionar segundo padrões

mínimos de eficiência, tanto na quantidade como na qualidade, ou seja, a atividade administrativa deve ser exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional, evitando qualquer tipo de desperdício.

4. Segurança: o serviço público deve ser prestado de modo a

não oferecer riscos ou prejuízos à coletividade

5. Atualidade (ou atualização ou adaptabilidade): o

serviço público deve ser prestado com equipamentos e técnicas modernas/atualizadas e por pessoal devidamente habilitado.

6. Generalidade (ou universalidade): deve ser assegurado

o atendimento sem discriminação a todos os que se situem na área abrangida pelo serviço, efetivamente ou potencialmente, desde que atendam a requisitos gerais e isonômicos. Assim, o serviço público deverá ser prestado à coletividade como um todo, sendo uma atividade erga omnes e de forma indistinta.

7. Cortesia na prestação: deve-se tratar as pessoas com

urbanidade durante a prestação do serviço público

8. Modicidade das tarifas: quando o serviço público é

prestado por particular, ele precisa ser remunerado mediante tarifa. A tarifa deve ser equilibrada/razoável (remuneração/satisfação do prestador dos serviços e não exorbitante para o usuário), vedada a obtenção de lucros extraordinários.

Os serviços públicos podem ser prestados de forma: (a) DIRETA (a própria Administração presta); (b) INDIRETA (o serviço é prestado por particulares, que, mediante delegação do poder público, são

responsáveis por sua mera execução); (c) CENTRALIZADA (o serviço é prestado pela Administração Direta, ex: Delegacia da Polícia Federal); (d) DESCENTRALIZADA (o serviço é prestado por pessoa diferente do ente federado a que a Constituição atribui a titularidade do serviço, seja por entidade da Administração Indireta, seja por particular, mediante concessão, p.ex.).

Por fim, fala-se, ainda, em prestação (e) DESCONCENTRADA,

hipótese em que o serviço é executado por órgão, com competência específica para prestá-lo, integrante da estrutura da

pessoa jurídica que detém a titularidade do serviço.

A concessão e a permissão de serviço público têm como fundamento o art. 175 da CF, que define que os serviços públicos devem ser prestados pelo Poder Público, diretamente ou sob o regime de concessão e permissão, sempre por meio de licitação.

A concessão e a permissão são formas de delegação de serviço público, ou seja, o poder concedente transfere para o particular somente a possibilidade de execução do serviço, retendo para si a titularidade, o que lhe permite controlar e retomar o serviço, se for relevante para o interesse público.

Com base no art. 2º, II, da Lei nº 8.987/95, concessão de serviço público é o contrato administrativo por meio do qual o Estado transfere

a uma pessoa jurídica ou a um consórcio de empresas, mediante

licitação na modalidade de concorrência, a prestação de um serviço público e o contratado aceita prestá-lo em seu nome, por sua conta e risco e por prazo determinado, sendo remunerado por tarifa paga pelo usuário final.

Já segundo o inciso IV do mesmo dispositivo, permissão de serviço público é a delegação feita a pessoa jurídica ou pessoa física que demonstre condições de prestação em licitação pública (não há exigência legal de uma modalidade específica, selecionando-se em

razão do valor do contrato), formalizada mediante contrato de adesão,

precário e revogável unilateralmente pelo Poder Público.

Destacam-se algumas diferenças existentes entre a concessão e a permissão de serviços públicos:

CONCESSÃO PERMISSÃO

Outorgada a pessoa jurídica ou consórcio de empresas

Outorgada a pessoa jurídica ou pessoa física

Contrato estável, ou seja, só se desfaz em casos específicos previstos em lei

Contrato precário, ou seja, pode ser revogado unilateralmente pelo poder concedente

A modalidade de licitação é a concorrência

Não há determinação legal de modalidade específica de licitação

Delegação de serviços de maior complexidade (grandes investimentos)

Delegação de serviços mais simples (pequenos investimentos)

Exige autorização legislativa Em regra, não exige autorização legislativa

As hipóteses de extinção da concessão ou permissão são as seguintes:

Advento do termo contratual; encampação (interesse público e sem culpa do contratado); caducidade (rescisão administrativa unilateral em razão de inadimplência total ou parcial do concessionário); rescisão; distrato; anulação e falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual.

As parcerias público-privadas (PPP) ou concessões especiais são modalidades específicas de contratos de concessão, por meio do qual o Estado (“parceiro público”) e o concessionário (“parceiro privado”) ajustam entre si a gestão, implantação e prestação de um serviço público, com eventual execução de obras ou fornecimento de bens, mediante investimentos de grande vulto do parceiro privado e uma contraprestação pecuniária do parceiro público, com divisão de

ganhos e perdas entre os parceiros, nas modalidades concessão administrativa e concessão patrocinada. Tudo isso nas modalidades concessão PATROCINADA e concessão ADMINISTRATIVA.

1. Concessão PATROCINADA: semelhante à concessão comum,

porém envolve uma contribuição pecuniária adicional ao valor da tarifa cobrada do usuário. O Estado patrocina a concessão, complementando a remuneração. É utilizada quando o valor da tarifa é insuficiente.

2. Concessão ADMINISTRATIVA: é a concessão de serviços

públicos em que o Estado é o usuário direito ou indireto dos serviços, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. Ou seja, é uma concessão de serviços públicos nos casos em que a cobrança de tarifa é impossível (ponto de vista legal) ou inviável (ponto de vista fático), assumindo o Estado o pagamento integral do concessionário. O art. 2º, §4º, da Lei nº 11.079/2004 dispõe que é vedada a celebração de parceria público-privada:

1. cujo valor do contrato seja inferior a 20 milhões de reais; 2. cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 anos

ou superior a 35 anos (o contrato deve determinar, nesse intervalo, o prazo de sua duração, tendo em vista que todo contrato administrativo precisa de prazo determinado. As prorrogações são possíveis, desde que não ultrapassem o limite máximo permitido em lei e estejam previstas na licitação, seja no edital ou no contrato); ou

3. que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de- obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública, devendo a avença utilizar mais de um desses objetos. Caso contrário, sua natureza não será de parceria público-privada, mas de um contrato

administrativo propriamente dito, seja de obra, de serviço ou de fornecimento.

Convido vocês a analisarem com carinho o seguinte quadro, que apresenta a diferença entre as 3 espécies de delegação de serviço público na modalidade de concessão:

CONCESSÃO COMUM CONCESSÃO PATROCINADA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA Delegação comum de serviço público Parceria público- privada Parceria público- privada Regida pela Lei nº

8.987/95

Regida pela Lei nº 11.079/2004

Regida pela Lei nº 11.079/2004 Cobrança de tarifa suficiente para viabilidade do empreendimento Valor de tarifa e quantidade dos usuários insuficiente

para viabilidade total do empreendimento Cobrança de tarifa impossível (ponto de vista legal) ou inviável (ponto de vista fático) Pagamento pelo usuário Pagamento pelo usuário e pelo Estado Pagamento pelo Estado

Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, autorização de serviço público é “o ato administrativo discricionário mediante o qual é delegada a um particular, em caráter precário, a prestação de serviço público que não exija elevado grau de especialização

técnica nem vultoso aporte de capital. (...) sendo o seu beneficiário

exclusivo ou principal o próprio particular autorizado.” (Direito Administrativo Descomplicado, 2010).

6)Questões

1) (CESPE/PC-CE/Inspetor de Polícia/2012) A titularidade dos serviços públicos é conferida expressamente ao poder público.

2) (CESPE/PRF/Agente Administrativo/2012) As concessões e permissões de serviços públicos deverão ser precedidas de licitação, existindo exceções a essa regra.

3) (CESPE/ANAC/Analista/2009) Na concessão de serviço público, o poder concedente transfere ao concessionário apenas a execução do serviço, continuando titular do mesmo, razão pela qual pode rescindir o contrato unilateralmente por motivo de interesse público.

4) (CESPE/PC-PB/Delegado/2008) O dispositivo constitucional que preceitua caber ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob o regime de concessão ou permissão, sempre mediante licitação, a prestação de serviços públicos, demonstra que o Brasil adotou uma concepção subjetiva de serviço público.

5) (CESPE/MPOG/Todos os cargos/2013) De acordo com a classificação dos serviços públicos, cabe exclusivamente à União manter o serviço de transporte e o serviço postal.

6) (CESPE/ANAC/Analista/2009) O serviço postal, o Correio Aéreo Nacional, os serviços de telecomunicações e de navegação aérea são exemplos de serviços públicos exclusivos do Estado.

7) (CESPE/TER-ES/Analista/2011) É vedada a outorga de concessão ou permissão de serviços públicos em caráter de exclusividade, uma vez que qualquer tipo de monopólio é expressamente proibido pelo ordenamento jurídico brasileiro.

8) (CESPE – 2015 - TJ-PB - Juiz Substituto) A respeito de serviço público, assinale a opção correta.

a) A taxa é remuneração paga pelo usuário quando o serviço público uti singuli é prestado indiretamente, por delegação, nos casos de concessão e permissão, e pode ser majorada por ato administrativo do

b) A prestação de serviços públicos por delegação é realizada por concessionários ou permissionários, após procedimento licitatório, podendo ocorrer em relação a serviços públicos uti singuli e uti universi. c) A União pode transferir a titularidade de serviço público a empresas públicas e a sociedades de economia mista, a exemplo do serviço postal.

d) Embora a inadimplência do usuário seja causa de interrupção da prestação de serviço, mediante aviso prévio, segundo a jurisprudência, é vedada a suspensão do fornecimento do serviço em razão de débitos pretéritos, já que o corte pressupõe o inadimplemento de conta atual, relativa ao mês do consumo.

e) Os serviços de titularidade comum entre os entes da Federação, como saúde e assistência social, são considerados, quanto à essencialidade, serviços públicos propriamente ditos, ainda que prestados por entidades privadas.

9) (CESPE/PREVIC/Técnico/2011) Os serviços de iluminação pública podem ser classificados como serviços singulares ou uti singuli, já que os indivíduos possuem direito subjetivo próprio para sua obtenção.

10) (CESPE/DPE-AL/Defensor/2009) Os serviços públicos uti singuli são aqueles prestados à coletividade, que têm por finalidade a satisfação indireta das necessidades dos cidadãos, tais como o serviço de iluminação pública e o saneamento.

11) (CESPE/MS/Analista/2010) A natureza jurídica da remuneração dos serviços de água e esgoto prestados por concessionária de serviço público é de tarifa ou preço público.

12) (CESPE – 2013 – INPI – Analista – Formação: Direito) A conservação de logradouros públicos constitui exemplo de serviço público indivisível, cujos usuários são indeterminados e indetermináveis.

13) (CESPE/PRF/Agente/2012) O serviço de iluminação pública pode ser considerado uti universi, assim como o serviço de policiamento público.

14) (CESPE/MI/Assistente/2013) A regulamentação e o controle dos serviços públicos e de utilidade pública competem sempre ao poder público.

15) (CESPE – 2015 - TRE-GO - Analista Judiciário - Área Administrativa) Determinado ente da administração pública deseja realizar procedimento licitatório para a contratação de serviços de segurança patrimonial armada para seu edifício sede.

Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item.

O objeto da contratação pretendida pode ser classificado como serviço de natureza contínua.

16) (CESPE – 2015 - DPE-PE - Defensor Público) Com base na jurisprudência do STJ, julgue o item seguinte.

Segundo o entendimento jurisprudencial dominante no STJ relativo ao princípio da continuidade dos serviços públicos, não é legítimo, ainda que cumpridos os requisitos legais, o corte de fornecimento de serviços públicos essenciais, em caso de estar inadimplente pessoa jurídica de direito público prestadora de serviços indispensáveis à população.

17) (CESPE – 2015 - TJ-PB - Juiz Substituto) No que se refere aos princípios informativos e aos poderes da administração pública, assinale a opção correta.

a) A administração pública deve dar publicidade aos atos administrativos individuais e gerais mediante publicação em diário oficial, sob pena de afronta ao princípio da publicidade.

b) Por força do princípio da motivação, que rege a atuação administrativa, a lei veda a prática de ato administrativo em que essa motivação não esteja mencionada no próprio ato e indicada em parecer. c) Como a delegação de competência se assenta no poder hierárquico da administração pública, cujo pressuposto é a relação de subordinação entre órgãos e agentes públicos, é inadmissível a delegação de competência fora da linha vertical de subordinação e comando.

d) No exercício do poder disciplinar, a administração pública pode impor sanção administrativa a servidor, sendo vedado ao Poder Judiciário, segundo jurisprudência, perquirir a motivação nesse caso.

e) Normas jurídicas que garantam ao usuário do serviço público o poder de reclamar da deficiência na prestação do serviço expressam um dos princípios aplicáveis à administração pública, como forma de assegurar a participação do usuário na administração pública direta e indireta.

18) (CESPE – 2013 – TJDFT – Analista Judiciário – Área Judiciária) O contrato de concessão de serviço público pode ser rescindido por iniciativa da concessionária, mediante ação judicial especialmente