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Não obstante a vedação contida no art 155 §3º, da Carta Magna, que afasta a incidência

“EMENTA: A ação direta de inconstitucionalidade Pedido de

II. Não obstante a vedação contida no art 155 §3º, da Carta Magna, que afasta a incidência

de qualquer tributo sobre as operações relativas à energia elétrica, o art. 34, §12 do ADCT, excepcionou o principio, ao permitir a cobrança do Empréstimo Compulsório sobre Energia Elétrica (ECC) em favor da Eletrobrás, instituido pela Lei 4. 156/62, o que afasta a incidência do cânon inscrito no art. 148 da CF/88.

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III. Apelação parcialmente provida. (TRF – 1º Região. AC 94.03.32066-7/DF. Rel.: Juíz Olindo Menezes. 3ª Turma. Decisão: 12/12/94. DJ 2 de 06/02/95, p. 4.016).”

I – com referência às contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse de categorias profissionais ou econômicas, atribui competência exclusive à União, o que importa na vedação às demais pessoas jurídicas de direito público. As contribuições sociais devem ter como conteúdo material a intervenção no domínio econômico e de interesses de categorias profissionais ou econômicas. Em sua instituição, deverá ser observado o disposto nos artigos 146, III, 150, I e II e 195, parágrafo 6º, da Constituição Federal. Abre, todavia, uma exceção aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, no que se refere a contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de previdência e assistência social. Ressalte-se que essa competência é restrita ao atendimento do sistema de previdência e assistência social (artigo 149, parágrafo único, da Constituição Federal);62

“EMENTA: Constitucional. Contribuição sociais. Lei 7.0689, de 15/12/88. Inconstitucionalidade. I- Ante o disposto no art. 149 da Constituição Federal de 1988, que manda observar o art. 146, III, só lei complementar pode instituir contribuição social.

II- Às contribuições sociais que, em face dos arts. 149 e 146, III, da CF/88, são tributos, não se aplica o disposto no art. 150, III, tendo em vista o estabelecido no § 6º, do art. 195 da CF/88.”

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J – como regra proíbe a instituição de tributos interestaduais ou intermunicipais que estabeleçam limitações ao tráfego de pessoas ou bens, apenas ressalvando desta regra a cobrança do pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público (artigo 150, V, da Constituição Federal);63

Na verdade, o pedágio é cobrado pelos entes políticos dos particulares pela utilização de estradas públicas, para atender exclusivamente a indenização de despesas com a construção e melhoramentos destas.

L – veda aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a tributação que estabeleça diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. Esta regra prevista no artigo 152, da Constituição Federal, aparece como verdadeira limitação ao poder de tributar;64

M – no que se refere ao imposto de renda e proventos de qualquer natureza, na instituição deste imposto determina que seja informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei. A observância destes critérios, como critérios expressos na Constituição, aparece como características de obrigatoriedade, como norma dirigida ao legislador.(art. 153 III, e que nos parece o mais justo de todos impostos, já por que o seu peso é proporcional à riqueza de cada cidadão.

N – como característica do imposto sobre produtos industrializados, diz que “será seletivo, em função da essencialidade do produto”. A seletividade quer significar a obrigatoriedade de se graduar a tributação através de alíquotas diferenciadas e levando- se em conta a essencialidade do produto. A seletividade em relação ao ICMS aparece como facultativa (artigos 153, § 3º, I e 155, § 2º, item III, da Constituição Federal);65

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(63) Idem Ibid, p. 42 (64) Idem Ibid, p. 42 (65) Idem Ibid, p. 42-43

O – também, como característica do IPI e do ICMS, que na realidade representam um mecanismo de cálculo do imposto para se chegar ao valor devido, aparece a obrigatoriedade de ser não cumulativo, que consiste em compensar o que for devido em cada operação, com o montante devido nas operações anteriores. Na realidade, a exigência deste mecanismo como obrigatório na instituição do IPI e do ICMS representa uma verdadeira limitação ao poder de tributar. O objetivo é o de vedar a tributação em cascata, como ocorria com o antigo imposto sobre vendas e consignações (artigo 153, § 3º, item II, e art. 155, § 2º, item I, da Constituição Federal);66

P – quando a Constituição atribui competência à União para instituir impostos extraordinários, coloca como pressupostos deflagradores “na iminência ou no caso de guerra externa”, que deverão ser suprimidos gradativamente, cessadas as causas de sua criação. A Constituição limita o poder de tributar no momento em que descreve exaustivamente os pressupostos deflagradores da instituição deste imposto, além de prever a obrigatória supressão gradativa, cessadas as causas (artigo 154, II, da Constituição Federal);67

Q – no que se refere ao imposto sobre transmissão “causa mortis” e doação de quaisquer bens e direitos, prevê a possibilidade de o Senado Federal fixar as alíquotas máximas, aparecendo esta fixação como verdadeira limitação ao poder de tributar. Ressalte-se que a fixação da alíquota máxima não pode suprimir a competência dos Estados ou do Distrito Federal, a ponto de fazer tábula rasa do princípio da autonomia dos Estados ou do Distrito Federal (artigo 155, § 2º, item IV, combinado com o artigo 18, da Constituição Federal);68

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(66) Idem Ibid, p. 43 (67) Idem Ibid, p. 43 (68) Idem Ibid, p. 43

R – também, no caso do ICMS prevê, através de Resolução do Senado, por iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, estabelecer alíquotas aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de exportação; além das alíquotas máximas e mínimas nas operações internas (artigo 155, § 2º, item IV e V, letras “a” e “b”, da Constituição Federal);69

S – prevê a possibilidade de incidência do ICMS sobre entrada de mercadoria importada do exterior, ainda quando se tratar de bem destinado a consumo e ativo fixo do estabelecimento, assim como sobre o serviço prestado no exterior. Sobre os serviços, pelo valor total da operação, quando as mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios. Raciocinando ao contrário, está a Constituição prescrevendo que nos serviços relacionados como de competência dos Municípios, no caso previsto, não pode incidir ICMS (artigo 155, item IX, letras “a” e “b”, da Constituição Federal);70

T – na incidência do imposto sobre propriedade predial e territorial urbana prevê a possibilidade de aplicação da alíquota progressiva, não arbitrariamente, mas como forma de assegurar o cumprimento da função social da propriedade (artigo 156, § 1º, da Constituição Federal);

V – proíbe a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, como regra, ressalvadas as exceções previstas na própria Constituição (artigo 167, item IV, da Constituição Federal);71

X – a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão dispensar tratamento jurídico diferenciado, no cumprimento das obrigações tributárias, às microempresas e às empresas de pequeno porte (artigo 179, da Constituição Federal);

_____________________ (69) Idem Ibid, p. 43 (70) Idem Ibid, p. 43 (71) Idem Ibid, p. 43

Z – a possibilidade de aplicação, ao imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, da alíquota progressiva no tempo, está condicionada à existência de lei do plano diretor, ser o contribuinte proprietário de solo não edificado, subutilizado ou não utilizado, e após ser notificado para que promova seu adequado aproveitamento, pelo parcelamento ou edificação. Só depois é que entra a possibilidade de aplicação da alíquota progressiva no tempo (artigo 182, § 4º, itens I e II, da Constituição Federal).