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Na fórmula l' = m'n % , como foi dito, m'n é o que no Livro Segundo fo

designado como a taxa anual de mais-valia. No caso acima, ela ascende a 153 11/13% × 8 1/2 ou, calculan,do-se exatamente, 1 307 9/13%. Se, portanto, um certo Biedermann5' se levantou com indignação contra a monstruosidade de uma taxa anual de mais-valia de 1 00096, apresentada num exemplo do Livro Segundo,

4 lb., v. l. t. 1, p. 178.

5' Referência a Karl Biedermann 812-1901!. jornalista liberal alemão, cujo sobrenome também tem o significado de bom burguês" ou filisteu`. N. dos T.!

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talvez ele venha a se tranqüilizar com um fato, que lhe é apresentado da prática

viva em Manchester, de uma taxa anual de mais-valia acima de 1 300%. Em tem-

pos de prosperidade máxima, como certamente há muito nós não presenciamos, tal taxa não é de modo algum uma raridade.

De passagem, temos aqui um exemplo da composição efetiva do capital dentro da grande indústria moderna. O capital global divide-se em 12 182 libras esterlinas de capital constante e 318 libras esterlinas de capital variável: ao todo, 12 500 libras esterlinas. Ou, percentualmente: 97 1/2, + 2 1/2, = 100 C. Só a quadragésima parte do topo serve para cobrir os salários, mas com retomo de mais de 8 vezes ao ano. Como certamente passa pela cabeça de poucos capitalistas fazer cálculos dessa espécie sobre seu próprio negócio, a estatística cala quase absolutamente sobre a relação da parte constante do capital social global com a parte variável. Só O censo norte-americano nos dá o que é possível sob as condições atuais: a soma dos salá- rios pagos em cada ramo de atividades e os lucros auferidos. Por mais suspeitos que sejam esses dados, já que se baseiam apenas em dadosnão controlados dos próprios industriais, mesmo assim eles são extremamente valiosos e só o que temos sobre essa questão. Na Europa somos demasiado sensíveis para esperar de nossos grandes industriais tais revelações. - F. E.}

CAPÍTULO V

Economia no Emprego do Capital Constante

I. Em geral

Ô aumento da mais-valia absoluta ou o prolongamento do mais-trabalho e, por

isso, da jornada de trabalho, permanecendo constante o capital variável, portanto empregando o mesmo número de trabalhadores ao mesmo salário nominal - no que é indiferente que o tempo extra seja pago ou não - baixa relativamente o va- lor do capital constante em face do capital global e do capital variável e eleva assim

a taxa de lucro, mesmo abstraindo o crescimento da massa de mais-valia e da taxa,

possivelmente ascendente, de mais-valia. O volume da parte fixa do capital cons- tante, prédios fabris, maquinaria etc., continua o mesmo, quer se trabalhe 16 ou

12 horas com ela. O prolongamento da jornada de trabalho não exige novo dispên- dio nessa parte, a mais dispendiosa, do capital constante. A isso se soma que o va- lor do capital fixo passa a ser assim reproduzido numa série mais curta de períodos de rotação, sendo, portanto, encurtado o tempo pelo qual ele precisa ser adiantado a fim de gerar determinado lucro. O prolongamento da jornada de trabalho eleva portanto o lucro, mesmo se as horas extras são pagas e, até certo limite, mesmo se elas são pagas num nível mais alto do que as horas de trabalho normais. A sem- pre crescente necessidade de aumento do capital fixo no sistema industrial moder- no`foi, por isso, um incentivo importante para o prolongamento da jomada de trabalho para capitalistas sedentos de lucro.

Não ocorre a mesma relação com jornada de trabalho constante. Nesse caso, torna-se necessário aumentar o número de trabalhadores e, com eles, também, em

certa proporção, a massa de capital fixo, das instalações, maquinaria etc., para ex- plorar maior massa de trabalho pois aqui se abstrai deduções do salário ou com- pressão do salário abaixo de seu nível normal!. Ou, onde a intensidade do trabalho deve ser aumentada, respectivamente incrementada a produtividade do trabalho, devendo ser gerada, em geral, mais mais-valia relativa, cresce, nos ramos que utili- zam matéria-prima, a massa da parte circulante do capital constante ao ser proces- sada mais matéria-prima etc. no período de tempo dado; e, segundo, cresce a maquinaria posta em movimento pelo mesmo número de trabalhadores, portanto

11 Como em todas as fábricas está investido um montante muito elevado de capital fixo em prédios e máquinas. então o lucro será tanto maior quanto maior for o número de horas durante as quais essa maquinaria puder ser mantida traba- lhandof Rep. of Insp. o’ Fact 31. Oct. 1858. p. 8.!

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também essa parte do capital constante. O crescimento da mais-valia é, portanto, acompanhado por um crescimento do capital constante, e a exploração crescente do trabalho por um encarecimento das condições de produção, por meio das quais o.trabalho é explorado, isto é, por maior gasto de capital. A taxa de lucro é, assim, por um lado, diminuída, enquanto, por outro, é aumentada.

Toda uma série de falsos custos correntes continua igual ou quase igual, seja numa jornada mais longa ou mais curta de trabalho. Os custos de supervisão são menores para 500 trabalhadores com 18 horas de trabalho do que para 750 com

12 horas.

Os custos operacionais de uma fábrica com trabalho de 10 horas são quase tão ele- vados quanto com trabalho de 12 horas. Rep. Fact. Oct. 1848. p. 37.!

Impostos estatais e municipais, seguro contra fogo, salário de diversos empre- gados permanentes, desvalorização da maquinaria e diversos outros falsos custos de uma fábrica continuam inalterados com período de trabalho longo ou curto; na mesma proporção em que diminui a produção, eles aumentam em relação ao lu-

cro. Rep. Fact. Oct. 1862. p. 19.!

O período de tempo em que O valor da maquinaria e de outros componentes do capital fixo se reproduz é praticamente determinado não pelo tempo de sua me- ra duração, mas pela duração global do processo de trabalho, durante O qual ela

atua e é consumida. Caso os operários tenham de mourejar por 18 horas em vez

de por 12, isso resulta em 3 dias a mais por semana, uma semana se torna semana e meia, 2 anos se tornam 3. Se O tempo extra não é pago, então os trabalhadores dão de graça, além do tempo normal de mais-trabalho, para cada 2 semanas, a terceira, para cada 2 anos, O terceiro. E, assim, a reprodução de valor da maquina- ria é elevada em 50%, sendo completada em 2/3 do tempo que de outra maneira

seria necessário.

Como já foi assinalado na exposição sobre a cooperação, a divisão do trabalho e a maquinaria,1` a economia nas condições de produção, que caracteriza a pro- dução em larga escala, se origina essencialmente do fato de que essas condições funcionam como condições de trabalho social, de trabalho socialmente combinado, portanto como condições sociais do trabalho. São consumidas em comum no pro- cesso de produção, pelo trabalhador coletivo, ao invés de em forma fragmentada por uma massa de trabalhadores sem conexão entre si ou que, no máximo, coope- ram apenas diretamente em pequena escala. Numa grande fábrica com 1 ou 2 mo- tores centrais os custos desses motores não crescem na mesma proporção de sua potência em cavalos de força e portanto de sua esfera de atuação possível; os cus- tos da maquinaria de transmissão não crescem na mesma proporção da massa das máquinas de trabalho, às quais transmite o movimento; O corpo da própria máqui- na de trabalho não encarece proporcionalmente ao número crescente de ferramen- tas, com que ela funciona como com seus órgãos etc. A concentração dos meios de produção poupa, além disso, edificações de toda espécie não só para as oficinas propriamente ditas, mas também para os depósitos etc. O mesmo se dá com os gastos de combustível, iluminação etc. Outras condições de produção continuam as mesmas, quer sejam usadas por poucos ou por muitos.

Toda essa economia, que se origina da concentração de meios de produção e de sua utilização em massa, pressupõe, porém, como condição essencial, a con- centração e a atuação conjunta dos trabalhadores, portanto combinação social do trabalho. Ela se origina, por isso, tanto do caráter social do trabalho quanto a mais-

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valia se origina do mais-trabalho de cada trabalhador individual, considerado em si, isoladamente. Mesmo os constantes aperfeiçoamentos, que aqui são possíveis e não necessários, se originam única e exclusivamente das experiências e observa- ções sociais que a produção do trabalhador global combinado em grande escala

ocasiona e permite.

O mesmo é válido quanto ao segundo grande ramo da economia nas condi- ções de produção. Referimo-nos à retransformação dos excrementos da produção,

seus assim chamados resíduos, em novos elementos de produção, seja no mesmo,

seja em outro ramo industrial; aos processos mediante os quais esses assim chama- dos excrementos são relançados no ciclo da produção, e portanto do consumo - produtivo ou individual. Também esse ramo da economia, no qual entraremos 'pos- teriormente, é o resultado do trabalho social em larga escala. E a abundância, cor- respondente a essa escala, desses resíduos que os toma novamente objetos de comércio e, assim, novos elementos da produção. Só como resíduos da produção em co- mum, e portanto da produção em larga escala, eles ganham essa importância para o processo de produção, continuam a ser portadores de valor de troca. Esses resí- duos - abstraindo os serviços que prestam como novos elementos da produção -

barateiam, ã medida que se tornam novamente vendáveis, os custos da matéria-

prima, nos quais sempre está calculado seu resíduo normal, ou seja, o quantum que acaba em média se perdendo em sua elaboração. A diminuição dos custos des- sa parte do capital constante eleva pro tanto a taxa de lucro com dada grandeza de capital variável e dada taxa de mais-vália.

Se a mais-valia está dada, a taxa de lucro só pode ser aumentada mediante a diminuição do valor do capital constante exigido para a produção de mercadorias.

A medida que o capital constante ingressa na produção das mercadorias, não é seu

valor de troca, mas seu valor de uso, que apenas entra em consideração. Quanto trabalho o linho pode absorver numa fiação não depende de seu valor, mas de sua quantidade, se está dado o grau de produtividade do trabalho, isto é, o nível de desenvolvimento técnico. Do mesmo modo, o auxílio que uma máquina presta a 3 operários não depende de seu valor, mas de seu valor de uso enquanto máquina. Num nível do desenvolvimento técnico uma máquina ruim pode ser cara, em outro uma boa máquina pode ser barata.

O lucro mais elevado que um capitalista obtém, por exemplo, por terem o algo- dão e a maquinaria de fiar se tornado mais baratos é o resultado da produtividade mais elevada do trabalho, certamente não na fiação, mas na construção de máqui- nas e na cultura de algodão. Para objetivar dado quantum de trabalho, portanto pa- ra apropriar dado quantum de mais-trabalho, se requer menor dispêndio nas condições de trabalho. Caem os custos que são exigidos para apropriar-se desse determinado quantum de mais-trabalho.

Já se falou da economia resultante do emprego em comum dos meios de pro- dução pelo trabalhador coletivo - o trabalhador socialmente combinado - no pro- cesso de produção. Outras economias, oriundas da redução do tempo de circulação

onde o desenvolvimento dos meios de comunicação é um momento material es-

sencial!, no desembolso do capital constante serão consideradas mais abaixo. Aqui, porém, deve ser logo pensada ã ezonomâaiqúz resulta do contínuo aperfeiçoamen-

to da maquinaria, a saber: 1! de seu material, por exemplo ferro em vez de madei-

ra; 2! do barateamento da maquinaria pelo aperfeiçoamento da fabricação de máquinas em geral; de modo que, embora o valor da parte fixa do capital constante cresça continuamente com o desenvolvimento do trabalho em larga escala, ele nem de longe cresce no mesmo grau;12 3! dos aperfeiçoamentos especiais que permitem

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ã maquinaria já disponível trabalhar de modo mais barato e eficiente, por exemplo melhoria da caldeira a vapor etc., sobre o que ainda se darão detalhes mais tarde; 4! da diminuição dos resíduos por meio de maquinaria melhor.

Tudo o que reduz a depreciação da maquinaria e do capital fixo em geral por dado período de produção barateia não só a mercadoria individual, já que cada mer- cadoria individual reproduz em seu preço a parte alíquota da depreciação que recai sobre ela, mas diminui o desembolso alíquota de capital para esse período. Traba- lhos de reparação e similares, ã medida que se tornam necessários, são contabiliza- dos nos custos originais da maquinaria. Sua diminuição, devida ã maior durabilidade

da maquinaria, diminui pro tanto seu preço.

Para toda economia dessa espécie vale de novo em grande medida o fato de que ela só é possível para o trabalhador combinado e com freqüência só pode ser realizada em trabalhos em escala ainda mais ampla, exigindo, portanto, combinação ainda maior de trabalhadores diretamente no processo de produção.

Por outro lado, porém, aparece aqui o desenvolvimento da força produtiva do trabalho em um ramo da produção, por exemplo na produção de ferro, carvão, má- quinas, na arquitetura etc., a qual pode em parte estar ligada a progressos no cam- po da produção intelectual, a saber das ciências naturais e de sua aplicação, como condição para a diminuição do valor e, assim, dos custos, dos meios de produção em outros ramos da indústria, por exemplo na indústria têxtil ou na agricultura. lsso é evidente, pois a mercadoria que provém, como produto, de um ramo da indús- tria, ingressa de novo, como meio de produção, em outro. Ela ser mais ou menos barata depende da produtividade do trabalho no ramo da produção do qual pro- vém como produto, e, ao mesmo tempo, é condição não só para o barateamento das mercadorias, em cuja produção ingressa como meio de produção, mas também para a diminuição de valor do capital constante, do qual passa a ser elemento, e

portanto para a elevação da taxa de lucro.

O característico dessa espécie de economia do capital constante, que resulta do desenvolvimento progressivo da indústria, é aqui a elevação da taxa de lucro em um ramo industrial se dever ao desenvolvimento da força produtiva do trabalho em outro. O que aqui beneficia o capitalista é novamente um ganho, o produto do tra- balho social, ainda que não o produto do trabalho explorado diretamente por ele mesmo. Aquele desenvolvimento da força produtiva remonta, em última instância, sempre de novo ao caráter social do trabalho posto em ação; ã divisão do trabalho dentro da sociedade; ao desenvolvimento do trabalho intelectual, especialmente das ciências naturais. O que o capitalista usa aqui são as vantagens do sistema global da divisão social do trabalho. E o desenvolvimento da força produtiva do trabalho em sua repartição exterior, na repartição que lhe fornece meios de produção, me- diante a qual aqui o valor do capital constante empregado pelo capitalista é relativa- mente reduzido, sendo, portanto, aumentada a taxa de lucro.

Outra elevação da taxa de lucro se origina não da economia do trabalho com a qual é produzido o capital constante, mas da economia na aplicação do próprio capital constante. Pela concentração dos trabalhadores e sua cooperação em larga escala, poupa-se, por um lado, capital constante. As mesmas edificações e instala- ções de calefação, iluminação etc. custam proporcionalmente menos para gran- des escalas de produção do que para pequenas. O mesmo vale para as máquinas

motrizes e para as máquinas de trabalho. Embora seu valor suba em termos absolu-

tos, cai relativamente em proporção à ampliação crescente da produção e à grande- za do capital variável ou à massa da força de trabalho posta em movimento. A economia que um capital efetua em seu próprio ramo da produção consiste inicial e diretamente em economia de trabalho, ou seja, em redução do trabalho pago de seus próprios trabalhadores; a economia anteriormente aventada consiste, pelo con- trário, em efetivar a maior apropriação possível de trabalho alheio não-pago da ma-

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neira mais econômica possível, isto é, na escala dada de produção com o mínimo possível de custos. A medida que essa economia não se baseia na já citada explora- ção da produtividade do trabalho social empregado na produção do capital cons- tante, mas em economizar no emprego do próprio capital constante, ela se origina diretamente da cooperação e da forma social do trabalho dentro de determinado ramo da própria produção ou da produção da maquinaria etc. numa escala em que seu valor não cresce no mesmo grau que seu valor de uso.

Aqui não se devem perder de vista dois pontos: caso o valor de c fosse = O, então I' seria = m', e a taxa de lucro estaria em seu máximo. Mas, segundo: o que é importante para a exploração imediata do próprio trabalho não é, de nenhum modo, o valor dos meios de exploração empregados, seja do capital fixo, seja das matérias-primas e auxiliares. A medida que servem como absorventes de trabalho, como meios nos ou pelos quais o trabalho e, por isso, também o mais-trabalho se objetivam, o valor de troca da maquinaria, das construções, das matérias-primas etc. é totalmente indiferente. O que importa exclusivamente é, por um lado, sua massa, como ela é tecnicamente requerida para a combinação com determinado quantum de trabalho vivo, por outro, sua adequação, portanto não só boa maquinaria, mas também boas matérias-primas e auxiliares. Da qualidade da matéria-prima depen- de em parte a taxa de lucro. Bom material deixa menos resíduos; é preciso, por- tanto, menor massa de matéria-prima para a absorção do mesmo quantum de trabalho. Além disso, a resistência que a máquina de trabalho encontra é menor. Em parte isso afeta até mesmo a mais-valia e a taxa de mais-valia. Com matéria- prima ruim, o operário precisa de mais tempo para processar o mesmo quantum; com pagamento constante de salário, isso redunda em subtração do mais-trabalho. Isso afeta, além disso, muito significativamente a reprodução e acumulação do capi- tal, que, como o desenvolve o Livro Primeiro, p. 627/6192` e seguintes, depende ainda mais da produtividade do que da massa de trabalho empregada.

E compreensível por isso o fanatismo do capitalista em economizar meios de produção. Que nada se estrague ou seja desperdiçado, que os meios de produção somente sejam gastos do modo exigido pela própria produção, depende em parte do adestramento e da formação do trabalhador, em parte da disciplina que o capi- talista exerce sobre os trabalhadores combinados e que se torna supérflua numa si- tuação social em que os trabalhadores trabalham por sua própria conta, assim como agora ela já se torna com salário por peça. Esse fanatismo se manifesta também inversamente na falsificação dos elementos da produção, o que é um dos principais meios de baixar o valor do capital constante, em relação ao capital variável, e assim elevar a taxa de lucro; a isso se acrescenta ainda a venda desses elementos da pro- dução acima de seu valor, ã medida que esse valor reaparece no produto como elemento significativo de fraude. Esse momento tem papel decisivo especificamente na indústria alemã, cuja tese básica é: só pode ser agradável às pessoas se nós pri- meiro lhes enviamos boas amostras e depois más mercadorias. No entanto, esses fenômenos inerentes ã concorrência não nos concernem aqui.

E de se notar que essa elevação da taxa de lucro, provocada pela diminuição do valor, portanto da onerosidade do capital constante, é totalmente independente do fato de o ramo industrial em que ela ocorre produzir artigos de luxo ou meios de subsistência que entram no consumo dos trabalhadores, ou meios de produção em geral. Essa última circunstância só seria importante à medida que se trata da