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Os computadores e a Internet são razões para reinventar o negócio e é importante que as empresas reconheçam o impacto que as estratégias e os planos de NE podem ter e que esse impacto também influenciará os seus clientes e, consequentemente, o sucesso da empresa.

O NE tem de assegurar a criação de condições na própria empresa de forma a conduzir todo o tipo de operações e apoiar ao máximo a gestão organizacional. Existem duas condições essenciais para que uma empresa tenha sucesso. A primeira condição é a oferta do máximo valor ao cliente e a segunda são os meios utilizados para satisfazer a primeira condição. Uma empresa não pode oferecer valor de forma sustentada e eficiente, se não dispuser dos meios necessários. Assim, é importante conseguir

organizar e gerir os recursos de modo a conseguir obter não só o valor acrescentado para o cliente, mas também os recursos suficientes que justifiquem o negócio da empresa (Gouveia, 2006).

As TI oferecem uma serie de ferramentas que têm como objectivo organizar e estruturar as empresas de forma melhorada. Como tal, já há algum tempo que as empresas têm vindo a adoptar diversas ferramentas de TI, com o objectivo de gerir os negócios e adquirir um desempenho melhorado no mercado em que actuam. Estas ferramentas suportam de forma integrada todas as áreas funcionais de uma empresa e são sistemas entre as quais se destacam as seguintes (Cassidy, 2001; Gouveia, 2006):

Enterprise Resource Planning (ERP) – são SI que integram os dados e os processos de uma empresa num único sistema, permitindo a automatização e o armazenamento dos mesmos e integrando os diversos departamentos de uma empresa;

Customer Relationship Management (CRM) – são sistemas que automatizam a gestão de relação com o cliente e têm como objectivo apoiar as empresas a criar e a manter um bom relacionamento com os clientes, através do armazenamento de informações sobre as actividades e interacções que o cliente mantém com a empresa;

Supply Chain Management (SCM) – é a gestão da cadeia de fornecimento para auxiliar a tomada de decisões, de forma a distinguir a empresa em relação à concorrência e, consequentemente, aumentar a competitividade;

Data Warehouse (DW) – é um sistema utilizado para armazenar grandes quantidades de informação relativas à actividade de uma empresa. Assim, através da análise de grandes volumes de dado, uma empresa consegue obter informação estratégica, que pode facilitar a tomada de decisões;

Business Intelligence (BI) – é o processo de colheita, empresa, análise, partilha e monitorização de informação que oferecem suporte à gestão do negócio de uma empresa;

 EDI – é um sistema que possibilita a troca estruturada de dados entre empresas, por meios electrónicos;

Workflow – é uma sequência de passos, que permitem a automatização de processos de uma empresa, permitindo a transmissão para várias pessoas, de acordo com regras definidas;

Groupware – é um sistema que suporta o trabalho em grupo e auxilia grupos de pessoas envolvidas nas mesmas tarefas;

 Gestão de Conhecimento – é um processo sistemático e intencional que tem como objectivo facilitar o acesso à informação e controlar a disseminação e apropriação de conhecimento, com o propósito de atingir a excelência organizacional.

O NE permite que o negócio seja reinventado, criando novas formas de negócio, preenchendo os requisitos de uma empresa. A Internet teve um impacto bastante significativo nas empresas e aumentou a importância das TI no sucesso do negócio (Cassidy, 2001).

Apesar de todas as vantagens que um NE bem planeado e gerido pode trazer a uma empresa, existem algumas barreiras na sua implementação. É importante que as empresas compreendam as tendências do negócio e consigam identificar as oportunidades e os riscos que podem surgir na adopção do NE. Assim, a elaboração de um plano de negócio é vital para o sucesso dos projectos de NE.

Capítulo 3

Modelos de Maturidade

Neste capítulo apresentar-se-ão os Modelos de Maturidade, tanto a nível dos SI, como a nível do NE. Serão referidos e apresentados alguns dos modelos mais citados e será feita uma comparação dos mesmos, com base numa framework comparativa. No entanto ir-se-á dar especial relevo ao modelo SOG-e, uma vez que foi o Modelo de Maturidade usado no presente trabalho.

Os avanços tecnológicos verificados ao longo dos últimos tempos deram lugar a uma profunda alteração do mercado, caracterizado por uma competição acrescida. De forma a serem competitivas, as empresas viram-se forçadas a adaptar-se a esta nova realidade, procurando soluções inovadoras no que respeita a redução de custos, bem como uma maior produtividade e a diferenciação da concorrência.

No âmbito desta adaptação, uma das áreas, onde se tem verificado maior investimento por parte das empresas, são as TI, que têm sido alvo de um desenvolvimento dinâmico e contínuo (Nolan & Koot, 1992; Gottschalk, 2002a).

Assim, a adopção e a utilização destas, por parte das empresas, é um processo evolutivo, uma vez que envolve aprendizagem por parte da empresa, devendo por isso seguir um padrão. Esse padrão, ou conjunto de estádios e as características a eles associadas, devem ser utilizados como modelo, de forma a guiar a empresa na correcta utilização das TI/SI, assim como, na correcta progressão através dos diversos estádios (Amaral, 1994; Morais, Gonçalves & Pires, 2007c).

Desta forma, surge o conceito de Modelos de Maturidade, em que um conjunto de estádios e as características a eles associados permitem identificar a situação actual da empresa, permitindo também o planeamento futuro, de forma a progredir para um estádio superior.

Existem inúmeras definições de Modelos de Maturidade, entre as quais se destacam as seguintes:

Segundo Albino, Orti e Cavenaghi, um modelo da maturidade é “uma estrutura para caracterizar a evolução de um sistema, de um estado menos ordenado e menos efectivo, para um estado mais ordenado e altamente eficaz” (Albino, Orti, & Cavenaghi, 2008). Para Rocha e Vasconcelos os Modelos de Maturidade “permitem determinar em que estádio de maturidade se encontram e planearem as acções necessárias para progredirem em direcção a uma maturidade superior e, por consequência, alcançarem os objectivos desejados” (Rocha & Vasconcelos, 2004). Também Oliveira afirma que um Modelo de Maturidade “funciona como um guia para a empresa, para que ela possa localizar o ponto em que se encontra, como está, e, em seguida, realizar um plano para que ela possa chegar a algum ponto melhor do que o actual, na busca da excelência” (Oliveira, 2006).

Numa tendência semelhante, Rocha afirma que “os Modelos de Maturidade são uns dos instrumentos disponíveis para avaliar a ao mesmo tempo orientar as empresas em direcção a melhores políticas e estratégias” (Rocha, 2000).

Estas definições e outras mais, permitem concluir que os Modelos de Maturidade, permitem identificar, de uma forma geral, a situação corrente da empresa, ou estádio actual de maturidade, bem como planear a progressão para o próximo estádio,

assumindo-se então, que uma empresa se move de um estádio para um estádio superior, tornando-se mais matura.

Os Modelos de Maturidade surgem como uma ferramenta de avaliação do estádio em que se encontra uma empresa, com o objectivo de obter vantagens competitivas.

É através destes modelos, que as empresas podem avaliar e estabelecer comparações entre si. Desta forma, uma comparação com o mercado é útil e pode significar a diferença entre o sucesso e o fracasso da empresa.

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