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NEUTRALIZAÇÃO E ARQUIFONEMA

No documento Fonetica e Fonologia (páginas 100-119)

Ao tomarmos a palavra gás, por exemplo, podemos verificar que a sua pronúncia varia bastante nas diferentes áreas geolinguísticas brasileiras. Ela varia devido à consoante final [‘gays], [‘gaS], [‘gaz], [‘gaZ]. Verificamos, portanto, que as consoantes /s/, /S/, /z/ e /Z/, em posição de coda final, ou melhor, em travamento silábico perdem a distinção entre si; não importando se usamos a sonora ou a surda, a palatal ou a alveolar. “O único traço pertinente dessas consoantes que se mantém é o da modalidade fricativa: a este fato denomina-se neutralização de traços distintivos”

(CAVALIERE, 2005, p. 50). Então, podemos dizer que ocorre neutralização quando, em um determinado ambiente fonológico, dois ou mais fonemas perdem a distinção entre si.

Para Callou e Leite (2001), a neutralização é a eliminação das oposições entre dois ou mais fonemas. É o que observamos também com a palavra “boneca”, pronunciada ora [b ‘nEkA] ou [bu

‘nEkA], podendo ainda realizar-se como [bo) ‘nEkA].

Apesar dessas variadas realizações, a troca do [o] pelo [u] ou mesmo a nasalização [õ], o significado da palavra não mudou. Por isso, dizemos que houve neutralização, isto é, o [o] e o [u] se neutralizaram, perdendo a sua função distintiva. Outro exemplo que vale mencionar é o uso das vogais [e, o] fechadas no Sul do país, e das vogais [E, ] abertas no Nordeste. Como se vê, a diferença no som, não altera o sentido das palavras.

Podemos acrescentar ainda que, aos fonemas que perdem a capacidade de distinguir palavras, damos o nome de arquifonema. O arquifonema é uma classe de fonemas que geralmente é representado por uma letra maiúscula entre barras, conforme nos ensina Cristal (2000). No quadro 17, a seguir, destacaremos alguns arquifonemas do português.

Observe que todos os arquifonemas apresentados são todos consoantes posvocálicas.

A partir do que foi analisado nesta aula, podemos concluir que os fonemas são os sons da língua capazes de distinguir significados entre as palavras, sons capazes de variar e até formar classes.

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Fonética e Fonologia da Língua Portuguesa

ARQUIFONEMAS CONTEXTO EXEMPLOS

/S/ e/S/barrode/S/vio

/S/ pa/S/tamê/S/Lu/S/co S/ta

/S/ lu/S/ES

/R/ ba/{/bagO/{/do

/R/

to/{/tofa/{/as

/L/ sa/;/tasa/;/

/N/

Neutralização de [z] ou [Z] no final de sílabas seguido

por consoante sonora. Neutralização de /s/ ou /S/

em final de sílabas seguido por consoante surda ou final de palavra. Neutralização de /z/ quando,

inicialmente em sílaba final, passa a ocupar a posição

inicial de sílaba. Neutralização de [Ä] ou [h]

que ocorrem em final de sílabas antes de consoantes sonoras Neutralização de [x] ou [h]

que ocorrem em final de sílaba antes de consoantes surdas Neutralização de [Â] ou [w]

em final de sílabas ou palavras

Neutralização de vogais nasais que ocorrem seguidas de

consoantes nasais Quadro 17 Arquifonemas do português

5.5 SÍNTESE DA UNIDADE

Fonemas são unidades mínimas do sistema de sons de uma língua que têm a função de determinar a diferença de significado de uma palavra em relação a outra. Para determinar quais são os sons de uma língua que diferenciam as palavras, devem-se realizar vários testes, tais como: critérios de oposição e distribuição complementar, variante livre.

A oposição consiste em encontrar um par mínimo, ou seja, duas palavras que se diferenciem em apenas um segmento, com vistas a estabelecer a identificação dos fonemas da língua em estudo. Quando não encontramos pares mínimos, devemos buscar pares que contrastem em ambientes similares, desde que os sons diferentes não sejam condicionados pelos seus sons vizinhos.

O alofone são os vários sons de um mesmo fonema. Eles são condicionados por determinados contextos fonológicos, tais como: posição do fonema na palavra, qualidade dos fonemas vizinhos, diferenças regionais, estilísticas livres e facultativas, que são identificados através da distribuição complementar.

Outro tipo de alofonia são as variantes livres – pronúncias diferentes de um fonema sem mudança de significados. Elas são condicionadas por fatores extralinguísticos: grau de escolaridade, sexo, idade, classe social e região de origem do falante.

Em determinados usos da língua, ocorre neutralização, que é a perda do traço que serve para distinguir dois fonemas. Os fonemas que perdem a capacidade de distinção são denominados de arquifonema.

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FÓRUM DE DISCUSSÃO

1) Que procedimentos um fonólogo adota para identificar os fonemas de uma língua? Cite exemplos.

ATIVIDADE I

1) Os sons de [l] e [w], respectivamente, de “calo” e “caldo” são fonemas ou alofones?

2) Identifique os fonemas e alofones nos corpus abaixo. Critérios de análise:

• Selecione os pares mínimos, nos dados a seguir:

• Verifique a diferença dos sons entre si e os demais, se possível.

• A ocorrência de um único par mínimo prova a existência daqueles dois fonemas entre si.

(a) /si)tU/ (b) /mi)tU/ (c) /’hsA/ (d) /’hzA/ (e) /pe) ‘deh/ (f) /ve) ‘seh/ (g) /ve) ‘deh/

ATIVIDADE II

1) Diferencie, de modo geral, FONEMA de ALOFONE. Dê exemplos da língua portuguesa.

2) Os alofones influenciam a modalidade escrita. Exemplifique.

ATIVIDADE III

1) Identifique os fonemas e alofones nos corpus a seguir: (a) /mu ‘ElA/ (b) /so) ‘nEkA/ (c) /mo ‘ElA/ (d) /bo ‘nEkA/ (e) pay/ (f) /bu ‘nEkA/ (g) /pA ‘katU/ (h) /say/ (i) /nA ‘seh/ (j) /pA ‘latU/ (k) /fA ‘zeh/

2) De que modo o alofone caracteriza uma região do Brasil? 3) Por que o fonema não tem significado?

4) Pesquise se, tecnicamente, existe diferença entre SOM, FONEMA, LETRA e GRAFEMA.

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Anotações

UNIDADE 6

PROCESSOS DE MUDANÇA FONOLÓGICA

• Processos de mudança fonológica da língua; • Classificação dos processos fonológicos.

OBJETIVOS

• Identificar os processos de mudança fonológica da língua; • Reconhecer os processos fonológicos da língua portuguesa; • Analisar por quais mudanças os sons da língua portuguesa passaram.

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6 PROCESSOS DE MUDANÇAS FONOLÓGICAS

6.1 INTRODUÇÃO

A língua não é imutável e homogênea. Ela está em constantes modificações. A nossa língua originou-se do latim vulgar que, por sua vez, veio de outra língua. Quando ocorrem modificações linguísticas, são determinadas por fatores fonéticos, morfológicos e sintáticos.

Nesta aula, estudaremos alguns processos fonológicos que contribuem para a mudança das línguas. Examinaremos, entre outros processos, a assimilação (nasalização, harmonização vocálica, redução vocálica) e dissimilação.

6.2 PROCESSOS FONOLÓGICOS

Ao analisarmos as mudanças de sons da língua, precisamos considerar tanto os aspectos fônicos que ocorrem nas palavras isoladamente, quanto às modificações sofridas por elas influenciadas por outras palavras da sentença, segundo informações colhidas em Callou e Leite (2001).

As modificações ocorridas podem ser sistemáticas e atuar sobre o nível fonológico da língua, outras podem ser assistemáticas e afetar apenas o nível fonético. Podemos agrupar os processos fonológicos em três grupos:

• Acréscimos de traços; • Perda de traços; • Mudanças de traços.

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6.2.1 Acréscimos de traços

A partir de agora analisaremos cada um deles. Os processos por acréscimos de traços podem ser:

Prótese - surgimento de um fonema no início da palavra, como em mostrar > amostrar, levantar > alevantar etc. No português corrente, estas formas protéticas denotam linguagem popular, no entanto, algumas sejam consideradas bem tradicionais como, por exemplo, alevantar, que “tem registro de datação no século XIII”, como nos informa Cavaliere (2005, p. 58).

Epêntese - surgimento de um fonema no interior da palavra, caso típico de destruição de grupos consonantais no português do Brasil. É comum ouvir as pessoas de pouca escolarização dizer: “adevogado” ao invés de “advogado”; “peneu” no lugar de “pneu”. Ou até nós mesmos, sem nos dar contar, dizermos: “decepição” ao invés de “decepção”; “ritimo” por “ritmo”.

Paragoge - consiste na inclusão de um fonema no fim da palavra. No latim tinha-se “entonce”, resultando “então”; “mal” que se originou de mali. Processo comum no português hodierno no caso de estrangeirismos terminados em consoante, como club > clube; stand > estande.

6.2.2 Perda de traço

Os processos que se dão por perda de traços podem ser: Aférese - trata-se da supressão de um ou mais fonemas iniciais, como em “ta” por “estar”. Ressaltemos que, por exemplo, a palavra cajá vem do tupi acajá, por sinal ainda presente sem a aférese em muitas cidades nordestinas, como destaca Cavaliere (2005).

Sincope - ocorre supressão do fonema no interior da palavra, caso de “xicra”, por xícara, “fosfro”, ao invés de “fósforo”, e também “abobra”, por “abóbora”. A síncope geralmente busca encurtar um polissílabo, sobretudo quando for uma proparoxítona. “Por tal motivo, não raro se manifesta em diminutivos longos: “principinho” por “principezinho”, “facinho” por “facilzinho”, como nos relata, também, Cavaliere (2005, p. 58).

Apócope - resulta da queda de um fonema final, como em: “vizim” por “vizinho”, “comê”, por “comer”, “mandá”, por “mandar”.

Crase - processo muito comum na língua atual, em que uma de duas vogais idênticas é suprimida, como em “alcol” por “álcool”.

6.2.3 Mudanças de traços

No processo de mudança de traços, conforme Callou e Leite (2001), a assimilação é responsável por um grande número de alterações fônicas. Na visão de Crystal (2000, p. 33) o processo de assimilação é tratado como um “termo geral da fonética que se refere à influência exercida por segmento de som sobre a articulação de outro, de forma que os sons se tornem parecidos, ou mesmo idênticos”.

Na concepção de Bagno (2000, p. 77), a assimilação é “a força que tenta fazer com que dois sons diferentes, mas com algum parentesco, se tornem iguais, semelhantes”. Podemos afirmar que a assimilação faz com que um som assuma os traços distintivos de um som vizinho. Dessa forma, uma consoante assimila os traços distintivos de uma; uma vogal assimila os traços distintivos de uma consoante; ou uma vogal pode afetar outra vogal.

Por vezes, o processo assimilatório nasaliza uma vogal, como em “indentidade” ao invés de “identidade”; ocorre ainda a

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situação oposta, em que uma vogal sofre desnasalização, é o caso de “home” por “homem”. Esse processo divide as opiniões. Alguns julgam que a tônica oral atue no sentido de desnasalizar a átona final; outros preferem ver nesses casos uma causa morfológica, que busca a “tematização” de palavras “atemáticas”. Há casos de nasalização assimilatória mais complexos, como o da forma popular “vinhemos”, por “viemos”, em que a consoante palatal resultaria de uma prévia nasalização da vogal tônica em face do / m/ da última sílaba: “viemos” > vi)emos >vinhemos. É o mesmo fenômeno ocorrido na passagem de outras palavras do latim vulgar para o português: vinu > vi)u > vinho.

O processo assimilatório está presente no processo de nasalização, da harmonia vocálica. (CALLOU; LEITE, 2001). A nasalização por assimilação ocorre quando a vogal que é seguida de uma consoante nasal, ou seja, a vogal assimila a nasalidade dessa consoante. A nasalização é obrigatória quando a vogal é tônica e opcional quando é pretônica, conforme destaca Cristófaro- Silva (2002). Os exemplos são as palavras “cama” [ka)m«], “sono” [o)nU], “banana” [ba)nan«] ou [ba ‘nan]. Observe que nas sílabas tônicas seguidas de consoante nasal, todas as vogais são nasais e, na pretônica, a nasalidade é opcional.

A harmonia vocálica ocorre quando uma vogal assimila os traços distintivos de outra vogal. A vogal de uma sílaba torna-se mais semelhante à vogal de uma outra. Bagno (2000, p. 98) explica que “a presença de um I ou U na sílaba tônica faz com que as vogais átonas pretônicas escritas E ou O se reduzam e sejam pronunciadas i e u”. Segundo o autor, isso ocorre, em virtude de o [i] e o [o] serem vogais mais altas e fechadas do português. Quando são usadas na sílaba tônica, elas “puxam para cima” as vogais pretônicas [e] e [o], formando um grupo harmônico, com um único

som. Podemos verificar esse processo nas seguintes palavras: av[e]nida > av[i]nida; f[e]liz > f[iliz]; c[o]ruja > c[u]ruja; f[o]rtuna > f[u]rtuna; f[o]rmiga > [fu]rmiga etc. Portanto, nesse processo, perde- se a distinção da vogal pretônica.

Outro caso de redução de perda de distinção da vogal pretônica analisada por Bagno (2000) é [o] átono pretônico pronunciado como [u] antecedido de [m] ou [b]. Podemos observar esse processo em b[o]lacha > b[u]lacha; m[o]eda >m[u]eda. Essa variação se dá em razão de as consoantes [b] e [m] bilabiais serem produzidas com um movimento de fechamento e abertura dos lábios. Bagno (2000, p. 101) esclarece que “para não terem de passar de um fechamento muito grande para um arredondamento muito grande, os lábios ‘espremem’ um pouco o ‘o’ e abrem-se menos, já que produzem um ‘u’, que é [...] uma vogal também redonda mas mais fechadas que o ‘o’” (grifo nosso).

O autor também aponta a redução de dois ditongos [oU9] e [eI9]. Os dois sons desses ditongos transformam-se em um só, ou seja, ocorre a monotongação. Os ditongos formados por [oU] são pronunciados apenas [o]. Podemos verificar isso na pronúncia das palavras p[oU9]co> p[o]co, [oU9]tro > [o]tro, r[oU9]pa > r[o]pa, [oU9]ro > [o]ro.

Diferentemente da monotongação de [oU9], que ocorre em todos os contextos, a de [eI9], segundo as análises de Bagno (2000), acontece apenas antecedida de [Z,S, r]. Isso se dá porque essas consoantes têm o mesmo ponto de articulação da semivogal. Podemos perceber essa redução melhor nos exemplos a seguir: b[eI9]jo > b[e]jo, qu[eI9]jo > qu[e]jo, ch[eI9]ro > ch[e]ro, prim[eI9]ro > prim[e]ro, p[eI9]xe > p[e]xe. Você notou que houve a redução dos sons em um só? Análise estas outras palavras: s[eI9]va, p[eI9]to, b[eI]co. Observou que não ocorre monotongação com elas? Claro que não, pois

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ninguém fala s[e]va, p[e]to, b[e]co. Note que as consoantes que aparecem após o ditongo é que explicariam o não emprego da monotongação.

Além do processo de assimilação, há também a dissimilação como um tipo de processo de mudança de traços. No entendimento de Crystal (2000, p.85), a dissimilação é “termo geral da fonética que indica a influência exercida por um segmento de som sobre a articulação de outro, de maneira que os sons se tornem menos parecidos, ou diferentes”. Dito de outro modo, a dissimilação é o processo em que um segmento fonético perde um ou mais traços que tinha em comum com o vizinho.

6.3 SÍNTESE DA UNIDADE

A língua não é imutável e homogênea. Ela está em constantes modificações. Os processos fonológicos de mudanças de sons da língua são divididos em três grupos: acréscimos de traços, perda de traços e mudanças de traços. Os processos por acréscimo de traços são: prótese (no inicio da palavra); epêntese (no interior da palavra); paragoge (no final da palavra). Os processos de perda de traços são aférese (no inicio da palavra); síncope (no interior da palavra); apócope (no final da palavra).

No processo de mudança de traços, a assimilação se refere à influência exercida por segmento de som sobre a articulação de outro, de forma que os sons se tornem mais parecidos, ou mesmo idênticos. O processo assimilatório está presente no processo de nasalização (a vogal assimila a nasalidade de uma consoante nasal [m, n, ø]; da harmonização vocálica (uma vogal de uma sílaba torna-se mais semelhante à vogal de uma outra); e também em casos de monotongação (redução de ditongos [oU9] – em todos os contextos – e [eI9] – antecedida de [Z, S, r]).

No processo de mudanças de traços, além da assimilação, há a dissimilação, considerado processo em que um segmento

fonético perde um ou mais traços que tinha em comum com o vizinho.

FÓRUM DE DISCUSSÃO

1) Discuta com seus colegas se os processos fonológicos estão única e exclusivamente relacionados ao português popular do Brasil ou se alguém com escolaridade alta é capaz de produzir alguns destes processos fonológicos, em situação espontânea de fala. Levante os argumentos favoráveis ou não.

a) amostrar b) alevantar c) vinhemos d) indentidade

ATIVIDADE I

1) Reconheça os processos fonológicos que se manifestam nos seguintes exemplos do português popular no Brasil.

a) Amostra < mostrar b) Vinhemos < viemos c) Peneumonia < pneumonia d) Lava jato < lava a jato e) Indentidade < identidade f) ) dizê < dizer

2) Analise as mudanças que ocorreram nas palavras a seguir e identifique o(s) processo(s) fonológico(s) que justifique (m) essa(s) mudança(s). a) preguiça > priguiça b) fósforo > fosfro c) touro > toro d) panela > pãnela e) reparar > arreparar

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f) jantar > jantá

g) advogado > adevogado h) beijo > bejo

ATIVIDADE II

1) Assinale a alternativa que apresenta um exemplo de assimilação no processo de harmonia vocálica, de nasalização e monotongação, respectivamente.

a) rodear > arrodear, panela > panela; deixe > dexe. b) pepino > pipino; banana > bãnana; chero > chero

c) administração > adiministração; janela > janela: loiro > loro.

d) costume > costume; banheira > banhera, levantar > alevantar.

2) Aponte e explique quais os processos por perda de traços, dando exemplos do português atual.

ATIVIDADE III

1) Na lista das palavras a seguir aparecem somente exemplos de processos por acréscimo de traços. Identifique quais são os tipos de processos por acréscimos.

a) alimpar b) amostrar c) peneu d) adevogado

2) O que é nasalização? Nasalização é um tipo de assimilação ou não? Explique e dê exemplos do português contemporâneo.

UNIDADE 7

ESTRUTURA SILÁBICA DO PORTUGUÊS

• Apresentação da estrutura silábica da língua portuguesa;

• Representação e classificação da estrutura silábica do português.

OBJETIVOS

• Conhecer a sílaba em português;

• Definir e reconhecer uma sílaba do português; • Representar a estrutura silábica do português; • Classificar sílaba.

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7 ESTRUTURA SILÁBICA DO PORTUGUÊS

7.1 INTRODUÇÃO

Os fonemas – unidades mínimas indivisíveis da língua – organizam-se em unidades maiores: sílabas, morfemas e palavras. A combinação dos fonemas não se dá de maneira aleatória. Os fonemas combinam-se a partir de princípios da gramática interna e da estrutura fonológica da língua. Segundo Mori (2003), o primeiro nível de organização dos fonemas refere-se à formação de sílabas. Cada língua tem padrões silábicos próprios, como enuncia Callou e Leite (2001). Nesta aula, apresentaremos o estudo sobre sílaba, sua estrutura, classificação e representação da estrutura silábica.

No documento Fonetica e Fonologia (páginas 100-119)

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