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Qual é o objetivo da contabilidade? Segundo o Statement of Financial Accounting Concepts nº. 8 do Financial Accounting Standards Board - FASB, o objetivo da contabilidade é de fornecer informações financeiras sobre a entidade que seja útil para investidores atuais e potencias, assim como para outros usuários que visem à tomada de decisão racional de investimentos, créditos e outros.

No Brasil, conforme o Pronunciamento Conceitual Básico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, o objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações sobre posição patrimonial e financeira e, acerca do desempenho, que sejam úteis a um número de usuários para avaliação e tomada de decisão.

Já, para Hendriksen e Van Breda (2009), divulgar tem como sentido ampla veiculação de informação; já, no sentido mais restrito à área contábil, divulgar tem como significado, veicular informações financeiras que vão desde a discussão e a análise pela administração, às notas explicativas e às demonstrações complementares. Reportando-se à palavra divulgar em língua inglesa, disclosure, de acordo com Iudícibus (2006), está ligada aos objetivos da contabilidade, ao garantir informações diferenciadas para os vários tipos de usuários.

Em resumo, o objetivo da contabilidade é divulgar, evidenciar, informações financeiras para todos os usuários. Ernst & Young e FIPECAFI (2009) citam que esses usuários das demonstrações financeiras incluem investidores e potenciais investidores, empregados, credores, fornecedores, clientes, governos e suas agências, e o público em geral. Ainda, segundo Ernst & Young e FIPECAFI (2009), estes usuários utilizam tais informações para satisfazer certas necessidades como auxílio na análise de risco, para saber sobre a continuidade da empresa, a destinação de recursos, o desempenho, dentre outras.

Segundo Lopes e Lima (1999), do ponto de vista da evidenciação contábil, os derivativos apresentam um problema bastante complexo, uma vez que todos os riscos envolvidos com a sua operação não estão perfeitamente evidenciados nas demonstrações financeiras das empresas. Para Lopes e Carvalho (1999), essa não evidenciação é um problema grave, pois os usuários externos não possuem acesso ao volume de operações da instituição analisada pelas demonstrações contábeis.

No Brasil, a principal norma que dispunha sobre a evidenciação nas demonstrações contábeis de companhias abertas do valor de mercado dos instrumentos financeiros era a Instrução Normativa 235 da Comissão de Valores Mobiliários – CVM publicada em 23 de

março de 1995 (DARÓS; BORBA, 2005, p. 72). Esta norma trata de divulgação do valor de mercado em nota explicativa dos instrumentos financeiros detidos pela empresa, reconhecidos ou não nas demonstrações financeiras.

Em 2008, a CVM publicou a Instrução Normativa 475 e a Deliberação 550. Estas publicações tratam da apresentação das informações dos instrumentos financeiros em nota explicativa, e também sobre a divulgação de quadro demonstrativo de análise de sensibilidade, considerando cenários de stress, e a perda ou ganho para cada cenário projetado. Segundo Lopes, Lima e Galdi (2009), a crise no mercado financeiro e as perdas relevantes, em algumas empresas brasileiras em operações com derivativo, fizeram com que a atenção a este tema aumentasse consideravelmente, motivando, assim, a publicação dessas normas por parte da CVM.

A CVM também publicou a Nota Explicativa à Instrução CVM 475 que vem informar os conceitos por trás da Instrução Normativa 475 e da Deliberação 550. Nesta a CVM destaca que essas publicações visam a fornecer maiores informações para que os usuários possam avaliar adequadamente o risco inerente às operações da empresa. Dentre essas informações, pode-se citar a divulgação da política de utilização de derivativos; os objetivos e estratégias de gerenciamento de riscos; entre outros. Essa necessidade se torna mais importante quando o produto envolvido é um derivativo, pois segundo a CVM (2008), por meio desse produto, a empresa pode assumir riscos muito superiores às suas necessidades de capital, aumentando o potencial de alavancagem das empresas que utilizam esses instrumentos.

Já, no âmbito internacional, tem-se o International Accounting Standards Board (IASB), que foi criado em 2001, com a reestruturação do International Accounting Standards Committee (IASC). ERNST & YOUNG e FIPECAFI (2009) explanam que este evento coincidiu com a decisão da Comissão Europeia de adotar as normas internacionais de contabilidade (IAS), até então emitidas pelo IASC. Kimura, Basso e Perera (2009) explicam que o IASB adotou todas as IAS, revisando e desenvolvendo essas normas internacionais, passando a chamar este novo padrão de International Financial Reporting Standard (IFRS). Ainda, segundo Kimura, Basso e Perera (2009), muitas das normas que compõem o IFRS ainda são chamadas de IAS.

Dentre as normas internacionais sobre instrumentos financeiros e derivativos, pode-se destacar o IAS 39 – Financial Instruments: Recognition and Measurement, o IAS 32 – Financial Instruments: Presentation e o IFRS 7 – Financial Instruments: Disclosures. Para Lopes, Lima e Galdi (2009), essas normas são concebidas dentro da tradição jurídica de

common Law, que são princípios gerais de orientação e não regras detalhadas, possuindo considerável espaço de julgamento para o contador. De acordo com Lopes e Martins (2005), agentes do mercado financeiro que possuem a cultura do common Law, estão mais preocupados com a essência econômica das atividades da empresa do que com a forma jurídica das transações. Ainda, Lopes e Martins (2005) expõem que, dentro da cultura do common Law, a evidenciação tem papel central na contabilidade.

Para adequar a contabilidade brasileira à internacional, em 2005, foi criado o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), órgão este reconhecido pela comunidade contábil e de negócios, que é ficou como responsável por emitir as normas internacionais de contabilidade no Brasil. O CPC tem como objetivo:

[...] o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais. (Art. 3° da Resolução Conselho Federal de Contabilidade n° 1055, 2005).

Portanto, em 2010, as normas brasileiras de contabilidade sobre instrumentos financeiros (contempladas nos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC) são baseadas em normas internacionais sobre o assunto (International Financial Reporting Standards – IFRS). Os principais temas regulamentados referem-se à apresentação e à classificação dos instrumentos, ao seu reconhecimento e mensuração, e à divulgação – forma como devem ser apresentadas as notas explicativas sobre instrumentos financeiros nas demonstrações financeiras (LOPES; LIMA; GALDI, 2009, p. 98-99).

Dentre os principais pronunciamentos técnicos do CPC que tratam de instrumentos financeiros e derivativos, pode-se citar: o CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, que é equivalente ao IAS 39; o CPC 39 – Instrumentos Financeiros: Apresentação, que é equivalente ao IAS 32; e o CPC 40 – Instrumentos Financeiros: Divulgações, que é equivalente ao IFRS 7.

Em 2009, a CVM, mediante a Deliberação 604, aprovou todos os Pronunciamentos Técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), inclusive o CPC 38, o CPC 39 e o CPC 40, que dispõe sobre reconhecimento, mensuração, apresentação e evidenciação de instrumentos financeiros.

O pronunciamento técnico nº 39 (CPC 39 – Instrumentos Financeiros: Apresentação) discorre sobre a apresentação e classificação de instrumentos financeiros, fornece conceitos importantes como o de instrumentos financeiros:

Instrumento Financeiro é qualquer contrato que dê origem a um ativo financeiro para a entidade e a um passivo financeiro ou instrumento patrimonial para outra entidade. (CPC 39 - Instrumentos Financeiros: Apresentação, 2009).

Já, de acordo Lopes, Lima e Galdi (2009), um instrumento financeiro decorre de um contrato entre duas ou mais partes que estão interessadas em realizar uma transação de transferência de recursos, sendo um contrato, um acordo que gere consequências econômicas para as partes envolvidas. De acordo com a definição do CPC 39, faz-se necessário saber os conceitos de ativo financeiro, passivo financeiro e de títulos patrimoniais. Abaixo, seguem as definições apresentadas pelo CPC 39.

Ativo financeiro é qualquer ativo que seja caixa; instrumento patrimonial de outra entidade; direito contratual de receber caixa ou outro ativo financeiro de outra entidade ou de trocar ativos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade sob condições potencialmente favoráveis para a entidade; um contrato que seja ou possa vir a ser liquidado por instrumentos patrimoniais da própria entidade que não seja um derivativo ou que sendo um derivativo poderá ou será liquidado de outra forma que não pela troca de um montante fixo de caixa ou outro ativo financeiro. Como exemplo, temos dinheiro, aplicações em depósitos bancários, recebíveis, investimentos em títulos. (CPC 39 - Instrumentos Financeiros: Apresentação, 2009). Passivo financeiro é qualquer passivo que seja uma obrigação contratual de entregar caixa ou outro ativo financeiro a uma entidade ou de trocar ativos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade sob condições que são potencialmente desfavoráveis para a entidade; contrato que será ou poderá ser liquidado por instrumento patrimonial da própria entidade e que não seja derivativo ou que sendo um derivativo poderá ou será liquidado de outra forma que não pela troca de um montante fixo de caixa ou outro ativo financeiro. Exemplificando: contas a pagar, duplicatas a pagar, títulos de dívida. (CPC 39 - Instrumentos Financeiros: Apresentação, 2009).

Instrumento patrimonial é qualquer contrato que evidencie uma participação nos ativos de uma entidade após a dedução de todos os seus passivos. Ações são grande exemplo de um instrumento patrimonial. (CPC 39 - Instrumentos Financeiros: Apresentação, 2009).

Ainda, conforme o CPC 39 (2009), os ativos e passivos financeiros devem ser apresentados em base líquida, somente quando a entidade dispõe de um direito legalmente executável para liquidar pelo montante líquido; e tiver a intenção tanto de liquidar em base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

Já, o pronunciamento nº 38 (CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração) conceitua derivativos como um instrumento que deve possuir todas as três características seguintes: o seu valor altera-se em resposta à alteração na taxa de juros especificada, no preço de instrumento financeiro, no preço de mercadoria, na taxa de câmbio, no índice de preços ou nas taxas, avaliação ou índice de crédito, ou outra variável, desde que,

no caso de variável não financeira, a variável não seja específica de uma parte do contrato; não é necessário qualquer investimento líquido inicial ou investimento líquido inicial que seja inferior ao que seria exigido para outros tipos de contratos que se esperaria que tivessem resposta semelhante às alterações nos fatores de mercado; é liquidado em data futura.

No que tange a derivativos, o CPC exige que todos devam ser mensurados a valor justo com ajustes reconhecidos no resultado, exceto aqueles que fazem parte da estratégia de hedge accounting, que possuem regras específicas de mensuração. De acordo ainda com o CPC 38, valor justo é a quantia pela qual um ativo poderia ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras e dispostas a isso em transação sem nenhum favorecido. Segundo Lopes, Lima e Galdi (2009), a mensuração por valor justo é uma das mais relevantes alterações na contabilidade de instrumentos financeiros.

Segundo Ramirez (2008), hedge accounting é uma técnica que modifica a base normal para reconhecer ganhos e perdas associados a um item de hedge ou um instrumento de hedging para permitir que os ganhos e perdas do instrumento de hedging possam ser reconhecidos no resultado no mesmo período de compensação de perdas e ganhos do item protegido. De acordo com ERNST & YOUNG e FIPECAFI (2009), para que a entidade possa tratar o derivativo como dentro do hedge accounting, é necessário que sejam atendidos alguns critérios:

identificação do tipo de hedge;

identificação dos itens ou das transações objeto de hedge;

identificação da natureza do risco objeto de hedge (risco de taxa de juros, risco de variação cambial, risco de crédito e risco de mercado);

identificação do instrumento de hedge;

demonstração que o hedge está sendo altamente eficaz;

documentação de todos os passos acima desde o início da relação de hedge; monitoramento de maneira retrospectiva à eficiência do hedge.

A demonstração da efetividade do hedge para que este se enquadre dentro da modalidade de hedging accounting se mostra como um grande desafio para as empresas. Iudícibus, Martins, Gelbcke, Santos e a FIPECAFI (2010) conceituam efetividade do hedge como o grau em que a mudança no valor justo, ou no fluxo de caixa do item objeto de hedge é compensada pela mudança no valor justo, o uno fluxo de caixa do instrumento de hedge. Um dos principais métodos para a demonstração dessa efetividade é a correlação.

 ativo ou passivo individual ou um grupo de ativos ou passivos;  compromissos firmes ou transações previstas altamente prováveis;

 o risco de variação cambial ou o risco total de ativos ou passivos não financeiros;

 uma parte do fluxo de caixa de qualquer ativo ou passivo financeiro;  os investimentos líquidos em subsidiárias no exterior.

Já, Ramirez (2008) elenca os principais instrumentos de hedging:

 um derivativo que envolve uma parte externa, exceto para a maioria das opções vendidas;

 um ativo ou passivo financeiro não derivativo financeiro externo, mas somente para hedge de risco cambial;

 uma parte do instrumento de cobertura;

 dois ou mais derivativos, ou parte de seu valor nominal, pode ser visto em combinações como o instrumento de cobertura se nenhum deles for uma opção subscrita;

um único instrumento de cobertura a ser designado como cobertura para mais de um tipo de risco, em que os riscos possam ser identificados claramente, a efetividade do hedge possa ser demonstrada e seja possível assegurar que existe uma designação específica.

Lopes, Lima e Galdi (2009) citam cada tipo de hedge e a sua forma de contabilização: Hedge de valor justo é aquele que mitiga uma exposição nas alterações do

valor justo de um ativo ou passivo reconhecido ou de um compromisso firme não reconhecido. Para aplicar, deve ser identificado e documentado o risco que está sendo protegido. Deve ser classificado sempre como mensurado ao valor justo por meio do resultado; se o objeto de hedge é mensurado pelo custo ou pelo custo amortizado, a sua mensuração é ajustada para refletir as alterações no valor justo do item objeto de hedge, decorrente das variações do risco protegido. Estas mudanças são reconhecidas diretamente no resultado do exercício; se o objeto de hedge é um disponível para a venda, as alterações no seu valor justo passam a ser consideradas no resultado do exercício. A figura 4 exemplifica esse tipo de hedge.

Figura 4 – Hedge de valor justo

Fonte: Adaptado de Ramirez (2008)

Instrumento de hedging

Alterações no valor justo

Objeto de hedge

Alterações no valor justo com relação ao risco coberto

Resultado

Hedge de fluxo de caixa é para proteção contra uma exposição de variações no fluxo de caixa da empresa atribuída a um risco específico associado a um ativo, passivo ou transação futura altamente provável. Alterações do valor justo do instrumento de hedge são reconhecidas no PL; o item objeto de hedge não tem a sua contabilização ajustada; quando uma transação projetada objeto de hedge accounting é efetivada, a empresa tem a opção de manter os ganhos/perdas com o instrumento de hedge no PL ou removê-los do PL e incluí-los no valor contábil inicial do ativo/passivo; se o hedge de uma transação projetada resultar em um ativo/passivo financeiro, os ganhos/perdas diferidos continuam no PL; quando o item objeto de hedge impactar o resultado do exercício, o montante correspondente classificado no PL é removido e é reconhecido no resultado do exercício; se o hedge de fluxo de caixa não for totalmente efetivo, a parcela ineficaz deve ser reconhecida no resultado. Abaixo, a figura 5 exemplifica essa situação.

Figura 5 – Hedge de fluxo de caixa

Fonte: Adaptado de Ramirez (2008)

Instrumento de hedging Alterações no valor justo Patrimônio Líquido Resultado Parte efetiva Parte não efetiva

Quando o item protegido impactar o resultado

Hedge de investimento no exterior é para proteção do montante relacionado à participação da empresa em uma subsidiária no exterior. Contabilização semelhante ao do hedge de fluxo de caixa. Mudanças no valor justo do instrumento de hedge são reconhecidas em item separado do PL e são baixadas somente na venda da participação da empresa.

Ernst & Young e FIPECAFI (2009) ainda mencionam os derivativos embutidos, sendo um componente de um instrumento híbrido, que inclui um derivativo e um contrato hospedeiro, tendo, como resultado, que o fluxo de caixa do instrumento combinado varia de maneira semelhante ao de um derivativo de forma isolada. O CPC 38 exige que os derivativos sejam identificados e separados do contrato principal para que a contabilização seja conforme os demais instrumentos financeiros derivativos.

A norma internacional referente à evidenciação de operações com instrumentos financeiros é o IFRS 7 que, no Brasil, foi traduzido no pronunciamento nº 40 (CPC 40 – Instrumentos Financeiros: Evidenciação). De acordo com Ernst & Young e FIPECAFI (2009), o objetivo desta norma internacional é requerer que as entidades divulguem informações sobre os instrumentos financeiros, permitindo que o usuário desta informação possa avaliar a significância dos instrumentos financeiros sobre a posição financeira e acerca do desempenho das entidades e também possa avaliar a natureza e a extensão da exposição aos riscos associados aos instrumentos financeiros utilizados pela entidade e o gerenciamento destes.

O pronunciamento CPC 40 também estabelece hierarquias de três níveis para a mensuração do valor justo: nível 1, que são preços cotados no mercado ativo, para ativos e passivos financeiros iguais; nível 2, que são preços cotados no mercado referente a instrumentos similares ou, no caso de modelos de cálculo, que haja inputs de dados observáveis; nível 3, que são aqueles instrumentos precificados mediante modelos de cálculo, mas que os inputs não sejam observáveis.

Ainda, de acordo com o CPC 40, caso a entidade possua empréstimo ou um recebível pelo valor justo, esta deve divulgar o montante pelo qual qualquer derivativo de crédito ou instrumento similar elimina a exposição máxima ao risco de crédito.

Conforme a Orientação Técnica CPC 03, a empresa deve divulgar em notas explicativas informações quantitativas e qualitativas referentes a instrumentos financeiros derivativos. Dentre essas informações, pode-se listar:

 política de utilização;

 objetivos e estratégias de gerenciamento de riscos, particularmente a política de proteção patrimonial (hedge);

riscos associados a cada estratégia de atuação no mercado, adequação dos controles internos e parâmetros utilizados para o gerenciamento desses riscos e os resultados obtidos em relação aos objetivos propostos;

 o valor justo de todos os derivativos contratados, os critérios de avaliação e mensuração, métodos e premissas significativas aplicadas na apuração do valor justo;

 os valores registrados em contas de ativo e passivo segregados, por categoria, risco e estratégia de atuação no mercado, aqueles com o objetivo de proteção patrimonial (hedge) e aqueles com o propósito de negociação;

 os valores agrupados por ativo, indexador de referência, contraparte, local de negociação (bolsa ou balcão) ou de registro e faixas de vencimento, destacados os valores de referência, de custo, justo e em risco da carteira;

 os ganhos e as perdas no período, agrupados pelas principais categorias de riscos assumidos, segregados aqueles registrados no resultado e no patrimônio líquido;

os valores e o efeito no resultado do período de operações que deixaram de ser qualificadas para a contabilidade de operações de proteção patrimonial (hedge), bem como aqueles montantes transferidos do patrimônio líquido em

decorrência do reconhecimento contábil das perdas e dos ganhos no item objeto de hedge.

Caso a entidade possua hedge accounting, segundo o CPC 40, esta deve divulgar a descrição de cada tipo de hedge, a descrição dos instrumentos financeiros designados como instrumentos de hedge e seus valores justos, e a natureza dos riscos que estão sendo objeto do hedge. E, ainda há, para o hedge de fluxo de caixa, a necessidade de divulgação dos períodos em que se espera que o fluxo de caixa vá ocorrer e quando; uma descrição de operação prevista em que foi utilizada a contabilidade de hedge, mas que já não se espera que ocorra; o montante que tenha sido reconhecido no patrimônio líquido durante o período; quantia que tenha sido reclassificada do patrimônio líquido para o resultado do período, mostrando o montante incluído em cada item da demonstração do resultado abrangente; e o montante que tenha sido removido do patrimônio líquido durante o período e incluído no custo inicial ou outro valor contábil de ativo não financeiro ou passivo não financeiro, cuja aquisição ou não ocorrência tenha sido um hedge de operação prevista e altamente provável.

Além disso, segundo o CPC 40, a entidade deve divulgar separadamente os ganhos ou as perdas de hedge de valor justo sobre o instrumento de hedge e sobre o objeto de hedge atribuído ao risco coberto; a ineficácia do hedge reconhecida no resultado que decorre de

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