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Um novo ciclo se abre para a humanidade. A era de Peixes aproxim a-se do flm e j£ surgem no horizonte os primeiros claroes do periodo de Aqu5rio.

Quem se interessa pelo esoterismo ou pelas ciencias que, segundo consta, sao secretas, nao ignora o que estes ciclos indicam. Recordamos, simplesmente, que eles sao li- gados & precessao dos equin6cios, cujo movimento retr<5- grado leva o Sol a seu ponto de partida ao fim de 25.900 anos. Este movimento de revolugao divide-se em 12 perfo- dos, cada um com cerca de 2.160 anos e um signo zodiacal simbolizando cada perfodo. No momento do nascimento de Jesus, a era de Aries teve fim e a era de Peixes recebeu seu impulso. Isto foi, de algum modo,o “ minuto das eras” e en- cerrou-se, assim, todo o simbolismo que comportava o fato de fazer Jesus nascer, para a histtfria, no “minuto” . Com- preende-se m elhor, entao, o simbolo de peixes, tao empre- gado pelos discfpulos e do qual ainda sao encontrados ves- tfgios nas catacumbas romanas.

Com o fim da E ra de Peixes, teve fim a 6poca da pre- paragao feita por Jesus. O s 2.160 anos cujo ciclo serd

fechado em meados do sdculo X X II, terao contitufdo, com efeito, um perfodo seletivo.

Houve, durante esse tempo, uma esp^cie de decan tagao no dommio das iddias e dos costumes, bem como de tudo que, de perto ou de Ionge, diz respeito & humanidade. Para o que 6 da pr6pria evolugao, um cume foi atingido, uma purificagao foi realizada no piano superior do ser e uma etapa importante se conclui. A partir da fase atingida, de uma fase que cristaliza tudo, purificando as etapas ante- riores, grandes coisas poderao realizar-se a partir do mo- mento em que o ponteiro do rel6gio do tempo marcar uma hora da manha, isto 6, no preciso momento da mudanga da era, como ele havia marcado o minuto no comego da era de Peixes. Lembremo-nos de que o signo de Aries 6 repre- sentado por um homem segurando na mao direita uma £n- fora de onde a £gua se escoa. Em linguagem simbtflica, a anfora designa o coragao. A £gua que daf jo rra simboliza os beneffcios que resultam da pureza de coragao.

pois, em liltima anflise, a instauragao de uma era de fraternidade e de compreensao que promete a pr6xima chegada do novo ciclo. O que se passa em volta de n6s, a angustia que estreita as almas, a disc6rdia que parece cons- tituir lei em nosso mundo, tudo isso e muitas outras coisas mais poderiam conduzir o pensador mais avisado a duvidar de tal promessa.

Existe, sem duvida, em nossa €poca, uma instabilidade e uma inarmonia que transparecem nos atos da coletividade humana, e nos do indivfduo. Tendo chegado, no piano ma­ terial, a um apogeu, o homem parece errar sem orientagao e titubear nas espessas trevas. Com toda sua ciencia, ele 6

sempre o joguete dele mesmo e, mais do que nunca, sub- misso &s infludncias exteriores e a seu meio. Para muitos,

h i uma ruptura flagrante entre o progresso humano e a

evolugao interior. Ser£ melhor dizer que existe no homem inadaptagao entre seu eu interior e o mundo objetivo, que nao ser£ jamais apagada por meios mec&nicos. £ para o homem, e s6 para o homem, que ele tem de encher, indivi- dualmente, o fosso. O ra, tudo estando bem previsto e a sa­ bedoria c6smica desenvolvendo calma mas obstinadamente seus pianos, existem sistemas para quem 6 solicitado a adaptar-se aos novos tempos e a exercer sua missao com efic^cia preparando o homem e conduzindo-o h realizagao de si mesmo, em harmoniosa sincronizagao com uma reali- zagao mais ampla na escada c6smica, se fizeram suas pro- vas e forem bem-sucedidos.

H i algumas d^cadas, e sobretudo no curso dos (iltimos

anos, tem -se falado muito, e ainda muito se fala, de muta- gao e de mutantes. Alguns estao aterrorizados com isso e pode-se observar, recentemente, uma verdadeira psicose de medo, nesse sentido. Diminuido por sua educagao pu- ramente material, o homem s6 podia aplicar seu racioctnio habitual aos fenomenos que ocorriam no dia a dia. O ho­ mem evolui tanto no piano ffsico como no espiritual. A natureza se encarrega do domfnio que lhe 6 pr6prio. Para tempos novos, homens novos. Uma mutagao se opera pois, lentamente, e se o homem de hoje 6 fisicamente diferente do homem do passado, o homem do futuro o ser£ ainda mais do homem de hoje. Se a natureza pode ir mais de- pressa para alguns, foi devido Is vias habituais do criador. Ela quer m ostrar o que serd, mas ainda € preciso nao con- fundir o que ela quer indicar com as anomalias que sao a unica conseqiiencia dos erros humanos, ou meras excegoes

cujas causas sao biologicamente explic^veis. O ra, tem-se generalizado, com muita frequ£ncia, mesmo para casos normals e em termos de futuro, a acusagao da m i utilizagao dos conhecimentos at6micos e suas consequencias. Mas o que 6 incontestavelmente verdadeiro para a maioria dos casos nao tem sido, certamente para todos.

Do ponto de vista moral, constataram -se igualmente abusos e seria falso estabelecer uma crenga generalizada no fim do mundo. Certamente 6 o fim de um mundo em que

n6s estamos. A influencia da nova era, h i muito y i se faz

sentir, contrabalangada pela agao da era que se extingue. O assalto das forgas c6smicas diferentes e, hs vezes, at€ con- trdrias, reflete o comportamento humano. O homem retira dessas influencias conjugadas nao s<5 o que € bom, como daf retira tamb6m aquilo que nao o 6. Entretanto, 6, princi- palmente no universo material, que estas influencias se fa- zem sentir e as perturbagoes naturais sao a manifestagao (is vezes tr£gica), se bem que a destruigao seja, em todas as coisas, uma fase de incessante construgao.

De fato, no piano moral, a razao 6 bem outra. Um im- pulso, “c6smico” , incontestavelmente construtivo, atua so­ bre a humanidade e, sem duvida, em todo nosso universo solar. Este “impulso” esforga-se por conduzir interior- mente o homem ao novo estado; a partir daf ele tomartf um novo impulso, em relagao i era que se aproxima e que, po- tencialmente, j i af esti. Ela 6, pois, em essSncia, construti- va e boa e, tem cardter permanente. Ela age sobre o mundo e, por sua natureza, em cada pessoa, em cada raga e em ca­ da indivfduo. Ela atua, mesmo, sobre cada comunidade, seja religiosa, mfstica ou outra qualquer. Ela tende a p6r, progressivamente, todas as coisas e todo ser, no diapasao

da lenta progressao para a era que vem. Nao 6 aqui o lugar onde conviria estudar sua influencia no comportamento das pessoas. Nao nos cabe mais considerar sua agao sobre as famflias religiosas. A esse respeito diremos simplesmente que essa forga 6, de algum modo, uma forga de despertar e de “espiritualizagao” . Se ela 6 mal interpretada pelo grupo, serd transformada em realizagao de um piano inferior no mundo manifestado em lugar de estar no piano espiritual puro, do qual, automaticamente, ela se projetar£ no outro. Uma interpretagao erronea conduzird, pela falta do grupo,

& realizagao somente da metade - e nao a melhor - do fim a

alcangar. Mas esta mesma forga varrer^, inevitavelmente, a criagao inacabada e tal qual ela mesma foi a origem. Nao

A NOVA E R A - I I

No documento Luz Que Vem Do Leste 4 (português) (páginas 179-187)