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UMA NOVA ERA por

No documento Luz Que Vem Do Leste 4 (português) (páginas 173-179)

Conscientemente ou nao, n6s participamos do flm de um mundo antigo e do comego de um mundo novo. Em to­ dos os momentos do dia e da noite, as condigoes da huma- nidade e da T erra mudam rapidamente. Somos levados, in­ dividual e coletivamente, a um novo estado, o de uma nova era, e tal nascimento 6, geralmente, acompanhado de um certo numero de fatos que sao, via de regra, mal com- preendidos. Deveria, entretanto, estar claro para cada um, que toda a grande mudanga no universo cria sempre uma esp^cie de combate. Novas vibragoes devem estabelecer-se na medida do poder fundamental e condutor do novo ciclo. Estas vibragoes entram em contato com a antiga ordem das coisas e com as vibragoes anteriores, provocando uma permanente situagao de combate. Podemos dizer isso de outra form a, afirmando que o estado precedente deve evoluir para um novo estado e que esta evolugao se realiza para uma necessdria purificagao. Em outras palavras, ain- da, o fim de um ciclo c6smico assemelha-se aos filtimos momentos do ciclo anual da vida humana, explicado pelo D r. H. Spencer Lewis em seu livro “ Autodomfnio e o Destino com os Ciclos da Vida” . “ 6 o perfodo crftico, o ti- po de epoca em que uma esp£cie de declfnio precede a res-

tauragao em marcha e compar£vel Aquela em que uma casa

6 abatida, tijolo por tijolo ou pedra por pedra e nivelada,

antes de ser reconstrufda. Em certo sentido, o perfodo ten- de & destruigao, em compensagao, 6 o primeiro estdgio da reconstrugao.”

Quando se inicia um novo perfodo c<5smico, intimeros acontecimentos se produzem ao redor e na 6rbita da Terra. Esses fatos sao um pouco “misturados” , nao sao unicos, exclusivos; quero dizer com isso que eles sao estreitamente Iigados uns aos outros, a despeito da grande diversidade em sua expressao c6smica ou fisica. N6s conhecemos a unida- de das coisas em todo o universo e esta unidade € real, em ­ bora quase sempre imperceptfvel nos diversos aconteci­ mentos exteriores de nosso mundo.

No piano C6smico, a entrada no novo ciclo cria uma condigao nova. Esta condigao incluird, potencialmente, to­ das as condigoes do ciclo passado e, ao mesmo tempo, ela constituir£ um novo ponto de partida. Podemos comparar esta situagao a uma crianga rec^m-nascida; fisicamente, a crianga traz em si todas as tendencias e as potencialidades de seus ancestrais, mas, ao mesmo tempo, ela 6 uma nova individualidade e manifestar£ tend£ncias e inclinagoes ori- ginais. Um nascimento, entretanto, 6 acompanhado, tam- b^m, de sofrimento e dores, embora mais tarde isso redun- de em alegria e felicidade para uma famflia. Nesse pr6prio momento, n6s assistimos ao nascimento de um novo ciclo e, por conseqiiencia, participamos coletiva e individual- mente dos sofrimentos, das dores e dos torm entos univer- sais que presidem de form a natural a um tal nascimento. Isto porque podemos constatar tantos problemas, tanta confusao e desordem na face da Terra! Conscientemente

ou nao, a humanidade se esforga penosa e dolorosamente para encontrar seu caminho, fora das trevas, para alcangar o novo objetivo cosmicamente estabelecido.

Os homens nao estao bastante evolufdos para permitir ao C6smico agir livremente atrav^s deles. Nao estao muito avangados, misticamente, para compreender que muitos sofrimentos seriam evitados se eles fossem pacientes, mais passivos, e estivessem preparados, interiormente, em rela­ gao a esse novo estado de coisas. Como de h£bito, seu pr6- prio espfrito ffsico se opoe ao desenvolvimento da cons­ ciencia universal e a falta de harmonia que disso resulta 6 devida, inteiram ente, a ele pr6prio. As inumeras perturba- goes fisicas, mentais e psfquicas que vemos ao nosso redor sao, fundamentalmente, devidas & m i reagao dos homens, em face do poderoso impulso do novo ciclo.

Fala-se, geralmente, que tais desordens t£m sua origem em nosso modem o modo de viver. Eu considero esta con- cepgao inteiramente erronea. A maneira m odem a de viver

6 uma simples antecipagao do que ser£ o futuro. Se em tal

modo de vida faltarem valores espirituais e mfsticos, esse fato ser£ devido aos pr6prios homens que, entretanto, po- derao acrescent^-los quando lhes aprouver, fazendo cessar, assim, as m«£s conseqiiencias da concepgao materialista das coisas. O s homens devem viver em determinado ambiente e sob certas condigoes estabelecidas pelo Ctfsmico, em vista da evolugao humana. Eles devem adaptar-se a esse am­ biente e a essas condigoes; a pr6pria adaptagao 6 uma ligao para ser aprendida e uma experiSncia a ser conhecida. De bom ou de mau grado, eles devem adaptar-se & condigao humana. £ um fato que n6s, como mfsticos, j i decidimos aceitar de bom grado e 6 por isso que parecemos estar em

grande harmonia com o novo ciclo e tao avangados na con- cepgao geral das coisas. N6s aprendemos a entrar em con- tato permanente com a consciencia universal e, por conse- quencia, nos sentimos constantemente em harmonia com nosso meio.

Somos testemunhas de incontiveis acontecimentos em nosso mundo atual. Vemos os homens sofrerem ffsica e es- piritualmente, e em seus afazeres materiais. Verificamos dificuldades nas relagoes intemacionais; vemos pretensos esc&idalos e desordens. Assistimos a terrem otos, inunda- goes, doengas e revolugoes. Tudo isso est£ inclufdo na ne- cessiria purificagao que inaugura um novo ciclo mais ele- vado e luminoso em todos os sentidos. Os homens sao res- pons£veis elementos negativos da purificagao. Se nao se opuserem a energia c6smica que flui atravgs deles, partici- parao consciente e alegremente do novo ciclo, em lugar de conhecerem tantas provas interiores e exteriores.

Encontram o-nos, verdadeiramente, em um s£rio perfo­ do do ciclo humano, mas somos igualmente privilegiados por viver em tal 6poca. Como mfsticos, n6s nos prepara­ mos conscientemente para o mundo novo. Avangamos em harmonia com nosso verdadeiro eu: o eu c6smico em n6s mesmos. Esforgamo-nos por levar nossa personalidade- alma k compreensao c6smica de um universo perfeitam ente ordenado desde o princfpio. Agindo assim, n6s preparamos o caminho para os outros, para todos os que estao conosco neste piano material.

Nossa responsabilidade 6 considerdvel, mas nossa pr6- pria condigao de mfstico dem onstra claramente que esta­ mos dispostos a assumi-la.

No documento Luz Que Vem Do Leste 4 (português) (páginas 173-179)