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3 DIREITO AO DESENVOLVIMENTO

3.1 O Direito ao desenvolvimento

O direito ao desenvolvimento, apesar de ser de difícil definição, poder ser visto como o meio pelo qual se concretizam todos os demais direitos humanos, expandindo as liberdades e reduzindo as desigualdades dentro de um espírito de cooperação e solidariedade. Para Carla Abrantkoski Rister (2007, p. 8), “o desenvolvimento, em sentido lato, estaria intimamente ligado ao progresso e à paz, consistindo num dos direitos fundamentais do homem”.

Amartya Kumar Sen, em sua tese “Desenvolvimento como Liberdade”, defende que o desenvolvimento é a expressão da expansão das liberdades dos indivíduos. Diz o autor (2000, p. 3):

O que as pessoas podem efectivamente realizar é influenciado pelas oportunidades económicas, pelas liberdades políticas, pelos poderes sociais e por condições de possibilidade como a boa saúde, a educação básica, e o incentivo e estímulo às suas iniciativas.

Bernardo Brasil Campinho defende que o direito ao desenvolvimento se apresenta como um complemento à autodeterminação dos povos, podendo ser caracterizado como um direito humano coletivo com reflexos individuais. Registra o autor (2010, p. 157):

O direito ao desenvolvimento seria o complemento da autodeterminação na medida em que se apresentaria como instrumento de verdadeira independência, da negação do colonialismo e do pleno acesso dos povos aos bens e direitos inerentes a um estágio de desenvolvimento que garanta o bem-estar econômico e social de cada um dos cidadãos de um Estado nacional. Neste ponto, é um direito humano coletivo, com reflexos indiretos na esfera individual de cada integrante de um povo.

André Luiz Cavalcanti Cabral e Maria Luiza Pereira Alencar Mayer Feitosa entendem que o desenvolvimento representa a inclusão humana dos povos do planeta, aduzindo que “o fim último do desenvolvimento é a dignidade humana, para esta e para futuras gerações, não comportando limitações, assim, quanto mais plena, mais próxima estará da sua essência” (2013, p. 60).

A ideia base do direito ao desenvolvimento é a de que não há liberdade real sem igualdade material. Rafael Sastre Ibarreche entende que o valor igualdade determina uma das marcas características que distinguem os direitos sociais, podendo se afirmar que tal valor representa as exigências de concretização do princípio da igualdade (1996, p. 74):

En efecto, el valor igualdad determina, com su presencia inspiradora, uno de los rasgos característicos que distinguen a los derechos sociales, pudiendo afirmarse que, históricamente, éstos se presentan como un intento de concreción de las exigencias derivadas del princípio de igualdad.

Ou seja, não se pode dizer que uma pessoa é efetivamente livre quando ela não tem opções de vida. Em síntese, o poder de escolha é requisito para exercício da liberdade plena.

Neste ponto, Maria Hemília Fonseca defende a expansão da liberdade através do trabalho. Diz a autora que “o trabalho deveria ser um prazer para o homem e não um castigo, mas para se alcançar este objetivo seria necessário

assegurar a todos os indivíduos um mínimo existencial em qualquer ocasião” (2009, p. 101).

Exemplifica-se para melhor entendimento. Se um indivíduo não pode optar pela profissão que mais o satisfaça, pois tal escolha o privaria do acesso aos bens materiais que garantem a subsistência, não há real liberdade profissional. O indivíduo em questão acaba sendo obrigado a se conformar com a profissão que seja mais apta a garantir os rendimentos necessários para a sua subsistência dentro do sistema capitalista, em detrimento daquela que promoveria maior satisfação pessoal.

Neste sentido, conforme relembra o professor Henrique Ribeiro Cardoso (2007, p. 86), “o desenvolvimento não pode ser concretizado acaso não restem completamenteremovidas as barreiras que mais contribuem para a sua não materialização, como a pobreza e a destituição social sistemática”.

O direito ao desenvolvimento tem fundamento na solidariedade e na fraternidade. Nele, todos os povos são responsáveis pelos povos em si, sendo a cooperação internacional e interna essenciais à concretização do direito.

Para Boaventura de Sousa Santos (2013, p. 86), “o direito coletivo ao desenvolvimento, particularmente reivindicado pelos países africanos, só muito tardiamente foi reconhecido, e mesmo assim de forma parcial”.

Após o fim da segunda guerra mundial, a sociedade internacional passou a se preocupar concretamente com o respeito à dignidade da pessoa humana, voltando a sua atenção à proteção dos direitos humanos.

Flávia Piovesan (2012, p. 59) ensina que a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 inovou a gramática dos direitos humanos, uma vez que estendeu os direitos humanos a todos os indivíduos. Sobre o tema, comenta Piovesan:

Sob a crença de que a condição de pessoa é o requisito único para a titularidade de direitos, considerando o ser humano como um ser essencialmente moral, dotado de unicidade existencial e dignidade, esta como valor intrínseco à condição humana.

No entanto, apesar de o denominado “Direito Internacional dos Direitos Humanos” ser de criação recente, pode-se traçar os seus fundamentos filosóficos ao jusnaturalismo presente já na antiguidade clássica.

Com efeito, em Antígona, Sófocles (2005) trata do conflito humano entre respeitar a lei pública da autoridade ou o que impõe a lei divina, considerada, aqui, a perspectiva mundana do que é justo.

Quando Antígona é levada a julgamento, acusada de ter infringido a lei positivada que proibia dar sepultura ao seu irmão, ela questiona a ordem posta pelo Rei, reclamando direito sobre o corpo do irmão. Assim, Antígona resiste à determinação normativa do Estado, sob o argumento de que ela resulta do arbítrio de um governante e que não foi promulgada pelos Deuses, ou seja, haveria uma base de direitos naturais que o Estado não poderia criar entraves à sua concretização.

O direito ao desenvolvimento também encontra raízes filosóficas em Aristóteles. Em Ética a Nicômaco, o filósofo grego ensina que a justiça é um meio- termo, é a intermediação dos extremos, admitindo certa ambiguidade no próprio conceito de justiça, que comporta diversos significados, podendo ser justiça geral ou particular. Dentro do conceito de justiça particular, Aristóteles ensina que a justiça distributiva se expressa nas relações sociais como forma de proporcionalidade. Assim, justifica a diferença de tratamento entre pessoas que se encontram em situações fáticas diferentes, tratando os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual, dentro da máxima “se não são iguais, não receberão coisas iguais” (ARISTÓTELES, 1991, p. 101).

O direito ao desenvolvimento está conectado a esta lógica da justiça particular distributiva no sentido de que, diante da dicotomia entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos, e levando-se em conta, também, as desigualdades regionais existentes em um determinado país, deve-se deferir tratamento diferenciado para aquele que se encontra em posição inferior de desenvolvimento, seja este um país ou uma região de um Estado.

Outros fundamentos para os direitos humanos também podem ser encontrados no curso da história. O Antigo Testamento já transmitia a ideia de que os homens foram criados à imagem e semelhança de Deus, representando o objeto principal da criação divina. Do cristianismo, herdamos a ideia de que todos os homens são iguais em dignidade.

Na Idade Média, Tomás de Aquino, em sua obra SummaTheologica, defendia a existência de duas ordens distintas, uma formada pelo direito natural e outra pelo

direito positivo. Com essa diferenciação, já defendia a possibilidade de desobediência ao direito positivo quando violasse o direito natural.

Dentro da doutrina tomista encontra-se, também, a defesa da dignidade da pessoa humana como característica intrínseca a qualquer ser humano, fundamentando o pensamento jusnaturalista até os dias de hoje.

Conforme leciona Ingo Wolfgang Sarlet (2011, p. 44), John Locke contribuiu para o pensamento jusnaturalista pois foi ele o “primeiro a reconhecer aos direitos naturais do homem (vida, liberdade, propriedade e resistência) uma eficácia oponível, inclusive, aos detentores de poder”.

Já no âmbito do Iluminismo, vale lembrar o já citado Immanuel Kant que, em seu livro Fundamentação da Metafísica dos Costumes25, ensina que o homem é um

fim em si mesmo, e não um meio, um objeto a ser utilizado para a concretização de finalidades diversas.

Assim, concluiu-se que a dignidade é uma qualidade intrínseca que todo ser humano possui, não se constituindo em um direito atribuído pelo ordenamento.

Conforme leciona Fábio Konder Comparato em “A afirmação histórica dos direitos humanos” (2005, p. 54), a primeira fase da internacionalização dos direitos humanos “teve início na segunda metade do século XIX e findou com a 2ª Guerra Mundial, manifestando-se basicamente em três setores: o direito humanitário, a luta contra a escravidão e a regulação dos direitos do trabalhador assalariado”.

A partir de 1945, com as atrocidades cometidas na guerra, houve a mudança paradigmática referida no início deste capítulo: passou-se a compreender o valor supremo da dignidade humana.

Foi neste ano, com a edição da Carta da Organização das Nações Unidas - ONU, que se deu início ao Direito Internacional dos Direitos Humanos. No Capítulo IX, que versa sobre a cooperação internacional econômica e social, a Carta dispõe que, tendo em vista a necessidade de se criar condições de estabilidade, as Nações Unidas devem favorecer os níveis mais altos de desenvolvimento como forma de garantir a igualdade e a autodeterminação dos povos26.

25 KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Tradução de Antônio Pinto de Carvalho. Companhia Editora Nacional. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/marcos/hdh_kant_metafisica_costumes.pdf>.

Acesso em: 21 dez. 2016. 26 Artigo 55

Com isso, a ONU se comprometeu em promover a melhoria na qualidade de vida dos seres humanos, através da cooperação internacional e do esforço de cada país, utilizando-se das instituições internacionais com o objetivo de alcançar avanços na área econômica e social.

Em 1948, com a edição da Declaração Universal dos Direitos Humanos - DUDH - que, apesar de ter natureza jurídica de Resolução da Assembleia Geral da ONU, alcançou o status de costume internacional, sendo, assim, direito cogente (ius cogens), o tema do desenvolvimento voltou ao cenário internacional, ao lado da declaração dos direitos humanos em geral em si.

O objetivo era não só impedir que novos conflitos gerassem o desrespeito à vida humana que ocorreu nos anos que a antecederam, mas também estimular o desenvolvimento da sociedade como um todo. Não por outro motivo, o art. 22 do citado diploma menciona expressamente o desenvolvimento como direito do homem, indispensável à concretização de sua dignidade27.

Conforme relembra Robério Nunes dos Anjos Filho (2013, p.71), “na época em que foram redigidos os documentos acima [Carta da ONU e DUDH] ainda tinha primazia o paradigma que identificava desenvolvimento e crescimento econômico”.

Importante, portanto, distinguir tais conceitos, bem como diferenciar direito econômico do desenvolvimento do direito ao desenvolvimento.

Com o fim de criar condições de estabilidade e bem estar, necessárias às relações pacíficas e amistosas entre as Nações, baseadas no respeito ao princípio da igualdade de direitos e da autodeterminação dos povos, as Nações Unidas favorecerão:

a) níveis mais altos de vida, trabalho efetivo e condições de progresso e desenvolvimento econômico e social;

27 Artigo 22

Todo o homem, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento de sua personalidade.

3.1.1 Desenvolvimento humano, crescimento econômico e direito econômico do desenvolvimento

Inicialmente, o desenvolvimento não se confunde com o crescimento econômico. Com efeito, o desenvolvimento não se resume ao crescimento econômico, abrangendo, também, aspectos sociais, culturais e políticos.

Não é objetivo da presente dissertação dispor sobre as teorias acerca do que consiste o crescimento econômico, mas pode-se sintetizar tal conceito como sendo o aumento do Produto Interno Bruto - PIB - (soma de todos os bens e serviços produzidos durante um período determinado)de um país.

Assim, o crescimento econômico se revela apenas como uma parte do desenvolvimento humano, que abrange, também, variáveis sociais, uma vez que a mera ampliação da economia de um país não significa melhor distribuição de renda, melhor acesso aos bens de consumo por parte da população, melhores indicadores de saúde pública, melhores índices de alfabetização, melhores condições de trabalho, mais respeito às instituições democráticas etc.

É neste sentido a lição de Carla Abrantkoski Rister (2007, p. 2):

O processo de desenvolvimento poderia levar a um salto, de um estrutura social para outra, acompanhado da elevação do nível econômico e do nível cultural-intelectual comunitário. Daí por que, importando a consumação de mudanças de ordem não apenas quantitativa, mas também qualitativa, não poderia o desenvolvimento ser confundido com a idéia de crescimento. Este último, meramente quantitativo, compreenderia uma parcela da noção de desenvolvimento.

O desenvolvimento humano vai além da análise limitada aos recursos e à renda da sociedade, avaliando, também, a qualidade de vida das pessoas que a integram. Obviamente, a renda é um importante fator de análise do desenvolvimento, mas deve ser vista apenas como um meio para ele, e não como um fim em si.

Como forma de medir o desenvolvimento humano, sem desprezar o crescimento econômico, mas levando-se em conta outros fatores diretamente ligados à pessoa humana, foi criado o Índice de Desenvolvimento Humano - IDH, que mede o progresso do desenvolvimento através de três dimensões básicas: a renda, a saúde e a educação.

O IDH serve como contraponto ao indicador do PIB per capita, que se limita a considerar o crescimento econômico, não incluindo a análise do efetivo desenvolvimento humano.

Este indicador foi criado por Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, com o objetivo de sintetizar o desenvolvimento humano, apesar de ignorar fatores como a democracia, a participação popular, a sustentabilidade etc.

Conforme exposto, o IDH possui três fatores de análise básicos. A saúde é medida através da expectativa de vida; a educação é medida a partir do número de anos de educação recebidos e a expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida escolar; a renda é medida pelo PIB per capita, expressa em poder de paridade de compra constante, em dólar, tendo 2005 como ano de referência28.

O IDH é sempre publicado dentro de um Relatório de Desenvolvimento Humano - RDH, relatório cujo objetivo é demonstrar que as condições básicas de qualidade de vida de um povo dependem não somente da produção de riquezas, mas também daquilo que elas podem usufruir, como uma vida saudável, educação e oportunidades.

Em síntese, “desenvolvimento humano é o processo de ampliação das liberdades das pessoas, no que tange suas capacidades e as oportunidades a seu dispor, para que elas possam escolher a vida que desejam ter”29.

A relação entre crescimento econômico e desenvolvimento é sintetizada por Carla Abrantkoski Rister (2007, p. 520) da seguinte forma:

[…] o crescimento econômico consiste numa condição necessária (embora não suficiente) para acabar com a pobreza. Podemos dizer, desta forma, que o desenvolvimento pressupõe o crescimento, e, para se garantir a sustentabilidade do processo, deve-se buscar a implementação de mecanismos de redistribuição (não só de rendas, como de oportunidades), de cooperação e de difusão do conhecimento econômico, eis que, em matéria econômica, faz-se necessário procurar estabelecer uma democracia direta (e não representativa), pois tal conhecimento é essencialmente prático e individual, não se podendo admitir que uma ampla parcela da

28 Outras informações acerca do IDH podem ser obtidas no site: <http://www.pnud.org.br/IDH/IDH.aspx?indiceAccordion=0&li=li_IDH>.

população fique privada do acesso aos bens de conteúdo econômico que irão assegurar não somente a sua subsistência, mas também sua dignidade.

O direito ao desenvolvimento também não se confunde com o direito econômico do desenvolvimento, apesar das fortes influências deste naquele.

O direito internacional do desenvolvimento nasceu como uma vertente do Direito Internacional Econômico. O Tratado de Versalhes, que encerrou a Primeira Guerra Mundial e criou a Liga das Nações, mencionava o progresso econômico e social das regiões menos desenvolvidas como um meio para que fossem alcançados os objetivos do tratado (Anexo do tratado, item IV).

Esta disposição demonstra, conforme leciona Robério Nunes dos Anjos Filho (2013, p. 69), que a Liga, que foi sucedida pela ONU, já tinha como preocupação os problemas relacionados ao crescimento econômico e ao desenvolvimento.

3.1.2 Direito ao desenvolvimento na perspectiva internacional

Em tratados e convenções internacionais, apenas a Carta Africana de Direitos Humanos, de 27 de junho de 1981, também conhecida como Carta de Banjul, prevê expressamente o direito ao desenvolvimento. Trata-se de tratado aplicável ao Sistema Regional Africano de direitos humanos, assinada pelos países membros da Organização da Unidade Africana. O artigo 22º do referido diploma reconhece o direito ao desenvolvimento como direito humano, dispondo que todos os povos têm direito ao seu desenvolvimento econômico, social e cultural, devendo o Estado garantir a efetivação de tal direito30.

No sistema global de direitos humanos, embora não haja previsão expressa ao direito ao desenvolvimento, pode-se extrair de convenções multilaterais a garantia de tal direito.

30 Artigo 22º

1.Todos os povos têm direito ao seu desenvolvimento econômico, social e cultural, no estrito respeito da sua liberdade e da sua identidade, e ao gozo igual do patrimônio comum da humanidade.

2.Os Estados têm o dever, separadamente ou em cooperação, de assegurar o exercício do direito ao desenvolvimento.

Conforme anteriormente exposto, o Tratado de Versalhes já trazia diversas preocupações com o desenvolvimento humano, apesar de não fazer menção expressa a tal direito. O art. 23 deste diploma demonstra que a Sociedade das Nações buscou alcançar uma sociedade com condições de vida e trabalho justas, respeitando as diferenças culturais sem perder de vista a liberdade individual e as relações econômicas entre os países signatários31.

Após, a ONU, já em sua Carta de criação, conforme já exposto no artigo 55 colacionado anteriormente, repetiu a preocupação em promover o progresso social, devendo se empregar, para tanto, um mecanismo internacional para promover o progresso econômico e social de todos os povos.

Ademais, o artigo 1º, item 3, da Carta dispõe como propósito da ONU a cooperação internacional com a finalidade de resolver os problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural ou humanitário, bem como promover o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais32.

Portanto, ficou registrado, já em 1945, que a cooperação internacional no campo econômico é um dos meios de solucionar o problema do subdesenvolvimento.

31 Artigo 23. Sob a reserva e em conformidade com as disposições das Convenções internacionais atualmente existentes ou que serão ulteriormente concluídas, os membros da Sociedade:

1. esforçar-se-ão por assegurar e manter condições de trabalho equitativas e