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O funcionamento do Organis- Organis-mo Europeu de Luta

No documento ISSN UNIÃO EUROPEIA. Relatório Financeiro (páginas 104-107)

Antifrau-de (OLAF)

A fim de reforçar a luta contra a fraude, a cor-rupção e qualquer outra actividade ilegal lesi-va dos interesses financeiros da UE, o Orga-nismo Europeu de Luta Antifraude exerce funções de inquérito externo e interno conferi-dos à Comissão pelas normas, regulamentos e acordos comunitários.

O Organismo presta aos Estados-Membros a assistência da Comissão através da organiza-ção de uma cooperaorganiza-ção estreita e regular entre as autoridades competentes, a fim de que estas possam coordenar as suas actividades destina-das a proteger os interesses financeiros da Co-munidade Europeia contra a fraude. O Orga-nismo contribui para elaborar e desenvolver métodos de luta contra a fraude e qualquer outra actividade ilegal lesiva dos interesses fi-nanceiros da Comunidade Europeia. Este Or-ganismo tem em especial a responsabilidade de desenvolver as infra-estruturas necessárias, bem como recolher e explorar as informações.

O Organismo, que beneficia de um estatuto independente específico, está igualmente en-carregado de realizar inquéritos administrati-vos antifraude.

Os relatórios anuais da actividade do Organis-mo estão disponíveis no seguinte endereço: http://europa.eu.int/comm/anti_fraud/reports/ index.htm

O plano de acção do OLAF inclui:

Uma política global antifraude no que diz respeito à legislação

 Desenvolver uma cultura de prevenção e reforçar os textos jurídicos

 Reforçar os instrumentos jurídicos de de-tecção, de controlo e de sanção

Uma nova cultura de cooperação

 Estabelecer uma plataforma comunitária de serviços

 Estabelecer uma parceria estreita com os Estados-Membros e com os países tercei-ros

Uma abordagem interinstitucional para pre-venir e lutar contra a corrupção

 Sensibilizar o conjunto dos funcionários das instituições para os princípios de uma boa gestão de projectos

 Melhorar o quadro jurídico dos inquéritos administrativos

Reforço da dimensão penal

 Assegurar a aplicação da comunicação da Comissão sobre a protecção penal dos inte-resses financeiros comunitários

 Reforçar a cooperação e os meios de acção em matéria penal.

1. As operações de

contrac-ção de empréstimos

Às intervenções financiadas no âmbito do or-çamento geral vêm acrescentar-se as acções comunitárias realizadas a partir de fundos ob-tidos por contracção de empréstimos. As Co-munidades desenvolveram, com efeito, vários instrumentos que lhes permitem aceder aos mercados de capitais para financiar várias ca-tegorias de empréstimos. A esses empréstimos efectuados a partir de fundos obtidos por em-préstimos contraídos vêm acrescentar-se, em menor escala, empréstimos concedidos a par-tir de dotações orçamentais. O presente relató-rio centra-se nas operações de contracção e de concessão de empréstimos incluídas no balan-ço financeiro da União Europeia.

Como os limites máximos do Novo Instru-mento Comunitário foram inteiramente utili-zados, não foram mobilizados financiamentos em 2001 e já quase todos os empréstimos foram reembolsados. Para as actividades

Eu-ratom fora da UE foi contraído um emprésti-mo de 40 milhões de euros.

Em caso de incumprimento de um beneficiá-rio de um empréstimo concedido pela União, o reembolso do correspondente empréstimo contraído será tomado a cargo pelo orçamento geral. Quanto aos empréstimos concedidos pelo BEI a partir dos seus fundos próprios, al-guns beneficiam de uma garantia do orçamen-to geral.

No caso dos empréstimos ou garantias de em-préstimos a países terceiros, a intervenção da União a título de garantia em caso de incum-primento de um país beneficiário é realizada através de recurso ao Fundo de Garantia cria-do pelo Regulamento cria-do Conselho de 31 de Outubro de 1994.

2. As actividades de

conces-são de empréstimos em

países terceiros

2.1. Generalidades

O apoio financeiro a países terceiros que te-nham concluído acordos de cooperação com a Comunidade reveste formas diferentes em função das zonas e dos objectivos prossegui-dos. Trata-se em geral de empréstimos comu-nitários (apoio macrofinanceiro ou à balança de pagamentos) quando a União participa no restabelecimento dos equilíbrios macroeconó-micos de um país. Noutros casos, pode tratar--se de empréstimos vulgares que assumem a forma quer de financiamentos directos a pro-jectos individuais quer de empréstimos glo-bais a instituições bancárias que se encarre-gam de os conceder a projectos locais de menor dimensão.

No primeiro caso, a Comissão administra as operações de financiamento, em aplicação das directrizes do Conselho. No segundo caso, é essencialmente o BEI que gere os

emprésti-mos de acordo com as suas condições habi-tuais, frequentemente com a garantia do orça-mento da Comunidade.

2.2. Assistência

macrofinancei-ra da Comunidade

A assistência macrofinanceira sob forma de empréstimos é, por natureza, excepcional e inscreve-se nos esforços da comunidade inter-nacional com vista a apoiar, em articulação com as instituições de Bretton Woods, a ba-lança de pagamentos de determinados países que defrontam dificuldades transitórias. A acção da Comunidade centra-se em regiões geograficamente próximas, a saber, a Europa Central e Oriental, os Balcãs Ocidentais, os países europeus da antiga URSS e os países do Sul do Mediterrâneo. Os pagamentos a tí-tulo desta assistência dependem da realização pelos países beneficiários de objectivos em termos de estabilização macroeconómica e de reformas estruturais. Nestas circunstâncias, o número de operações realizadas anualmente é limitado, sendo difícil estabelecer compara-ções válidas quanto à evolução, de ano para ano, da assistência concedida. Contudo, à me-dida que os países canme-didatos à adesão reali-zarem progressos notáveis em matéria de ajustamento macroeconómico, a assistência macrofinanceira será cada vez menos necessá-ria. A região dos Balcãs beneficia actualmente de uma assistência macrofinanceira comunitá-ria não negligenciável que inclui um elemento importante a fundo perdido.

Em 2001, decidiu apenas uma operação de

assistência macrofinanceira sob a forma de um empréstimo à República Federativa da

Jugoslávia: (máximo de 225 milhões de euros em empréstimos e 75 milhões de euros em subvenção).

Também foram aprovadas em 2001 quatro

ope-rações de apoio orçamental sob a forma de puras subvenções: para o Kosovo (máximo de

30 milhões de euros), para a República Federa-tiva da Jugoslávia (máximo de 120 milhões de euros) e para a antiga República jugoslava da Macedónia (máximo de 18 milhões de euros). No respeitante aos desembolsos:

— a assistência sob a forma de empréstimos elevou-se a 305 milhões de euros em 2001, repartida da seguinte forma: 225 milhões de euros para a República Federativa da Ju-goslávia, 60 milhões de euros para o Taji-quistão, 10 milhões de euros para a Bósnia--Herzegovina e 10 milhões de euros para a antiga República jugoslava da Macedónia; — a assistência sob a forma de puras

subven-ções no total de 95 milhões de euros tam-bém foi desembolsada em 2001, da qual 10 milhões de euros foi para a antiga Repúbli-ca jugoslava da Macedónia, 15 milhões de euros para o Kosovo, 35 milhões de euros para a República Federativa da Jugoslávia, 6 milhões de euros para a Geórgia, 15 mi-lhões de euros para a Bósnia e 14 mimi-lhões de euros para o Tajiquistão.

2.3. Empréstimos do BEI no

âmbito de decisões do

Conselho

2.3.1. Objectivos e prioridades do BEI

Na Europa Central e Oriental, o BEI ajuda os países que solicitaram a sua adesão à UE, ajudando-os a criar o quadro económico ne-cessário que lhes permitam aderir (incluindo Chipre, Malta e a Turquia, que são também países candidatos). Para além das suas activi-dades a mandato no quadro das decisões do Conselho, o Banco renovou o seu mecanismo substancial de pré-adesão para empréstimos dos seus recursos próprios sem garantia orça-mental, a fim de ajudar os países que se candi-dataram à adesão à União Europeia. O Banco

também concede assistência à Albânia, Croá-cia, República Federativa da Jugoslávia, anti-ga República jugoslava da Macedónia e Bós-nia-Herzegovina.

O BEI dá prioridade à melhoria, moderniza-ção e desenvolvimento dos sectores da ener-gia e comunicações, atribuindo uma importân-cia espeimportân-cial às redes transeuropeias (RTE) com base em corredores rodoviários e ferro-viários definidos pela Conferência Paneuro-peia dos Ministros dos Transportes como constituindo prioridades de desenvolvimento a médio prazo. É também dada prioridade às questões ambientais associadas aos projectos do BEI no quadro da adaptação gradual da le-gislação dos países em causa à lele-gislação co-munitária. O BEI também apoia, directamente ou através dos seus empréstimos globais, as PME e outras iniciativas de natureza indus-trial, em especial quando contam com a parti-cipação de parceiros da UE.

Nos países candidatos à adesão à UE, o BEI desenvolve as suas actividades no quadro do programa da União Europeia a fim de ajudar os países candidatos na sua preparação para a adesão, nomeadamente mediante o financia-mento dos investifinancia-mentos destinados a integra-rem as suas infra-estruturas nas da UE e dando o seu apoio às PME. Na medida do possível, os projectos são co-financiados com outras instituições. As actividades do Banco inscrevem-se, assim, numa abordagem con-certada em estreita cooperação com a Comis-são e, quando apropriado, com as instituições financeiras internacionais que operam nos países em questão.

O Banco coopera estreitamente com o progra-ma Phare/ISPA, com o qual desenvolveu uprogra-ma relação frutuosa, muito apreciada pelos países beneficiários. Para além da sua frequente as-sistência à acção do Phare durante a fase de

QUADRO 5

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