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4. O FOCO TEÓRICO

4.2 O signo e sua ubiquidade

Bakhtin reconhece a língua como um sistema em que a constância é a transformação permanente amalgamada ao coletivo que a compartilha e não como uma manifestação individual e interna do próprio sujeito que a profere. Conforme a concepção bakhtiniana, é a língua proferida por sujeitos que, em seus contextos singulares, exprimem as condições sociais de compartilhamento, sendo, portanto um evento e, como tal, de natureza social.

$ OtQJXD p SDUD HVWH DXWRU XP VLVWHPD TXH ³YLYH H HYROXL historicamente na comunicação verbal concreta, não no sistema lingüístico abstrato das formas da língua nem no psiquismo individual dos faODQWHV´ (BAKHTIN/VOLOCHÍNOV, 2004, p.124). Nessa perspectiva a língua é concebida em sua totalidade completamente integrada à cotidianidade, ao imediato da vida humana e ao meio social mais amplo.

A linguagem é compreendida como um sistema construído cultural e dialogicamente entre sujeitos e seus universos para construir representações deste mesmo universo para os sujeitos que nele vivem, confrontando-se, apropriando-se e negando valores sociais que passam SRU UHFtSURFRV FRQWiJLRV WDO TXDO ³RQGDV FUHVFHQtes de ecos e ressonâncias verbais, como as ondulações concêntricas à superfície das iJXDV PROGDP SRU DVVLP GL]HU FDGD XP GRV VLJQRV LGHROyJLFRV´ (BAKHTIN/VOLOCHÍNOV, 2004, p.38). É possível, na esteira bakhtiniana, conceber que a linguagem só efetiva sua existência na interação. Isto é imprescindível para tomar o discurso como constituidor, porque constituído, nas e pelas interações sociais já que é por estas interações - eu com o outro - que as palavras, em seus contextos históricos, podem ser compreendidas.

1HVVD SHUVSHFWLYD GH FRQVWLWXYLGDGH GD OLQJXDJHP HP TXH ³D palavra está presente em todos os atos de compreensão e em todos os DWRV GH LQWHUSUHWDomR´ BAKHTIN/VOLOCHÍNOV, 2004, p. 36), o discurso é uma das instâncias, ou um dos aspectos de concretização da materialidade ideológica, seja ele verbal ou não verbal. Só existe porque há/houve um sujeito num determinado contexto histórico que o produziu. É o sujeito, marcado por uma concepção de mundo, numa determinada comunidade semiótica e por uma dada circunstância enunciativa que materializa ideologicamente o sujeito do discurso. Neste sentido, qualquer processo humano está sempre envolvido por uma posição axiológica que, por sua vez, está sempre em interrelação com a

polifonia constitutiva dos discurVRV HP VXDV ³YR]HV GLYHUVDV TXH mostram a compreensão que cada classe ou segmento de classe tem do mundo, em um dado momento histórico os discursos são, por definição, LGHROyJLFRVPDUFDGRVSRUFRHUo}HVVRFLDLV´ %$5526S 

Assim é que o sujeito, através do seu discurso, torna concreta a comunicação constituída pela presença do outro e que orienta o discurso pelo já-dito e para o que ainda não foi dito, mas que a possibilidade da réplica altera, interage na construção da proposta presumida pelo locutor. Isto gera a mutualidade constitutiva do discurso tornando o interlocutor também um locutor. Estes - locutor e interlocutor - como

outro GH DPERV VmR GHWHUPLQDQWHV SRLV SUHVHQWH RX QmR ³R GLVFXUVR

vivo e corrente está imediata e diretamente determinado pelo discurso- resposta futuro: ele é que provoca esta resposta, pressente-a e baseia-se QHOD´ %$.+7,1S 

De modo que o espaço discursivo que se constitui entre o eu e o outro, por não ser homogêneo, instaura-se no entrecruzamento de diferentes discursos em que, dialogicamente num mesmo enunciado se contestam, se contradizem, se encontram, se opõem, se ampliam, se GLOXHP VH DSyLDP DVVLPLODQGR DV LQWHUUHODo}HV GDV YR]HV VRFLDLV ³e neste jogo complexo de claro-escuro que penetra o discXUVR´ (BAKHTIN, 1988, p. 86) onde a voz do sujeito discursivo se faz em meio ás diferentes vozes, originadas pelos diferentes discursos articulados pelas e nas múltiplas vozes sociais.

O discurso, único em cada enunciação, traz em si outros discursos, outras vozes sociais e históricas que conduzem a linguagem para lugares antes desabitados. Conforme Bakhtin, (2004) é pela voz do outro que o eu se constitui constituindo, como ser expressivo e falante ³HXH[LVWRSDUDRRXWURFRPRDX[LOLRGRRXWUR´ %$.+7,1 2004, p. 394). Nestes termos se pode pensar que cada fio discursivo é urdido por múltiplas vozes e estas, por sua vez, nunca de maneira isolada, revestem-se em tonalidades ainda não pensadas, vistas ou faladas, em cada novo contexto e em cada nova interação suscitando permanentes efeitos de sentido nascidos nas enunciações.

%DNKWLQUHLWHUDTXHRREMHWRGDVFLrQFLDVKXPDQDVpR³GLVFXUVR ou seja, a língua em sua integridade concreta e viva e não a língua como REMHWR HVSHFtILFR GD OLQJtVWLFD´ %$.+7,1 5, p. 181). Nestes termos, é possível entender que é na perspectiva das condições de interação social que o sujeito produz discurso, imerso em signos constituintes e constituídos, já que não nascemos numa condição ELROyJLFD DEVWUDWD RQGH ³XP FRUSR ItVLFR Yale por si próprio: não

VLJQLILFD QDGD H FRLQFLGH LQWHLUDPHQWH FRP VXD SUySULD QDWXUH]D´ (BAKHTIN/VOLOCHÍNOV, 2004, p. 31). Mas, antes, somos datados axiologicamente numa dimensão histórico-cultural, pois nascemos homens, mulheres e nos tornamos professores, lixeiros, médicos entre tantas outras possibilidades de uma existência construída na concretude histórica da comunicação de uma dada sociedade.

Não nascemos só porque corporeamente entramos no mundo, ou conforme Bakhtin, não basta colocar um sujeito frente a outro sujeito SDUD TXH ³RV VLJQRV VH FRQVWLWXDP É fundamental que esses dois indivíduos estejam socialmente organizados, que formem um grupo (uma unidade social): só assim um sistema de signos pode constituir-VH´ (BAKHTIN/VOLOCHÍNOV, 2004, p. 35).

Tanto instrumentos de produção quanto produtos de consumo, em VL PHVPRV REMHWRV PDV SRUTXH ³QDVFLGRV´ VRFLDOPHQWH WRUQDP-se sígnicos sem que isso signifique que possuem em si um sentido único, mas antes sofrem constantes atualizações de sentido que dependem e variam de acordo com o contexto social a que pertencem. Por isso tornam-se signos ideológicos. Estas constantes atualizações/construções sígnicas, que incessantemente constituem a realidade histórica dos sujeitos que a criam e são por ela criados, servem de e para interação entre sujeitos em contextos determinados. Nascidos num mundo que já existia mesmo antes do nosso nascimento, nele estamos imersos desde o nascimento. À concretude destes primeiros contatos, o autor atribui uma dimensão constitutiva própria à correlação dos sujeitos com a heterogeneidade e a fluidez das coisas do mundo. Ora, se de acordo com Bakhtin a função comunicativa dos signos depende dos sujeitos que, como falantes a utilizam, o signo não poderá jamais ser transparente, mas sim opaco.

Deste entendimento de signo, decorre compreendê-lo ubiquamente como fato social no e do qual falantes participam DWLYDPHQWHGRFRQVWDQWH³UHID]HU-VH´MiTXHWRGRVLJQR

resulta de um consenso entre indivíduos socialmente organizados no decorrer de um processo de interação. Razão pela qual as formas do signo são condicionadas tanto pela organização social de tais indivíduos como pelas condições em que a interação acontece (BAKHTIN 2004, p. 44). Nessa perspectiva, a condição sígnica não se encontra nela mesma, mas sim nas condições enunciativas que constituem o signo em

sua condição de não transparência. Como os signos se repetem na história, adquirem uma qualidade de sinal possível de reconhecimento, o que implica a presença de um certo grau de repetição (e possível transparência) a que o Círculo denominou de significação. Assim é possível dizer que a dualidade ± transparência e opacidade ± constitui o signo já que a ele não se pode atribuir separadamente, uma ou outra condição, ele é ao mesmo tempo transparente e opaco, pois reflete ao mesmo tempo em que refrata. Deste modo o signo só é signo em sua condição de opacidade, porque conserva indícios da materialidade e da conexão dos elos de sentido estabelecidos porque mediado por um olhar situado socialmente. Um social que bakhtinianamente não pode ser homogêneo ou tampouco transparente, mas sim ideologicamente opaco, posto que constituído de signos. Assim, são nas infindáveis situações de enunciação que os signos, com seu caráter dinâmico, polissêmico e ideologicamente opaco, têm a marca da sua significação determinada pelos contextos onde foram e são produzidos, pois o elo entre o dizer e DV FRLVDV SDUD %DNKWLQ QXQFD VH Gi SRU YLD GLUHWD ³as palavras não tocam as coisas, mas penetram na camada dos discursos sociais que recobrem as coisas´ %$.+7,1 apud FARACO, 2003, p. 49), deixando em sua passagem marcas de pertencimento.

Estas marcas de pertencimento sígnicas são exemplificadas por %DNKWLQ  S   SHORV LQVWUXPHQWRV ³IRLFH´ H ³PDUWHOR´ TXH passaram a ser símbolos da União Soviética, adquirindo assim um sentido puramente ideológico. Atualizando esta circunstância enunciativa, tomo como exemplo a comunidade semiótica na qual esta pesquisa se desenvolve cujos instrumentos de produção - facão e enxada ± passaram de simples instrumentos de produção à categoria de signo da luta daqueles que são conhecidos como membros pertencentes ao MST, RXVLPSOHVPHQWHRV³6HP7HUUD´7RPDQGRGHVWHPHVPRJUXSRXPGRV seus gritos de ordem ± MST: a luta é pra valer - verificamos que, como signo que se tornou, assume um sentido que diz algo antes não dito e que se ouvido há trinta anos atrás não faria o menor sentido. Este novo conteúdo ideológico é uma modificação sígnica na representação do real que antes não possuía e que agora, num contexto enunciativo e numa outra condição de proferimento, o faz novo ou, ainda, o diferencia da sua origem, tornando-o novo em sua apresentação sígnica. Contudo esta íntima aproximação, constituída por aquele que interpreta, entre o sentido atribuído e o instrumento, objeto semiotizado, não impede

uma linha de demarcação conceitual: o instrumento, enquanto tal, não se torna signo e o signo, enquanto tal, não se torna instrumento de produção[...]. Portanto, ao lado dos fenômenos naturais, do material tecnológico e dos artigos de consumo, existe um universo particular, o universo de signos (BAKHTIN/VOLOCHÍNOV, 2004, p.32).

O signo para Bakhtin, sempre demarcado axiologicamente, é um elemento de natureza ideológica. Este autor russo insere a ideologia na perspectiva dialógica compreendendo-a como um processo que se dá ³QD FRQFUHWXGH GR DFRQWHFLPHQWR H QmR QD SHUVSHFWLYD LGHDOLVWD´ (MIOTELLO, 2005, p. 168). Temos material semiotizado quando a realidade, ideologicamente marcada, nos remete a algo que não está presente naquela situação de uso, ou que mesmo presente nos remete a outras instâncias da realidade, já que

em si mesmo, um instrumento não possui um sentido preciso, mas apenas uma função: desempenhar este ou aquele papel na produção. E ele representa esta função sem refletir ou representar alguma coisa. Todavia, um instrumento pode ser convertido em signo ideológico (BAKHTIN/VOLOCHÍNOV, 2004, p. 32).

No desempenho da sua função comunicativa, os signos não se remetem sem desvios ao objeto ou ao acontecimento que representam, ou seja, o signo não é correlato à realidade. É o processo de interpretação de quem coloca o signo em situação de uso que estabelece a relação entre a realidade e a semiotização que lhe é atribuída de modo TXH ³XP VLJQR QmR H[LVWH DSHQDV FRPR SDUWH GH XPD UHDOLGDGH HOH também reflete e refrata uma outra. Ele pode distorcer essa realidade, ser-lhe fiel, ou apreendê-la de um ponto de vista específico ´ (BAKHTIN/VOLOCHÍNOV, 2004, p. 32).

Nessa perspectiva, é o signo que move a realidade para dentro da situação social e é nessa configuração que o autor concebe a consciência como um fato sócio-ideológico que existe na medida em que se concretiza por meio de um material semiótico, real ou potencial, na intHUDomR YHUEDO FRP VHXV SDUHV 3DUD %DNKWLQ ³RV VLJQRV Vy SRGHP DSDUHFHU HP XP WHUUHQR LQWHULQGLYLGXDO´ SRLV R YHUGDGHLUR OXJDU GR LGHROyJLFR³pRPDWHULDOVRFLDOSDUWLFXODUGHVLJQRVFULDGRVSHORKRPHP

Sua especificidade reside, precisamente, no fato de que ele se situa entre indivíduos organizados, sendo o meio de sua comunicação ´ (BAKHTIN/VOLOCHÍNOV, 2004, p. 35).

São os signos então que passam a mediar toda a relação que os sujeitos estabelecem com a sua realidade, tanto do seu entorno, com o que lhe é imediato, quanto da grande temporalidade56. Essa relação e essa mediação se constituem no material da consciência que é, por sua vez, constituída por signos. A exigência deste processo é de ordem dialógica já que

os signos só emergem, decididamente, do processo de interação entre uma consciência individual e uma outra. E a própria consciência individual está repleta de signos. A consciência só se torna consciência quando impregnada de

conteúdo ideológico (semiótico) e,

consequentemente, somente no processo de interação social (BAKHTIN/VOLOCHÍNOV, 2004, p.34).

Nas infindáveis situações enunciativas que ocorrem e transcorrem com e no movimento dos sujeitos, os signos com seu caráter vivo, múltiplo de sentidos têm sua significação marcada pelo contexto que os produziu. Há sempre, no processo de compreensão, um movimento de objetividade-subjetividade-objetividade, como elos que se enlaçam e que por sua vez são sempre apreendidos por outros signos já conhecidos, porém sempre único em seu acontecimento semiótico. Essa dinamicidade resulta e é parte de uma negociação dialógica que ocorre no processo de interação verbal onde se dá a produção de sentidos que assim se apresenta porque inserida numa circunstância histórica concreta originando, por sua vez, o(s) espaço(s) de produção dos sentidos.

Adquirido porque realizado sempre no processo da relação social, R VLJQR p SOHQR H HVWi FDUUHJDGR GH VHQWLGR ³PDUFDGR SHOR KRUL]RQWH VRFLDO GH XPD pSRFD H GH XP JUXSR VRFLDO GHWHUPLQDGR´ (BAKHTIN/VOLOCHÍNOV, 2004, p. 44). Essa plenitude que ocorre dialogicamente nos remete sempre a compreender o signo na condição do interminável diálogo entre os signos de todas as ordens, sejam eles escritos verbais, corporais, imagéticos, que se transformam numa arena

56 Bakhtin, (2003, p. 409), ao referir-VHDRVFRQWH[WRVGDLQWHUSUHWDomRH[SOLFLWDTXH³RJUDQGH tempo ± >FRPR@RGLiORJRLQILQLWRHLQDFDEiYHOHPTXHQHQKXPVHQWLGRPRUUH´HQTXDQWRTXH QR³SHTXHQRWHPSR± [está] a atualidade, o passado imediato e o futurRSUHYLVtYHO GHVHMDGR ´

de entrecruzamento permanente dos planos, denominados por Bakhtin/Volochinov, de infra-estrutura e superestrutura.

Como todo signo é ideológico, torna-se complexa a reciprocidade entre estes planos que abrangem as estruturas sociais e históricas que se entretecem pela infraestrutura ± realidade material ± onde toda a sociedade tem economicamente seu suporte e a superestrutura ± realidade imaterial ±, com suas normas sociais, políticas e culturais. A realidade do signo se constitui na interface destas duas realidades, e se objetiva nas realidades enunciativas que resultam da interação nas quais os sujeitos cotidianamente se defrontam e confrontam.

Estes dois planos ± infra e superestrutura ± reciprocamente formam a estrutura ideológica da sociedade. Esta reciprocidade indivLVtYHO ³OLJD-se à questão de saber como a realidade (a infra- estrutura) determina o signo, como o signo reflete e refrata a realidade HPWUDQVIRUPDomR´ %$.+7,192/2&+Ë129S 3RULVVR todo o intercâmbio social, que é sempre vincado e determinado pela posição axiológica, gera alteração na ideologia que se objetiva, ou melhor, que se mostra na alteração das formas de comunicação, das manifestações humanas na forma de palavras, aqui tomadas como linguagem. O signo é de natureza social ± dialógico e concreto/histórico ± e ideológico, adquire as nuances axiológicas de cada acontecimento enunciativo, diferentemente do sinal, que para o autor é o que se repete e permite o reconhecimento enquanto que o signo é compreendido. Esta diferenciação é assim colocada pelo autor:

o processo de descodificação (compreensão) não deve, em nenhum caso, ser confundido com o processo de

identificação. Trata-se de dois processos

profundamente distintos. O signo é descodificado; só o sinal é identificado. O sinal é uma entidade de conteúdo imutável; ele não pode substituir, nem

refletir, nem refratar nada.

(BAKHTIN/VOLOCHÍNOV, 2004, p. 93). Nesta perspectiva, para o falante o que importa no uso da língua não é a forma permanente e idêntica a si mesma - sinal - mas sim a particularidade que, na plurivalência, a sua própria fala pode revestir-se em cada enunciação, em cada diferente contexto, como sentido próprio que ele atribui ao signo.

Assim ancorada, é possível compreender que a possibilidade de alcançar, ou de contatar a realidade não é direta, mas antes e sempre

intermediada pela linguagem que estabelece, na e pela interação, os elos possíveis a este acesso. Isto traz em si a compreensão de que a materialidade do mundo nos é apresentada, tanto quanto nós a apresentamos ao outro, banhada pelos e nos signos. Nossos discursos não nos remetem diretamente às coisas, mas a uma materialidade sígnica discursiva. É pela mediação da linguagem que nos relacionamos socialmente e representamos nosso modo de estar no mundo e é no mundo que, por sua vez se manifestam nossas ações na e pela realidade. A partir de Bakhtin (2004), pode-se compreender que toda a produção humana se constitui na linguagem que medeia nosso acesso sígnico à realidade. Essa concepção bakhtiniana de linguagem nos permite ampliar e compreender as formas de manifestação humana para além da forma verbal, reconhecendo a fotografia, por exemplo, como um dos instrumentos do dizer. Na presente pesquisa as formas de dizer pela fotografia são integrantes do processo na elaboração de sentidos pelos sujeitos envolvidos.