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LISTA DE VERIFICAÇÃO DE NAVIOS DE PRODUÇÃO PRIMÁRIA

OPERAÇÕES DE DESEMBARQUE

1- Operações de desembarque:

 Separar a zona de entrada de veículos de transporte do pescado da zona de desembarque. O pescado

seria transportado em carrinhos de inox até aos veículos de transporte.

 Condicionar o acesso à zona de desembarque, a pessoas estranhas ao serviço, a veículos e animais

indesejáveis, isolando a área, através de introdução de pessoal de guarda/vigia, sistema de identificação por cartão, encerramento das cancelas, e colocação de vedações, colocação de placa de proibida a entrada a animais, procedimentos de recolha dos animais errantes, e de sensibilização dos pescadores e vendedoras.

 Recomenda-se aumentar o espaço de sombra na zona de desembarque.

 As operações de evisceração do pescado devem ser efetuadas a bordo das navios ou no mercado, e

estas devem ser realizadas em superfícies de materiais facilmente laváveis com por exemplo inox, pedra, cimento.

2- Resíduos:

 O lixo não orgânico como por exemplo garrafas, latas, não devem ser atirados ao mar, devem ser

colocados em recipiente/saco e trazidos para terra.

 Os resíduos e substâncias perigosas como por exemplo gasolinas, óleos, devem ser armazenados em

local próprio, separado, identificado e manuseado de forma a evitar contaminações.

 Nas zonas de desembarque, promover a instalação de contentores adequados, mantidos em boas

condições, fáceis de limpar e desinfetar, fechados com tampa, e de abertura não manual, como forma de proteção contra animais e pragas, estanques e identificados, para recolha de lixo orgânico (vísceras, ovas, pescado, etc) e outro, separado para recolha de materiais não orgânicos, como garrafas, plásticos.

 Nas zonas de desembarque, promover um programa de recolha do lixo e esvaziamento/substituição dos

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 Nas zonas de desembarque, recolher todos os equipamentos e materiais estranhos às operações, e

que estão degradados e abandonados.

3- Formação e Saúde dos manipuladores de alimentos:

 Implementar ações de formação regulares aos pescadores e vendedoras, uma vez que o pessoal que

manuseia os alimentos deve ser supervisionado e dispor, em matéria de higiene dos géneros alimentícios, de instrução e /ou formação adequada para o desempenho das suas funções.

 Recomenda-se que os pescadores façam visitas ao médico regulares, atualizando o atestado médico,

pelo menos uma vez ao ano, no caso de idade igual ou superior a cinquenta anos e a cada dois anos para idade inferior a 50 anos. Todos os pescadores devem ter cédula marítima.

4- Água e gelo:

 Armazenar e transportar o gelo em recipientes próprios, impermeáveis, devidamente limpos, e que

impeçam qualquer tipo de contaminação.

 O gelo deve ser fabricado com água potável, ou quando utilizado para refrigerar produtos de pesca

inteiros, água limpa. (água do mar ou salobre, natural, artificial, ou depurada, que não contenha microrganismos, substancias nocivas, nem plâncton marinho tóxico em quantidades suscetíveis de terem uma incidência direta ou indireta sobre a qualidade sanitária dos géneros alimentícios) O gelo deve ser manuseado, fabricado e armazenado em condições que o protejam de qualquer contaminação.

 Evitar que as águas residuais e de fundo do porão, das caixas isotérmicas, dos baldes e do chão do barco contaminem o pescado.

 Apesar de existir uma instalação para recolha de água, esta não se encontra funcional, e por isso os pescadores e vendedoras de pescado não tem acesso a qualquer tipo de água a não ser a água do cais. A água do cais não é considerada água do mar limpa, (água do mar ou salobre, natural, artificial, ou depurada, que não contenha microrganismos, substancias nocivas, nem plâncton marinho toxico em quantidades suscetíveis de terem uma incidência direta ou indireta sobre a qualidade sanitária dos géneros alimentícios), e por isso pode contaminar o pescado com resíduos de combustível, bactérias, parasitas e outros microrganismos presentes na água. Sugere-se proporcionar uma fonte de água limpa, quer seja água doce limpa ou água do mar limpa, por forma a permitir a lavagem dos utensílios, como por exemplo facas, dos recipientes, das embarcações, do pescado e das mãos. Apenas se pode utilizar água limpa para a lavagem do pescado!

5- Géneros alimentícios:

 Deve ser efetuado um exame organolético ao pescado (olho, cheiro, guelra/goela, brilho, textura, etc.)

com cumprimento dos critérios de frescura.

 Deve ser efetuado o exame visual para deteção de parasitas visíveis antes da colocação no do pescado

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 Após o desembarque, o pescado não deve ficar em contato direto com o chão, e aquele deve ser

efetuado o mais rapidamente possível, por forma a que o pescado seja protegido de qualquer contaminação.

 O pescado pode ter lesões resultantes das artes de captura e do seu mau manuseamento, por isso

deve ser manuseado com cuidado para não causar contusões e lesões que favoreçam a entrada de microrganismos, e assim piorar a qualidade do pescado. O desembarque deve ser feito o mais rapidamente possível e não devem ser utilizados equipamentos e práticas suscetíveis de causar danos desnecessários às partes comestíveis como por exemplo atirar o pescado para o chão.

 Os pescadores que não transportam todos o pescado no porão e o fazem no convés, devem protegê-lo

do calor, contaminações e pragas como por exemplo usando oleados, coberturas ou qualquer material adequado, em bom estado de conservação, fácil de lavar e desinfetar, e mantê-lo nas devidas condições de higiene e arrumação. Não devem ser utilizadas mantas e cobertores para tapar o pescado.

O Peixe Balão, família Tetraodontidae, o Peixe Ouriço, da família Diodontidea, e o peixe sapo da família

Canthigasteridae, são venenosos e não devem ser descarregados, colocados no mercado, vendidos ou

consumidos.

Relativamente ao peixe Chocolate, Ruvettus pretiosus ou Lepidocytum flavobrunneum, a sua venda é

permitida, no entanto é obrigatório que a informação acompanhe o pescado até ao consumidor final: nome científico, lote e quantidade, forma de confecionar (não aproveitar a água de cozedura), e a possibilidade de causar efeitos gastrointestinais adversos.

6- Materiais, equipamentos e utensílios:

 Recomenda-se que o isco seja utilizado no próprio dia e armazenado em contentores com tampa que

devem estar identificados.

 Os materiais e objetos em contato com os produtos de pesca devem ser adequados, resistentes à

corrosão, lisos e fáceis de limpar, e os revestimentos superficiais devem ser duradouros e não tóxicos. Nomeadamente as arcas frigoríficas, caixas isotérmicas, facas e outros utensílios não devem estar enferrujados, e quando assim for devem ser substituídos. Também a tinta utilizada para a manutenção do barco deve ser apropriada para contato com alimentos devendo pois pedir o certificado da tinta na loja de compra.