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Organização do Guia

No documento Reutilização de Águas Residuais (páginas 33-37)

PARTE I – INTRODUÇÃO E CONCEITOS BÁSICOS

1. A REUTILIZAÇÃO DE ÁGUAS RESIDUAIS: ESTRATÉGIA DE CONSERVAÇÃO

1.9 Organização do Guia

O texto está organizado em duas partes (Figura 1-3). A primeira é introdu- tória, enquanto na segunda é apresentada a estratégia para desenvolvi- mento de projectos de reutilização de águas residuais tratadas. A primeira parte integra a presente introdução e os capítulos 2 a 5. A segunda parte é constituída pelos capítulos 6 a 9.

No capítulo 2 são apresentados os efeitos ambientais e sanitários associa- dos às características das águas residuais antes e após o seu tratamento e que devem ser tidos em consideração no processo de reutilização da água. O capítulo 3 apresenta as diferentes aplicações da reutilização de águas residuais e trata da caracterização qualitativa dessas águas em relação com os riscos ambientais e de saúde pública que devem ser controlados em projectos de reutilização da água.

O capítulo 4 apresenta as normas de qualidade vigentes em diversos paí- ses que as águas residuais tratadas devem satisfazer para serem reutili- zadas e recomenda critérios de qualidade para Portugal.

O capítulo 5 descreve o modelo institucional e legal que enquadra a im- plementação de sistemas de reutilização de águas residuais.

O capítulo 6, que dá início à segunda parte do Guia, trata das fases de implementação de projectos de reutilização, apresentando os aspectos a considerar na fase de planeamento, como a informação a coligir, a iden- tificação e contratualização de potenciais utilizadores e outros assuntos. No capítulo 7 apresentam-se: os requisitos técnicos do tratamento das águas residuais para assegurar a qualidade compatível com a subse- quente reutilização; requisitos de armazenamento e transporte das águas residuais tratadas até ao objecto de reutilização; aspectos construtivos, de operação e manutenção (O&M), e de monitorização de infra-estruturas de reutilização; e impactes ambientais associados a sistemas de reutiliza- ção de águas residuais.

O capítulo 8 aborda a problemática dos objectivos conflituantes no esta- belecimento de políticas tarifárias, salientando a importância da elabora- ção de um estudo técnico para avaliar a sustentabilidade económica e financeira de sistemas de utilização de águas residuais e sobre os princi- pais meios de financiamento deste tipo de investimentos. Por fim, reflecte sobre a importância de se estabelecer um enquadramento que permita a tarifação do uso de água potável, do tratamento de efluentes e de água reutilizada em conjunto, como um ciclo de utilização da água em que os vários elementos não podem ser dissociados.

O capítulo 9 apresenta os factores que condicionam a aceitação pública de sistemas de reutilização de águas residuais tratadas (SRART), descre- vendo os aspectos fundamentais para o estabelecimento de um programa de comunicação adequado a um SRART, assim como o nível de comuni- cação, quando comunicar com o público, o conteúdo da informação a transmitir, como concretizar a transmissão da informação e ainda aspec- tos da comunicação quando o SRART evidencia uma crise ou a probabi- lidade de tal ocorrer.

O Guia pode ser utilizado como um texto didáctico, de leitura sequencial, ou como um livro de consulta. No segundo caso, recomenda-se uma lei- tura prévia do Capítulo 6 (Metodologia para implementação de sistemas de reutilização de águas residuais), onde se sintetiza a metodologia geral recomendada para implementar um sistema de reutilização de água e se apresenta a lógica de apresentação dos diversos capítulos da Parte II. A terminologia relevante de cada capítulo é definida num glossário no final do volume.

PARTE I – INTRODUÇÃO E CONCEITOS BÁSICOS

Introdução, efeitos sanitários e ambientais associados às característi- cas de qualidade das águas residuais tratadas, aplicações da reutiliza- ção de águas residuais tratadas, critérios de qualidade dessas águas para serem reutilizadas e contexto legal e institucional da reutilização da água.

CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5

PARTE II – ESTRATÉGIA PARA IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE REUTILIZAÇÃO DE ÁGUA

Metodologia para implementação de sistemas de reutilização de águas residuais tratadas, aspectos técnicos, económicos e de participação pública.

CAP 6 CAP 7 CAP 8 CAP 9

BIBLIOGRAFIA GLOSSÁRIO ANEXOS

2.1 Objectivos do capítulo

As águas residuais contêm constituintes químicos e microbiológicos que não são totalmente removidos ou inactivados nas estações de tratamento. O residual de alguns desses constituintes presente nos efluentes tratados pode constituir a causa de alguns riscos para a saúde pública e para o ambiente. O controlo desses riscos baseia-se necessariamente no conhe- cimento da sua proveniência e dos impactes sobre a saúde humana e no ambiente em geral. O presente capítulo tem por objectivo identificar os constituintes químicos e biológicos com impacte significativo em projec- tos de reutilização de água que podem provocar consequências adversas para a saúde pública e avaliar esses efeitos.

Assim, este capítulo 2 inicia-se com a descrição dos constituintes das águas residuais não tratadas e a percentagem da sua remoção possível em estações de tratamento, o que permite avaliar as características quí- micas e microbiológicas das águas residuais tratadas disponíveis para reutilização. Segue-se a descrição dos riscos sanitários e ambientais potencialmente envolvidos em processos de reutilização de águas residuais, para melhor compreensão das metodologias de gestão desses riscos.

2.2 Características das águas residuais relevantes

em reutilização

As águas residuais urbanas são águas residuais domésticas ou a mistura destas com águas residuais industriais e pluviais colectadas para a rede de drenagem pública. As águas residuais urbanas podem conter substân- cias orgânicas e inorgânicas dissolvidas e suspensas na água:

– provenientes de água superficial ou subterrânea que constitui a origem de água bruta para produção de água para consumo humano;

2 EFEITOS AMBIENTAIS E SANITÁRIOS

No documento Reutilização de Águas Residuais (páginas 33-37)