• Nenhum resultado encontrado

radiossondas atualm ente são bastantes conhecidas e usadas na Meteorologia Operacional e para estudos e pesquisas em Meteorologia,

RADI OSSON DAGEN S N A ATM OSFERA

Com o foi m encionado anteriorm ente, com a necessidade de chegar a alt uras m aiores e ao aparecim ent o dos prim eiros aviões e à m elhoria dos Balões Sondas, as pipas entraram em desuso. Na verdade as pipas foram aperfeiçoadas e m elhoradas ao longo das prim eiras décadas do século XX.

3 Tipo de pipa que não necessita de nenhum a varet a, pois

sua form a e rigidez de vôo se consegue por m eio de algum as bolsas int ernas que se enchem com o vent o, obt endo- se um a form a de aba com grande est abilidade e grande força de sust ent ação.

Sendo assim , no início dos anos 30 são inventadas as radiossondas que perm itiram const ruir cartas sinópt icas em níveis m ais alt os da atm osfera.

As Radiossondas quando foram criadas se tornaram dispositivos m ais avançados com parativam ente às técnicas de investigação aplicadas à Meteorologia da época, com o por exem plo, as pipas ( Guadalupe, 2001)4.

Estes dispositivos na época eram constituídos por dois balões de “ borracha sint ét ica” ( artificial) . O balão m aior era capaz de suportar um a tensão que potencialm ente o perm itia chegar a um a altura de ~ 20 km , e levava suspenso um clássico pára- quedas para assegurar um a descida suave dos instrum ent os recuperáveis.

Abaixo deste balão se colocava outro m enor, de cor verm elha, que levava em seu int erior um last ro consist ent e de aproxim adam ente 300 g de areia, com a finalidade de regular a velocidade de subida do conj unt o nos níveis baixos da t roposfera. Os dois balões eram preenchidos com hélio. Finalm ent e era suspenso o equipam ento de radiossonda ou radiom eteorógrafo propriam ente dito.

A aproxim adam ente 3 km instalava- se o balão secundário, e a radiossonda subia só com o esferóide principal. A velocidade ascendente devia est ar controlada, a fim de ser sincronizada com a inércia ou retardo intrínseco à resposta dos inst rum ent os segundo as m udanças no valor das variáveis m eteorológicas com a altura; esta situação afetava particularm ente o higrôm etro.

A sensibilidade dos instrum ent os m eteorológicos t inha lim it ações, e se toleravam algum as m argens de erros. O t ipo de barôm etro aneróide em pregado levava som ent e duas cápsulas de Vidi, e foi qualificado com o “ aceitável” para a época; os t erm ôm et ros, consistentes de um a resist ência elét rica com elem ent os de cerâm ica, tinham um erro de ± 0,5° C; por últ im o, os higrôm etros davam um a m argem de até 5% de erro em suas leit uras.

A esquerda o suport e do higrôm etro e o t erm ôm etro. A direit a o “ baro- swit ch” com as cápsulas de Vidi. Font e: Guadalupe, 2001.

4 Guadalupe, L.E.R., 2001. Antecedentes Históricos de la

Aerología en Cuba ( I I ) . Boletín de SOMETCUBA, V. 7, N. 02.

O transm issor de rádio operava na faixa de ondas ultracurt as, na freqüência de 72 MHz, e tinha um a potência de 0,5 W. Os fabricantes t inham eleit o um a font e energét ica consistente com um a bateria “ de 3 V no filam ento e 90 V na placa” ( Larragoiti, 1945)5. O equipam ent o em it ia

dois sinais de freqüência fixa, cham adas “ referências” , que serviam de pont o de com paração com os sinais correspondentes às três variáveis. Atualm ente está reservada um a freqüência de rádio de 403 MHz para as radiossondas.

Equipam ent os receptores de um a radiossonda na década de 1940. Acim a, o receptor de rádio de onda ultracurta; no centro, o frequencím etro eletrônico; e em baixo a im pressora. Fonte: Guadalupe, 2001.

Na década de 1940 com eçaram a ser realizadas as sondagens verticais de tem peratura, um idade e vent o, com balões at m osféricos de form a rotineira em diferent es partes do m undo. Surgiram as prim eiras descrições t ridim ensionais dos cam pos de tem peratura, vento e um idade.

À esquerda lançam ento de balão radiossonda, e à direita Teodolit o aerológico usado para rast rear os balões radiossonda na década de 1940. Fonte: Oliveira, 2004.

5 Larragoiti, L., 1945. El Método de Radiosondas. En:

Radiosonda, I m prent a de la Marina de Guerra de la Republica de Cuba, La Habana, p. 25.

Som ente em 1964 foi que entrou em operação de form a rotineira no Brasil o sistem a de sondagem at ravés de radiossondas, usando disposit ivos ao que vim os acim a.

As At uais Radiossondas

As radiossondas são definidas com o um dispositivo para o uso em balões m eteorológicos que m ede vários parâm etros at m osféricos e os transm ite a um aparelho receptor fixo.

O dispositivo é conectado a um balão aerost át ico (de borracha ou lát ex) enchido com hélio ou hidrogênio, que eleva o dispositivo ao longo da atm osfera. O balão vai até a aproxim adam ente 30 km devido à falta de pressão do ar externo a essa altitude.

Hoj e existe tam bém a cham ada

raw insonde que é um disposit ivo m ais sim ples

cuj a intenção é m edir só a velocidade do vento. Estas m edidas se tom am realizando um seguim ent o da posição da rawinsonde, onde não necessita- se de um a conexão de rádio. Coloquialm ente, rawinsondes são norm alm ent e cham adas de radiossondas

.

As radiossondas m odernas se com unicam por rádio com um com putador que arm azenam todas as variáveis em tem po real. As prim eiras

raw insondes for am observadas do solo usando um

teodolito, e davam apenas um a estim ativa do vento segundo a posição.

As radiossondas m odernas podem em pregar vários m ecanism os para determ inar a velocidade e direção do vento, com o Loran sistem a de navegação terrestre de longo alcance que usa rádio) , radio direction finder – RDF ( aparelho usado par obt er a direção para um a fonte de radio) e GPS ( sistem a de posicionam ento global) .

As variáveis m ais im port antes m edidas por um a radiossonda m oderna são:

Pressão,

Alt it ude,

Posição geográfica ( Latitude/ Longitude) ,

Tem perat ura,

Um idade relativa,

Aceleração do vent o e direção,

Algum as t am bém oferecem a concentração de ozônio.

Estes dados são transm itidos aos diversos órgãos ou institutos de Meteorologia e são processados para a elaboração de diversos produtos, com o diagram as Stüve ( t erm odinâm icos) , que são út eis para a interpretação de fenôm enos com o a inversão térm ica, e é bastante im portante para m odelagem num érica.

Tais inform ações são codificadas e transm itidas, via GTS, para os centros de previsão do t em po, em horários padrões, conform e estabelecido pela OMM. No entanto, devido ao alto cust o das radiossondagens, est as são realizadas apenas duas vezes ao dia nos horários de 00 e 12 GMT.

Em nível Mundial há at ualm ente m ais de 800 locais de lançam ento de radiossonda. A m aioria dos países com partilha dados com o resto do m undo por acordos internacionais.

Recentem ente foram criadas as cham adas

dr opsondes que são um a var iação da r adiossonda,

e est ão sendo usados principalm ente em furacões nos EUA. Em vez de serem levados no alto por um balão, os dropsondes, presos a um pára- quedas pequeno, são solt os no furacão através de aeronave de reconhecim ent o. Est es instrum ent os estão aj udando a previsores a darem grandes passos na com preensão e previsão do com portam ento do furacão.

Dropsonde usada pela Nasa. Fonte:

htt p: / / hurricanes.noaa.gov/ prepare/ rawind.htm

Portanto, se as radiossondas atuais são im portantíssim as para as diversas atividades em Meteorologia, não devem os esquecer que tudo iniciou com experim ent os usando pipas, onde com isso perm itiram que, a part ir daí, os m eteorologistas analisassem a atm osfera em três dim ensões e m elhorasse bast ant e, a com preensão de processos atm osféricos.

Para saber m ais:

BELENGUER, J.M.S., 2004. I nt roducción

Hist órica: Sondeos de la At m ósfera con Globos y Com et as a Principios del Siglo XX.

DEA, Madrid, España.

FERREI RA, S.H.S., CAMARGO JÚNI OR, H., 2003. Tecnologia Espacial na Previsão do

Tem po. São José dos Cam pos, DSR/ I NPE, Apostila

do Curso de Uso Escolar do Sensoriam ento Rem oto no Estudo do Meio Am biente, Capítulo 5.

OLI VEI RA, A. P. de, 2004. I nt rodução às

Ciências At m osféricas. DCA/ I AG/ USP, p. 9- 10.

PALOMARES, M., 2004. Poniendo la Meteorología en Orden: Vilhelm Bj erknes antes de la Escuela de Bergen. Conferencia en Salón de Acto del I NM, Madrid, España.

ROJAS, F. DE P., 1919. Aplicación de las

Com et as a la M et eorología. Madrid, I m prent a

del Mem orial de I ngenieros.

ROTCH, A. L., 1897. Explorat ion of t he air

by m eans of kit es. Anales del Observat orio

Astronóm ico del Colegio de Harvard, vol. XLI I part e I , Cam bridge Universit y Press.