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A FM apresenta serviços ao utente como a determinação de parâmetros bioquímicos e fisiológicos, tais como a avaliação da pressão arterial, avaliação da glicemia, avaliação do colesterol, avaliação dos triglicéridos e testes de gravidez. Na FM ainda se procede à administração de vacinas e a pequenos curativos.

6.1 – MEDIÇÃO DE PARÂMETROS BIOQUÍMICOS E FISIOLÓGICOS

A pressão arterial é avaliada recorrendo a um esfigmomanómetro digital, no entanto antes de proceder à medição é necessário recomendar o utente a descansar pelo menos cinco minutos. É ainda importante alertar o utente para permanecer descontraído, não falar, nem se mover durante a medição. O profissional de farmácia deve depois anotar a hora, dia e os valores num cartão próprio e comparar os valores obtidos com os valores de referência (Tabela 1) [19].

Tabela 1 - Valores de referência da pressão arterial em adultos.

Categoria Pressão arterial

sistólica (mmHg) Pressão arterial diastólica (mmHg) Ótima <120 e <80 Normal 120 - 129 e/ou 80 - 84 Normal-alta 130-139 e/ou 85 - 89

Hipertensão Grau I 140 – 159 e/ou 90 - 99

Hipertensão Grau II 160-179 e/ou 100-109

Hipertensão Grau III ≥180 e/ou ≥110

Hipertensão Sistólica Isolada ≥140 e <90

Fonte: Norma DGS nº 020/2011 de 28 de Setembro [19]

A medição da glicémia é realizada através de equipamentos e tiras específicas. Para a medição desta são necessários alguns procedimentos iniciais como caçar luvas, de modo a evitar contaminação, massajar o dedo de modo a aumentar o fluxo sanguíneo e desinfetar com álcool a 70% o dedo escolhido pelo utente. O profissional procede à picada do dedo com uma agulha descartável e coloca-se na tira uma gota de sangue, depois coloca-se a tira no equipamento

44 específico e o profissional compara os valores obtidos com os valores de referência (Tabela 2) [20].

Tabela 2 - Valores de referência da glicémia.

Fonte: Norma DGS nº 002/2011 de 14 de janeiro [20]

O diagnóstico da diabetes é feito com base em:

 Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl;

 Sintomas clássicos + glicemia ocasional ≥ 200 mg/dl;

 Glicemia ≥ 200 mg/dl às 2 horas, na prova de tolerância à glicose oral;

 Hemoglobina glicada A1c (HbA1c) ≥ 6,5%.

A medição dos triglicéridos, do colesterol e do ácido úrico é realizada com o auxílio do

Reflotron Plus®. Antes da medição destes é necessário a realização dos procedimentos iniciais

referidos anteriormente. Para a medição destes é necessário picar o dedo do utente com uma agulha descartável, recolhendo sangue para um capilar, que depois é transferido para uma tira própria e colocada no Reflotron Plus®. Depois os valores obtidos devem ser comparados com os valores de referência. Na Tabela 3 encontram-se os valores de referência do colesterol total,

Low Density Lipoproteins (LDL) e High Density Lipoproteins (HDL) [21].

Tabela 3 -Valores de referência do colesterol total, Low Density Lipoproteins (LDL) e High

Density Lipoproteins (HDL) e triglicéridos.

Colesterol/triglicéridos Valores de Referência

Colesterol total < 190 mg/dl

LDL < 115 mg/dl

HDL > 40 mg/dl no homem e > 45 mg/dl na mulher

Triglicéridos < 150 mg/dl

Fonte: Norma DGS nº 019/2011 de 28 de setembro [21]

Classificação Valores

Normal < 110 mg/dl

Anomalia da glicémia em jejum 110-125 mg/dl

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7 – VALORMED

A VALORMED é uma sociedade criada em 1999, responsável pela gestão dos resíduos de embalagens vazias e medicamentos fora de uso. Os contentores da VALORMED encontram- se instalados nas farmácias ao dispor dos cidadãos [22].

Os utentes da farmácia deixam as embalagens vazias ou medicamentos fora de uso na farmácia, para que o profissional da farmácia os coloque no contentor da VALORMED. Quando o contentor se encontra cheio o profissional da farmácia deve fechar e pesar o contentor. Depois deve preencher a “ficha de contentor” com as seguintes informações:

 Nome e número da farmácia;

 Peso do contento;

 Rubrica do profissional responsável pelo fecho do contentor.

O contentor fica a aguardar a recolha por parte de um armazenista que deverá preencher na “ficha do contentor” as seguintes informações:

 Data da recolha;

 Número do armazenista;

 Rubrica do responsável pela recolha.

Os contentores são transportados para um centro de triagem por um operador de gestão de resíduos, sendo que é aqui que são separados e classificados para serem entregues a gestores de resíduos autorizados. Estes são responsáveis pelo seu tratamento, que pode ser:

 Reciclagem no caso do plástico, vidro e papel;

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8- BIBLIOGRAFIA

[1] O. Dos Farmacêuticos, “Boas Práticas Farmacêuticas para a farmácia comunitária (BPF),” Cons. Nac. da Qualidade, 3a edição, 2009.

[2] Infarmed, “Deliberação n.o 1502/2014,” Diário da República 2a Ser. no 145, p. 19445,

2014.

[3] Ministério da Saúde, “Portaria no594/2004, de 2 de junho -,” Diário da República, 1.a

série-B, 2004.

[4] “Decreto-Lei no 75/2016 de 8 de novembro,” Diário da República 1a série- no 214 8 novembro, 2016.

[5] Softreis, “SPharm – Softreis,” 2011. [Online]. Available: http://www.softreis.pt/wp/?page_id=1811. [Accessed: 14-Jan-2017].

[6] INFARMED I.P., “Decreto-Lei No15/93, De 22 De Janeiro,” Diário da República, 1.a

série, 1991.

[7] INFARMED, “Portaria n . o 769 / 2004 , de 1 de Julho,” Legis. Farm. Compil., pp. 4–7,

2004.

[8] INFARMED I.P., “Comparticipação e avaliação prévia hospitalar,” 2016. [Online]. Available:

http://www.infarmed.pt/web/infarmed/infarmed?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_s tate=maximized&p_p_mode=view&_101_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview _content&_101_returnToFullPageURL=%2F&_101_assetEntryId=1303774&_101_typ e=content&_101_urlTitle=compartic. [Accessed: 28-Apr-2017].

[9] “Decreto-Lei n.o 19/2014 de 5 de Fevereiro,” Diário da República, vol. 1.a série, pp. 968–972, 2014.

[10] Ministério da Saúde, “Decreto-Lei n.o 176/2006, de 30 de Agosto - Estatuto do Medicamento,” Diário da República 1a série, 2006.

[11] “Portaria n.o 224/2015 de 27 de julho,” Diário da República, 1.a série — N.o 144 — 27 julho, 2015.

[12] Administração Central do Sistema de Saúde, “Normas relativas à prescrição de medicamentos e produtos de saúde.” 2014.

[13] Ministério da Saúde, “Despacho no 18694/2010,” Diário da República, vol. 2, 2010. [14] Ministério da Saúde, “Despacho n.o 17690/2007,” D. da Repub., 2007.

47 http://www.infarmed.pt/web/infarmed/entidades/medicamentos-uso-

humano/autorizacao-de-introducao-no-mercado/medicamentos-homeopaticos. [Accessed: 23-May-2017].

[16] INFARMED I.P., “Dispositivos médicos na farmácia,” 2016. [Online]. Available: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/entidades/dispositivos-medicos/aquisicao-e- utilizacao/dispositivos_medicos_farmacia. [Accessed: 22-May-2017].

[17] Ministério da Saúde, “Portaria n.o 223/2015 de 27 de julho,” Diário da Repub., 2015. [18] “Portaria n.o 24/2014, de 31 de janeiro,” Diário da República, 1.a série — N.o 22 31

janeiro, 2014.

[19] F. H. M. George, “Norma da DGS-Hipertensão Arterial: definição e classificação,”

Direção-Geral da Saúde, 2013.

[20] F. H. M. George, “Norma da DGS-Diagnóstico e Classificação da Diabetes Mellitus,”

Norma da Direção-Geral da Saúde, pp. 1–13, 2011.

[21] F. H. M. George, “Norma da DGS- Abordagem Terapêutica das Dislipidemias no Adulto,” Norma Da Direção Geral Da Saúde, pp. 1–17, 2015.

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CAPÍTULO 2 - FARMÁCIA HOSPITALAR