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PACTO EM DEFESA DO SUS

No documento AMPLAMENTE: SOCIEDADE EM (DES)CONSTRUÇÃO (páginas 156-161)

Estabelece um compromisso claro com a repolitização do SUS, consolidando a política pública de saúde brasileira com uma política de Estado, mais do que uma política de governos. A implantação das políticas públicas é um processo que requer a mobilização da população, no sentido de garantir que os seus direitos sejam respeitados e efetivados, e no caso específico do Pacto pela Saúde, alguns momentos não podem prescindir da participação popular, pois, é por meio dela que o usuário pode ter suas necessidades e desejos expressos, além de ser uma forma direta de exercício do controle social. O Pacto em defesa do SUS:

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Expressa os compromissos entre os gestores do SUS com a consolidação do processo da Reforma Sanitarista Brasileira; Articula as ações que visem qualificar e assegurar o SUS como política pública; expressa movimento de repolitização da saúde, com uma clara estratégia de mobilização social. Busca um financiamento compatível com as necessidades de saúde por parte dos entes federados. As ações proposta pelo Pacto em Defesa do SUS são: articulação e apoio à mobilização especial pela promoção e desenvolvimento da cidadania, tendo a questão da saúde como um direito; aprovação do orçamento do SUS, composto pelos orçamentos das três esferas de gestão, explicitando o compromisso de cada uma delas em ações e serviços de saúde de acordo com a Constituição Federal; estabelecimento de diálogo com a sociedade, além dos limites institucionais do SUS; elaboração e publicação da Carta dos Direitos dos Usuários do SUS; ampliação e fortalecimento das relações com os movimentos sociais, em especial os que lutam pelos direitos da saúde e cidadania e regulamentação da EC nº 29 pelo Congresso Nacional, com aprovação da PL nº 01/03.

CONCLUSÃO

O Sistema Único de Saúde tem como princípios a universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência, e a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito; a equidade que parte da premissa de que todo o cidadão é igual perante o SUS, e que será atendido conforme as suas necessidades; e a integralidade de assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso, em todos os níveis de complexidade.

Todavia, a prática diária, tem permitido observar que os princípios do SUS, muitas vezes têm assumido um papel “utópico”. Pois, existe uma lacuna, no que diz respeito à ideologia do sistema e a sua praticidade, visto que muitos indivíduos, juntamente com suas famílias, muitas vezes vivenciam situações que ferem seus direitos como cidadãos e que possuem direitos.

Nota-se que o fortalecimento da Atenção básica (uma das prioridades pactuadas no Pacto pela Saúde e a acessibilidade dos usuários aos serviços de saúde na Atenção Básica despertou o interesse do Ministério da Saúde, desse modo, na perspectiva da

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gestão, visa direcionar ou redirecionar as prioridades governamentais, permitindo o correto investimento no fortalecimento da Atenção Básica.

É de competência do Ministério da Saúde (MS) estabelecer a gestão pública com base na indução, monitoramento e avaliação de processos e resultados mensuráveis, garantindo acessibilidade e qualidade da atenção em saúde para toda a população.

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CAPÍTULO XI

EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO FERRAMENTA AO COMBATE DE MAUS

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