• Nenhum resultado encontrado

BREVE PANORAMA DA PESQUISA SOBRE A LEITURA EM TELA O universo da investigação sobre leitura digital em telas também possui um

4 A LEITURA DIGITAL E O SEU LEITOR

4.3 BREVE PANORAMA DA PESQUISA SOBRE A LEITURA EM TELA O universo da investigação sobre leitura digital em telas também possui um

histórico. Linhas de análise constituíram-se e avolumaram-se como resposta a problemas específicos que começaram a desafiar a compreensão sobre o que estava acontecendo com o fenômeno leitor, à medida que se afirmava a transição de suporte, do papel para a tela. São significativos, por exemplo, os estudos realizados por Jakob Nielsen, ainda na década de 1990. Os trabalhos pioneiros de Nielsen sobre a usabilidade na internet fornecem elementos para pensar, a partir de padrões de navegação, sobre como o usuário/leitor se comporta. Em suas investigações, John Morkes e Nielsen (1997) delineiam princípios e constatam parâmetros de comportamento do leitor diante da tela acoplada à internet, no processo de captação visual da leitura. Ler em tela é um ato diversificado, pois pode ser realizado em

desktops, tablets, e-readers ou celulares, em inúmeros formatos e linguagens, em

ambientes herméticos ou conectados à rede mundial de computadores – o que permite derivas de navegação e percursos de leitura – mas os estudos iniciais de Nielsen debruçam-se sobre o computador, e de algumas de suas características específicas é possível tirar lições ainda úteis para compreender os movimentos do leitor diante dos demais dispositivos.

Pela relevância e caráter paradigmático, é oportuno fazer um inventário dos trabalhos mais importantes de Morkes e Nielsen (1997). Três conclusões119 da primeira

119 Conclusões obtidas após a realização de uma série de três estudos com 81 participantes. Os dois primeiros

investigação dos autores sobre usabilidade são preciosas: [a] os usuários/leitores não leem na internet, mas escaneiam as páginas a partir de frações de frase ou de frases inteiras nas quais buscam encontrar as informações que desejam. Os estudos também apontam que [b] os usuários/leitores não gostam de páginas de rolagem longas e preferem textos curtos e diretos. Outro dado relevante detectado pela pesquisa de Morkes e Nielsen (1997): [c] os usuários preferem informações factuais e desprezam linguagem de marketing. A partir dos três princípios sinalizados pelos autores, é possível concluir pela existência de uma determinada economia leitora na leitura em tela, marcante e presente nos objetivos que conduzem o leitor. Muito embora investigações posteriores tenham aperfeiçoado estas concepções, elas continuaram fornecendo a base do que ler em tela significa para Morkes e Nielsen.

No primeiro estudo120, os pesquisadores compararam leitores técnicos e não técnicos, submetendo os dois grupos de usuários/leitores a tarefas específicas de leitura. Houve diferenças no comportamento dos grupos, mas elas não foram significativas. Os leitores técnicos demonstraram maior disposição para seguir orientações de leitura e manusear as ferramentas de busca. Também manifestaram uma disposição mais consistente para seguir os nós hipertextuais. No entanto, os dois grupos convergiram para o mesmo tipo de comportamento: preferência por texto escaneável, breve e resumido. Os pesquisadores detectaram uma dificuldade de encontrar a informação específica, exibida pelos participantes, durante a navegação, revelando que a leitura em tela pela internet perde fluência por conta do atrito na navegação digital.

O primeiro estudo de Morkes e Nielsen (1997) apontou algumas conclusões relevantes sobre padrões de comportamento na leitura em tela acoplada à internet. Há uma tendência de [a] o leitor iniciar a leitura procurando um mecanismo de busca. Outro aspecto percebido: [b] toda espera é desagradável, o que permite concluir pela existência de uma tendência à dispersão, provocada por características técnicas do suporte, como a interface gráfica ou a demora para carregar páginas e arquivos. Questões relacionadas à escrita compõem o terceiro lote de achados do estudo ambos realizados com objetivo de gerar insights para subsidiar o terceiro estudo, de natureza qualitativa, em que foi observado o comportamento diante de diversos tipos de texto.

120 Este estudo foi feito com 11 usuários/leitores, sendo cinco técnicos e seis não técnicos. Os autores explicam

a tarefa aplicada aos participantes: “eram tarefas direcionadas, clássicas, semelhantes às usadas na maioria dos nossos estudos anteriores sobre usabilidade na web. Os usuários geralmente foram levados para a página inicial de um site específico e, em seguida, solicitados a encontrar informações específicas no site” (MORKES; NIELSEN, 1997).

pioneiro: [c] usuários demandam clareza, o que inclui cuidados com organização, uso de palavras que façam sentido para o público, dosagem de informação e uso estratégico dos parágrafos.

Outras conclusões do mesmo trabalho seguem pertinentes para caracterizar a leitura contemporânea em tela, seja qual for o dispositivo: [d] a norma de navegação visual é a varredura da tela (scanning); [e] o texto deve ser preferencialmente curto, o que desafia os projetos de leitura estendida; [f] há uma preferência pelos resumos e pela pirâmide invertida121, na organização do texto; [g] a estrutura de hipertexto pode ser útil para derivar a leitura de maneira complementar, guiada por objetivos de leitura específicos; [h] os elementos gráficos, geralmente produzidos em outras linguagens, como a imagem parada ou em movimento, são bem-vindos se complementarem o texto; e [i] os leitores sugerem uma preferência pela leveza, com espaço para brincadeira e humor.

Com base nas conclusões da investigação inicial, Morkes e Nielsen empreenderam uma segunda rodada de investigação122, de caráter mais exploratório, sobre o andamento da leitura, contornando as dificuldades de navegação detectadas na primeira rodada. Da mesma forma que o primeiro estudo, a pesquisa complementar de Morkes e Nielsen (1997) apontou algumas conclusões sobre a preferência do usuário/leitor, muito próximas das detectadas no primeiro procedimento: [a] opção pela escrita simples e informal; [b] a credibilidade (tanto a qualidade da produção quanto a harmonia do design do site e das fontes de informação é fator de confiança que leva à leitura; [c] o uso de hiperlinks externos amplia a credibilidade; [d] o humor precisa ser usado com cautela, em função da variedade de reações que pode provocar; [e] os usuários/leitores desejam obter suas informações rapidamente, em função de restrições emocionais e de tempo, o que se estende também para o carregamento de

121 Técnica de organização das informações em um texto jornalístico, que aposta na valorização de uma

informação principal – a mais relevante do ponto de vista jornalístico – e hierarquiza as demais em ordem decrescente de relevância. Por conta da sequência dos parágrafos assim estruturados, do mais importante ao menos importante, a estratégia textual ganhou a designação alternativa de pirâmide invertida, por lembrar a figura geométrica. Trata-se de um recurso do tipo de jornalismo comprometido com as promessas de objetividade, clareza e concisão, consagrado nos EUA do século 20 e que depois se espalharia como tendência pelo mundo, inclusive no Brasil.

122 Os usuários foram levados diretamente às páginas selecionadas para o estudo, sem a necessidade de terem

de encontrá-las por meio de mecanismos de busca. As tarefas foram desenvolvidas para permitir que fosse observado como liam grandes quantidades de texto, sem a necessidade de localizar uma única informação. Foram testadas 19 pessoas, com experiência em navegação na web. Depois de terem o comportamento de navegação e leitura observados, os participantes responderam a perguntas específicas, como "o que você diria que é o objetivo principal do site?" e "como você descreveria o estilo de escrita do site?", entre outras.

imagens complementares e de hipertexto; [f] há uma preferência pelo escaneamento visual, tanto por meio de palavras, quanto de marcadores gráficos e informativos (título, legendas etc.); [g] consoante com o desejo por rapidez, os usuários preferem textos concisos, que vão direto ao ponto; [h] os resumos e a estrutura da pirâmide invertida agradam, pois facilitam a localização das informações mais importantes; [i] bem usados, os hiperlinks são apreciados; e [j] imagens e gráficos são valorizados se complementarem os textos.

As conclusões qualitativas dos dois primeiros estudos levaram os autores à terceira fase da investigação, com o objetivo de efetuar medições e testar hipóteses. Para realizar o experimento, 51 usuários123 foram submetidos à navegação/leitura de cinco variações de um mesmo site com informações de turismo. Cada versão do site tinha um estilo distinto de texto: uma versão com escrita promocional exagerada (considerada a versão de controle); uma versão que estimulava o escaneamento de informações, mas ainda assim com estilo promocional; uma versão com linguagem promocional e concisa, com menos palavras do que a versão de controle; uma com estilo objetivo ou não promocional; e uma última versão com um estilo de linguagem concisa, digitalizável e objetiva. Com base nas indicações dos dois primeiros estudos, foram formuladas sete variáveis para guiar as medições:

Hipótese 1: Os usuários das versões escaneável e concisa do website gastarão significativamente menos tempo realizando tarefas do que os usuários da versão de controle. Hipótese 2: Usuários escaneáveis e concisos cometerão significativamente menos erros em tarefas do que os usuários de controle. Hipótese 3: Os usuários escaneáveis e sintéticos lembrarão o conteúdo do site significativamente melhor do que os usuários de controle. Hipótese 4: Os usuários escaneáveis e concisos terão um tempo significativamente menor para relembrar a estrutura do site do que os usuários de controle. No entanto, todos os grupos (controle, escaneável, conciso e objetivo) executarão a mesma precisão na reconstituição do mapa do site, já que a estrutura do site é simples. Hipótese 5: Usuários objetivos, escaneáveis e concisos relataram satisfação subjetiva significativamente maior com o site do que os usuários de controle. Hipótese 6: Combinar estilos de escrita objetivos, escaneáveis e concisos em um único site resultará em medidas significativamente melhores no tempo de tarefa, taxas de erro, memorização, estrutura do site e satisfação subjetiva. Hipótese 7: Quando as medidas das seis primeiras hipóteses são combinadas em uma pontuação geral de usabilidade para cada versão do site, as versões escaneável, concisa, objetiva e combinada terão pontuações de usabilidade mais altas do que a versão de controle (MORKES; NIELSEN, 1997)124. 123 Os participantes foram 51 usuários experientes (no mínimo dois anos) na navegação na internet, com idades

entre 22 e 69 anos. Algumas profissões foram excluídas da amostra, para evitar distorções de desempenho. Os pesquisadores encontraram efeitos da idade e da experiência sobre as variáveis dependentes mencionadas nas primeiras cinco hipóteses, mas em valores insignificantes.

124 "Hypothesis 1: Users of the scannable and concise versions of the website will spend significantly less time

performing tasks than will users of the control version. Hypothesis 2: Scannable and concise users will make significantly fewer errors on tasks than will control users. Hypothesis 3: Scannable and concise users will

As quantificações permitiram aos pesquisadores apontar, portanto, parâmetros comparativos em relação à usabilidades dos sites. As medições indicaram que os estilos escaneáveis, objetivos e concisos fazem diferença no andamento da leitura na internet, além de proporcionarem avaliações de satisfação subjetiva também positivas. O êxito do estilo objetivo, conforme os autores, poderia ser atribuído a um determinado efeito de credibilidade, na medida em que a distração da linguagem promocional é contornada pelo uso de uma linguagem mais neutra. Morkes e Nielsen (1997), diante da inexistência de conflito entre as três modalidades de escrita, recomendam a sua combinação com o objetivo de ampliar a usabilidade e a legibilidade:

De fato, em nosso estudo de caso, o efeito combinado de empregar todas as três melhorias foi muito maior do que qualquer uma das melhorias individuais tomadas isoladamente: nossa versão combinada registrou uma melhora de 124% na usabilidade medida, enquanto as três melhorias individuais foram pontuadas de 27% a 58% (MORKES; NIELSEN, 1997)125.

Assim, a pesquisa indica que a usabilidade é um fator que condiciona a leitura em tela acoplada à internet, gerando desdobramentos que incidem sobre o fenômeno leitor. Os autores concluem que respeitar os preceitos da usabilidade – ser escaneável, conciso e objetivo, ou seja, atributos de uma determinada economia do processamento leitor – pode dobrar os parâmetros de legibilidade do caso de um site na internet. Ou seja, pensar o que ler em tela significa também exige que se leve em conta os fatores de legibilidade, dado que eles incidem sobre a fluência leitora do suporte digital.

Outro estudo emblemático de Nielsen detectou, por meio da observação de

eyetracking, o escaneamento do movimento dos olhos durante a leitura, a existência

de um padrão de mobilidade pela tela que reproduz o formato da letra F – o chamado

remember site content significantly better than will control users. Hypothesis 4: Scannable and concise users will take significantly less time to recall the website's structure than will control users. However, all groups (control, scannable, concise, and objective) will perform the same on sitemap accuracy, since the site's structure is simple. Hypothesis 5: Objective, scannable, and concise users will report significantly higher subjective satisfaction with the site than will control users. Hypothesis 6: Combining objective, scannable, and concise writing styles into a single site will result in significantly better measures on task time , error rates, memorability, site structure, and subjective satisfaction. Hypothesis 7: When measures from the first six hypotheses are combined into an overall usability score for each version of the site, the scannable, concise, objective, and combined versions will have higher usability scores than the control version will" (no original em inglês).

125 "Indeed, in our case study the combined effect of employing all three improvements was much larger than

any of the individual improvements taken alone: our combined version recorded a 124% improvement in measured usability, whereas the three individual improvements "only" scored from 27% to 58%" (no original em inglês).

padrão F. Ao observar o deslocamento do olhar pela tela de 232 usuários, Nielsen

(2006) detectou um padrão diferente da leitura linear, corriqueira na fruição de materiais impressos tradicionais, composto por três eixos de comportamento: [a] os usuários lêem inicialmente em um percurso horizontal, que geralmente está na parte superior da área de conteúdo, formando a barra maior da letra F; [b] o segundo movimento seria muito parecido com o primeiro, paralelo, também de percurso horizontal, mas um pouco menor do que o primeiro, formando o que podemos considerar como a segunda barra da letra F; [c] por fim, os usuários/leitores escaneiam o lado esquerdo do conteúdo, em um movimento vertical, mais ou menos sistemático e linear, com um ou outro desvio e variação de tempo de fixação, formando o tronco da letra F. Dessa forma, o monitoramento deste padrão de varredura visual indica que os pontos de fixação do olhar se concentram no topo e no lado esquerdo da tela.

Na mesma investigação, Nielsen (2006) aponta que nem sempre a varredura visual, realizada pelo leitor em tela, seguirá o padrão reincidente da letra F, podendo se assemelhar a uma letra E – quando há uma terceira linha paralela de percurso horizontal – ou de uma letra L, com um movimento horizontal de início e depois a visada vertical. Em geral, a navegação teria uma repetição irregular, não uniforme, mas ainda assim seguindo o modelo de concentração no alto e à esquerda. Conforme Nielsen (2006), este comportamento de visualização da tela repercute sobre a leitura e sobre a escrita de materiais escritos para serem lidos em telas, acopladas ou não à internet, na medida em que valoriza determinados comportamentos e sublinha disposições de leitura de um texto. Essa influência fixa, até mesmo, recomendações sobre a organização de um texto para tornar mais eficiente a fluência leitora e garantir que a atenção do leitor seja realmente conquistada.

Quer dizer, "como as pessoas lêem de maneira diferente, você precisa escrever de forma diferente" (NIELSEN, 2006), de acordo com os princípios da usabilidade, o que vale como recomendação de eficiência, muito embora não se aplique a todos os tipos de leitura em tela e sites na internet, como, por exemplo, nos casos de leitura

jornalística ou com objetivos de leitura específicos, que podem orientar a fixação

visual. De qualquer maneira, é necessário lembrar que

os usuários não lerão seu texto de uma maneira completa, palavra por palavra. A leitura exaustiva é rara, especialmente quando os indivíduos em potencial estão conduzindo suas pesquisas iniciais para compilar (...). Sim, algumas pessoas vão ler mais, mas a maioria não vai. Os dois primeiros parágrafos devem indicar as informações mais importantes. Há alguma esperança de que os usuários realmente leiam o material, embora provavelmente leiam mais do

primeiro parágrafo do que do segundo. Comece subtítulos, parágrafos e marcadores com palavras carregadas de informações que os usuários notarão ao rastrear o lado esquerdo de seu conteúdo no tronco final de seu padrão F. Eles vão ler a terceira palavra em uma linha com muito menos frequência do que as duas primeiras palavras (NIELSEN, 2006)126.

Em outro estudo posterior, ainda sobre o contexto da navegação e da usabilidade, realizado pelo mesmo centro de pesquisas, Kara Pernice (2017) investigou como o padrão F se manifesta na varredura e na leitura em telas móveis, procurando demonstrar que não é o único a orientar o percurso visual do leitor pelas telas. Pernice (2017) resumiu a consequência do padrão F sobre a captação visual da leitura da área de conteúdo127, observadas a partir de pesquisas de eyetracking, seja com gráficos de olhar ou com mapas de calor: "as primeiras linhas de texto em uma página recebem mais olhares do que as linhas subseqüentes de texto na mesma página. As primeiras palavras à esquerda de cada linha de texto recebem mais fixações do que palavras subsequentes na mesma linha128" (PERNICE, 2017). A constatar, por meio de investigação, que o mesmo padrão de varredura, na forma da letra F, pode ser observado tanto em sites quanto em dispositivos móveis, Pernice (2017) defende a ideia de que a experiência do usuário – quer dizer, a forma como se organiza a leitura – depende mais do comportamento padrão dos indivíduos do que da tecnologia.

Um dos argumentos sustentados pela autora é o de que o padrão F não é o único a caracterizar a varredura de telas. Há outros que se misturam ao padrão dominante: [a] no padrão de bolo de camadas, os olhos examinam horizontalmente os destaques (como títulos e subtítulos) e ignoram o texto que há abaixo; [b] no padrão

pontilhado, massas de texto são contornadas ou evitadas para que o usuário/leitor

escaneie a tela em busca de algo específico; [c] no padrão marcação, o olhar fica fixo em um ponto, enquanto o mouse ou o dedo faz a página rolar, um comportamento mais frequente no celular do que no computador, conforme a autora; [d] no padrão bypass,

126 "Users won't read your text thoroughly in a word-by-word manner. Exhaustive reading is rare, especially when

prospective customers are conducting their initial research to compile (....). Yes, some people will read more, but most won't. The first two paragraphs must state the most important information. There's some hope that users will actually read this material, though they'll probably read more of the first paragraph than the second. Start subheads, paragraphs, and bullet points with information-carrying words that users will notice when scanning down the left side of your content in the final stem of their F-behavior. They'll read the third word on a line much less often than the first two words" (No original em inglês).

127 Os demais elementos visuais disponíveis em uma tela, como barras de navegação, criam outros pontos de

fixação de leitura, que podem coincidir ou não com o padrão F.

128 "First lines of text on a page receive more gazes than subsequent lines of text on the same page. First few

words on the left of each line of text receive more fixations than subsequent words on the same line" (no original em inglês).

as primeiras palavras de linha são deliberadamente ignoradas quando linhas sucessivas de texto, em uma lista, começam de maneira idêntica; [e] no padrão de

confirmação, o usuário/leitor deixa o movimento de varredura de lado e fixa-se em

quase tudo na página, por conta da motivação e do interesse pelo conteúdo, o que não aconteceria com frequência, mas em situações específicas e com determinados

objetivos de leitura.

Para que um leitor siga o padrão F, Pernice (2017) lembra que precisam ocorrer três situações: [a] pouca ou nenhuma formatação para web ou para a tela, com