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PERFIL DOS ESTUDANTES QUANTO A DISPONIBILIDADE DE COMPUTADOR

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

6.5 PERFIL DOS ESTUDANTES QUANTO A DISPONIBILIDADE DE COMPUTADOR

Buscando-se melhor conhecer o perfil dos estudantes participantes da pesquisa quanto à disponibilidade de computador e acesso à internet bem como o uso que os mesmos dão a esses recursos, foi aplicado o Questionário 1, mostrado no Apêndice A. As respostas dadas pelos estudantes às questões do Questionário 1 são mostradas na Figura 3. Os números da abscissa na Figura 3 correspondem aos das questões do Questionário 1 (Apêndice A).

Figura 3 - Resultados do Questionário 1, mostrado no Apêndice A, aplicado aos estudantes.

Os resultados obtidos para a Questão 1 do Questionário 1, mostrado no Apêndice A, que buscou investigar se os estudantes participantes da pesquisa possuíam computador em casa, 23 (82,14%) e 5 (17,86%) responderam sim e não, respectivamente. Nesse resultado, deve-se considerar o computador desktop e o notebook, pois no projeto não se fez essa distinção.Esse resultado obtido mostrou ser um quantitativo muito acima da média nacional, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD): Internet chega a três em cada quatro domicílios do país”, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/IBGE, em 2017. De 2016 para 2017, sendo analisado 70.376 domicílios brasileiros, observou-se uma diminuição do percentual da presença de microcomputador de 45,30% para 43,40%, respectivamente (PNAD Contínua TIC, 2017).

O fato da maioria dos estudantes participantes da pesquisa possuírem um computador em casa em muito facilitou a aplicação do presente projeto de pesquisa. Esse resultado vem corroborar mais ainda com o fato de todos esses os computadores estarem conectados à internet. Essa conclusão pode ser feita em função de todos os 28 (100,0%) estudantes terem declarado possuírem o acesso à internet em suas residências (Questão 02 do Questionário 1, mostrado no Apêndice A). Esse índice de acesso à internet por parte de todos os estudantes em suas residências deve ser considerado elevado. Não se pode obviamente generalizar que esse perfil seja uma realidade em todas as localidades do nosso país. Segundo o PNAD Contínua TIC (2017), o percentual de utilização da Internet nos domicílios subiu de 69,30% para 74,90%. Foi um salto de 5,6 pontos percentuais, em um ano. Na área urbana, esse percentual de utilização cresceu de 75,00% para 80,10% e na área rural, de 33,60% para 41,00%.

De acordo com os resultados obtidos, pode-se considerar que os estudantes mostraram possuir os recursos necessários e facilidades para participarem do projeto de pesquisa, por meio de acesso de atividades on-line num blog em suas próprias residências. Essa afirmação não exclui aqueles 5 (17,86%) estudantes que disseram não possuir um computador em suas residências.Com o acesso à internet em suas residências, os mesmos realizariam o acesso às atividades propostas no blog

“Aprendendo Hidrólise Salina”, por meio de outros dispositivos como, por exemplo, o tablet e/ou aparelho de celular do tipo smartphone. Esses estudantes fazem parte de

grande parcela da população brasileira, sendo que, de 2016 para 2017, o percentual de pessoas de 10 anos ou mais que acessou à internet através de celular aumentou

de 94,60% para 97,00%, respectivamente, e a parcela que usou a televisão para esse fim subiu de 11,30% para 16,30% (PNAD CONTÍNUA TIC, 2017).

Em se tratando da Questão 03 do Questionário 1, do Apêndice A, que abordou o interesse dos estudantes em fazerem uso do contra turno para acessarem a internet na Escola para fins de estudos, os resultados mostraram que 13 (46,43%) e 15 (53,57%) dos estudantes responderam sim e não, respectivamente. A indisponibilidade de mais da metade dos estudantes, quanto ao uso da internet da escola no período contra turno, está relacionada ao fato de que eles realizam cursos de capacitação (inglês, informática, etc.) ou até mesmo por terem as facilidades de fazerem o acesso à internet em suas próprias residências. Esse último motivo é corroborado pelo resultado obtido na análise das Questões 1 e 2. Os resultados da Questão 03 vêm de encontro com o encontrado nos estudos publicados no TIC Educação 2017 (2018), do Centro de Estudos das Tecnologias da Informação e Comunicação do Brasil/CETIC.Br, em escolas urbanas. Em 2017, em relação ao local de uso de computador e da internet pelos 10.866 estudantes pesquisados, 79% fizeram o acesso no quarto, 92% em algum outro espaço da casa e 89% na casa de uma outra pessoa, enquanto que apenas 39% citaram a Escola como local de acesso à internet. A região Sul do Brasil destaca-se em relação ao uso das TIC na Escola, sendo que a proporção de estudantes que realizam alguma atividade escolar dentro da Escola é em média um pouco mais acima do total do país.

Considerando a Questão 4 do Questionário 1, mostrado no Apêndice A, e após a análise das respostas, 27 (96,43%) dos estudantes responderam que tinham o interesse na complementação dos estudos de Química por meio de atividades fora de sala de aula e on-line, por exemplo, utilizando blog. Observa-se que o interesse em complementar os estudos on-line vem ao encontro do que defende Alcântara et al. (2013), quando dizem que alguns estudantes, certas vezes, não conseguem absorver todo o conteúdo na sala de aula e, devido às suas inibições, não discutem suas dúvidas. Então, recorrem e pesquisam blogs e sites com conteúdo didático, para consolidarem o aprendizado, em especial as matérias de ciências exatas. Tem-se, nesse caso uma boa justificativa para se disponibilizar um blog como complementação para os estudos de conteúdo de química voltado para o conceito de hidrólise salina e também podendo ser utilizado pelo professor na perspectiva do Ensino Híbrido. O interesse dos estudantes pelo uso do blog para realizar estudos em Química foi superior ao encontrado por Barro et al. (2008), no qual apenas um pouco mais de

50%, do total de 28 estudantes pesquisados, responderam favoravelmente ao uso do

blog em disciplina escolar. Mesmo assim, esses resultados sugerem que o blog

apresenta uma boa aceitação por parte dos estudantes e mostra ser um recurso adequado de apoio ao ensino, além de ser fácil o acesso e a sua utilização. O uso do

blog para atividades escolares ainda é uma novidade para a maioria dos estudantes

brasileiros. Confirmando esse cenário, a criação ou atualização de blogs ou páginas na internet, em média 30% dos estudantes brasileiros analisados apresentam alguma dificuldade nessa ação e 33% nunca realizaram essa atividade (PANORAMA SETORIAL DA INTERNET, 2013).

Na Questão 5 do Questionário 1, mostrado no Apêndice A, que envolve o acesso de conteúdos escolares na internet, 13 (46,43%) e 15 (53,57%) dos estudantes participantes da pesquisa responderam sim e não, respectivamente. Entende-se que o acesso aos conteúdos escolares deva ser algumas vezes orientado pelos professores, uma vez que os estudantes possam não estar preparados para acessarem materiais de confiança e não distorcidos quanto aos conteúdos consultados. Os resultados obtidos dos estudantes pesquisados na Questão 05, mostraram que o acesso à internet para busca de conteúdos escolares estão muito aquém da média nacional. Segundo os estudos publicados no TIC Educação 2017 (2018), do Centro de Estudos das Tecnologias da Informação e Comunicação do Brasil/CETIC.Br, mais de 70% de 10.866 estudantes pesquisados do Ensino Médio e de escolas urbanas já usaram a internet para o acesso conteúdos escolares (TIC EDUCAÇÃO 2017 (2018)). De maneira geral, a região Sul do país, em relação as outras regiões, apresenta maior uso do computador e Internet para atividades escolares, no qual 92% dos estudantes utilizam as tecnologias para pesquisas escolares em relação a outras regiões; e 83%, para trabalhos em grupo. (PANORAMA SETORIAL DA INTERNET, 2013).

As respostas da Questão 6, do Questionário 1, mostrado no Apêndice A, mostraram que 28 (100,0%) dos estudantes apresentam o interesse em busca de alguma explicação ou resolução da lição de casa on-line, caso estas estejam disponíveis. Analisando esse resultado, observou-se que chega a diferir grandemente daquele obtido na Questão 05, embora haja alguma semelhança nas duas ações/atividades. Nesse caso, talvez os estudantes tenham interpretado de forma equivocada o enunciado da questão. O resultado obtido sugere vir mais de encontro com o fato dos estudantes, na necessidade de fazerem alguma atividade escolar em

suas casas e sugeridas pelo professor, poderem contar facilmente com as repostas, tirando-lhes a responsabilidade de reflexão e elaboração das mesmas.

O resultado da Questão 7, do Questionário 1, mostrado no Apêndice A, aponta que 26 (92,85%) dos estudantes acessariam as resoluções/explicações de provas se estivessem disponíveis online. Constata-se que a grande maioria dos estudantes demonstram grande interesse pelo estudo através do computador. Essa flexibilidade de ter disponível um material online, preparado dentro do contexto de sala de aula, permite que cada estudante possa progredir de acordo com sua capacidade, ritmo e situação.

Sobre a Questão 8 do Questionário 1, mostrado no Apêndice A, 15 (53,57%) dos estudantes participantes da pesquisa responderam ter interesse pelas aulas de Química, contra 13 (46,43%) que disseram não como resposta. Quase metade da turma dos estudantes participantes da pesquisa apontaram para um desinteresse pelas aulas de Química. Em grande parte, esse resultado pode estar associado ao elevado índice de dificuldade de aprendizagem em Química, mostrado nos estudos de Santos et al. (2013). Segundo os autores, há o apontamento da falta de domínio da matemática e da complexidade dos conceitos químicos. Uma solução para a melhoria dessa realidade seria: I) realizar um trabalho de reforço e melhoria do conhecimento na área da matemática; II) utilizar das metodologias mais ativas de aprendizagem, com o uso de recursos digitais na prática escolar, o que justifica esse trabalho de pesquisa e III) além de estabelecer uma relação entre os saberes curriculares fundamentais aos estudantes e a experiência social que eles têm como indivíduos (FREIRE, 2010).

Considerando a Questão 9, do Questionário 1, mostrado no Apêndice A, 23 (82,14%) dos estudantes participantes da pesquisa consideraram que a Química é uma disciplina importante na construção de futuro e apenas 5 (17,86%) responderam que não. Esses resultados obtidos sugerem que a maioria dos estudantes participantes da pesquisa apresentam uma compreensão de que os conhecimentos químicos podem contribuir na resolução individual e coletiva de problemas ligados à Química dentro do contexto social, econômico, político e ambiental.

Em se tratando Questão 10 do Questionário 1, mostrado no Apêndice A, quando perguntado se os estudantes fariam uma atividade escolar sem que valesse nota, 16 (57,14%) e 12 (42,86%) responderam sim e não, respectivamente. Dentre os estudantes participantes da pesquisa que responderam não 12 (42,86%) à questão,

esse resultado sugere que muitos deles ainda vinculam a atividade escolar a uma obrigação, na qual deva haver uma nota no final da apresentação da atividade de ensino e aprendizagem.

Considerando a Questão 11, do Questionário 1, mostrado no Apêndice A, quando questionados se já fizeram ou conheciam alguém que utilizou o de hidrogenocarbonato de sódio (NaHCO3) para o alívio da acidez estomacal (azia), 25 (89,29%) e 3 (10,71%) dos estudantes participantes da pesquisa afirmaram que sim e não, respectivamente. Esses resultados mostraram que a prática de ingestão de NaHCO3 para o combate da azia estomacal é ainda muito conhecida, difundida e aplicada nos dias atuais. No entanto, muito se faz o uso dessa prática sem que realmente haja uma real compreensão dos conceitos químicos envolvidos no mecanismo de ação do NaHCO3. Esse fato acaba também justificando o tema proposto nesse projeto de pesquisa bem como a produção de um produto que possa auxiliar no trabalho de ensino-aprendizagem da hidrólise salina em sala de aula.

6.6 Aplicação da situação problema e avaliação diagnóstica dos conteúdos