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Apresentamos a seguir o perfil dos participantes de nossa pesquisa.

Todos os participantes são alunos de uma escola particular de línguas de uma cidade do interior de Minas Gerais. O grupo inicial foi formado por 27 alunos cursando os níveis básicos e intermediários do idioma. Destes, obtvemos a adesão voluntária de 21 alunos em nosso’ estudo, porque alguns se desligaram do curso; outros estão inscritos na modalidade de auto estudo, que não tem uma rotina de aulas determinada, o que dificultou o contato. Foi solicitado o preenchimento e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos participantes e responsáveis.

A idade dos alunos envolvidos variou de 17 anos a acima de 50, sendo que as áreas de atuação profissional foram também variadas, predominando os estudantes.

Escolhemos então as seguintes turmas: Básico 3 A (4 alunos); Básico 3 B (4 alunos); Intermediário 6 A (3 alunas); Intermediário 6 B (4 alunos); Avançado (2 alunos); Vip

Intermediário 5 (1 aluno); Vip Intermediário (1 aluno).

Todos já possuíam celulares com recurso de envio e recebimento de mensagens de texto. Não importou para a pesquisa a marca, modelo, operadora ou contrato de pagamento (pré-pago ou pós-pago).

As turmas Básico 3 A, Básico 3 B e Intermediário 6 B tinham como regentes outras professoras e não a pesquisadora. As professoras concordaram, após receber as informações sobre a pesquisa, em colaborar com a pesquisadora, cedendo alguns minutos de suas aulas para a realização das entrevistas e conversas entre os participantes e a pesquisadora. Quanto aos demais participantes, estes eram alunos da pesquisadora.

Para a aplicação do questionário, contamos com a participação de 19 alunos da modalidade turma e dois da modalidade vip (aula entre um aluno e a professora). Para a análise, utilizamos as siglas T significando turma; 3, 6 e 8 representando os livros, A para aluno, seguido de um número para diferenciação, e P para pesquisadora. Dois alunos da modalidade de ensino individual foram denominados AV1 e AV2, sendo A aluno e V vip.

O quadro abaixo mostra o perfil dos participantes e o uso que fazem do telefone celular.

Participante Recursos que utiliza Freqüência de

uso do celular Envio e recebimento de SMS AV1 Sistema de mensagem de

texto. Todos os dias Sim: para amigos, família e trabalho. AV2 Sistema de mensagem de

texto.

Diariamente Sim: para amigos e família.

T3A1 Sistema de mensagem de texto, receber/enviar e-mail.

Freqüentemente/ direto.

Sim: para amigos.

T3A2 Sistema de mensagem de texto, câmera.

Sempre Sim: para amigos, família e trabalho.

T3A3 Sistema de mensagem de texto, câmera.

Todo dia Sim: para amigos.

T3A4 Sistema de mensagens de texto, gravador

Todos os dias Sim: para amigos, família.

T3A5 Sistema de mensagem de texto e câmera

Todo dia Sim: para amigos

T6A4 Jogos, sistema de mensagens de texto.

24 horas por dia Sim: para amigos, família e estudo.

T6A5 Sistema de mensagens de texto, câmera, gravador.

Sempre Sim: para família

T6A6 Sistema de mensagens de texto, câmera, gravador.

O tempo todo Sim: para amigos, família, trabalho, lazer. T6A7 Sistema de mensagens de

texto, câmera, gravador.

Todo dia Sim: para amigos, família e estudo

T3A8 Sistema de mensagem de texto Toda hora Sim: para amigos, trabalho, lazer e entretenimento e fins

comerciais. T6A1 Sistema de mensagens de

texto, gravador.

6 vezes ao dia Sim: para amigos, família, estudo, trabalho e fins

comerciais. T6A2 Sistema de mensagens de

texto, gravador.

Todos os dias. Sim: amigos e família.

T6A3 Sistema de mensagens de texto e câmera

Muito Sim: para amigos, estudo.

T6A4 Sistema de mensagens de texto e câmera.

Muito Sim: para amigos, estudo.

T6A5 Sistema de mensagens de texto, câmera.

Sempre Sim: amigos e família.

T6A6 Jogos, sistema de mensagens de texto, câmera e gravador.

Todos os dias Sim: para amigos e família.

T6A7 Sistema de mensagens de texto, câmera.

Todo dia Sim: para amigos e família.

T8A1 Jogos, sistema de mensagens de texto, filmadora, câmera, envio e recebimento de e-mail.

A todo tempo, não fico sem em momento algum.

Sim: para amigos e família

T8A2 Sistema de mensagens de texto, câmera

Todo dia. Sim: para amigos e família.

Quadro 5 – Dados do questionário Fonte: Elaborado pela autora

O questionário contemplou o perfil dos participantes e foi dividido em três blocos: 1. Perfil: dados pessoais como nome, idade, ocupação;

2. Tecnologia: uso do computador;

3. Tecnologia móvel de comunicação: uso do celular e recursos do aparelho.

Com a análise do questionário, confirmamos que o uso de SMS é familiar aos aprendizes que já o utilizam nas situações do cotidiano. As informações obtidas apontam para uma oportunidade de inserção do MALL em sala de aula de línguas, visto que os alunos dominam as tecnologias de informação e comunicação. As afirmações sobre a freqüência do uso do celular como: “a todo tempo. Não fico sem, em momento algum”; “todo dia”; “sempre”; “diariamente”; levam ao entendimento de que o telefone celular é parte da vida do aprendiz. Markett et al. (2006, p. 280) comenta sobre as constatações acima afirmando que “the use of mobile phones/SMS within populations familiar with the technology would be a ‘low-threshold’, ‘high-ceiling’ technology tool.”25

25O uso de telefones celulares por uma população familiarizada com a tecnologia poderá se configurar como uma

A pesquisadora

A pesquisadora tem 38 anos de idade e possui graduação em Letras (Português-Inglês) obtida em 1990. Atua no ensino de línguas há quinze anos como professora de curso de idiomas. A experiência na área de ensino de LE foi enriquecida pelo conhecimento acadêmico advindo da graduação e pela oportunidade de trabalho com diferentes metodologias. Tem experiência com o ensino superior, pois já ministrou aulas de língua inglesa em cursos superiores de Turismo, Letras, Sistemas de Informação e Engenharia Elétrica, entre 2004 e 2007, em instituições de ensino superior no Pontal do Triângulo Mineiro. Atualmente, é coordenadora e professora em instituição particular de ensino de idiomas.

O interesse pelo uso das novas tecnologias no ensino de língua inglesa surgiu em um curso para professores em Cambridge, Inglaterra, em 1998, em que foram apresentadas atividades usando o computador, em contexto de CALL. Naquela época, a possibilidade do CALL em sala de aula parecia distante, inovadora, mas extremamente atraente. No Brasil as escolas de idiomas já iniciavam a instalação de centros de multimídia e percebemos que o uso dos computadores no ensino seria algo cada vez mais fácil e popular. É fato que hoje nossa previsão se concretizou, pelo menos no ramo das franquias de idiomas, que advoga uma estrutura tecnológica de suporte à educação, aos alunos e professores.

Isto posto, a pesquisadora decidiu que seu campo de pesquisa seria a escola onde trabalha, por averiguar, após conversa informal com os alunos e direção da escola, o interesse em aliar o ensino de língua inglesa a uma tecnologia acessível à maioria dos aprendizes, o que nos pareceu uma grande oportunidade de coleta de dados.