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5 Procedimentos metodológicos, análises e resultados

5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS, ANÁLISES E RESULTADOS 5.1 Metodologia de avaliação de políticas públicas

5.3 Análise dos dados da pesquisa de campo

5.3.1 Perfil socioeconômico – Feira de Artesanato

No que se refere à Feira de Artesanato, foram identificados 652 comerciantes cadastrados na Associação dos Comerciantes da Feira de Artesanato. Desses, dez foram objeto de nossa pesquisa, o que corresponde a 1,53% do universo dos comerciantes da feira. Dessa forma, os dados que serão apresentados refletem as condições socioeconômicas somente dos comerciantes entrevistados, o qual será o universo analisado.

Cabe salientar que visitamos os boxes da Feira de Artesanato, bem como a Associação dos Feirantes. Quando o permissionário não se encontrava ou estava atarefado em suas funções, foi deixado informativo marcando o retorno para a realização da pesquisa. Alguns retornos foram marcados mais de uma vez, por tentarmos entrevistas com permissionários distintos em função do material comercializado.

A realização da pesquisa na Feira de Artesanato representou, inicialmente, uma tarefa delicada, visto que nesse espaço os comerciantes questionam com maior intensidade a realização do projeto, o espaço provisório e a permanência deles no futuro local. Dessa forma, o período de desenvolvimento dessa pesquisa foi marcado por algumas reuniões com o presidente da associação, a fim de minimizar qualquer tipo de entrave ao bom andamento do trabalho, bem como garantir a qualidade dele e a adesão dos comerciantes da feirinha à proposta.

Um aspecto positivo que identificamos foi a elaboração de um informativo por parte da Associação dos Comerciantes da Feira de Artesanato em parceria com a Secretaria de Turismo de Fortaleza (Setfor) objetivando esclarecer aos comerciantes a finalidade do projeto.

A pesquisa realizada junto aos comerciantes da Feira de Artesanato nos permitiu traçar o perfil socioeconômico desse público, tendo como base as

informações cedidas pelos próprios sujeitos entrevistados. Foram entrevistados dez comerciantes, sendo seis (60%) do sexo masculino e quatro (40%) do sexo feminino. Desses, nenhum apresentou deficiência física nem visual. Referente ao estado civil, a maioria afirmou estar casada (70%) e 30% declararam estar em união estável. Nenhum dos entrevistados afirmou ser solteiro, separado ou viúvo.

Quando indagados sobre o tempo de residência em Fortaleza, 50% afirmaram que moram há mais de 18 anos, enquanto 40% declararam que sempre moraram em Fortaleza e 10% moravam havia menos de cinco anos. No tocante à moradia, 100% dos pesquisados afirmaram morar em casa própria. A totalidade afirmou ser chefe de família.

O público se divide entre aqueles que são nativos de Fortaleza (40%) e aqueles que vieram de fora (60%). Desses últimos, a maioria é natural da zona rural e urbana do interior do estado (66,67%), e 33,33% são de outro estado. Da zona urbana da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), de outro país e zona rural da RMF não figuraram na amostragem da pesquisa.

Quanto ao nível de escolaridade dos entrevistados, predominou o ensino fundamental incompleto (50%), seguido do ensino médio completo (30%) e universitário completo (20%). Relativo ao tipo de escola que o público frequenta ou frequentou (100%), afirmaram ser somente pública.

Gráfico 1 – Escolaridade: Feirinha de Artesanato

Fonte: Confecção própria.

No tocante ao transporte utilizado para chegar ao trabalho, 80% responderam que o transporte próprio é o principal meio de deslocamento utilizado para chegar à Avenida Beira-Mar. Em segundo lugar (10%) veio o transporte coletivo, e 10% vão

Escolaridade - Feirinha

Fund. Comp. Fund. Inc. Méd. Comp.

ao trabalho caminhando. Dos comerciantes que participaram da pesquisa, 80% declararam ser o permissionário do box, enquanto 20% declararam não ser o permissionário.

Entre os entrevistados, 70% não possuem outra ocupação, ou seja, a fonte de renda advém do comércio da Feira de Artesanato. O percentual relativo aos que trabalham como comerciante em outro local corresponde a 30%. Em relação ao tempo de trabalho na Avenida Beira-Mar, 40% afirmaram desenvolver atividade laborativa no local há mais de 20 anos, 40% entre cinco e 15 anos, 10% entre 15 e 20 anos e 10% com menos de cinco anos.

Relativamente à aquisição das mercadorias, 20% dos comerciantes afirmaram que produzem suas mercadorias para vender, seguido de 80% que compram as mercadorias para revender e pagam à vista. A totalidade (100%) guarda as mercadorias no próprio box.

Em relação ao tipo de mercadoria que é vendido na Feira de Artesanato, 60% afirmaram vender artesanato e 40% vestuários em geral. Quando indagados sobre o meio de transporte utilizado para levar e/ou repor as mercadorias para a Beira-Mar, 20% afirmaram que usam transporte coletivo, 70% usam carro próprio enquanto 10% não necessitam transportar a mercadoria para o local de trabalho.

Segundo os entrevistados, o período do ano em que há maior movimentação nas vendas são os meses de julho, dezembro e janeiro, com um percentual bastante significativo de 70%. O segundo maior percentual declarado foram os meses de dezembro, julho e agosto, com 30%. Quando indagados sobre a clientela na Feira de Artesanato, 80% dos entrevistados afirmaram que são essencialmente turistas e 10% afirmaram que variam constantemente.

Grande parte dos comerciantes não possui qualquer funcionário/ auxiliar no trabalho, o que corresponde a 80%. Já 10% afirmaram que trabalham com parentes e 10% com não parentes. Dos comerciantes que responderam que trabalham com parentes e não parentes, 50% declararam que remuneram os trabalhadores e 50% não remuneram.

No que tange à renda do comerciante na Feira de Artesanato na Avenida Beira-Mar, 50% dos entrevistados informaram que têm uma variação entre um e três salários-mínimos, 30% asseguraram que a renda varia entre quatro e seis salários- mínimos, e 20% declararam ter uma renda de sete a dez salários-mínimos.

Avenida Beira-Mar, 30% dos comerciantes afirmaram positivamente. Desses, a totalidade declarou renda, portanto o percentual apresentado leva em consideração apenas o universo de comerciantes entrevistados. Desse modo, 60% afirmaram que ganham entre um e três salários-mínimos, 10% informaram que faturam menos de um salário-mínimo e 30% entre três e seis salários-mínimos.

Gráfico 2 – Renda familiar: Feirinha de Artesanato

Fonte: Confecção própria.

No tocante ao trabalho em outra atividade, 30% dos comerciantes responderam que possuíam outra ocupação. Desses, dois (66,66%) informaram uma renda que varia entre um e três salários-mínimos e 33,33% menos de um salário-mínimo.

No que se refere à participação em políticas públicas ou privadas de financiamento, 100% dos pesquisados afirmaram que não participaram. Quanto ao plano previdenciário, 70% informaram que não o possuem e 30% possuem o INSS. Relativo à assistência em algum programa do governo, a totalidade afirmou não ser assistido por nenhum Programa Federal.

Em relação à vontade de participar de algum curso de qualificação profissional, 80% expressaram ter interesse em participar e 20% declararam que não teriam tempo disponível, mas que gostariam de participar.