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CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE DOS DADOS DE

2. Dados Descritivos

2.3 Perspetiva dos Diretores

Descrevem-se os dados na perspetiva dos diretores das escolas em investigação, nas suas respostas aos inquéritos.

Os diretores das escolas são na sua maioria do sexo feminino, num universo de 8, (n=6) são do sexo feminino e (n=5) com idades entre os 20 e os 35 anos. Habilitações literárias: (n=2) têm o ensino superior; na sua maior todos são professores (n=7).

Todos falam em língua nativa (n=8), assim como (n=4) diretores escrevem em língua nativa. Contudo, dos 8, (n=5) referem que em casa é comum falar na língua nativa assim como (n=3), ensina os seus educandos a falar na língua nativa. Os diretores tanto gostam de falar em língua nativa em casa (n=4), como não (n=4).

Tabela 9 - Perceções dos diretores sobre a linguagem escrita e falada (língua nativa)

Diretores

N

Fala em língua nativa? Sim 8

Escreve em língua nativa?

Sim 4

Não 3

Sem resposta 1

É comum em casa, falar em língua nativa?

Sim 5

Não 3

Ensina os seus filhos ou educandos a falar em língua nativa?

Sim 6

Não 2

Os seus filhos ou educandos, gostam de falar a em língua nativa em casa?

Sim 4

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Cerca de (n=5) diretores consideram que os educandos encontram dificuldades no sistema monolinguístico. E a sua maioria evidencia que a introdução das línguas no sistema de ensino favorece as aprendizagens (n=8). Dos 8 diretores, (n=6) não concordam que a língua portuguesa crie barreiras nas aprendizagens.

Tabela 10 - Perceções dos diretores sobre o ensino em línguas nativas no sistema de ensino angolano.

No que se refere às condições dos edifícios escolares: (n=7) diretores referem que as escolas das zonas rurais não têm as mesmas condições das escolas em zonas urbanas.

A maioria dos diretores revela que gostaria que a escola fosse bastante equipada (n=8). Assim como revelam o interesse da escola ter atividades extracurriculares (n=8).

Na perspetiva dos diretores (n=6) consideram que a escola deve estar preparada para lidar com a participação pais-alunos e comunidade local. Assim como, consideram que a escola contribui para o desenvolvimento local (n=8). Logo, a escola é bem-vinda na aldeia (n=8) e (n=5) não concordam que promovendo empregos para os jovens no meio rural, mantém- os na aldeia e na escola.

N

Diretores

Os alunos encontram dificuldades no sistema de ensino monolinguístico?

Sim 5

Não 3

A introdução das línguas no sistema de ensino favorece às aprendizagens?

Sim 8

Concorda que a língua portuguesa cria barreiras às aprendizagens?

Sim 2

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Tabela 11 - Perceções sobre a relação entre a escola e a comunidade local

Diretores

N

As escolas das zonas rurais têm as mesmas condições que as escolas em zonas urbanas?

Sim 1

Não 7

Gostaria que a sua escola fosse bastante equipada? Sim 8

Gostaria que a sua escola tivesse atividades extracurriculares?

Sim 8

A escola está preparada para lidar com a participação dos pais, dos alunos e da comunidade local?

Sim 6

Não 1

Sem resposta 1

A escola contribui para o desenvolvimento local? Sim 8

A escola é bem-vinda na aldeia? Sim 8

Promovendo empregos para os jovens no meio rural, retém os jovens na aldeia?

Sim 3

Não 5

Os participantes não encontram consenso quanto à forma como foi implementada a reforma do sistema educativo angolano: (n=7) não concordam e apenas um, concorda (n=1). Cerca de (n=6) diretores, considera que a reforma educativa não trouxe qualidade para o ensino angolano. Relativamente, ao conteúdo da reforma educativa (n=5) diretores não evidenciam concordância. E não consideram que tivesse havido diferenciação na implementação da reforma educativa entre as escolas em meio rural e urbano.

Os diretores consideram que o êxodo rural, sobretudo de crianças, adolescentes e jovens preocupa a escola (n=8). Cerca de (n=4) revelam que, existe uma relação entre as escolas do meio rural com as escolas da zona urbana e outros (n=4) discordam.

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Tabela 12 - Perceções sobre a relação do contexto escolar e o meio social

N

Diretores

Concorda com a forma como foi implementada a reforma do sistema educativo angolano?

Sim 1

Não 7

Concorda que a reforma educativa trouxe qualidade de ensino?

Sim 3

Não 5

Concorda com o conteúdo da reforma educativa? Sim 3

Não 5

Houve diferenciação na implementação da reforma educativa entre as escolas em meio rural e urbano

Sim 3

Não 5

Êxodo rural, sobretudo, de crianças, adolescentes e jovens preocupa a escola?

Sim 8

Existe relação entre as escolas no meio rural com as escolas da zona urbana?

Sim 4

Não 4

O objetivo da implementação das línguas nativas no ensino: (n=4) referem quês se prende com o favorecimento das aprendizagens, (n=3) considera que é para promover a língua nativa, e (n=4) referem que preserva a identidade cultural. Os diretores, em média, começaram a ler e a escrever em português aos 7 anos (±1,7), variando entre os 5 e os 10 anos. Em relação à aprendizagem da língua nativa, os pais em média começaram a ler e a escrever na língua nativa aos 18 anos (±7,8), variando entre os 8 e os 30 anos. Dos 8 diretores (n=3) consideram que as línguas que ocupam o seu núcleo familiar são: a língua Portuguesa e a língua Umbundu. Os diretores não consideram que o convívio da língua portuguesa com as línguas nativas prejudica as aprendizagens (n=8).

Num total de 8, (n=6) diretores referem que o que mudaria nas escolas são as condições de trabalho. Apenas 1 refere que a reforma educativa que tem criado transtornos tanto para alunos como para professores (n=1).

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Ainda (n=5) consideram que, os principais motivos pelos quais, os alunos abandonam a escola é a pobreza; a falta de ligação entre a família e a escola (n= 2) e seguidamente, a merenda escolar (n=1). (n=7), diretores referem que os principais motivos que levam os adolescentes a sair da zona rural para as cidades, prendem-se, sobretudo, com a falta de melhores condições de vida, seguindo-se a falta das mesmas oportunidades (n=1).

Para melhorar o ensino na sua escola (n=2), os diretores consideram que é necessário que haja motivação e criar estruturas escolares dignas (n=4). Seguindo-se as “qualificações dos professores” (n=1) e superar a ausência dos pais na escola ou simplesmente, a falta de ligação entre a família e a escola (n=1). Na opinião dos diretores, os alunos das zonas rurais não se sentem integrados comparativamente com os alunos provenientes das zonas urbanas (n=5). Cerca de (n=5) diretores considera que a relação da família com a escola é boa. Os diretores das escolas afirmam que a comunidade local, no geral, não participa muito nas atividades organizadas pela escola (n=6) a não ser que haja uma boa mobilização. Contudo, a comunidade local, mesmo com a fraca envolvência, valoriza a escola (n=8).