CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE DOS DADOS DE
2. Dados Descritivos
2.2 Perspetiva dos Pais
Os dados que se descrevem seguidamente dizem respeito à perspetiva dos pais dos alunos das escolas em investigação, nas suas respostas aos inquéritos.
Dos 8 pais inquiridos (n=3) são do sexo masculino e com idades entre os 20 e os 35 anos. Quanto às habilitações literárias (n=7) têm o ensino médio. Dos quais (n=5) são professores.
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Estes referem que a maioria dos seus filhos fala em língua nativa (n=4; 50%), assim como escrevem em língua nativa (n=16; 53%). Contudo, referem que em casa é comum não falarem na língua nativa (n=5; 62,5%), assim como, a maioria dos pais ensinam os seus filhos a falar na língua nativa (n=3; 37,5%). Os pais consideram que na grande maioria os seus filhos gostam de falar a língua nativa em casa (n=4; 50%).
Tabela 5 - Tabela 5 – Perceções dos pais sobre a linguagem escrita e falada (língua nativa).
Pais
Fala a língua nativa?
N
Sim 8
Sim 4
Não 2
Sem resposta 2
É comum falar em casa Língua nativa
Sim 5
Não 2
Sem resposta 1
Ensina os seus filhos / educandos a falar a língua nativa?
Sim 3
Não 1
Sem resposta 4
Os seus filhos/educandos gostam de falar em língua nativa em casa?
Sim 4
Não 3
Sem resposta 1
Quanto ao sistema monolinguístico (n=4) pais consideram que os filhos não encontram dificuldades, ainda que na sua maioria (n=7) evidenciem que a introdução das línguas no sistema de ensino, favorece as aprendizagens. E (n=5) não concordam que a língua portuguesa crie barreiras nas aprendizagens.
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Tabela 6- Frequências das línguas no sistema de ensino angolano.
Pais
Os alunos encontram dificuldades no sistema monolinguístico?
N
Sim 2
Não 4
Sem resposta 2
A introdução das línguas nativas no sistema de ensino favorece as aprendizagens?
Sim 7
Sem resposta 1
Concorda que a língua portuguesa cria barreiras às aprendizagens? Sim 2
Não 5
Sem resposta 1
Os pais no que se refere às condições dos edifícios escolares, num universo de 8; 4 referem que escolas das zonas rurais não têm as mesmas condições das escolas em zonas urbanas; 2 dizem que sim e outros 2 sem resposta.
Os pais num total de (n = 6) revelam que gostariam que a escola fosse bastante equipada. Assim como revelam o interesse da escola ter atividades extracurriculares num total de (n = 7).
Na perspetiva dos pais (n = 7), concorda que a escola deveria estar mais preparada para lidar com a participação dos pais, dos alunos e da comunidade local. Desta forma, os pais inquiridos (n=7), consideram que a escola contribui para o desenvolvimento local e é bem-vinda na aldeia. Dos 8 pais inquiridos (n=5) concordam que promovendo empregos para os jovens no meio rural, mantém os mesmos na aldeia e na escola.
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Tabela 7 - Perceções dos pais entre a escola e a comunidade local.
Pais
As escolas das zonas rurais têm as mesmas condições que as escolas em contexto urbano?
N
Sim 1
Não 7
Sem resposta 1
Gostaria que a sua escola fosse bastante equipada?
Sim 6
Sem resposta 1
Gostaria que a sua escola tivesse atividades extracurriculares?
Sim 7
Sem resposta 1
A escola está preparada para lidar com a participação dos pais, dos alunos e da comunidade local?
Sim 7
Sem resposta 1
A escola contribui para o desenvolvimento local?
Sim 7
Sem resposta 1
A escola é bem-vinda na aldeia?
Sim 7
Sem resposta 1
Promovendo empregos para os jovens no meio rural, retém os jovens na aldeia?
Sim 5
Não 1
Sem resposta 2
No que toca à forma como foi implementada a Reforma do Sistema Educativo angolano pais concordam e outros (n=3) discordam. Neste sentido, (n=4) consideram que a reforma educativa não trouxe qualidade para o ensino.
Relativamente, ao conteúdo da reforma educativa (n=5), pais evidenciam concordância. No entanto (n=4) não considerem que tivesse havido diferenciação na implementação da reforma educativa entre as escolas em meio rural e urbano.
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Quanto ao êxodo rural, sobretudo de crianças, adolescentes e jovens, (n=5) pais consideram que preocupa a escola e (n=6) pais revelam que existe uma relação entre as escolas no meio rural com as escolas da zona urbana
Tabela 8 - Perceções dos pais sobre a relação do contexto escolar e o meio local
N
Pais
Concorda com a forma como foi implementada a reforma do sistema educativo angolano?
Sim 3
Não 3
Sem resposta 2
Concorda que a reforma educativa trouxe qualidade de ensino?
Sim 2
Não 4
Sem resposta 2
Concorda com o conteúdo da reforma educativa?
Sim 5
Não 2
Sem resposta 1
Houve diferenciação na implementação da reforma educativa entre as escolas em meio rural e urbano
Sim 2
Não 4
Sem resposta 2
O êxodo rural sobretudo, de crianças, dos adolescentes e dos jovens preocupa a escola?
Sim 5
Não 1
Sem resposta 2
Existe relação entre as escolas em contexto rural com as escolas da zona urbana?
Sim 6
Não 1
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O objetivo da implementação das línguas nativas no ensino na perspetiva dos pais (n=2) prende-se com a promoção da língua nativa e o favorecer às aprendizagens e (n=4) consideram que é para preservar a identidade cultural de qualquer povo.
Os pais, em média, começaram a ler e a escrever em português aos 9 anos (±1,3), variando entre os 6 e os 10 anos. Em relação à aprendizagem da língua nativa, os pais em média começaram a ler e a escrever na língua nativa aos 15 anos (±1,3), variando entre os 12 e os 17 anos.
Segundo os pais (n=3) referem que duas línguas que ocupam o seu núcleo família: a Língua portuguesa e a língua Umbundu, mais falada a nível nacional depois do português. Os (n=8) pais não consideram que o convívio da língua portuguesa com as nativas prejudica as aprendizagens.
Dos 8 pais (n=2) referem que o que deveria mudar na escola são as condições de trabalho e, mais (n=2) consideram que deveria mudar também a forma da participação dos pais na vida da escola dos seus educandos.
Quanto ao abandono escolar, (n= 5) pais consideram que o principal motivo passa pela falta de ligação entre a família e a escola seguidamente, (n=2) apontam para o desemprego e um (n=1) pai destacou a pobreza extrema que se regista em meios rurais.
Segundo (n=5) os principais motivos que levam os adolescentes a sair da zona rural para as cidades prendem-se, sobretudo, com a falta de melhores condições de vida, (n=2) referem-se à falta de oportunidades e (n=1) destaca a falta de escolas em zonas rurais.
Na perspetiva dos pais (n=2) consideram que para melhorar o ensino na sua escola é necessário que haja motivação tanto para os alunos como para os professores; (n=2) consideram que se reveja a questão da monodocência, e os outros (n=2) apontam para a criação de estruturas escolares dignas (n=2; 25%).
Integração dos alunos em zonas rurais: (n=6) pais consideram que estes alunos sentem-se integrados comparativamente com os alunos provenientes das zonas urbanas. Cerca de (n=5) refere que a relação família e escola é boa.
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Quanto à participação: (n=6) pais afirmam que eles e a comunidade local não participam nas atividades organizadas pela escola.. Contudo, (n=7) pais valorizam a escola.