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Planejamento familiar e igualdade de gênero: o papel dos homens no processo de

2 CONTRACPÇÃO E ESTERILIZAÇÃO HUMANA: CONSIDERAÇÕES À LUZ

2.5 Planejamento familiar e igualdade de gênero: o papel dos homens no processo de

Assim como o princípio da dignidade da pessoa humana, o princípio da paternidade responsável é requisito para a atuação e exercício no planejamento familiar, pois deixa clara a responsabilidade dos pais em qualquer decisão que estes irão tomar referente à sua prole (CASTANHO, 2014).

[...] a paternidade responsável representa a assunção de deveres parentais em decorrência dos resultados do exercício dos direitos reprodutivos – mediante conjunção carnal, ou com recurso a alguma técnica reprodutiva. Em outras palavras: há responsabilidade individual e social das pessoas do homem e da mulher que, no exercício das liberdades inerentes à sexualidade e à procriação, vêm gerar uma nova vida humana cuja pessoa – a criança – deve ter priorizado o seu bem-estar físico, psíquico e espiritual, com todos os direitos fundamentais reconhecidos a seu favor (GAMA, 2003, p. 453-454, apud CASTANHO, 2014, p. 89).

Por muito tempo as crianças foram consideradas um problema para a sociedade, “acreditava-se na origem natural e divina do poder paterno”. Somente com o passar dos anos que o poder paterno ganhou uma nova visão perante o povo e a criança ganhou um novo enfoque (CASTANHO, 2014, p. 84).

As crianças passaram a ser vistas como futuro da sociedade e percebeu-se que elas precisam de auxilio e atenção em vista que não possuírem discernimento. “Tem, portanto, necessidade de toda a autoridade do pai e da mãe para assegurar sua proteção e defesa. Na puberdade, ela começa a refletir, mas ainda é tão inconstante que precisa ser dirigida” (BADINTER, 1985, p. 163, apud CASTANHO, 2014, p. 84).

A criança e o adolescente necessitaram de atenção especial, um tratamento prioritário e isso faz parte do planejamento familiar, com intuito de promover o melhor desenvolvimento possível (CASTANHO, 2014). Nesse sentido é o texto da Convenção Internacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.

PRINCÍPIO 2º A criança gozará proteção especial e ser-lhe-ão proporcionados oportunidades e facilidades, por lei e por outros meios, a fim de lhe facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal e em condições de liberdade e dignidade. Na instituição de leis visando este objetivo levar-se-ão em conta, sobretudo, os

melhores interesses da criança. [...] PRINCÍPIO 7º - [...] os melhores interesses da criança serão a diretriz a nortear os responsáveis pela sua educação e orientação; esta responsabilidade cabe, em primeiro lugar, aos

pais (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 1959, apud

CASTANHO, 2014, p. 86).

Todos os direitos de proteção às crianças estabelecidas explicam o motivo pelo qual a paternidade responsável está posta na Constituição Federal relacionada ao planejamento familiar. Ao mencionar “paternidade responsável” no artigo 226, § 7º, da nossa Carga Constitucional, constituinte não estava referindo-se somente a figura paterna, mas sim em relação a ambos os pais (CASTANHO, 2014). Contudo, cabe mencionar que:

[...] há de se ressalvar a possibilidade de noção do termo realmente se limitar apenas à linha paterna na ascendência em primeiro grau da pessoa, diante dos inúmeros episódios individuais envolvendo a não-assunção de qualquer responsabilidade do homem nos efeitos da paternidade-filiação – sob o prisma biológico - que se estabelece em virtude de sua participação na concepção da criança, gerando famílias monoparentais a matre (GAMA, 2008, p. 77, apud CASTANHO, 2014, p. 89).

O mundo evoluiu e os novos papéis assumidos por homens e mulheres romperam aquilo que estava culturalmente gravado na história. O modelo de família patriarcal, hierarquizado e baseado na subordinação feminina, no qual as mulheres ficavam somente em casa educando os filhos, e no qual não poderiam ter voz e nem vontade, encontra-se em declínio (STAUDT; WAGNER, 2008).

A partir do momento em que a mulher deixou a casa para trabalhar fora ela se tornou mais independente emocional e financeiramente. Com isso a figura paterna precisou estabelecer um papel mais significativo em casa, auxiliando a mulher nos afazeres domésticos e na criação dos filhos, o “novo pai” foi solicitado (STAUDT; WAGNER, 2008).

No entanto, é importante salientar que o crescimento da participação feminina na esfera púbica não é proporcional ao crescimento do homem na esfera privada, anda que existam muitos homens desempenhando tarefas domésticas e de cuidado com os filhos. Historicamente, a tarefa de cuidar tem sido associada ao gênero feminino, aspecto certamente reforçado socialmente com o fato da gravidez e da amamentação. Por outro lado, a paternidade não passa por esse mesmo processo, definindo-se por meio de uma construção cultural e social bastante identificada com esse determinismo biológico do gerar e do amamentar (STAUDT; WAGNER, 2008, s.p.).

Existe um pensamento de que a mulher tem que desejar ser mãe acima de tudo, colocando, portanto, seus sonhos e idealizações profissionais e pessoais abaixo do “ser mãe”. E nossa cultura ajuda nesse ponto, pressionando a mulher e fazendo com que ela se sinta culpada quando não é mãe em primeiro lugar, desresponsabilizando o pai diante dos cuidados com os filhos (STAUDT; WAGNER, 2008).

Um interessante estudo norte-americano realizado por Anderson e Hamilton (2005), que buscou analisar o conteúdo de 200 livros infantis utilizados proeminentemente durante os anos de formação das crianças, revelou que as histórias lidas reforçam muitos estereótipos de gênero. Nesses livros, os homens tendem a assumir uma postura de líderes mais ativos e as mulheres como suas seguidoras, numa postura mais passiva. O estudo ainda saliente que as mulheres são associadas aos cuidados domésticos de forma expressiva, e, quando assumem algum tipo de função profissional, esta se dá de maneira estereotipada. Quanto à representação da figura paterna nas histórias, em geral, esta não é representada e, quando o é, relaciona-se a pais ineficazes. Ou seja, a literatura infantil presente descreve modelos deficientes de paternidade, o que certamente contribui para a manutenção de

funções estereotipadas (STAUDT; WAGNER, 2008, s.p.).

Alguns homens tem a equivocada visão de que auxiliar nos afazeres domésticos pode afetar sua masculinidade. “Essas preocupações são se restringem aos homens, visto que muitas mulheres também têm esse receio em relação ao sexo oposto, seja as relações que estabelecem com eles, seja na criação de seus filhos” (STAUDT; WAGNER, 2008, s.p.).

Dessa maneira, os homens acabam sentindo-se menos preparados para as responsabilidades no lar ou de cuidar os filhos. A falta de preparação começa em casa, enquanto meninas brincam de boneca (preparando-se para cuidar dos filhos desde pequena), os meninos brincam com outras coisas relacionadas ao trabalho ou lazer. A nossa cultura equivocada ainda está estampada nos livros, ou seja, ainda há muito o que ser trabalhado e mudado em nossa cultura para se cobrar menos das mulheres e mais dos homens (STAUDT; WAGNER, 2008).

A paternidade responsável vai muito além de estar apenas de corpo presente no ambiente familiar ou de fornecer dinheiro para o sustento da família. O gênero masculino tem pouco envolvimento no planejamento familiar, seja no método contraceptivo, na contracepção, na escolha da quantidade de filhos ou até mesmo na interrupção voluntária da gestação, ou seja, em tudo que envolve participação em qualquer decisão relacionado ao núcleo familiar.

Em um estudo realizado por Da Silva (2011, p. 2420), o que acima foi referido foi confirmado, nota-se:

Para comprovar a ausência dos homens junto às mulheres nesse plano de vida, registramos em todos os depoimentos o quanto a mulher decide, confia e assume sozinha: Não, ele não tem participação em nada. Não reclama, para ele tanto faz. Eu que resolvo tudo só, ele não fala nada nem nesse assunto, só quer saber se eu não estou grávida, na cabeça dele só o que importa é isso. Durante o período do estudo, não conseguimos entrevistar homens no serviço de PF e também não observamos sua presença em nenhum momento. Embora estejamos diante de um novo modelo de papéis sociais na família, muitos homens ainda permanecem segregados do universo feminino. (grifo do autor).

Nesse sentido, apesar de consolidadas na constituição, a igualdade, a autonomia de vontade e a dignidade da mulher, na prática ainda estão longe de efetivá-las, em especial no que tange aos direitos reprodutivos e ao planejamento familiar.

CONCLUSÃO

O presente estudo abordou o tema do planejamento familiar, relacionando-a aos direitos fundamentais da igualdade, da liberdade e da dignidade consagrados na Constituição Federal brasileira de 1988, bem como as novas concepções de família nela inseridas.

Ao apresentar a nova concepção de família, demonstrou que esta não mais se restringe ao modelo tradicional patriarcal historicamente constituído e que nela, os direitos e obrigações, bem como o planejamento familiar e a paternidade responsável precisam ser exercidos em condições de igualdade entre homens e mulheres. Esta é condição necessária para que os direitos e garantias fundamentais a liberdade, autonomia de vontade e dignidade humana possam ser efetivamente vivenciados no núcleo familiar, independentemente de sua forma de constituição.

Os direitos reprodutivos, a sexualidade e o direito à contracepção devem ser exercidos de forma autônoma e responsável porque somente assim se dará o efetivo planejamento familiar, cuja responsabilidade depende de todos os que integram o núcleo familiar.

Como forma de assegurar o direito ao planejamento familiar são utilizados métodos de contracepção e estratégias de esterilização autorizados pela legislação brasileira, sendo que esta prevê as circunstâncias e condições em que tal processo se dará, de forma a resguardar direitos e interesses mínimos das pessoas envolvidas. Neste aspecto o trabalho abordou as práticas utilizadas como forma contraceptiva e também discutiu a questão da interrupção voluntária da gestação (aborto voluntário), com interesse de voltar os olhos para o que de fato acontece com a mulher e as famílias que se valem desta estratégia para evitar filhos indesejados.

Neste campo verifica-se que a criminalização do aborto voluntário tem representado um significativo entrave para o exercício efetivo do direito a liberdade e a autonomia de vontade da mulher, representando um óbice para a efetivação dos direitos sexuais e reprodutivos. O tema do aborto deve ser encarado e discutido a partir da perspectiva da saúde pública e não como um problema de natureza criminal.

Perante o que foi discorrido no trabalho, pode-se perceber que as questões de gênero ainda têm grande influência no que se refere ao planejamento familiar e a autonomia reprodutiva, pois a responsabilidade sobre elas recai, de forma preponderante, sobre as mulheres. Isso significa uma violação prática aos direitos a liberdade e a igualdade, tal como proposto no texto da Constituição brasileira de 1988.

A decisão sobre ter ou não ter filhos, sobre a quantidade de filhos, sobre métodos contraceptivos e formas de se evitar gravidez deve ser compartilhada pelo casal, mas, nesse processo deve-se respeitar a autonomia feminina no que diga respeito ao desejo desta ser ou não ser mãe. Por outro lado, é necessário assegurar igual responsabilidade ao casal seja no que diga respeito à prevenção da gravidez indesejada, a adoção de estratégias de esterilização, bem como ao processo de criação e educação da prole.

O direito à igualdade de gênero no âmbito familiar impõe que sejam superadas as profundas desigualdades existentes no processo de responsabilização de homens e mulheres em relação à contracepção, ao planejamento familiar e a responsabilidade na criação e proteção dos filhos que, no Brasil, ainda recai predominantemente sobre as mulheres. Isso porque a cultura machista e patriarcal prejudica não apenas a mulher, mas todo o núcleo familiar na garantia de dignidade as crianças e aos adolescentes.

Apesar das conquistas e do que já está consagrado na legislação brasileira, ainda há muito a se fazer, em especial no que tange aos direitos de igualdade e a autodeterminação, entendida como direito de fazer o que se quer com o próprio corpo, por exemplo. Outrossim, há um grande enfrentamento contra a discriminação e preconceitos com relação a igualdade de gênero, havendo necessidade de uma sociedade livre e igualitária.

Dessa forma, percebe-se que o Estado deverá apoiar as decisões das pessoas, oferecendo-lhes condições e removendo obstáculos, como fornecer recursos para a

concepção, quando houver dificuldade biológica do núcleo familiar estabelecer sua prole, dando-lhes dignidade na atividade deste direito.

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