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POLUIÇÃO DAS ÁGUAS

No documento ADAIRLEI APARECIDA DA SILVA BORGES (páginas 65-71)

II EDUCAÇÃO AMBIENTAL E BACIA HIDROGRÁFICA

2.3. BACIA HIDROGRÁFICA COMO UNIDADE DE PLANEJAMENTO E GERENCIAMENTO AMBIENTAL

2.3.2. POLUIÇÃO DAS ÁGUAS

A poluição da água resulta, não somente da falta de tratamentos dos esgotos domésticos, de diversas fontes, tais como dos despejos industriais, do escoamento da chuva das áreas urbanas e das águas de retorno de irrigação, mas, também, da inadequada disposição do lixo e dos acidentes ecológicos. Contudo, os danos sofridos com a poluição da água variam de acordo com as particularidades do recurso atingido e do seu entorno.

Corpos d’água próximos à grande concentração demográfica e industrial estão mais propensos a serem agredidos. A água pode ser saudável ou nociva e, na natureza, não é água pura, devido à sua capacidade de dissolver quase todos os elementos e compostos químicos que encontramos nos rios ou em poços profundos.

Assim, quando se emprega o termo qualidade da água, é mister compreender que esse termo não se refere, fundamentalmente, a um estado de pureza, mas simplesmente às características químicas, físicas e biológicas, e que, conforme essas características, são estipuladas diferentes finalidades para a água.

A resolução número 20 do CONAMA estabeleceu parâmetros que deliberam sobre os limites aceitáveis de elementos estranhos, considerando os diferentes usos. E em seu parágrafo primeiro, estabelece a classificação para águas doces, salobras e salinas do Território Nacional, segundo seus usos preponderantes em nove classes. Cabe aqui destacar a classificação da água doce, na qual se enquadram os rios.

1 - Classe Especial - águas destinadas:

a) ao abastecimento doméstico sem prévia ou com simples desinfecção. b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas. ll - Classe 1 - águas destinadas:

a) ao abastecimento doméstico após tratamento simplificado; b) à proteção das comunidades aquáticas;

c) à recreação de contato primário (natação, esqui aquático e mergulho); d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao Solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película.

e) à criação natural e/ou intensiva (aquicultura) de espécies destinadas á alimentação humana.

lll - Classe 2 - águas destinadas:

a) ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional; b) à proteção das comunidades aquáticas;

c) à recreação de contato primário (esqui aquático, natação e mergulho); d) à irrigação de hortaliças e plantas frutíferas;

e) à criação natural e/ou intensiva (aquicultura) de espécies destinadas à alimentação humana.

lV - Classe 3 - águas destinadas:

a) ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional; b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; c) à dessedentação de animais.

V - Classe 4 - águas destinadas: a) à navegação;

b) à harmonia paisagística; c) aos usos menos exigentes.

A demanda por água de boa qualidade vem crescendo ao passo que a população precisa entender que é urgente discutir e motivar a redução do desperdício e da poluição. E preciso implantar uma política que promova equalização entre oferta e uso, além de tornar real a possibilidade de que seja

2.4 – BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ARAGUARI

Programar a gestão de bacias hidrográficas significa cuidar da saúde dos recursos hídricos, adotar medidas para controlar o escoamento superficial e favorecer a infiltração de água no solo, prevenir a erosão e reduzir o aporte de sedimentos e nutrientes, promover manutenção da biodiversidade da bacia, assegurando a conectividade entre as diferentes microbacias hidrográficas, contribuir para a proteção das áreas de matas ciliares. Ou seja, deve-se contribuir para que haja benefícios diretos e indiretos proporcionando os usos múltiplos das águas.

FIGURA 03. Divisão hidrográfica nacional (Resolução do Conselho de Recursos Hídricos no. 32, e 15 de outubro de 2003.).

Com o objetivo de respeitar as diversidades sociais, econômicas e ambientais do País, o Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH aprovou em 15 de outubro de 2003, a Resolução No. 32 que instituiu a Divisão Hidrográfica Nacional. Para que a gestão da água no Brasil seja efetivada, foram limitadas doze regiões hidrográficas com uma ou mais bacias hidrográficas apresentadas na figura 03, acima.

Tabela 01 - apresenta as diferentes regiões hidrográficas brasileiras. Fonte: Ministério do Meio Ambiente, 2007.

Estas regiões hidrográficas são justificadas pelas muitas diferenças no que se refere aos ecossistemas brasileiros e, também, por diferenças de caráter econômico, social e cultural. A Tabela 1, elaborada pelo Ministério do meio Ambiente mostra as diferenças de vazão, densidade e taxa de urbanização destas regiões hidrográficas.

O Brasil é dotado de uma ampla e densa rede hidrográfica que se destaca pelos seus rios de grande extensão, largura e profundidade e, de maneira geral, têm origem em regiões não muito elevadas, exceto o rio Amazonas e alguns de seus afluentes que nascem na cordilheira andina.

O Rio Araguari nasce no Parque Nacional da Serra da Canastra no município de São Roque de Minas e percorre 475 Km até a sua foz no Rio Paranaíba, sendo um dos afluentes do Rio Grande, que integra a Bacia Transnacional do Rio Paraná.

Localiza-se no oeste do Estado de Minas Gerais, entre as coordenadas 18° 20’ e 20° 10’ de latitude sul e 46° 00’ e 48° 50’ de longitude oeste. A sua maior porção territorial insere-se na mesoregião geográfica do Triângulo Mineiro, fazendo ainda divisa com a Bacia do Rio Tijuco a oeste; com a Bacia do Rio Grande do Sul ao sul a sudeste; com a Bacia do São Francisco a leste; a norte e noroeste com a Bacia do Rio Dourados e, também, ao norte, com as nascentes do Rio Paranaíba.

A bacia compreende uma área de 22.091Km2, abrangendo vinte municípios sendo Araguari, Araxá, Campos Altos, Ibiá, Indianópolis, Iraí de Minas, Nova Ponte, Patrocínio, Pedrinópolis, Perdizes, Pratinha, Rio Paranaíba, São Roque de Minas, Sacramento, Santa Juliana, Serra do Salitre, Tapira, Tupaciguara, Uberaba e Uberlândia, como indicado no mapa 01.

No documento ADAIRLEI APARECIDA DA SILVA BORGES (páginas 65-71)