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especialmente útil para usuários que não entram via homepage, mas vão diretamente para uma página nos níveis mais profundos do site”.

Demonstrar a hierarquia de navegação para o usuário também contribuiria para melhorar a ergonomia do website da BCE. Dessa forma, os usuários se localizariam mais facilmente, uma vez que estudos de usabilidade “mostram que os usuários tendem a ignorar opções de navegação e olhar diretamente para o corpo da página quando vão a uma nova página” (NIELSEN, 2000, p.206). Portanto, prover navegação simplificada é um dos desafios dos desenvolvedores e gestores, pois o atual desenho das páginas não estão conectadas a quantidade vultuosa de informação disponível. Repensar a navegação, significa se preparar para a atualização de conteúdo, reduzindo o atual acúmulo navegacional das páginas.

Outro ponto importante a ser enfatizado pelos gestores e desenvolvedores são os mecanismos de busca, já que usuários de bibliotecas estão interessados em conseguir informações específicas em um curto espaço de tempo. Na atual arquitetura, os filtros de busca da pesquisa avançada só podem ser encontrados quando acionado o link direto para a página de busca, ou quando se tenta obter um resultado rápido através das caixas de busca em todas as páginas. Disponibilizar filtros de busca através de menus de salto garantiria aos usuários a certeza de obter resultados mais facilmente, posto que o website da BCE apresenta diferenças entre o seu leiaute e o da biblioteca virtual.

A biblioteca virtual da BCE também deve ser reformulada, pois existe consenso na literatura que as mesmas devem fazer uso intenso dos recursos advindos com as tecnologias da informação, em especial a Internet para a oferta de produtos e serviços. Entretanto, o que se observa na biblioteca virtual da BCE é que este uso se restringe a oferta da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações e ao acesso a bases de dados disponibilizadas em outros servidores. Notou- se que para ampliar o uso das tecnologias de informação, gestores e desenvolvedores devem objetivar a criação de conteúdos, que atinjam todas as áreas em que a universidade atua, inclusive aquelas fora do âmbito científico, mesmo que para isso seja necessário eliminar dificuldades gerenciais identificadas na análise do contexto de uso. Desta forma, cria-se um ambiente onde a possibilidade de troca e obtenção de informações se dissemina, levando o usuário a retornar as páginas da biblioteca sempre que necessitar de uma fonte de informação fidedigna.

Por fim, a avaliação ergonômica permitiu observar que o website da BCE, apesar dos problemas encontrados, apresenta usabilidade satisfatória dos seus objetos de interação, possibilitando aos usuários construírem novos conhecimentos a partir das informações que são disponibilizadas em suas páginas, inclusive àquelas que necessitam de adequação aos critérios

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ergonômicos identificados. Mas, para a continuação deste panorama, é vital que gestores e desenvolvedores compreendam a importância do design centrado no usuário, adotando estratégias de reformulação para os problemas encontrados, que fortaleçam as suas interfaces em termos de design, navegação e visibilidade da informação. Dessa forma, o website da BCE da UNB poderá atingir um status de excelência, congregando um design homogêneo a uma arquitetura de informação mais ousada, capaz de suprir melhor a demanda do seu público-alvo.

6.3 Modelo mental dos usuários relativo à árvore semântica do website da BCE

O modelo mental dos usuários em relação aos links e agrupamento das informações do website da BCE foi identificado através de um ensaio de interação com a técnica card sorting e verbalização simultânea. Para tal propósito, foram realizados três monitoramentos em datas distintas - 05/02/2006, 08/03/2006 e 17/04/2006.

Os monitoramentos geraram um inventário de conteúdo composto de 47 itens que revelou a independência de alguns links dispostos isoladamente dos grupos prioritários de conteúdo (sobre a BCE, acervo, serviços e biblioteca virtual) e a ausência de mecanismos para visualizar as estruturas de navegação.

Após a verificação da conformidade do inventário com o website, iniciou-se o processo de criação dos cartões dos 47 itens identificados e dos 4 grupos que representam as categorias principais de conteúdo. Os cartões foram elaborados no software Power Point e impressos em papel cartão, que possui uma espessura adequada para o manejo dos cartões.

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Após o término da elaboração dos cartões, começaram os preparativos do kit para a aplicação do card sorting, que foi composto de: instruções preliminares acerca da técnica (Anexo 7);questionário para avaliação do ensaio de interação (Anexo 8); artigos científicos e notícias sobre o card sorting; 1 lápis com borracha; 1 caneta; 3 ligas de borracha;1 envelope contendo os cartões com a nomenclatura dos links a serem organizados; 10 cartões em branco para a sugestão de novos links e agrupamentos e 1 envelope com as categorias sobre a BCE, acervo, serviços e

biblioteca virtual.

Figura 39 - Material de apoio para o card sorting

Concluída esta etapa, o processo de seleção dos usuários começou a ser delineado. A estratégia inicial era escolher usuários potenciais no próprio ambiente da biblioteca, de acordo com os critérios estabelecidos nos procedimentos metodológicos. Como apenas dois usuários do laboratório de acesso digital da BCE se mostraram interessados em participar do ensaio de interação, os outros três foram escolhidos no Departamento de Ciência da Informação e Documentação da Universidade de Brasília. Na tabela 7, são apresentados os dados dos participantes, de acordo com o questionário demográfico, coletados durante os dias 19, 20 e 21 de abril de 2006.

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Tabela 7 – Perfil dos participantes do card sorting