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1 INTRODUÇÃO

1.5 Cenários do estudo

1.5.1 Posto do Programa de Saúde da Família Novo Iracema – Maranguape

Maranguape faz parte da rede metropolitana de Fortaleza; fica a 27 km de distância da capital do Ceará, cercada por um verde imponente da mata atlântica, contrapondo-se ao cenário usualmente seco do Nordeste. Possui cerca de noventa mil habitantes, de origem indígena, que mantêm tradições ligadas às suas origens, como as rezas e as benzeduras. Maranguape tem uma bela história de fé, bem característica do povo nordestino. Em 1998, as estatísticas locais, com relação à mortalidade infantil, eram de 36 mortes para cada 100.0000 nascidos vivos, e esses números não cediam diante dos esforços e das ações de saúde tradicionais. Os profissionais de saúde constataram que 40% das mortes ocorriam por diarréia, e que em 100% desses casos os pais haviam procurado rezadores, na tentativa de salvar a vida do filho; ou para o consolo espiritual, já que em alguns casos a criança era considerada desenganada pela família (MORAES, 2006).

Tânia Maria Vasconcelos de Moraes, enfermeira coordenadora do Programa de Saúde da Família na época, entrevistada por mim em maio de 2006, relatou que, com sua equipe, analisou as causas dos óbitos, no que ela denominou “autópsia verbal”: estudou os atestados de óbitos e conversou com cada família, para chegar às informações anteriormente relatadas.

“O rezador sempre me atende a qualquer hora. Não cobra nada. Não precisa de ficha[...]. Tem sempre uma palavra de conforto[...]”: fala das pessoas à equipe de saúde durante as conversas. A equipe constatou que os rezadores tinham atitudes que prejudicavam, como a indicação de chás, por não falar sobre o soro oral, por pedir que suspendessem a alimentação[...].

No final de 1999, a secretaria de saúde do município compreendeu que outros fatores deveriam ser levados em consideração, como a fé e a cultura popular. Maranguape é uma cidade que dá a impressão de que em cada quarteirão tem um rezador, e a população mantém suas tradições de procurar auxílio e conforto espiritual para os males que maltratam o corpo e a alma recorrendo aos rezadores, que nunca lhes faltaram, principalmente os de maior vulnerabilidade social.

Em uma abordagem inovadora, os profissionais de saúde resolveram aliar o que tradicionalmente, a cultura ocidental separa, no combate à mortalidade infantil. Em vez de investir numa campanha para convencer a população a procurar uma unidade de saúde e a abandonar as rezas, os técnicos decidiram respeitar a cultura e as tradições locais e

cadastraram e treinaram 188 rezadores e 8 raizeiros, os quais hoje fazem parte do Programa de Saúde da Família local.

Os rezadores prontamente aceitaram as orientações e concordaram em se aliar às equipes de saúde, numa parceria inédita. Segundo a enfermeira Tânia Moraes, a maioria dos médicos foram resistentes, mas ocorreu uma sensibilização geral, envolvendo a comunidade da cidade.

Alguns médicos uniram-se aos rezadores, que aprenderam a preparar o soro caseiro e a identificar os sinais de desidratação grave, de modo que as crianças que chegavam aos profissionais de saúde eram aquelas que se encontravam em estado menos grave do que antes. Assim reduziram em 55% a mortalidade infantil, unindo o soro e a reza, ciência à sabedoria popular (MORAES, 2006).

Esse cenário é importante para o presente estudo, pois se trata de um local no qual as pessoas vivenciam seu processo de adoecimento e de cura, com a participação direta de uma pessoa que é um instrumento de relação com o sagrado e que, abertamente é prioritário na vida desses sujeitos que procuram o rezador.

O Programa de Saúde da Família (PSF) que, segundo Ros (2004), não deveria mais ser assim denominado, mas de Estratégia de Atenção Básica, porque é estruturante do Sistema Único de Saúde, permite redimensionar a organização dos serviços de saúde municipais; deve promover saúde e trabalhar com grupos terapêuticos nas comunidades nas quais se localiza o Centro de Saúde, fazendo educação e se vinculando a uma população adstrita. O PSF foi implantado pelo governo brasileiro em 1994, constituindo-se numa proposta de ênfase na atenção básica, primária, integral da família, contrapondo-se ao modelo hegemônico, ao complexo médico-industrial e incluindo dentre outras metas, a promoção de saúde (PSF).

Essa estratégia para a atenção básica à saúde da família resultou em uma maior proximidade dos cotidianos das pessoas e das populações e num confronto com os processos vividos por diferentes grupos sociais a respeito de suas crenças e de suas significações para a vida.

O sentido da vida e a superação da crise que a doença e que a morte representam dão- se, para a maioria da população, no campo religioso. O relacionamento com a realidade de grande parte da população brasileira dá-se através da elaboração religiosa. Desconhecendo este fato, o profissional de saúde não conseguirá compreender a perspectiva com que a maioria dos usuários e profissionais relaciona-se com a realidade.

Melhy (2002, p. 85-86) exemplifica uma situação importante no cenário histórico nacional, em que a experiência dos grupos populares não foi levada em consideração, com

acentuado desligamento cultural, com uma documentação distorcida do fato, que foi a Revolta da Vacina no Rio de Janeiro:

Modernos estudos de história oral têm mostrado que há uma versão diferente das expressas nos livros sobre a Revolta da Vacina. Quando abordado exclusivamente por meio de documentos, aquele fato mostra o povo contra o governo republicano na cidade do Rio de Janeiro; porém, pesquisas feitas com entrevistas revelam que o protesto popular se deu no Morro da Saúde porque a invasão policial atacou determinados campos religiosos da divindade do Candomblé Omolu, exatamente o santo que tinha tido varíola.

Em Maranguape, o Posto de Saúde Novo Iracema atende cerca de 1600 famílias; tem um aspecto bem cuidado, simples. Esse posto possui o Recanto da Fé, sala bem organizada similar aos demais consultórios, na qual o senhor Ananias Rozendo de Oliveira, de 77 anos, reza nos pacientes que o procuram no referido posto. “[...] quebranto, dor de cabeça, dor de dente, braço desmentido, dor de coluna, ventre caído[...]” Ele é um agricultor aposentado, católico e há 31 anos exerce o ofício de rezador. Três vezes por semana, Sr. Ananias atende, em média quarenta pessoas por dia, que, em sua maioria buscam suas orações e, às vezes, antes ou depois da oração, buscam atendimento médico ou odontológico: “a maioria vem só para rezar”, diz Sr. Ananias. Ele é um dos rezadores cadastrados e treinados para orientar às mães a levarem as crianças ao médico. Ensina o preparo do soro caseiro e ainda benze o referido soro (o que confere a este maior credibilidade).

Fiquei extremamente emocionada com o Recanto da Fé e com Sr. Ananias, que gentilmente orou em mim com seu galho de pinhão roxo. A equipe de saúde respeita o velho homem, o seu “trabalho”; e alguns desfrutam desse serviço, como a dentista do posto, a jovem Carol, de 26 anos. Carol tem uma lesão em sua mão direita; já foi operada e, que nos momentos de dor mais intensa, recorre ao rezador, segundo seu próprio relato. Há um entrosamento humanizado entre a comunidade e a maioria dos profissionais do referido posto. A enfermeira do posto, senhora Afonsina Alves de Souza, quando de minha primeira visita ao posto, em maio de 2005, narrou que, ao criarem o Recanto da Fé, uma senhora da comunidade disse-lhe: “Se a senhora acredita no que a gente acredita, a gente também acredita na senhora”.

No PSF Novo Iracema de Maranguape, pretendo colher depoimentos de sujeitos da comunidade que recorrem ao rezador no Recanto da Fé, e que procuram atendimento médico. Através de entrevistas semi-estruturadas, utilizando-me de suas histórias orais temáticas, pretendo estudar o modo como esses sujeitos compreendem o processo de adoecimento e de

cura, como se relacionam com a divindade, e como compreendem espiritualidade, dentre outros objetivos.

Figura 1 - “Reza dá saúde! A pessoa que não reza não pode ter saúde!” S. Ananias SALA DA FÉ – PSF NOVO IRACEMA – MARANGUAPE – CE

Fonte: Eliane Oliveira

1.5.2. Enfermaria Mãe-Canguru

Figura 2 – Método Mãe-Canguru . J.A.M. pai de Rebeca Fonte: W. Rios

Figura 3 - Método Mãe-Canguru – M.R. A.S.S. Mãe de Rafaela e Rebeca Fonte: Eliane Oliveira

O Ministério da Saúde, desde 1999, por meio da Área de Saúde da Criança, tem conduzido o processo de normatização e de disseminação nacional do Método Mãe Canguru, uma proposta de humanização da assistência neonatal, baseada em quatro fundamentos básicos: acolhimento do bebê e de sua família, respeito às singularidades, promoção do contato pele-a-pele o mais precoce possível e o envolvimento da mãe, do pai e da família nos cuidados com o bebê. O Método tem sido trabalhado em âmbito nacional, como uma política pública, em um trabalho interdisciplinar, e vem sendo implantado nas maternidades que atendem gestantes de alto risco pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A Maternidade Escola Assis Chateabriand, da Universidade Federal do Ceará, em 1999, implantou a Enfermaria Mãe Canguru, que é um novo paradigma de atenção perinatal. Trata-se de uma atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso. Em 1979, os doutores Héctor Marinez e Edgar Rey Sanabria, do Hospital San Juan de Dios – Instituto Materno- Infantil de Bogotá, na Colômbia, iniciaram essa nova concepção e essa nova forma de lidar com o recém-nascido prematuro e de baixo peso (CARVALHO; PROCHNIK, 2001). Essas crianças constituem um grupo sujeito a infecções cruzadas, ao desmame precoce, a ao alto percentual de morbimortalidade neonatal, com graves conseqüências médicas e sociais, como abandono dos bebês pelas famílias quando a separação é longa e com altos custos dos cuidados (BRASIL, 2002).

Oliveira et al. (2006) relatam que em todo o mundo nascem anualmente vinte milhões de crianças prematuras e com peso abaixo de 2500 gramas, e dessas crianças, um terço morre antes de completar um ano de vida. Dentro de uma atenção humanizada à criança, à mãe e à família, respeitando-as em suas características e individualidades; esse método propicia maior vínculo mãe-filho, auxilia no desenvolvimento psicomotor dos recém-nascidos, notadamente os de baixo peso, e promove o aleitamento materno (MARGOTTO, 2006).

O “Método Canguru” faz parte da política de saúde do Estado Brasileiro. O “Metodo Mãe-Canguru” é definido como um tipo de assistência neonatal que implica o contato pele-a- pele precoce entre a mãe e o seu recém-nascido de baixo peso, de forma crescente, pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente, permitindo, dessa forma, uma maior participação dos pais no cuidado a seu recém-nascido (MARGOTTO, 2006; BRASIL, 2002). Esse contato prolongado e contínuo se inicia no hospital, após o bebê ter condições de sair da UTI neonatal, como peso acima de 1200 gramas, com a respiração efetiva (sem suporte suplementar de oxigenioterapia) e em condições de ser alimentado com leite materno exclusivo. O bebê em geral, é colocado em posição supina, semidespido, entre os seios da mãe (posição de rã), e recebe acompanhamento adequado por parte de profissionais de saúde especializados, numa equipe multidisciplinar (BRASIL, 2002; MARGOTTO, 2006).

O contato pele-a-pele, que se inicia no hospital, pode ser mantido em casa. O método, reconhecidamente, diminui o tempo de internação e aumenta as taxas de sobrevivência infantil entre bebês prematuros, bem como melhora a sua qualidade de vida e previne o abandono (CARVALHO; PROCHNIK, 2001). Estes autores narram o por quê do “Mãe- Canguru”:

O Método Mãe-Canguru adotou o nome dessa espécie de mamíferos marsupiais originários da Austrália, porque as crias nascem antes de completar ou levar ao fim sua gestacão. Os bebês-cangurus têm, por isso, uma gestação extra-uterina. A natureza dotou as fêmeas dos cangurus de uma bolsa onde se completa o tempo de gestação: ali, os pequenos se aquecem e se alimentam até se fortalecerem adequadamente. [...] O filhote canguru nasce “prematuro” (do nosso ponto de vista), com apenas 13 mm: isto significa que ele é doze mil vezes menor do que sua mãe. Ela o carrega durante dezoito meses ou mais, dentro de sua bolsa marsupial. Por isso, a bolsa marsupial pode ser considerada uma verdadeira incubadora natural, dentro da qual o pequeno canguru permanece por um período cinco vezes maior do que no útero materno.

Esse método é uma forma segura de assistência ao recém-nascido prematuro; oferece vantagens em relação à assistência convencional, incluindo benefícios sociais, como a participação da família e a redução de custos, e pode ser adaptado a diferentes culturas e a diferentes tipos de hospitais. Os maiores obstáculos para a sua implantação parecem ser a atitude de desconhecimento dos profissionais de saúde, a precária infra-estrutura dos

hospitais, os problemas sociais das mães e das famílias, como também a falta de informações suficientes dos gestores sanitários, dos diretores e dos administradores dos hospitais sobre o assunto (BRASIL, 2002).

Ao gestar seu bebê, geralmente a mãe o idealiza gordinho, perfeito, saudável e risonho. No geral, porém, os partos prematuros ocorrem de forma imprevista, causados na maioria das vezes por afecções maternas. Margotto (2006, p.38) enfatiza que: “não só o bebê é pré-termo, os pais também são prematuros, pois a fase de desenvolvimento psico-afetivo que ocorre durante a gestação foi interrompida bruscamente”. Portanto, o nascimento de um bebê prematuro sempre se constitui uma experiência traumática, com expectativas acerca da sobrevida e da saúde da criança. O bebê prematuro, na maioria das vezes passa por um período de internação na unidade de terapia intensiva neonatal (UTI neo), por um período que varia de acordo com o peso, com a idade gestacional e com o estado clínico.

A UTI neo, é um local de alta tecnologia, com aparato técnico considerado de ponta, como aparelhos de ventilação mecânica, surtactante exógeno, óxido nítrico inalatório, dentre outros dispositivos. É também um local de procedimentos invasivos, estressante para o bebê, para as mães e para os profissionais de saúde. O bebê permanece com tubos de diversos tipos, como sonda orogástrica para alimentação, fios para oxímetros de pulso agulhas para acesso venoso, realiza exames variados ao longo do dia; enfim, sobre ele é exercida uma monitorização contínua nas vinte e quatro horas do dia.

Os pais podem visitar seu bebê sem restrições, mas assustam-se com tanta técnica e com tanta gente. Sempre questionam acerca da sobrevivência da criança. Com a melhora clínica do bebê, a mãe vai sendo orientada sobre o método mãe-canguru, sobre as vantagens deste e sobre sua disponibilidade de permanecer com o bebê na enfermaria, no momento oportuno. É um momento de intensa doação da mãe, que fica no hospital com seu bebê em seu corpo, numa “bolsa” artificial.

Os estudos atuais acerca da importância na gestação da Psicologia Fetal, um ramo recente nascido dos avanços tecnológicos na área pré-natal, mostram que o feto tem reconhecidamente seu espaço, com um psiquismo rico, confirmando a riqueza da personalidade humana antes do nascimento. Com o advento do ultra-som, coadjuvado por outras técnicas, inclusive com a regressão do indivíduo ao período pré-natal, conforme vem sendo praticado pela psicologia transpessoal, descobriu-se a existência de uma vida repleta de emoções (BUSNEL, 2002; NEGRI, 1997; PIONTELLI, 1995; WILHEIM, 2002), desfazendo assim, a idéia de que ao nascer a criança é uma folha em branco e, abrindo assim um campo para confirmação da reencarnação (NOBRE, 2000). Sabemos, hoje, que a criança antes do

nascimento é um ser humano consciente e capaz de reações; e que tem uma vida afetiva, sentimentos e lembranças. As percepções e os sentimentos da criança começam a modelar o seu comportamento, assim como as suas esperanças. Os nove meses que separam o momento da concepção do nascimento têm uma importância capital na formação e na estruturação da personalidade, da libido e dos impulsos (VERNY, 1991).

Vários estudos na atualidade abordam a sensorialidade do bebê intra-útero como suporte às primeiras relações. Andrade (2006) revela que o embrião com menos de seis semanas de desenvolvimento intra-uterina, um leve acariciar do lábio superior, ou das abas do nariz, fazem o pescoço se curvar e o tronco se afastar da fonte de estímulo. Os fetos entre o quarto e o quinto mês de vida intra-útero acalmam-se quando escutam música de Vivaldi e Mozart e podem ficar agitados com sons de rock. Busnel (2003) cita que por meio de sucção não nutritiva o recém-nascido de dois dias prefere escutar a voz humana a qualquer outro som e com um dia de vida pós-natal o bebê pode reconhecer entonações de vozes e que prefere as de alegria, e que há um aprendizado intra-uterino de emoções expressas pelos pais. Busnel (2003) se reporta ao fato de que embora a sensorialidade fetal tenha sido negada pela ciência porque o sistema nervoso ainda não estava anatomicamente completo, sabe-se hoje que a partir da sétima semana de gestação aparecem o olfato e o paladar. A pesquisadora relata que há uma continuidade de gosto e de cheiro entre o líquido amniótico, o colostro e o leite materno.

Soulé (1997) enfatiza que a bradicardia no feto pode ser provocada pela dor que ele venha a sentir durante um procedimento médico ou pela dor que a mãe venha a sentir. O estudioso acredita que devemos conhecer a dor no feto a fim de evitarmos o que ocorreu com a dor no recém-nascido, a qual foi negada por muito tempo, o que fez com que muitos procedimentos dolorosos fossem realizados sem que a dor do bebê fosse levada em consideração. E o bebê pré-termo, além de mais sensível aos estímulos dolorosos, é incapaz de instalar um sistema para aliviar a dor.

Piontelli (1995) e Negri (1997) são a favor da continuidade do comportamente pré e pós-natal. Os trabalhos de Piontelli e Negri foram realizados por meio de ecografias. Negri (1997) observou que o bebê intra-útero, pode demonstrar contato com o seu meio e em particular com a placenta. A pesquisadora observou que o bebê intra-útero mostra interesse em tocar e brincar com a placenta, ficar em contato estreito com a mesma, avançar a boca na direção da placenta, tocá-la com a cabeça, esfregar seu rosto contra ela, aconchegar-se à ela. Alguns bebês seguram o cordão umbilical mais tempo que outros bebês. Essas observações foram realizadas por volta da décima sétima e décima oitava semana de vida intra-uterina; os

Ascenção no Empireo

Hieronymus Bosch (1453- 1516)

Intuitivamente descreveu o túnel pelo qual as almas adentram rumo às esferas superiores do mundo espiritual

movimentos fetais são semelhantes aos movimentos realizados por bebês pré-termo (NEGRI, 1997).

Os estudos anteriormente citados nos propiciam uma idéia acerca da importância do “Método Canguru” para o binômio mãe e filho, tanto com relação à parte biológica, mas também psicológica e afetiva e espiritual.

O binômio mãe e filho é um importante colaborador para este estudo, no qual através de entrevistas semi-estruturadas, procurarei captar, no relato materno (história oral temática) sua maneira de vivenciar a experiência de gestar e de dar à luz a um bebê prematuro e sua relação espiritual com todo o processo de gravidez e de parto, desde a unidade de terapia intensiva neonatal até chegar à enfermaria Mãe-Canguru.