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AS FILHAS DE MARIA AUXILIADORA RUMO A PORTO VELHO

1.2 A Prelazia de Porto Velho

O início da trajetória das Filhas de Maria Auxiliadora em Porto Velho data do ano de 1925, quando o Papa Pio XI criou a Prelazia de Porto Velho, a partir da Bula Christianae Religionis36 (AZZI, 2002, p. 341). O jornal Alto Madeira registrou esse fato.

Como já tivemos ocasião de noticiar, por Bula de 1º de maio do corrente ano, do Santo Padre Pio XI, foi criada a Prelatura37 de Porto Velho, com sede nesta cidade. Por informações prestadas ao nosso diretor pelo Rvmo. Padre Dr. Raymundo Oliveira, digno Governador do Bispado, sabemos que no dia 25 de Dezembro próximo aqui estará o Rvmo. Padre Ghislandi, distinto sacerdote já conhecido pela nossa população, que virá instalar a Prelatura em nome do Monsenhor Pedro Massa, nomeado seu administrador apostólico. É um fato auspicioso para a nossa população católica que, brevemente, irá gozar deste grande benefício (ALTO MADEIRA, 1925, p. 1).

A citação mencionada acima faz referência à visita do Reverendíssimo Padre Ghislandi, na época, sacerdote salesiano que veio para concluir a instalação da Prelatura de Porto Velho, em nome do já Prelado e, agora, administrador apostólico, Monsenhor Pedro Massa. O excerto nos leva a pensar sobre como a imprensa concebia a ida de sacerdotes salesianos para a região porto-velhense. O editor parece entusiasmado com a

36Não encontramos a descrição da Bula de criação da Prelazia de Porto Velho na íntegra, apenas

informações nas quais a Prelazia surgira a partir dela. Bula: s.f. 1 selo ou sinete, ger. de forma redonda, que se prendia a um documento o u acompanhava uma carta, atestando-lhe a autenticidade 2 p.met. decreto ou documento com tal selo ou sinete 3 ECLES escrito solene ou carta aberta provida de tal selo, expedida em nome do papa, com ordens, concessão de enefícios etc. (HOUAISS; VILLAR, 2009, p. 336)

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presença dos religiosos na localidade e a ressalta como algo relevante e necessário para a população. Menciona que os católicos que habitavam a vila de Porto Velho aguardavam ansiosos o estabelecimento do pastorado para “gozarem de um grande benefício”. Cabe aqui uma ressalva: parece-nos uma campanha estabelecida pela pelos sacerdotes para divulgar a existência da Prelazia e uma maneira de convencimento da população dos intuitos dos religiosos como um “benefício” para o povo.

Encontramos uma carta de aforamento38 de 1916 descrevendo a posse de um terreno por José Maria da Costa entre os documentos fornecidos pela escola. A partir da análise desse documento, identificamos que o terreno passou a pertencer à Prelazia, em 1934.

Figura 7: Carta de Aforamento da Intendência Municipal, 1916

Fonte: Acervo do IMA. Porto Velho/RO.

38 Carta de Aforamento diz respeito ao documento que comprova o aforamento ou aforação. Aforar: v. 1

JUR dar ou tomar por aforamento ou enfiteuse <aforou a sede do clube> <costumam aforar terras aos

sertanejos>. 2 conceder (a alguém ou a si mesmo) certos direitos, privilégios ou honrarias. (HOUAISS;

VILLAR, 2009, p. 63). Enfiteuse: s.f. JUR direito real em contrato perpétuo, alienável e transmissível para os herdeiros, pelo qual o proprietário atribui a outrem o domínio útil de imóvel, contra o pagamento de uma pensão anual certa e invariável; aforamento. (HOUAISS; VILLAR, 2009, p. 757)

Abaixo, segue a transcrição da Carta de Aforamento da figura 7:

A Intendência Municipal de Porto Velho faz saber aos que a presente Carta de Aforamento virem, que foi aforada ao Sr. José Maria da Costa em 16 de Maio de 1916, o lote de terras urbano nº três, de patrimônio desta Municipalidade, situada na quadra nº XXIII, tendo uma área de seiscentos cinqüenta e um mts. e 87 centímetros quadrados e os seguinte limites: ao norte com o lote número dois; ao sul com o lote número quatro; a leste com a rua Duque de Caxias; e a oeste com a avenida Osorio, medindo dezessete e meio metros de frente por trinta e seis e vinte e cinco centímetros. O enfiteuta, por termo de contrato lançado a fls 117 do livro respectivo, fica obrigado ao cumprimento das cláusulas abaixo, estabelecidas pela Lei nº 13, de 27 de Novembro de 1915, que regula as concessões de terras deste Município: 1ª) A pagar o foro de treze mil e quarenta reis correspondente a seiscentos cinqüenta e um mts e 87 centímetros quadrados da área ocupada pelo lote nº três da quadra vinte e três do patrimônio Municipal, assim como o direito dominical em laudêmio correspondente à percentagem que estiver determinada por Lei. 2ª) A efetuar esse pagamento na Tesouraria Municipal, dentro de cada ano financeiro. 3ª) A não fazer venda, doação, transação, permuta, cessão, divisão, penhor, hipoteca, constituição de servidão, doação em pagamento, cessão enfiteuta ou qualquer outra alienação sem prévia audiência e expresso consentimento da Intendência Municipal, como direta Senhoria, cabendo a esta o direito de opção, sob pena de nulidade. 4ª) A tornar útil o terreno do lote aforado, cercando-o no prazo de seis meses, da data da concessão, edificando-o, em todo ou em parte como for conveniente, fazendo-lhe qualquer outra sorte de benfeitorias, de modo a torná-lo proveitoso, o prazo de um ano, bem como ceder para servidão pública, quando for necessário, sem estrépito judicial, sem ônus ou qualquer embaraço, a quantidade de terreno precisa, salvo a indenização de benfeitorias úteis. 5ª) A destocar e aplainar a parte da rua fronteira ao lote nº três e plantar as árvores que forem determinadas pelo engenheiro da Intendência Municipal. 6ª) A sujeitar-se às penas de comisso e devolução à Intendência Municipal do lote de terreno nº três aforado, na falta de pagamento do foro por dois anos consecutivos e na do cumprimento das cláusulas acima e aqui estabelecidas, incorrendo, por cada ano que faltar ao pagamento dentro do prazo, na multa de 10% sobre o valor do mesmo lote de terreno. E como tenha o mesmo enfiteuta pago todas as despesas, de conformidades com a tabela vigente, passou-se- lhe esta Carta de Aforamento, ficando por esta forma investido de todos os direitos e regalias sobre o domínio útil do referido lote de terreno, por lei conferidos. Intendência Municipal de Porto Velho, em 16 de Maio de 1916 (PORTO VELHO, 1916, p. 1).

O documento destacou que a Intendência Municipal de Porto Velho, com a Carta de Aforamento de 1916, designava ao Sr. José Maria da Costa, em 16 de maio de 1916, o lote de terras urbano número três, do patrimônio da Municipalidade, situado na

quadra número XXIII, com uma área de seiscentos e cinquenta e um metros e oitenta e sete centímetros quadrados e os seguintes limites: ao norte, com o lote número dois; ao sul com o lote número quatro; a leste com a Rua Duque de Caxias, e a oeste com a Avenida Osório, medindo dezessete e meio metros de frente por trinta e sete e vinte e cinco centímetros (PORTO VELHO, 1916, p. 1), assinada pelo Superintendente Municipal Major Guapindaia e pelo Secretário João Alfredo de Mendonça.

Constituía uma área significativa e estava bem localizada no ponto mais alto da Rua Riachuello, bem ao centro da cidade de Porto Velho. Ali seria possível a instalação de um belo edifício com salas de aula amplas, auditório e capela para dar continuidade às atividades religiosas como missas, comunhão, Oratório Festivo, Sacramentos entre outros.

Figura 8: Termo de Transferência, 1934

Esse mesmo terreno foi transferido à Prelazia Apostólica de Porto Velho em 1934. Consta no termo de transferência do terreno no ano de 1934 “Transferido nesta data para a Prelazia Apostólica de Porto Velho. Registrado fls. 69 do Livro Termos de Transferência nº 2 – Porto Velho, 19 de maio de 1934” (PORTO VELHO, 1934, p. 1).

De acordo com o jornal Alto Madeira, além da criação da Prelazia de Porto Velho, em 1925, também ficou determinado o seu administrador, sendo nomeado Monsenhor Pedro Massa, “cujos serviços no Rio Negro, prestados com a maior abnegação e devotamento, são um penhor recomendável para o sucesso da feliz organização de que está incumbido” (ALTO MADEIRA, 1925, p. 2).

Encontravam-se sob a jurisdição da Prelazia de Porto Velho as localidades de Guajará-Mirim, Santo Antônio e Humaitá (ALTO MADEIRA, 1925, p. 2).

Figura 9: Mapa das localidades sob jurisdição da Prelazia de Porto Velho39

39 Adaptado pela pesquisadora. localização das cidades que se encontravam sob a jurisdição da Prelazia

de Porto Velho foi observada a partir da disposição dos mapas encontrados no site do IBGE. O mapa que a autora utilizou como parâmetro encontra-se disponível em:

<ftp://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/mapas_do_brasil/politico/brasil_politico5000k_2004.pdf>. Acesso em: 28 dez. 2016.

Em 1931, uma notícia procedente da Prefeitura Municipal de Porto Velho comunicou sobre o auxílio oferecido para a Prelazia de Porto Velho para que fossem iniciados os trabalhos na cidade.

O município, a título de subvenção (!) conferiu a essa Prelazia a importância de seis contos de réis, como auxílio à instalação dos seus trabalhos nesta cidade. Não podendo de vez ser paga dita importância, deliberou a Prefeitura levar a sua conta o consumo mensal de água e luz da Prelazia na importância de 70$000, em média. O ato nº 152 de 8 de janeiro findo, de V. Exc. sobre instruções aos prefeitos municipais, proíbe as subvenções. Tendo em consideração, porém, as indiscutíveis utilidades dessa Prelazia, já mantendo à pobreza no hospital, com quinze leitos bem confortáveis, médico, farmácia e enfermarias; já cogitando de instalações de engenhos para beneficiamento de arroz; e sobretudo pela sementeira de moral cristã, que realiza cotidianamente na alma em formação de criancinhas, na maioria, carentes de melhor assistência paterna: eu peço a V. Ex. continuar a Prefeitura com o insignificante auxílio de pagar por conta da aludida subvenção (!) o consumo de água e luz (ALTO MADEIRA, 1931, pp. 1-2).

Percebemos ao ler esse excerto que a prefeitura se coadunava com a vinda e instalação dos Salesianos em Porto Velho. Podemos inferir ainda que a instalação da Prelazia se inseria em um contexto que previa uma intenção educacional sobretudo pela “sementeira de moral cristã”. Esse período em Porto Velho ocorreu paralelamente a um momento no qual a Igreja Católica procurava fundar uma série de colégios por todo o país na tentativa de formar uma elite nos moldes do catolicismo que deveria reproduzir o discurso católico nas diversas instâncias públicas influenciando a elaboração das leis, a administração burocrática de estados e municípios, ou seja, deveria introduzir os dogmas da Igreja Católica sobre a sociedade, utilizando-se da elite política.

Podemos ponderar que a Igreja, após o advento da República brasileira, movimentou-se no sentido de reaproximação com as elites brasileiras, principalmente com aqueles que iriam dirigir o país, visando garantir sua independência e ao mesmo tempo sua influência na administração de estados e municípios. Para isso, juntou-se aos governantes para combater as ideias que ameaçavam o Estado, como o socialismo. Em contrapartida, exigiu a aceitação do pensamento ideológico e religioso nas instituições

do Estado, conforme consta na lei do ensino de 193140 que a educação religiosa deveria ser implantada no ensino público. Municípios e estados, por sua vez, incapazes de atender às demandas educacionais, utilizavam-se dos estabelecimentos particulares de ensino no país, como a instituição salesiana em estudo. Dessa maneira, podemos ponderar que o Estado, de certa forma, transferia suas responsabilidades relacionadas à educação.

A esse respeito Ivan Aparecido Manoel (1996), relatou que a figura do Padre de pequenas vilas e cidades no interior brasileiro muitas vezes era o único ponto de referência cultural e a doutrinação católica representava “uma das poucas, senão a única, ação educativa que atingia o povo”. Desse modo, o projeto educacional dos católicos agradava ao governo, e juntos movimentaram-se no sentido de educar as moças e foi se consolidando uma educação conservadora difundida pela Igreja, em um contexto educacional marcado pela falta de opções, em contrapartida à politica liberal republicana e sua proposta de uma educação leiga a cargo do Estado (MANOEL, 1996, p. 54-55).

Na Encíclica Divini Illius Magistri41 de 1929, notamos vestígios da tentativa da Igreja em monopolizar a educação nos seus diversos níveis, apontando, essa atitude, como uma necessidade para a manutenção e ordenamento pacífico da sociedade:

Temos, portanto, como já notamos, no nosso citado discurso, dois fatos de altíssima importância: “a Igreja que põe à disposição das famílias o seu ofício de mestra e educadora, e as famílias que ocorrem a aproveitar-se dele, e dão à Igreja, a centenas e milhares, os seus filhos, e estes dois fatos recordam e proclamam uma grande verdade, importantíssima na ordem social e moral. Eles dizem que a missão de educar pertence, antes, de tudo e acima de tudo, em primeiro lugar, à Igreja e à família, pertence-lhes por direito natural e divino, e por isso de um modo inderrogável, inatacável, insubstituível” (ROMA, 1929, p. 8).

A Igreja investiu na “catequese escolar42”, principalmente por meio da

formação de professores e catequistas com intenção de alcançar a hegemonia religiosa

40Decreto nº 19.941, de 30 de abril de 1931. Disponível em:

<http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-19941-30-abril-1931-518529- publicacaooriginal-1-pe.html>. Acesso em: 22 jul. 2016.

41Encíclica: s.f. 1 carta circular do papa abordando algum tema da doutrina católica (HOUAISS;

VILLAR, 2009, p. 749).

42Para compreender o significado de catequese escolar é necessário entender que catequese “é um

conceito que diz respeito à ação eclesial, que conduz tanto os indivíduos quanto as comunidades à maturidade da fé” e catequese escolar foi uma estratégia adotada pela Igreja a fim de transformar a catequese em disciplina escolar e assegurar uma função formativa (ORLANDO, 2013, pp. 69; 73).

sobre o conjunto da sociedade. Portanto, durante o período investigado, a educação serviria para que a Igreja Católica reunisse em seu interior uma camada de intelectuais que a ajudaram, mais tarde, a exercer uma força hegemônica junto a todas as classes, congregando as massas da sociedade nos apostolados, pastorais e escolas sob sua tutela. Nesse viés, notamos que, em Porto Velho, o jornal Alto Madeira também relatou a criação da Prelazia como sendo relevante para toda a população, o que coaduna a ideia de que os habitantes seriam “favorecidos” pelos benefícios da Igreja.

[...] o Exmo. Sr. Dr. Superintendente Municipal recebeu do ilustre Sr. Monsenhor Pedro Massa um telegrama comunicando a criação de uma Prelatura Apostólica nesta cidade, acontecimento de significativa importância que não pode passar despercebido ao apreço da nossa população católica, que o terá com muita relevância para o seus sentimentos religiosos. [...] Na sua última viagem à Roma, Monsenhor Pedro Massa tratou com vivo interesse desse assunto, conseguindo como se vê, a criação de uma Prelatura para esta cidade, prestando assim um grande serviço à região do Madeira, cujos habitantes dentro de pouco tempo fruirão os seus benefícios. É motivo pois, de grande contentamento para todos nós, tão auspiciosa notícia; e, ao tempo em que transmitimos parabéns à nossa população por este notável acontecimento, felicitamos igualmente ao Rvmo. Padre Dr. Raymundo Oliveira, digno pároco desta freguesia e ao ilustre Monsenhor Pedro Massa, por verem realizada ideia que tão nobremente defenderam (ALTO MADEIRA, 1925, p. 1).

Pensamos que o investimento que religiosos e autoridades locais estavam destinando à criação da diocese apostólica em Porto Velho foi um instrumento eficaz para empreender um projeto de cristianização no local, o que acabou contribuindo diretamente para a propagação da fé católica na região. Um aspecto importante que deve ser considerado é que a imprensa, como um meio de comunicação, acabava cumprindo um papel de apoio à vinda dos religiosos ao local e discernindo o acontecimento como uma benfeitoria, algo grandioso e auspicioso para a população.

Azzi (2002, p. 341) relatou que “foram enviados para Porto Velho alguns missionários em repetidas visitas apostólicas, destacando-se os padres Antônio Carlos Peixoto e Nicoletti; estes procuraram desde logo fundar os primeiros centros de missão em Porto Velho e Guajará-Mirim”.

Em 1930, as FMA chegaram à região de Porto Velho. A vinda das Irmãs Salesianas foi dirigida pelos padres Antônio Carlos Peixoto e João Nicoletti, missionários que desde cedo procuraram fundar os primeiros centros de missão salesiana em Porto Velho e Guajará-Mirim (AZZI, 2002, p. 341).

Ressaltamos que na cidade de Porto Velho ainda não havia escolas religiosas, e intuímos que, tampouco, escolas bem estruturadas ou com frequência significativa de alunos. A região ainda era pouco habitada, encontrava-se em desenvolvimento, havendo apenas um pequeno comércio e poucas famílias que se dedicavam a enviar seus filhos para as escolas.

Segundo Gomes (2007), o desenvolvimento tanto do município de Porto Velho, quanto da Empresa Madeira-Mamoré “impulsionou melhorias na educação formal da região, requisitando escolas para os filhos dos trabalhadores” (GOMES, 2007, p. 49). O autor ressalta ainda que o Governo Estadual investiu na educação somente anos mais tarde, enquanto isso, as primeiras escolas que iam surgindo na região eram instituições particulares.

Com isso, as atividades decorrentes das missões salesianas no Brasil iniciaram- se com a educação e evangelização de povos indígenas como descrito no relatório das missões salesianas de 1912. O trabalho das FMA, aos poucos, voltou-se também para o atendimento às atividades de saúde e educação da população desassistida das regiões Centro-Oeste e Norte e que se encontrava reunida em centros urbanos como o que existia no povoado de Porto Velho, à qual cabia “vigiar por toda a educação de seus filhos, os fiéis, em qualquer instituição, quer pública, quer particular, não só no atinente ao ensino religioso aí ministrado, mas em qualquer outra disciplina ou disposição, enquanto estão relacionadas com a religião e a moral”, segundo o Código de Direito Canônico, cânon 1381 e 1832, como descrito na Encíclica Divini Illius Magistri de 1929 (ROMA, 1929, p. 5).