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Capítulo II. Os recursos audiovisuais e sua utilização em sala de aula

1. Caracterização da Escola

3.1. Primeira unidade didática

A primeira unidade a ser tratada na aula de Espanhol foi “De viaje”, cujos conteúdos comunicativos eram dar conselhos e expressar opinião; os conteúdos gramaticais trabalhados foram expressões para se referirem a gostos e preferências; os conteúdos lexicais foram vocabulário relativo a viagens; e os conteúdos socioculturais foram viagens, transportes, lugares, atividades e alojamento.

O objetivo era cativar o interesse neste tema por parte dos alunos. Sabendo que esta nem sempre é uma tarefa fácil, tentou-se utilizar diferentes recursos didáticos, que resultassem numa aula motivadora e criativa.

Os alunos foram encorajados a participar ativamente na aula e, como profissional de ensino, fui sempre demonstrando interesse e oferecendo a minha ajuda para que eles se pudessem sentir o mais confortáveis possível.

O primeiro passo foi planear com eles as atividades a desenvolver durante a unidade. Deste modo, o pensamento dos alunos foi sendo desafiado, de forma a promover o seu desenvolvimento cognitivo. A planificação proporcionou aos alunos que experienciassem uma situação real de acordo com a unidade estudada.

Na primeira aula (Apêndice 1), após confirmar que todos os alunos estavam presentes e escrever o sumário, foi apresentada aos alunos uma imagem com duas raparigas a pedir boleia (Apêndice 5). Foi realizada a exploração oral da atividade com algumas perguntas.

Para fazer revisões de algum vocabulário a trabalhar, realizou-se um mapa mental no quadro com a ajuda de alguns cartões com perguntas, que foram distribuídos pelos alunos. Deste modo, geraram-se e foram partilhadas ideias. Esta atividade forneceu aos alunos as ferramentas para melhor se expressarem.

Depois de escutar os alunos, de saber qual a opinião geral da turma sobre as viagens, decidiu-se qual a última atividade a realizar: preparar uma viagem a um destino Hispano. Posteriormente, os alunos observaram algumas fotos (Apêndice 6) e tentaram identificar de que país se tratava, localizando-o em seguida num globo levado propositadamente para a sala de aula.

Após esta atividade, os alunos observaram um anúncio sobre o Perú (Apêndice 7). Para a análise do vídeo na aula, a professora comentou as cenas mais importantes e ideias principais com os alunos e foi-lhes fornecida a transcrição do vídeo, procedendo-se à compreensão leitora

39 e expressão oral do texto. Completaram-se os espaços em branco de um texto explicativo do anúncio (Apêndice 8).

A atividade seguinte pretendia que os alunos simulassem uma situação real, tendo como ponto de partida um diálogo entre um agente de viagens e um cliente (Apêndice 9). Foi solicitado aos alunos que realizassem um diálogo semelhante e que o dramatizassem na aula (Apêndice 10). Aqui trabalhou-se uma vez mais os componentes gramaticais, porque os alunos deveriam expressar gostos e preferências.

A última atividade da aula pretendeu que, depois de explicados os trâmites de realizar uma reserva de avião na internet, os alunos, em pares, procurassem um voo na Internet para que se comparassem diferenças de preços e condições nas suas pesquisas (Apêndice 11).

Após a concretização desta aula, posso concluir que, de uma próxima vez, irei necessitar de mais tempo para realizar todas as tarefas. A tarefa final de pesquisa requer mais tempo do que aquele que lhes propus, pelo que teve que ser realizada como trabalho de casa.

Na segunda aula (Apêndice 2), após confirmar que todos os alunos estavam presentes e escrever o sumário, fez-se uma breve revisão da aula anterior.

Como motivação, foi utilizado um outro recurso audiovisual, foi apresentado um PowerPoint (Apêndice 12) com um questionário sobre o tipo de turista com que os alunos se identificavam mais. Como este questionário foi de âmbito pessoal, suscitou interesse e motivação nos alunos.

Ainda no âmbito deste tema e tendo em conta que cada aluno se identificaria com um tipo de turista diferente, e consequentemente buscaria um tipo de alojamento diferente, foi-lhes solicitado que relacionassem o tipo de alojamento e a sua descrição com a ajuda de imagens (Apêndice 13). Após a leitura de alguns diálogos, na receção de um hotel (Apêndice 14), os alunos, em pares, tiveram que procurar na internet informação sobre diferentes hotéis, tipos de quarto, alimentação, simulando posteriormente uma conversa telefónica para fazer uma reserva. O acesso a uma página da internet em língua espanhola possibilitou o acesso a textos autênticos, quer fosse para serem lidos ou ouvidos. Por isso, os alunos puderam utilizar a língua em contextos reais e significativos, de uma forma dinâmica. Podendo ser um hotel localizado em diversos países cuja língua oficial é o espanhol, aproximou os alunos às diversas variantes do espanhol e a diferentes culturas. Os alunos aumentaram também a sua autonomia, já que a pesquisa na internet favoreceu uma postura mais independente e autónoma. De acordo com Netto (2005), com o uso da internet, os alunos podem, além de outras coisas, procurar e compartilhar informações que os ajudem a resolver tarefas, têm acesso a arquivos de dados de som, imagem e textos e têm acesso a uma vasta quantidade de informação sem precedentes.

40 Deste modo, foi preparada uma webquest para que os alunos trabalhassem nela. Uma

webquest, termo em Inglês para designar pesquisa na internet, é uma metodologia de pesquisa

orientada para ser utilizada na sala de aula, onde a maior parte da informação provém da web. Este modelo foi desenvolvido por Bernie Dodge, em 1995, com a participação do seu colaborador Tom March.

O professor elabora a webquest partindo de um tema e delineiam-se as tarefas. Estas tarefas podem envolver consultar fontes de informação, tais como vídeos e páginas na internet normalmente selecionadas pelo professor. Possuindo uma base teórica construtivista, estas atividades didáticas de aprendizagem permitem que o aluno usufrua de toda a informação disponível no mundo virtual, gerando novos conhecimentos.

Embora na aula planificada não tenha sido criada uma página web ou um blog, foi seguida a estrutura sugerida por Dodge (1995):

Inicialmente, foram pesquisadas páginas na internet que pudessem interessar e fossem adequadas ao tema e à tarefa pretendida. Deste modo pôde-se orientar a pesquisa feita na aula, de modo a que esta fosse mais pertinente e não dispersiva, poupando tempo e tornando o trabalho mais eficaz.

Na Introdução foram apresentadas as informações necessárias e os alunos orientados na sua pesquisa. Tentou-se, além disso, motivá-los para a tarefa a desenvolver. Aqui foi mencionado o que se pretendia com a tarefa e quais os critérios de avaliação da mesma.

Descreveu-se a tarefa a elaborar e forneceu-se a descrição das etapas para a realização do trabalho. Os alunos foram divididos em grupos/pares e foram fornecidas as referências bibliográficas a serem consultadas. Quando a tarefa foi finalizada, os alunos apresentaram à turma o trabalho final, havendo no final uma discussão sobre o que aprenderam e daí os alunos conseguiram chegar às suas próprias conclusões.

Na terceira aula (Apêndice 3), após confirmar que todos os alunos estavam presentes e escrever o sumário, os alunos observaram um vídeo sobre os cruzeiros que se podem realizar no Chile (Apêndice 15), como atividade motivadora. Durante a exibição do vídeo, foram observadas as reações da turma e o vídeo foi exibido uma segunda vez, tendo desta vez sido sugerido que observassem primeiro e depois ouvissem com mais atenção determinadas passagens mais relevantes para a atividade seguinte. De seguida, para a análise do vídeo na aula, a turma leu um texto sobre cruzeiros (Apêndice 16) e procedeu-se à compreensão leitora e expressão oral do mesmo, comentou-se o seu conteúdo discutindo as cenas mais importantes e ideias principais. Registou-se no quadro o léxico mais importante.

41 A atividade seguinte pretendia que os alunos simulassem uma situação real (Apêndice 17). Depois de explicados os trâmites de realizar uma reserva de cruzeiro na internet, os alunos, em pares, preencheram um formulário de reserva de cruzeiros.

Para introduzir as orações condicionais, foi visualizado um vídeo que serviu como motivação. Os alunos observaram o vídeo publicitário da Coca-Cola (Apêndice 18), que mostrava um senhor a ir visitar uma praia pela primeira vez, sendo-lhes colocada a pergunta:

¿Cuándo fue la última vez que hiciste algo por primera vez?

Os alunos responderam à questão e completaram uma afirmação: Si fuera la primera vez,

yo _______________. Fez-se uma revisão da estrutura das orações condicionais, realizaram-se

alguns exercícios e corrigiram-se no quadro.

Na quarta aula (Apêndice 4), leu-se um texto com indicações para fazer uma mala de viagem (Apêndice 19). Como introdução à atividade final de aula, os alunos observaram um vídeo de como viajar sem sair de casa. Aqui foram-lhes fornecidas algumas diretrizes que puderam utilizar para a realização da atividade final: preparar um guia de viagem para um país hispano. O trabalho foi apresentado na aula, em forma de folheto.

42 3.2. Segunda unidade didática

A segunda unidade a ser tratada na aula de Espanhol foi “Cruzando Mares”, cujos conteúdos comunicativos eram dar conselhos e expressar opinião; os conteúdos gramaticais trabalhados foram usar o passado, recorrendo ao pretérito indefinido e pretérito imperfeito e as orações finais; os conteúdos lexicais foram vocabulário relativo a civilizações pré-colombianas, descobrimento e conquista da América e os povos indígenas; e os conteúdos socioculturais foram os povos indígenas, o descobrimento e conquista da América.

Este tema foi abordado de forma cronológica, começando com o tratamento de informações sobre os povos pré-colombianos, descoberta e conquista da América e, finalmente, a situação dos povos indígenas na atualidade.

Na primeira aula (Apêndice 20), após confirmar que todos os alunos estavam presentes e escrever o sumário, foi apresentado um trailer do filme Apocalypto (Apêndice 24). Este vídeo serviu como motivação à introdução do tema e os alunos ficaram entusiasmados. Procedeu-se à exploração oral do vídeo, geraram-se curiosidades e foram partilhadas ideias. Esta atividade forneceu aos alunos as ferramentas para melhor se expressarem.

De seguida, foi lido um texto com algumas curiosidades sobre os povos indígenas: Incas, Aztecas e Maias (Apêndice 25). Tendo em conta que o texto se apresentava como algo longo, utilizaram-se alguns vídeos sobre “a pelota” (Apêndice 26), sobre os sacrifícios humanos (Apêndice 27) e sobre Machu Picchu (Apêndice 28). A compreensão leitora e expressão oral do texto realizaram-se através de um questionário apresentado em PowerPoint (Apêndice 29). Os alunos foram divididos em pares e tentou-se averiguar no final quem respondeu a mais perguntas corretas.

Na segunda aula (Apêndice 21), a motivação realizou-se com a visualização de um vídeo da série televisiva Isabel, na qual Cristóvão Colombo chega à América, e realizaram-se algumas perguntas oralmente (Apêndice 30).

De seguida, leu-se um texto sobre a vida de Cristóvão Colombo e os alunos ordenaram cronologicamente os acontecimentos em cada uma das viagens (Apêndice 31).

Introduziu-se o estudo das orações finais com algumas frases sobre o aperfeiçoamento dos instrumentos de navegação (Apêndice 32). Os alunos induziram a regra gramatical e conseguiram completar um pequeno texto com a sua explicação (Apêndice 33). Para consolidação deste item gramatical, completaram frases com o uso de alguns instrumentos raros/inúteis na nossa época. Quando deparados com imagens atuais, os alunos sentiram uma

43 maior empatia com a matéria estudada, porque houve uma interligação mais próxima com a atualidade.

A terceira aula (Apêndice 22) começou com a análise de uma caricatura sobre os problemas de comunicação entre nativos e colonizadores espanhóis (Apêndice 34).

De seguida os alunos leram um texto sobre a conquista da América (Apêndice 35) e, para melhor conseguir ilustrar o que se passava na época, observaram um vídeo sobre El Templo

Mayor de Tenochtitlan (Apêndice 36) e Atahualpa, a Caída do Imperio Inca (Apêndice 37).

Estes vídeos ajudaram a que os alunos melhor imaginassem a realidade da época, completando assim visualmente o texto tratado.

Fizeram-se perguntas sobre o texto e procedeu-se à sua correção no quadro.

Como tarefa final da aula, foi pedido aos alunos que comentassem por escrito uma caricatura que retratava o encontro ou choque de culturas, procedendo-se à sua apresentação oral na aula (Apêndice 38).

A última aula relativamente a este tema (Apêndice 23) começou com um vídeo Dia da

resistência indígena (Apêndice 39) e discutiu-se na aula quais as consequências dos

descobrimentos para a América. Com este vídeo, pôde-se trabalhar bem a competência oral, visto que se tratava de um assunto atual e pelo qual os alunos se interessaram, visto retratar algumas injustiças humanas.

De seguida, os alunos leram um texto sobre Rigoberta Menchú: Uma indígena, prémio Nobel da Paz (Apêndice 40) e organizaram cronologicamente a sua biografia, tendo por apoio ilustrações do livro infantil sobre a sua vida. Um outro exemplo de alguém que lutou pelos direitos das minorias étnicas é Chico Mendes. Os alunos observaram um videoclip com uma canção em honra de Chico Mendes e de seguida apenas ouviram a música para completar os espaços brancos da letra (Apêndice 41).

Depois de todos os conteúdos estudados, pediu-se aos alunos que, em pares, procurassem na Internet informações sobre personagens que lutam pelos direitos dos povos indígenas e apresentassem oralmente o seu trabalho na aula.

De acordo com as indicações de Dodge (1995), inicialmente, foram pesquisadas páginas na internet que pudessem interessar e fossem adequadas ao tema e à tarefa pretendida.

Deste modo, foi orientada a pesquisa feita na aula, tornando o trabalho mais eficaz. Foram apresentadas as informações necessárias e os alunos orientados na sua pesquisa. Tentou-se, além disso, motivá-los para a tarefa a desenvolver. Mencionou-se o que se pretendia com a tarefa e quais os critérios de avaliação da mesma e foram fornecidas as descrições das etapas para a realização do trabalho. Os alunos foram divididos em grupos/pares e foram fornecidas

44 as referências bibliográficas a serem consultadas (Apêndice 42). Quando a tarefa foi finalizada, os alunos apresentaram à turma o trabalho final, havendo no final uma discussão sobre o que aprenderam.

De acordo com as indicações de Morán (1995), antes da exibição dos vídeos, PowerPoint e músicas, foi verificado se todos os instrumentos se encontravam em perfeito funcionamento, tais como computador, colunas e quadro interativo. Durante a exibição dos vídeos, foram observadas as reações da turma e os vídeos foram exibidos uma segunda vez, tendo desta vez sido sugerido que observassem ou ouvissem determinadas passagens mais relevantes para a atividade seguinte.

Em síntese, pode-se afirmar que a rotina da aula e as regras de sala de aula foram sempre respeitadas, foi captada a atenção dos alunos antes de introduzir as atividades e os recursos estavam todos prontos antes de começar a aula. Também se tentou utilizar linguagem adequada ao nível de aprendizagem dos alunos, logo eles conseguiram captar bem as instruções fornecidas. Os alunos foram capazes de ajudar a planificar as atividades, dando ideias e partilhando pensamentos.

Pela observação direta das aulas, pode-se considerar que estas foram extremamente produtivas, porque os objetivos de aprendizagem foram cumpridos. Houve uma boa gestão das aulas e estas correram bem, sem interrupção por comportamento disruptivo por parte dos alunos.

45 Reflexão crítica

No decorrer da prática letiva, considero que as aulas assistidas correram bem. Tentei sempre demonstrar conhecimentos científicos na língua espanhola ao nível das componentes comunicativa e linguística, apesar de, por vezes, devido ao nervosismo, terem sido cometidas algumas falhas e ter havido alguma quebra de ritmo.

No que concerne à capacidade de integração, devo mencionar que sempre me senti integrada nesta instituição de ensino. Apesar de ter sido pouco o tempo de convívio, senti que havia um ambiente de trabalho acolhedor e motivador e que o relacionamento desenvolvido com toda a comunidade escolar foi muito positivo.

Os alunos mostraram-se sempre participativos e prestáveis. Todos me conquistaram pelo seu empenho e dedicação e todos ganharam a minha mais terna amizade.

Os conteúdos das unidades em causa foram-me sugeridos pela minha orientadora, a Dr.ª Dora Serra, seguindo, para o efeito, as orientações do Marco Comum Europeu de Referência para as Línguas (MCERL) e do Programa do Ministério da Educação e Ciência de Portugal para o 10.º ano, nível de continuação (B1), do Ensino Secundário.

Tentei afincadamente que os conteúdos abordados fossem tratados de modo a irem ao encontro dos interesses dos alunos, tentando fazer a interligação da matéria com a sua própria realidade. Tendo em conta que nem sempre é fácil suscitar o interesse de alunos desta faixa etária, procurei sempre utilizar materiais diversos, interessantes e apelativos, para que os alunos gostassem de aprender Espanhol. Na preparação das atividades letivas, procurei ter em atenção os conhecimentos e aprendizagens anteriores dos alunos, de modo a tornar possível a realização de aprendizagens significativas.

A planificação das atividades foi realizada com rigor pedagógico, didático e científico. Para tal, recorri muitas vezes a diversos suportes, nomeadamente manuais, material didático e às novas tecnologias, tentando utilizar recursos diversos que fosse possível articular com as competências e conteúdos abordados. Procurei ainda adequar as atividades à faixa etária dos alunos, às suas motivações, interesses e às suas dificuldades, tentando colmatar os fatores extralinguísticos que pudessem interferir na aprendizagem.

Na minha prática pedagógica supervisionada, usei frequentemente recursos audiovisuais, porque considero que possuem um potencial motivacional e pedagógico e se adequa a todos os estilos de aprendizagem: os audiovisuais são apelativos, podem-se utilizar recursos atuais com os quais os alunos se identifiquem. Através da visualização e audição, os alunos podem repetir vocábulos ou atividades (gestos, jogos de pares) pela imitação do que aprenderam com a

46 utilização dos audiovisuais, podem discutir ideias, debater opiniões, entre outros. Deste modo, a aula torna-se mais dinâmica e apelativa, com um estilo de aprendizagem mais cinestésico.

De acordo com o proposto por Morán (1995), os vídeos utilizados serviram como sensibilização, introduzindo um novo tema, despertando assim a curiosidade dos alunos e motivando-os à aprendizagem. Estes também serviram como ilustração, visto que ajudaram a que os alunos melhor imaginassem o conteúdo trabalhado na aula, compondo, assim, visualmente um cenário desconhecido. Eles foram também utilizados como conteúdo de ensino, visto que se focaram num aspeto do tema tratado, tendo sido depois orientada a sua interpretação e, além do mais, os alunos puderam aperfeiçoar a sua capacidade de audição por estes serem na língua estrageira, objeto de estudo desta disciplina.

Com estas atividades, julgo que os alunos se sentiram realizados com os objetivos alcançados, porque o tema foi abordado de uma maneira mais moderna, adequada aos tempos em que se vive e criativa, indo ao encontro dos interesses dos alunos. Houve entreajuda e aprendizagem cooperativa e as aptidões cognitivas foram trabalhadas.

Por outro lado, procedi à observação constante e direta do desempenho e interesse dos alunos na realização de tarefas e efetuei sempre com eles a correção oral/escrita dos exercícios trabalhados na aula, esclarecendo sempre as suas dúvidas. Tudo isto ficou registado numa grelha.

Tentei ter um papel ativo e dinâmico dentro da sala de aula e procurei sempre criar uma atmosfera descontraída e relaxada, que implicasse o desenvolvimento do respeito mútuo e um clima favorável ao processo de ensino-aprendizagem.

Creio ter criado empatia com os alunos, docentes e funcionários, o que motiva o trabalho. Posso considerar que este foi um ano de muito trabalho, muito esforço e dedicação. Contudo, penso que aprendi imenso, tendo enriquecido como pessoa e como profissional.

Acresce-me ainda dizer que, de acordo com o testemunhado deixado nas fichas de autoavaliação dos alunos, constatei que a turma, na sua globalidade, apreciou as atividades propostas, e valorizou o trabalho desenvolvido.

Utilizando os meios audiovisuais, pode-se concluir que os alunos aprendem melhor, porque este recurso pedagógico se adequa ao seu estilo de aprendizagem. Se a aprendizagem melhora, a sua autoestima também e, deste modo, os alunos que se tinham desinteressado do processo de aprendizagem podem voltar a interessar-se novamente. Em conclusão, a relação aluno-professor sairá mais reforçada, visto que o aluno terá mais sucesso e estará mais interessado em aprender.

47 Conclusão

No decorrer da Prática de Ensino Supervisionada, pude concluir que, no ensino do Espanhol como língua estrangeira, é importante preparar os alunos para a vida em sociedade no mundo atual.

Na aprendizagem de uma língua estrangeira, dá-se, hoje em dia, mais importância à competência comunicativa do que em qualquer outro momento na história e isso deve-se ao

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