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PRIMEIROS HABITANTES DA CIDADE (1599)

No documento Revista do IHGRN - 2015 (páginas 97-100)

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PRIMEIROS HABITANTES DA CIDADE (1599)

A cidade de Natal enfim estava fundada. Logo, o capitão-mor João Rodrigues Colaço tratou de povoá-la, distribuindo terrenos em seus sítios para ilustres colonizadores. Destas pessoas, nove construíram casas no sítio da cidade. Foram eles:

Padre Gaspar Gonçalves Rocha - Morador da cidade de Natal e detentor de

três lotes de terra. Um, ao norte do Rio Potengi, onde tinha casa, roça e armazém de frutas. Outro, também no Rio Potengi, em que não fez benfeitorias. E um terceiro ao norte do Rio Curimataú, onde tinha casa, pescaria e gado.

Gaspar Rebelo - Morador abastado da cidade de Natal e detentor dois lotes

de terra. Um, ao longo da banda norte do Potengi e no sertão do Jundiaí. Em ambas, tinha casa-grande com senzala de escravos, roça e gado.

Manoel Rodrigues - Morador da cidade de Natal e detentor dois lotes de terras

mal-sucedidas. Uma, ao longo do Rio Jundiaí e, outra, do outro lado do Potengi. Teve que abandonar o investimento na primeira e vender a segunda. Também foi dono de um porto de pescaria no Rio Potengi.

Antônio Gonçalves Minhoto - Morador da cidade de Natal. Recebeu terras na

banda norte do Rio Potengi, onde também construiu uma casa.

Pero da Costa - Morador da cidade de Natal. Recebeu terras ao longo do Rio

Jundiaí, onde também construiu uma casa.

Pero Xará - Morador da cidade de Natal. Recebeu terras ao norte do Rio Potengi, que ficaram abandonadas.

Francisco Fernandes - Morador da cidade de Natal, sem terras. Sitnáo Nunes - Morador da cidade de Natal, sem terras.

Manoel João - Morador da cidade de Natal, sem terras.

Também houve aquelas pessoas que receberam seus terrenos no sítio da cidade de Natal mas decidiram residir em suas terras no interior da capitania. Estes vinham à cidade apenas para o comércio de sua produção e para a missa nos dias santos.

Domingos Álvares - Não construiu casas na cidade. Morou em suas terras ao

longo do Rio Jundiaí, que acabou abandonando anos depois. Também recebeu terras ao norte do Rio Potengi, que ficaram abandonadas.

Gregório Pinhero - Não construiu casas na cidade. Morou em suas terras na

atual praia de Tibau do sul, onde tinha casa e fazia pescaria. Também recebeu terras ao norte do Rio Jundiaí, que ficaram abandonadas.

Manoel Carvalho - Não construiu casas na cidade. Morou em suas terras na

banda norte do Rio Potengi, onde tinha casa e roças.

Assim como houve aqueles que nunca construíram nada na cidade, nem krquer tinham terras nesta época. Talvez nem chegaram a habitar a capitania. Foram eles: Afonso Vaz, Pero Lopes de Castro, João Garcia e Domingos Sirguo.

Auto da Repartição das Terras da Capitania do Rio Grande:

10. A décima data é de Manuel Rodrigues de uns chãos no sítio da cidade para casas em que vive. (...)

12. A duodécim a data, a Francisco Fernandes de chãos na cidade de vin te braças, depois p o r devoluta se deu a José do Porto.

13. A data treze fo i dada a D om ingos A lvares de chãos da cidade depois a Diógenes de L im a p o r devoluta.

14. A d a ta qu a to rze fo i dada pelo capitão-m or João R oiz Colaço em que ora tem casas Sim ão N unes. (...)

19. A d ata dezenove é de G aspar Rebelo, deu-lha João Rodrigues Colaço, são uns chãos em que tem tem casas no sítio da cidade. (...)

2 1 . A data vin te e um de uns chãos no sitio da cidade, deu-lha João Rodrigues Colaço a Pero Lopes de Castro e estão devolutas. (...)

2 7 . A data vin te e sete fo i dada a João G arcia, são uns chãos no sitio da cidade, estão devolutas.

2 8 . A data vin te e oito é do padre vigário G aspar G onçalves Rocha, são uns chãos no sitio da cidade em que fe z a casa em que vive. (...)

3 3 . A data trin ta e três é de M anoel João, são uns chãos no sítio da cidade em que tem casas em que vive, deu-lha João Rodrigues Colaço.

3 4 . A data trin ta e quatro é de Pero X ará de uns chãos da cidade em que fa z casas.

3 5 . A data trin ta e cinco fo i dada a Pero da Costa p o r João R oiz Colaço. São de uns chãos no sítio da cidade em que fe z casas e caíram com o tem po haverá quatro anos. (...)

3 8 . A data trin ta e oito é de uns chãos no sítio da cidade que deu João R oiz Colaço no sítio da cidade a A fonso Vaz em 2 8 de novem bro de 1601. Estão devolutos. (...)

41. A data quarenta e um é de Gregário P inhero de uns chãos no sítio da cidade que lhe deu João Rodrigues Colaço em 15 de fevereiro de 1 6 0 2 para casas as quats não tem fe ito ainda. (...)

45. A data quarenta e cinco deu João Rodrigues Colaço a A n tô n io Gonçalves M inhoto. São uns chãos dados em 12 de ja n eiro de 1 603 no sítio da cidade. Fizeram casas e caíram haverá dois anos e não alevantaram m ais.

46. A data quarenta e seis deu Rodrigues Colaço a M anoel C arvalho em 13 de ja n eiro de 1603. São uns chãos no sítio da cidade que nunca fe z casas.

52. A data cinqüenta e duas são de uns chãos no sítio da cidade que João Rodrigues Colaço deu a D om ingos Sirguo em 3 de ju lh o de 1603. N ão fe z nela cousa algunut- D eram p o r devolutos a M anoel Rodrigues, e estão fe ito casas nela”. — D ocum ento t 2 1 de fevereiro de 1 6 1 4

No documento Revista do IHGRN - 2015 (páginas 97-100)