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PRINCIPAIS NORMAS E COMPROMISSOS POLÍTICOS SOBRE IGUALDADE DE GÉNERO

Aprendizagem Intercultural

PRINCIPAIS NORMAS E COMPROMISSOS POLÍTICOS SOBRE IGUALDADE DE GÉNERO

NORMAS BASE

Constituição Artigo 1º - República Portuguesa Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

Artigo 9º - Tarefas fundamentais do Estado São tarefas fundamentais do Estado:

...

b) Garantir os direitos e liberdades fundamentais e o respeito pelos princípios do Estado de direito democrático;

...

h) Promover a igualdade entre homens e mulheres.

Artigo 13º - Princípio da Igualdade 2 - Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião,

convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica ou condição social.

Artigo 58º - Direito ao trabalho 1.Todos têm direito ao trabalho.

2. Para assegurar o direito ao trabalho, incumbe ao Estado promover:

b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissão ou género de trabalho e condições para que não seja vedado ou limitado, em função do sexo, o acesso a quaisquer cargos, trabalho ou

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categorias profissionais;

Artigo 59º - Direitos dos trabalhadores 1. Todos os trabalhadores, sem distinção de idade, sexo, raça, cidadania, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, têm direito:

b) A organização do trabalho em condições socialmente dignificantes, de forma a facultar a realização pessoal e a permitir a conciliação da actividade profissional com a vida familiar;

Artigo 67º - Família

1. A família, como elemento fundamental da sociedade, tem direito à protecção da sociedade e do Estado e à efectivação de todas as condições que permitam a realização pessoal dos seus membros.

2. Incumbe, designadamente, ao Estado para protecção da família:

c) Cooperar com os pais na educação dos filhos; d) Garantir, no respeito da liberdade individual, o direito ao planeamento familiar, promovendo a informação e o acesso aos métodos e aos meios que o assegurem, e organizar as estruturas jurídicas e técnicas que permitam o exercício de uma maternidade e paternidade conscientes;

e) Regulamentar a procriação assistida, em termos que salvaguardem a dignidade da pessoa humana;

h) Promover, através da concertação das várias políticas sectoriais, a conciliação da actividade profissional com a vida familiar.

Artigo 68º

Paternidade e Maternidade

1. Os pais e as mães têm direito à protecção da sociedade e do Estado na realização da sua insubstituível acção em relação aos filhos, nomeadamente quanto à sua educação, com

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na vida cívica do país.

2. A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes.

Artigo 109º

Participação política dos cidadãos A participação directa e activa de homens e mulheres na vida política constitui condição e instrumento fundamental de consolidação do sistema democrático, devendo a lei promover a igualdade no exercício dos direitos cívicos e políticos e a não discriminação em função do sexo no acesso a cargos políticos.

Código Civil

Artigo 1671º - Igualdade dos cônjuges 1. O casamento baseia-se na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges.

2. A direcção da família pertence a ambos os cônjuges, que devem acordar sobre, a orientação da vida em comum tendo em conta o bem da família e os interesses de um e outro.

Artigo 1677º D

Exercício de profissão ou outra actividade Cada um dos cônjuges pode exercer qualquer profissão ou actividade sem o consentimento do outro

Artigo 1878º

Conteúdo do poder paternal 1. Compete aos pais, no interesse dos filhos,

velar pela segurança e saúde destes, prover ao seu sustento, dirigir a sua educação, representá- los, ainda que nascituros, e administrar os seus bens.

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2. Os filhos devem obediência aos pais; estes, porém, de acordo com a maturidade dos filhos, devem ter em conta a sua opinião nos

assuntos familiares importantes e

reconhecer-lhes autonomia na organização da própria vida

Artigo 1901º

Poder paternal na constância do matrimónio 1. Na constância do matrimónio o exercício do

poder paternal pertence a ambos os pais.

União Europeia Tratado da Comunidade Europeia Adesão da Espanha e de Portugal (1985) Jornal Oficial n° L 302 de 15 de Novembro de 1985 Artigo 2º

A Comunidade tem como missão, através da criação da um mercado comum e de uma união económica e monetária e da aplicação das políticas ou acções comuns a que se referem os artigos 3º e 4º, promover, em toda a Comunidade, o

desenvolvimento harmonioso, equilibrado e sustentável das actividades económicas, um elevado nível de emprego e de protecção social, a

igualdade entre homens e mulheres, um

crescimento sustentável e não inflacionista, um alto grau de competitividade e de convergência dos comportamentos das economias, um elevado nível de protecção e de melhoria da qualidade do

ambiente, o aumento do nível e da qualidade de vida, a coesão económica e social e a solidariedade entre os Estados-Membros. ONU Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres Artigo 1.º

Para os fins da presente Convenção, a expressão «discriminação contra as mulheres» significa qualquer distinção, exclusão ou restrição baseada no sexo que tenha como efeito ou como objectivo comprometer ou destruir o reconhecimento, o gozo ou o exercício pelas mulheres, seja qual for o seu

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Aprovação para ratificação: Lei n.º 23/80, de 26 de Julho, publicada no Diário da

República I Série A, n.º 171/80

estado civil, com base na igualdade dos homens e das mulheres, dos direitos do homem e das liberdades fundamentais nos domínios ,político, económico, social, cultural e civil ou em qualquer outro domínio.

Artigo 2.º

Os Estados Partes condenam a discriminação contra as mulheres sob todas as suas formas, acordam em prosseguir, por todos os meios

apropriados e sem demora, uma política tendente a eliminar a discriminação contra as mulheres e, com este fim, comprometem-se a:

a) Inscrever na sua constituição nacional ou em qualquer outra lei apropriada o princípio da

igualdade dos homens e das mulheres, se o mesmo não tiver já sido feito, e assegurar por via

legislativa ou por outros meios apropriados a aplicação efectiva do mesmo princípio;

b) Adoptar medidas legislativas e outras medidas apropriadas, incluindo a determinação de sanções em caso de necessidade, proibindo toda a

discriminação contra as mulheres;

c) Instaurar uma protecção jurisdicional dos direitos das mulheres em pé de igualdade com os homens e garantir, por intermédio dos tribunais nacionais competentes e outras instituições

públicas, a protecção efectiva das mulheres contra qualquer acto discriminatório;

d) Abster-se ,de qualquer acto ou prática

discriminatórios contra as mulheres e actuar por forma que as autoridades e instituições públicas se conformem com esta obrigação;

e) Tomar todas as medidas apropriadas para eliminar a discriminação praticada contra as

mulheres por uma pessoa, uma organização ou uma empresa qualquer;

f) Tomar todas as medidas apropriadas, incluindo disposições legislativas, para modificar ou revogar qualquer lei, disposição regulamentar, costume ou prática que constitua discriminação contra as mulheres;

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constituam discriminação contra as mulheres. Artigo 3.º

Os Estados Partes tomam em todos os domínios, nomeadamente nos domínios político, social, económico e cultural, todas as medidas

apropriadas, incluindo disposições legislativas, pana assegurar o pleno desenvolvimento e o

progresso das mulheres, com vista a garantir-lhes o exercício e o gozo dos direitos do homem e das liberdades fundamentais, com base na igualdade com os homens.

Artigo 4.º

1 - A adopção pelos Estados Partes de medidas temporárias especiais visando acelerar a instauração de uma igualdade de facto entre os homens e as mulheres não é considerada como um acto de discriminação, tal como definido na presente Convenção, mas não deve por nenhuma forma ter como consequência a manutenção de normas desiguais ou distintas; estas medidas devem ser postas de parte quando os objectivos em matéria de igualdade de oportunidades e de tratamento tiverem sido atingidos.

2 - A adopção pelos Estados Partes de medidas especiais, incluindo as medidas previstas na presente Convenção que visem proteger a maternidade, não é considerada como um acto discriminatório.

ONU

Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e

Políticos

Aprovação para ratificação: Lei n.º 29/78, de 12 de Junho, publicada no Diário da

República, I Série A, n.º 133/78 (rectificada mediante

Artigo 3.º