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Capítulo 3 – O Transporte Hidroviário Interior na Região Amazônica

3.2. Principais Portos e Terminais

Conforme citado no item 2.2. do Capítulo 02 deste estudo, a Região Hidrográfica Amazônica é a maior do País. Sua extensão é de mais de 15.000 km e suas principais cidades estão situadas às margens dos rios. Consequentemente, esta Região concentra o maior número de terminais hidroviários brasileiros: são 31 de acordo com dados do Ministério dos Transportes (2008) e IBGE (2005). Estes estão relacionados na Tabela 06. Podem-se acrescentar ainda os Terminais de Outeiro (PA), Miramar (PA) e Tefé (AM). A Figura 07 apresenta a localização geográfica de 25 portos e terminais hidroviários da Região Amazônica.

Figura 07: Localização dos Portos e Terminais Hidroviários da Região Amazônica

Fonte: Ministério dos Transportes.

Em relação aos terminais privativos de uso misto, existem atualmente 32 terminais. A Figura 08 apresenta a localização geográfica destes terminais, que têm sua caracterização apresentada no Anexo 01.

Figura 08: Localização dos Terminais Privativos Mistos da Região Amazônica

Fonte: Ministério dos Transportes.

No que se refere à administração dos portos, esta era realizada pela Empresa Brasileira de Portos S. A. - PORTOBRÁS, Companhias Docas e concessionários privados e estaduais até início da década de 90 (BNDES, 2006). A partir de 1996, através da Lei nº 9.277, de 10/05/1996, a União foi autorizada a delegar aos municípios e estados a exploração de portos sob a sua responsabilidade ou sob a responsabilidade das empresas por ela direta ou indiretamente controladas. A delegação é formalizada mediante convênio e os municípios e estados podem explorar o porto diretamente ou através de sua concessão (BNDES, 2004).

A Sociedade de Navegação, Portos e Hidrovias do Estado do Amazonas (SNPH) passou a administrar a infra-estrutura portuária do Porto de Manaus (AM) em 1997, recebendo por parte da Marinha do Brasil a responsabilidade pela manutenção, balizamento, sinalização e dragagem do canal de acesso ao porto em 2000. Nesse mesmo ano, foi transferida para o Estado do Amazonas a administração da infra-estrutura dos Terminais de Parintins (AM) e Coari (AM), no rio Solimões. No Estado do Pará, os terminais que estão sob a administração da Companhia Docas do Pará são os Portos de Belém, Santarém, Vila do Conde; os Terminais de Miramar, Barcarena, Itaituba, Altamira, Óbidos, Marabá e Oriximiná, bem como o Porto de Macapá/

Santana, no Estado do Amapá (BNDES, 2004).

Segundo o IPEA (1998), os terminais podem ser distinguidos em três grupos de acordo com as características técnicas e a importância que ocupam na movimentação regional de cargas e passageiros: principais, instalações menores e rudimentares:

Instalações Portuárias Principais

São instalações que atendem a embarcações de médio e grande porte. Três estão localizadas às margens ou nas proximidades do rio Amazonas/Solimões: Macapá/Santana (AP), Santarém (PA) e Manaus (AM); duas na costa marítima: Vila do Conde (PA) e Belém (PA); e uma no rio Madeira: Porto Velho (RO).

Tabela 06: Terminais Hidroviários – Região Amazônica

Fonte: Ministério dos Transportes e IBGE.

Terminal U.F Movimentação de Carga - t/ano

Terminal de Cruzeiro do Sul AC Até 2.000.000 Terminal de Porto Acre AC Até 2.000.000 Terminal de Rio Branco AC Até 2.000.000 Porto de Manaus AM De 11.000.000 a 32.000.000 Terminal de Barcelos AM Até 2.000.000 Terminal de Benjamin Constant AM Até 2.000.000 Terminal de Boca do Acre AM Até 2.000.000 Terminal de Carauari AM Até 2.000.000 Terminal de Coari AM Até 2.000.000 Terminal de Humaitá AM Até 2.000.000 Terminal de Itacotiara AM Até 2.000.000 Terminal de Parintins AM Até 2.000.000 Terminal de Tabatinga AM Até 2.000.000 Porto de Macapá AP Até 2.000.000 Porto de Belém PA De 11.000.000 a 32.000.000 Porto de Santarém PA Até 2.000.000 Porto de Vila do Conde PA De 11.000.000 a 32.000.000 Terminal de Alenquer PA Até 2.000.000 Terminal de Altamira PA Até 2.000.000 Terminal de Barcarena PA Até 2.000.000 Terminal de Belo Monte PA Até 2.000.000 Terminal de Itaituba PA Até 2.000.000 Terminal de Jacareacanga PA Até 2.000.000 Terminal de Jari / Vitória do Jari PA Até 2.000.000 Terminal de Marabá PA Até 2.000.000 Terminal de Óbitos PA Até 2.000.000 Terminal de Trombetas PA Até 2.000.000 Terminal de Tucuruí PA Até 2.000.000 Porto de Porto Velho RO De 2.200.000 a 9.400.000 Terminal de Guajará-Mirim RO Até 2.000.000 Terminal de Caracaraí RR Até 2.000.000

Instalações Portuárias Menores

Foram construídas para atender a crescente movimentação de cargas, as conexões rodo-hidroviárias e apoiar programas sociais: Tabatinga (AM), Coari (AM), Itacoatiara (AM), Parintins (AM), Itaituba (PA), Altamira (PA), Caracaraí (RR), etc.

Instalações Portuárias Rudimentares

São instalações com características rudimentares. Não têm administração específica, movimentam pequena quantidade de carga e possuem como instalação fixa um trapiche ou uma rampa acoplado ou não a um flutuante: Alenquer (PA), Humaitá (AM), Oriximiná (PA), Carauari (AM), Manicoré (AM), Silves (AM), Monte Alegre (PA), Abaetuba (PA), Cametá (PA), etc. Podem ser ainda relacionados diversos atracadouros naturais que operam em condições precárias, atendendo suas localidades de maneira incipiente: Benjamim Constant (AM), São Paulo de Olivença (AM), Santo António do Içá (AM), Fonte Boa (AM), Anori (AM), etc.

As condições precárias dos terminais hidroviários de passageiros na Amazônia são mencionadas pela Agência de Desenvolvimento da Amazônia – ADA (2006), que as consideram pontos críticos do sistema de transportes.

A seguir, é apresentada uma breve caracterização dos terminais hidroviários da Região Amazônica. As descrições são baseadas em informações do Ministério dos Transportes, Companhia Docas do Pará, GEIPOT e IPEA:

Porto de Manaus (AM)

A administração do porto é realizada pela Sociedade de Navegação, Portos e Hidrovias do Estado do Amazonas (SNPH), por delegação ao Estado do Amazonas, estando localizado à margem esquerda do rio Negro, na cidade de Manaus, distando 13 km da confluência com o rio Solimões.

Sua área de influência compreende quase todo o Estado do Amazonas, excetuando-se os municípios das partes altas dos rios Madeira, Purus e Juruá e os estados de Roraima e Rondônia, tendo acessos rodoviário, marítimo e fluvial:

Rodoviário – pelas rodovias AM-010 (Manaus - Itacoatiara), BR-174 e BR-319, ligando o porto aos estados de Roraima e Rondônia.

Marítimo - 1.500 km de via navegável natural, desde a foz do rio Amazonas, onde

o calado é limitado a 10 m, até o rio Negro em Manaus; o trecho, com aproximadamente 15 km, da embocadura do rio Negro até o porto, em suas condições mais restritivas, oferece largura de 500 m e profundidade de 35 m.

Fluvial - pelo rio Negro, afluente da margem esquerda do rio Amazonas.

Em relação às instalações, o porto possui flutuante no Roadway com 05 berços numa extensão de 253 m; flutuante nas Torres com 05 berços, que se desenvolvem por 268 m. Ambos estão ligados ao cais fixo por meio de duas pontes flutuantes de 100 m de comprimento cada uma. Os berços, cujas profundidades variam entre 25 m e 45 m, permitem atracação, nas faces externas dos flutuantes, a navios de longo curso e, nas partes internas, a embarcações fluviais.

O cais fixo denominado Cais do Paredão, com 276 m de comprimento e profundidades

variando de 2 m a 12 m e o cais da Plataforma Malcher, com 300 m e profundidades

de 1 m a 11 m, podem ser utilizados para movimentação de contêineres. A grande variação de profundidades nesses cais decorre do regime das águas do rio Negro.

Para armazenagem, o porto possui 09 armazéns de carga geral, somando 16.232 m2

de área coberta e 02 pátios descobertos na Plataforma Malcher: um com 23.400 m2 e outro de 17.823 m2, este último para contêineres.

No que se refere aos equipamentos, o porto possui 48 empilhadeiras: 02 de 45 t., 02 de 37 t., 01 de 25 t., 01 de 13 t., 02 de 07 t., e 40 de 2,5 a 7 t. de capacidade; 01 guindaste sobre rodas de 50 t.; 01 guindaste sobre rodas de 15 t.; 01 guindaste sobre trilho elétrico de 3,2 t.; 01 cábrea João Pessoa com propulsão própria e capacidade de 100 t.; 02 rebocadores de 1.680 HP.

Terminal de Boca do Acre (AM)

A Companhia de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (2008) desenvolveu o projeto do terminal flutuante, destinado a operar na margem direita do rio Purus, no município de Boca do Acre, onde a principal finalidade é permitir o embarque e

desembarque de carretas com capacidade de carga útil de 28.550 kg (05 eixos) e de 9.900 kg. O sistema é constituído de 02 Pontes metálicas, 02 flutuantes de apoio, 01 bloco de apoio em concreto entre as pontes e 01 rampa de acesso com flap móvel.

Terminal de Carauari (AM)

Terminal de apoio às pesquisas de exploração de petróleo da Petrobrás, situado na margem esquerda do rio Juruá.

Terminal de Coari (AM)

Situado no rio Solimões, possui flutuante de carga geral e terminal de embarque de petróleo para navios petroleiros. O terminal de embarque de óleo e gás natural recebe matéria-prima pelo poliduto de 280 km de extensão, que o liga à base de produção em Urucu. O óleo e o gás são armazenados em tanques e posteriormente bombeados para os navios que transportam os produtos para a refinaria de Manaus. O terminal opera no embarque de navios petroleiros de até 40.000 t. de capacidade.

Terminal de Humaitá (AM)

Situado na margem esquerda do rio Madeira, o terminal serve de apoio a BR-319 e passagem da rodovia Transamazônica.

Terminal de Tabatinga (AM)

É utilizado como ponto de conexão entre a navegação de maior porte que percorre o rio Solimões e os pequenos barcos que necessitam dos inúmeros pontos de carga e descarga, ao longo do rio Solimões e de seus afluentes. O terminal demanda atenção especial em face à existência da Zona Franca de Tabatinga e por ser área de fronteira.

Terminais de Itacoatiara e Parintins (AM)

mais próximos a este, sendo utilizados também como acesso às embarcações de porte que trafegam pelo rio Amazonas.

Em 1996 foi construído em Itacoatiara um terminal de transferência de grãos e silos, destinados à transferência de soja de balsas vindas pelo rio Madeira para navios oceânicos.

Porto de Macapá / Santana (AP)

A administração do porto é realizada pela Companhia Docas do Pará, estando localizado na margem esquerda do rio Amazonas, no canal de Santana, em frente à ilha de mesmo nome, a 18 km da cidade de Macapá, capital do estado do Amapá.

Sua área de influência compreende o estado do Amapá e os municípios paraenses de Afuá e Chaves, situados na foz do rio Amazonas, a noroeste da Ilha de Marajó, tendo acessos rodoviário, marítimo e fluvial:

Rodoviário – pelas rodovias AP-010, ligando as cidades de Macapá e Mazagão; e

pela BR-210 (Perimetral Norte), encontrando a BR-156, próximo a Macapá.

Ferroviário – não existe acesso ferroviário. Entretanto, uma ferrovia da região fica a 2 km do Porto de Macapá: a Estrada de Ferro Amapá (EFA), com 194 km, desde a Serra do Navio até o terminal privativo da Indústria e Comércio de Minérios S.A. (ICOMI), em Santana.

Marítimo – pelo rio Amazonas, tanto pela Barra Norte, situada entre as ilhas Janaucu e Curuá, como pela Barra Sul, delimitada pelas ilhas de Marajó e Mexiana. Para o ingresso no porto é utilizado o canal natural de Santana, braço norte do rio Amazonas, com largura variável entre 500 e 800 m e profundidade mínima de 10 m.

Fluvial – compreende o rio Amazonas e seus afluentes, principalmente o rio Jari.

Em relação às instalações, o porto dispõe de 02 cais para atracação: o cais “A” com 60 m de extensão e profundidade de 10 m, que dotado de 01 berço, recebe embarcações fluviais de pequeno porte; e o cais “B” com comprimento de 200 m e profundidade de 10 m, que com 02 berços, atendem às navegações de longo curso e de cabotagem. Para armazenagem o porto possui 01 armazém para carga geral com

3.570m2, na retaguarda do cais “B”; 01 galpão com 1.500m2; e 01 pátio com 3.000m2 circundando o armazém, que pode servir também de depósito. O pátio entre o galpão e o armazém acresce à área de estocagem 16.500m2.

No que se refere aos equipamentos, o porto possui 01 guindaste Krane-Kar; 01 empilhadeira; 06 carretas; 01 trator; e 01 ship-loader AMCEL para cavaco.

Porto de Belém (PA)

Administrado pela Companhia Docas do Pará – CDP, o porto está localizado na margem direita da Baía de Guajará, que é formada pelos rios Moju, Guamá, Acará e Pará. Na margem esquerda dessa baía se localiza a Ilha das Onças. Sua distância do Oceano Atlântico é de 120 km, aproximadamente.

Sua área de influência abrange a quase todo o estado do Pará, destacando-se a região centro-leste do estado, bem como o extremo norte de Goiás, o sudoeste do Maranhão e o norte de Tocantins, possuindo acessos rodoviário e marítimo:

Rodoviário - pela BR-316.

Marítimo - pela Baía de Marajó, com a barra demarcada pelos faróis da Ilha Tijoca e do Cabo Maguari, apresentando largura de 55 km e profundidade mínima de 10,5 m. Por um trecho navegável natural com aproximadamente 110 km de extensão, largura de 3,2 a 15 km e profundidade 9 m, é alcançada a entrada da Baía de Guajará entre as ilhas da Barra e do Forte, com largura de 350 m e profundidade de 10 m. O canal de acesso se desenvolve por cerca de 4 km, com largura variando entre 90 e 180 m e profundidade mínima de 6 m.

Em relação às instalações, o porto dispõe de cais acostável com 1.295 m de extensão, dividido em 03 trechos: trecho do armazém 4 a 8, onde estão movimentados carga geral, contêineres, etc.; trecho do armazém 9 e 10, onde operam apenas embarcações de navegação interior, movimentando carga geral e passageiros; e trecho dos armazéns 11, 12 e silos, onde são movimentados contêineres e trigo a granel.

No que se refere aos equipamentos, o porto possui 02 empilhadeiras; 16 guindastes elétricos: 12 de 13,2 t., 03 de 06 t., e 01 de 12,5 t. de capacidade; 01 cábrea flutuante

para 200 t.; 01 caminhão Munch; 02 caminhões; 02 sugadores para trigo; 03 balanças: 01 para 60 t., 01 para 30 t. e 01 para 80 t.; 06 veículos utilitários; e 01 trator.

Porto de Santarém (PA)

O porto é administrado pela Companhia Docas do Pará, sendo localizado na margem direita do rio Tapajós, próximo à confluência com o rio Amazonas, no local denominado Ponta da Caieira, na cidade de Santarém, no estado do Pará.

Sua área de influência abrange os municípios do médio Amazonas e dos vales dos rios Trombetas e Tapajós. A BR-163 (Cuiabá-Santarém) estabelece a ligação do porto com o norte do estado de Mato Grosso, possuindo acessos rodoviário e fluvial:

Rodoviário - pela BR-163 (Cuiabá-Santarém) e BR-230 (Transamazônica).

Fluvial - através dos rios Tapajós e Amazonas, permitindo acostagem de navios com calado de 10 m no período de estiagem e de até 16 m no período de cheia do rio. Entretanto, o calado do porto é limitado a 11,50 m pela Barra Norte do rio.

Em relação às instalações, o porto dispõe de cais marginal de 228 m de extensão, contendo 04 berços, com profundidade de 3 m, destinado a embarcações de pequeno porte; cais comercial com 435 m e profundidades variando de 6 a 10 m, dispondo de 06 berços de atracação; 02 armazéns para carga geral, com área total de 3.000 m2; 02 galpões totalizando 900 m2; 01 pátio descoberto de 10.000 m2; 07 tanques para granéis sólidos e líquidos, de uso privativo, somando 3.500 t de capacidade estática de armazenagem; área de retro porto preparada para receber a implantação de projetos para o escoamento da produção de grãos do Centro-Oeste, com 02 armazéns com área total de 3.000 m2, 04 galpões sem fechamento lateral com área de 2.400 m2, pátios pavimentados com 10.000 m2 de área e estação de passageiros.

Encontram-se também modernas instalações para armazenamento de inflamáveis líquidos.

No que se refere aos equipamentos, o porto possui 04 empilhadeiras; 02 guindastes elétricos de pórticos de 6,3 t.; 01 auto-guindaste Krane-Kar de 9 t.; 03 tratores CBT; 01 balança para 60 t.; 10 carretas para 5 t.; 02 veículos utilitários; 01 moto; e 01 Fiat Uno.

Porto de Vila do Conde (PA)

O porto é administrado pela Companhia Docas do Pará, sendo localizado no município de Barcarena (PA), à margem direita do rio Pará, no local denominado Ponta Grossa, na confluência dos rios Amazonas, Tocantins, Guamá e Capim.

Sua área de Influência abrange o município paraense de Barcarena, onde se localizam as indústrias Albrás e Alunorte, razão de ser do porto. Abrange também os municípios de Oriximiná e de Paragominas, tendo acessos rodoviário, marítimo e fluvial:

Rodoviário - a ligação de Belém ao Porto de Vila do Conde pode ser feita pela BR-316 até o município de Marituba, seguindo após pela Alça Viária até o entroncamento com a PA-151 e daí para a Vila do Conde. Todo o trajeto tem 120 km.

Marítimo - a barra compreende a entrada da Baía de Marajó, com largura de 55 km

e profundidade de 10,5 m, no Banco do Espadarte. O canal de acesso é o mesmo do Porto de Belém até a Ilha do Mosqueiro. Possui extensão total de 140 km, larguras de 3,2 a 18 km e profundidade mínima de 9 m.

Rodo-Fluvial - é realizada através da travessia em balsas, serviço 24 horas, até o Terminal do Arapari. Desse local tomando a rodovia PA-151 até o entroncamento com a PA-483, prosseguindo até a PA-481.

Marítimo-Fluvial - pela Baía do Marajó. O canal de navegação inicia em Vila do Conde indo até a foz do rio Pará, com 500 m de largura e 170 km de comprimento. As profundidades variam de 13 a 15 m.

Em relação as instações, o porto dispõe de armazém de carga geral, com 7.500 m2, e pátio descoberto com 13.000 m2, destinado a estocagem de lingotes de alumínio. Dispõe também de cais acostável construído em forma de "T". No travessão estão localizados os berços de atracação, alinhados com a correnteza do rio Pará, ligados ao continente por uma ponte de acesso de 378 m:

Cais de Granéis Sólidos e Carga Geral – o cais possui 292 m de extensão e área

de 13.140 m2, com 02 berços de atracação: 01 externo (101) comprometido e aparelhado com equipamentos para movimento de bauxita (cabotagem); 01 interno (102) para exportação de alumina, importação de coque e piche (longo curso) e carga geral, arrendado Alunorte e utilizados nas plantas industriais do pólo

Aluminífero, Alunorte S/A e Albrás S/A. No berço 102 também se processam as operações de carga geral em fluxos de exportação, tais como lingotes de alumínio em volumes de cargas unitizadas.

Cais de Carga Geral de Uso Público – o cais possui 210 m de extensão e área de

7.942 m2, com 02 berços (BE-201 e BE-202), onde são realizados operações de carga geral.

Cais preferencial para descarga de navios com contêineres, com 252 m de extensão e área de 8.382m2.

Terminal de Graneis Líquido (TGL) – possui 280 m de comprimento, dimensionado

para navios de até 60.000 TPB, sendo utilizado para descarga de navios com soda cáustica e óleo combustível. Possui ponte metálica de 02 pavimentos com 1.309 m de comprimento, que liga o continente ao píer: o primeiro pavimento se destina ao tráfego de carros utilitários e o segundo para posicionamento das tubovias.

No que se refere aos equipamentos, o porto possui 02 descarregadores de navio DN-01/DN-02 de bauxita 2.000 t/h; descarregadores pneumático de coque e piche 500 t/h; 01 carregador de alumina 1.500 t/h; 01 carregador ship loader manganês 500 t/h; 01 guindaste elétrico de 12,5 t.; 02 empilhadeiras de 3,0 e 7,0 t.; 02 moegas; 02 tratores, sendo 01 CBT-1000 e 01 esteira D-4; 01 pá mecânica; 01 caçamba basculante; 02 balanças, sendo 01 para 80 t. e 01 para 120 t.; 05 veículos utilitários; e 02 motos.

Terminal de Altamira (PA)

O terminal é administrado pela Companhia Docas do Pará, sendo localizado na margem esquerda do rio Xingu, que em função da limitação de calado no rio, pode atender apenas embarcações de pequeno porte. Possui acesso fluvial através do rio Xingu e rodoviário pela BR-230 (Transamazônica). Em relação às instalações, o terminal possui 170 m de extensão; 01 galpão de madeira; 01 armazém de 50 x 20 m; e instalações da Petrobrás para armazenamento de diesel, gasolina e querosene.

Terminal de Barcarena / São Francisco (PA)

O terminal é administrado pela Companhia Docas do Pará, sendo localizado na margem esquerda do rio Barcarena. Foi concebido para apoiar as construções do Porto de Vila do Conde e da Albrás e Alunorte.

Possui acesso fluvial através da baía de Guajará e, principalmente, pelo rio Barcarena. Ó acesso rodoviário é possível somente com transposição das vias navegáveis por meio de embarcações.

Em relação às instalações, o terminal foi equipado com charriot, espécie de rampa móvel que se desloca sobre linha férrea, permitindo o desembarque de carretas, inclusive do tipo "centopéia" transportando cargas pesadas em qualquer altura de maré. Possui cais com 100 m de comprimento por 6 m de largura para embarque e desembarque de passageiros, sendo destinado a atender pequenas embarcações; armazém de trânsito com 1.268m2; estação de passageiros com 385 m2; e áreas de circulação e estacionamento.

Terminal de Itaituba (PA)

O terminal é administrado pela Companhia Docas do Pará, localizando-se na margem direita do rio Tapajós, na região de Miritituba, em frente à cidade de Itaituba.

Possui acesso fluvial através do rio Tapajós. O acesso rodoviário é através da BR-230.

Em relação às instalações, possui cais com 192 m de comprimento, atendendo apenas a balsas ou pequenas embarcações; e 01 armazém de 50 x 20 m. Na área do retro porto se encontram as instalações da Petrobrás.

Terminal de Marabá (PA)

Administrado pela Prefeitura Municipal de Marabá, em convênio com a Companhia Docas do Pará, o terminal está situado na margem esquerda do rio Tocantins, na cidade de Marabá. Possui acesso fluvial através dos rios Tocantins e Itacaiunas; e rodoviário pela rodovia PA-70.

Em relação às instalações, o terminal possui cais com 430 m de extensão, com oito patamares e sete rampas, permitindo o acesso de caminhões, conforme o nível das

águas; 02 armazéns com de 480 m2 cada; estação de passageiros; pátio pavimentado

com 3.300 m2; e terminal para combustíveis à montante da Barragem de Tucuruí e tanques para armazenagem.

Terminal de Óbidos (PA)

Administrado pela Companhia Docas do Pará, o terminal está localizado na margem esquerda do rio Amazonas na cidade de Óbidos.

Em relação às instalações, o terminal possui cais constituído de um píer com

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