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8. ANÁLISE DOS RESULTADADOS

8.8. Programa de Eficiência Energética – PEE

O programa desenvolvido pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, para concessionárias e distribuidoras tem suas metas definidas no combate ao desperdício de energia elétrica com foco na eficiência de equipamentos e processos que utilizam energia, demonstrando a relevância e a viabilidade econômica destes programas à sociedade. Para tanto, amplia os benefícios públicos na economia de energia e na redução da produção demandada que o programa possibilita. Trazendo oportunidade de mudanças para o setor elétrico, que incentiva o desenvolvimento de inovações tecnológicas, moldadas na racionalização eficiente de energia.

Os programas de desenvolvidos para o PEE são listados pelo Diretor- Presidente da Celpe Sr. Luiz Antonio Cialini no Relatório de Sustentabilidade 2011 da Celpe:

Projetos de eficiência energética foram realizados na Policlínica Amaury Coutinho, FUNAPE (Fundação de Aposentadorias e Pensões dos Servidores do Estado de Pernambuco), FUSAM (Fundação de Saúde Amauri de Medeiros), Reitoria da Universidade de Pernambuco e no IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Nesses locais, o sistema de iluminação e os condicionadores de ar foram substituídos por equipamentos novos com selo “A” do Procel/Inmetro.

Parte da verba do programa é destinada a comunidades, considerada uma das áreas mais importante pela companhia, é o que explica a Gestora de Comunicação e Sustentabilidade da Celpe:

O projeto onde 60% dos investimentos são voltados para ações para grupos de baixa renda, na tentativa de regularizá-los e ensinar o uso correto e eficiente da energia, cliente que vive na irregularidade (macaco, gato), com isso seu consumo cai e possibilita o pagamento da conta, como é caso das geladeiras que consomem quatro vezes mais kW do que uma geladeira nova, quando ele é beneficiado com a uma geladeira nova a conta dele cai até quatro vezes, assim ele pode pagar a conta. Dessa forma as empresas no Brasil trabalham para que os clientes voltem à adimplência e regularize a sua situação, que acontece em sua maioria pelo mal uso da energia. As ações sempre estão atreladas à educação do uso correto da energia. A empresa entende que é melhor que o cliente consuma pouco e pague, do que venha a consumir mais e não pague. Para ingressar nesses projetos eles têm que estar regularizados, ou seja, antes de receber a geladeira o consumidor é orientado sobre a melhor maneira de usar o eletrodoméstico dentre outra formas de consumo correto de energia.

É importante ressaltar que a lei 12.212 sancionada e publicada em 20 de janeiro de 2010, designa a obrigação das concessionárias e distribuidoras de energia elétrica na aplicação de no mínimo 60%( sessenta por cento) da verba originada para os programas de eficiência energética sejam designados para consumidores cadastrados na Tarifa Social, premissas encontradas no site da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.

As organizações que realizam projetos de eficiência energética garantem benefícios e a viabilidade de recurso como: redução de custos e melhoria de seu posicionamento competitivo. Preterir uma quota dos investimentos referentes à elevação da produção de mais energia possibilita ao Estado e a organização disponibilizarem este recurso para outros setores prioritários, de forma a garantir continuidade da qualidade, do abastecimento seguro, beneficiando assim a sociedade e o meio ambiente. (CNI, 2009)

mencionados pelo Coordenador dos Projetos de Eficiência Energética da Celpe o Engenheiro Eletricista:

São apresentadas à companhia as solicitações ou de prefeitura, ou da comunidade, por meio da associação de moradores, como também dos prédios públicos. As solicitações são submetidas ao comitê gestor, formado pelo presidente da Celpe, superintendentes, gerentes e gestores, envolvendo todas as áreas da Celpe para entrar num censo, devido ao tamanho da verba não acompanhar a demandem de solicitações. Identificamos os setores que demande maior necessidade, seja em comunidades vista pelos agentes Celpe, ou em prédios públicos. Todos os projetos são elaborados com base na solicitação dessas entidades e que se encaixam nos critérios e padrões da Aneel. Após verificar a viabilidade junto à Aneel os projetos são encaminhados para o comitê.

A coleta de dados a respeito de ações, aspectos e resultados de um determinado programa, deve analisar e esclarecer os métodos a serem empregados que sejam suscetíveis à defesa pública, tendo a capacidade de gerar valor, qualidade, aplicação e relevância do programa, de maneira que possa ao mesmo tempo ser mensurado conforme métodos determinados, promovendo sugestões que contribuam para a melhoria do programa. (CHIANCA, 2001, p.16).

8.8.1 Mensurando os resultados da PEE

O desenvolvimento de uma metodologia que possibilitará a medição, análise e avaliação dos resultados dos projetos do Programa de Eficiência Energética. Nesse sentido, é importante avaliar se os métodos vigentes são capazes de identificar possíveis deficiências, a partir de critérios consistentes que avaliem

as informações e os dados dos resultados de seus projetos de eficiência energética.

A Celpe elabora seus critérios para avaliar seus projetos de eficiência energética com base nos indicadores da Aneel, conforme o Coordenador dos Projetos de Eficiência Energética da Celpe:

É realizada uma medição antes e depois, verificando se realmente aquele resultado está sendo alcançado, ou seja, verificamos se realmente acontece a diminuição do consumo. Isso implica a economia de produção de energia, quando acontece a eficiência em algum local, essa energia economizada já passa a ser direcionada para outros novos locais. Esses resultados são divulgados juntos com os projetos no site da empresa e no relatório para a Aneel. Quanto foi gasto em cada projeto e quanto de economia gerou.

Para o especialista do Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE)

Fernando Milanez, após o alcance dos resultados do projeto já implantado, se

faz necessário identificar o que o especialista chama de “grandeza” que constitui o resultado das ações realizadas e mensuradas. Caso não ocorra a mensuração das “grandezas”, tal fato impossibilitará a caracterização dos resultados auferidos, por meio de cálculo inicial. A partir do pré-diagnóstico é possível constatar a eficiência do projeto que viabiliza financeiramente o que foi investido ou não. “A medição é importante porque ela vai exatamente confirmar ou não os valores adotados no pré-diagnóstico para o cálculo inicial, se o projeto é financeiramente eficiente.”

O fato que confirma a positividade nos resultados será o alcance dos objetivos. Segundo os indicadores da Aneel “Os indicadores de energia são aqueles que se referem à redução do consumo como resultado do programa.”

Residencial 2011 2010 2009 Energia economizada (em MWh)/ano 4.910,31 1.309,92 84,42 Redução na demanda de ponta (em MW) 1,77 0,56 0,03 Custo evitado com a energia economizada

704.236,66

194.287,33 12.521,17

Residencial Baixa Renda 2011 2010 2009

Energia economizada (em MWh)/ano 15.123,74 20.305,06 20.637,16 Redução na demanda de ponta (em MW) 3,60 3,82 5,68 Custo evitado com a energia economizada 2.971.866,03 3.099.770,46 3.060.903,57

Poder Público 2011 2010 2009

Energia economizada (em MWh)/ano 649,91 2.988,95 0 Redução na demanda de ponta (em MW) 0,22 0,12 0 Custo evitado com a energia economizada 245.061,87 448.820,73 0 Fonte: Celpe setor de Projeto de Eficiência Energética

A partir da presente tabela é possível identificar a evolução da economia de energia na classe residencial de R$ 1.309,92 em 2010 para R$ 4.910,31 em 2011, com custos evitados a partir da economia de energia foram de R$ 12.521,17 em 2009 para R$ 704.236,66 em 2011. Com esforços maiores e com dados que demonstram declínio no quadro dos consumidores residenciais de baixa renda, tais dados são satisfatórios para a companhia que deseja dar continuidade nos investimentos, no sentido de apresentar um quadro evolutivo para a referida classe, que correspondeu à economia de R$ 15.123, 74 em 2011, de R$ 20.305,06 em 2010 e de R$ 20.637,16 em 2009, e com uma receita de custos evitados que somam R$ 2.971.866,03 em 2011; R$ 3.099.770,46 em 2010 e de R$ 3.060.903,57 em 2009.