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Programa PROGESTÃO e Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública

CAPÍTULO II REFORMA DO ESTADO: AS PROPOSTAS DE MODERNIZAÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA E DA GESTÃO

Meta 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro)

2.3.3 Programa PROGESTÃO e Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública

Para iniciar esta reflexão vamos considerar o contexto político e econômico configurado no país a partir de 1985, quando o então Presidente da República José Sarney (1985-1990) promulgou a Constituição Federal de 1988. Especialmente porque, naquele momento, (no que tange à gestão da escola) foi instituído o primeiro marco normativo que definiu a gestão democrática da escola pública, um pouco antes da posse do Presidente Fernando Afonso Collor de Mello (1990-1992)84. Neste cenário, a gestão democrática da escola

ficou estabelecida por lei (segundo o art. 206 da Constituição Federal de 1988) como um dos princípios constitucionais do ensino público.

No artigo 205, a mesma Constituição declara o pleno desenvolvimento da pessoa como característica da educação e como dever de Estado e direito do cidadão. Seguindo este entendimento tal princípio ficaria incompleto se não fosse planejado e objetivado buscando a efetivação de práticas concretas no espaço da escola. Foi justamente a partir deste contexto que os programas de formação continuada ganharam lugar de destaque nas políticas para a educação brasileira. No âmbito das instituições de ensino os encaminhamentos provindos das políticas educacionais para a gestão da escola desempenharam papel fundamental nos mecanismos criados para formação de gestores, e contribuíram para delinear o perfil deste profissional e o modelo de gestão escolar sugerido para a escola na contemporaneidade.

Um primeiro passo nessa direção (criação de programas de formação de gestores) foi aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação em 1996 – LDB (lei no 9.394\96), que constou em seu texto

sobre a “Organização da Educação Nacional”, mais especificamente no Artigo 15 o seguinte conteúdo: “Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público” (BRASIL, 1996). A LDB confirmando esse princípio no seu Artigo 3o e reconhecendo o princípio federativo, repassou aos sistemas

de ensino a definição das normas da gestão democrática na escola. Esta definição, por sua vez, forneceu as orientações de como deveria ser a gestão das unidades de ensino e contribuiu para a formação de uma nova 84Aspectos já mencionados no capítulo anterior.

“cultura” escolar tendo como pilares as concepções de “autonomia”, “participação” e “gestão democrática”. Anos depois o Plano Nacional de Educação/PNE, aprovado pela Lei no 10.172, de 09.01.2001, destaca,

dentre suas diretrizes, “[...] uma gestão democrática e participativa, especialmente no nível das escolas [...]”. Consoante essa diretriz com o previsto na Constituição de 1988 e na LDB de 1996, o referido Plano reforça a preocupação do governo com os direcionamentos dados para a gestão da escola, e em especial, com o perfil do gestor atuante no âmbito escolar. Isto posto, estabelece normas, critérios e fixa como uma de suas metas para a gestão: “Estabelecer, em todos os estados, com a colaboração dos municípios e das universidades, programas de curta duração de formação de diretores de escolas, exigindo-se, em cinco anos, para o exercício da função, pelo menos essa formação mínima” (PNE, 2001).

Considerando que a fonte maior de nosso ordenamento jurídico colocou a gestão democrática como princípio e se as leis infraconstitucionais a reforçam, não seria lógico que tal exigência, nascida do direito a uma nova cultura política de cidadania, se fizesse ausente nas mediações dos sistemas públicos de ensino e nas políticas criadas para formação dos profissionais que atuam diretamente com a gestão da escola. Tal premissa delineou os encaminhamentos e instigou nos órgãos responsáveis por esta política de formação a necessidade de se pensar a “instrumentalização” e/ou “formação” específica exigida ao profissional que assumisse a gestão de uma escola. Esses encaminhamentos na esfera política e essa nova forma de pensar a gestão da escola sob a perspectiva da gestão democrática vai ter repercussão na “micro-esfera-escolar85”. Que passa a “exigir” da escola

uma nova forma de organização, a exemplo da reformulação do Projeto Político Pedagógico, que como ratificação desta pretensão passa a incluir no texto termos relacionados à gestão democrática, a autonomia e participação.

Especialmente, o uso da expressão “gestão democrática”, passa a aparecer com frequência nos textos compostos nas unidades de ensino e também passa-se a considerar mais concretamente o envolvimento da comunidade escolar e local com as questões relacionadas a gestão da escola, via criação de mecanismos de participação, como: assembleias, reuniões com a comunidade, entre outros). Todas estas ações tiveram (e ainda tem) o propósito de firmar a ideia de uma gestão baseada em 85Termo que criamos para assim identificar/situar a escola neste contexto macro- estrutural do qual esta instituição faz parte, enquanto organização do estado.

princípios democráticos para a escola, em conformidade ao que definido no Artigo 14 como “Princípios e Fins da Educação Nacional”, que assinalam:

Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes (BRASIL, 1996).

A partir desta concepção de gestão escolar inaugurava-se também uma situação dúbia em relação ao futuro da gestão da escola e por consequência do gestor/a. De um lado estava (e está) quem elabora as políticas, os documentos, os programas de governo. E, do outro lado, estava (e está) quem assumiria o compromisso de manter a organização da escola nos aspectos administrativo, financeiro e pedagógico. Assim como para a figura do diretor, os demais componentes da equipe diretiva, ao assumir tais incumbências tinham consciência (como ainda é nos dias de hoje) das complexidades que envolve a gestão de uma escola. Diante da realidade material que a escola apresenta e do que os documentos sugerem, talvez a pergunta naquele momento, seria a mesma para ambas as partes (escola e estado): O que fazer e como fazer para a escola pública colocar em prática gestão democrática?

Para tanto, definiu-se aspectos que colocam a “participação” e a “autonomia” como molas propulsoras no processo de gestão da escola, incluídos como princípios definidos em lei. Porém, algo definido em lei, nem sempre tem garantia de sua viabilidade de concretização na prática. A participação requer algo bem mais amplo86 que uma assembleia com a

comunidade escolar garantida no calendário escolar, por exemplo. Ainda assim, o que foi se delineando ao longo desse tempo em termos de política para a educação, especialmente nas áreas de formação de gestores, é que estes objetivassem alcançar as metas de desempenho escolar, e especialmente que mantivessem a “ordem” organizativa da instituição e que em sua gestão criassem mecanismos que viabilizasse a participação e a autonomia do âmbito escolar.

Desde então, e não por acaso a gestão da escola vem sendo reformulada, pois passou a ser considerada como elemento principal 86Como mencionado no capítulo anterior.

para o alcance da eficácia escolar. E o caminho mais “eficaz” em direção ao projeto almejado, seria “formar” o gestor(a) para lidar com as diversidades que terá pela frente. Assim sendo, o processo de formação do gestor escolar foi encaminhado em âmbito nacional e repercutiu com mais ou menos intensidade em cada região do país, em cada estado. Considerando os dados sobre número de concluintes, antes mencionados, por exemplo, entre outros aspectos. Muitos foram os Programas de governos formulados na área de formação de educadores de escola pública. Mas, para esta reflexão tomaremos para análise o “Programa PROGESTÃO” e por conseguinte o “Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública” (que é parte integrante do PROGESTÃO), porque ambos foram e ainda são ações muito expressivas em âmbito nacional.

O Programa de Capacitação a Distância para Gestores Escolares – PROGESTÃO, segundo publicação na página do Conselho Nacional de Secretários da Educação/CONSED87 “[...] nasceu como

programa pioneiro no Brasil, oferecendo na modalidade de educação à distância a possibilidade de “capacitação de lideranças escolares” (CONSED, 2012). Foi idealizado e desenvolvido pelo CONSED em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação e “[...] tem como objetivo formar lideranças escolares comprometidas com a construção de um projeto de gestão democrática da escola pública, focada no sucesso dos alunos” (SED-SC, 201388). E, o público-alvo

desse Programa é constituído da equipe de gestão escolar, onde inclui-se os “diretores escolares, vice-diretores, supervisores escolares, coordenadores de área, professores líderes, candidatos à função de dirigentes e outras lideranças, conforme critérios definidos em cada unidade da federação” (CONSED, 2012). Este programa de formação contou processualmente com a cooperação da Universidad Nacional de Educación a Distancia – UNED, bem como o apoio das Fundações FORD e Roberto Marinho. “Foi desenhado a partir de uma demanda específica de um grupo de Secretários de Estados da Educação, no final da década de 1990, tendo como meta principal o desenvolvimento de uma gestão democrática focado no sucesso escolar do aluno” (CONSED, 2012) e constitui-se como uma iniciativa do Conselho 87Conselho Nacional de Secretários da Educação. Disponível em: http://www.consed.org.br/index.php/progestao. Acessado em: 01 de setembro de 2014.

88Fonte:http://www.sed.sc.gov.br/secretaria/noticias/4531-secretaria-da- educacao-promove-seminario-do-progestao-on-line

Nacional de Secretários de Educação e visa a formação em gestão administrativa e pedagógica de gestores de escolas públicas.

O curso foi organizado em dez módulos estruturados em unidades didáticas. Para sistematizar os temas de cada módulo foram realizadas pesquisas com dirigentes escolares, com a finalidade de se identificar os principais problemas, entre outras questões pertinentes ao cotidiano da escola como o sucesso e permanência de alunos. Mas, também, foi incluído neste programa informações relativas à avaliação institucional, avaliações externas, gerenciamento financeiro, espaço físico, patrimônio da escola, projeto pedagógico, recursos humanos, entre outros aspectos relevantes à gestão da escola89.

Na linha do tempo, foi no decorrer do ano de 2001 que efetivamente deu-se início ao processo de implementação do PROGESTÃO em Estados da federação por meio de consórcios. Neste momento, ao aderir ao Programa, os Estados tiveram acesso aos direitos de utilização dos materiais didáticos e assumiram a responsabilidade pela reprodução dos módulos. Também ficaram responsáveis pela organização das estruturas locais de coordenação e avaliação, bem 89Metodologia: Os ambientes de aprendizagem compreendem estudo individual com atividades a distância (75%), estudo em equipe e encontros presenciais (25%) nos quais são desenvolvidas atividades de estudo e reflexão, trabalho em equipe e resolução de problemas, contextualizadas às diferentes realidades das escolas. A metodologia do Programa inclui três componentes básicos: 1. Sistema de apoio à aprendizagem - Este sistema funciona (em cada estado/município onde o Progestão está sendo desenvolvido) mediante apoio tutorial, composto de um corpo de tutores, devidamente capacitados. O atendimento pode ser individual ou tutoria coletiva mediante atendimento com equipes de uma escola ou de escolas diferentes para orientações e esclarecimento de dúvidas. Esta tutoria também está presente nas atividades dos encontros presenciais. 2. Materiais instrucionais - Constituem textos didáticos de caráter auto-instrucional e com conteúdos vinculados à prática dos gestores e escolas. A coleção do Progestão é composta por: 1 Guia Didático: 1 Guia do Tutor, 1 Suplemento ao Guia do Tutor, 10 Módulos (10 Cadernos de Estudo e 10 Cadernos de Atividades), 11 Programas de Vídeos (1 de apresentação e um para cada Módulo do Programa). 3. Sistema de avaliação - A avaliação privilegia a aprendizagem relacionada à capacidade de aplicação de conceitos, estratégias e instrumentos à prática profissional como gestor. O processo de avaliação poderá assumir feições diferenciadas nos vários estados e municípios, em função da operacionalização descentralizada do programa, pois cada Estado tem autonomia para desenvolver seu próprio sistema de avaliação. Disponível em: http://www.consed.org.br/index.php/progestao Acessado em: 01 de setembro de 2014.

como, pela composição de um corpo de tutores selecionados entre profissionais com experiência em gestão escolar e formação em nível superior. Estes profissionais receberam formação por multiplicadores capacitados pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação. De acordo com o Relatório de Gestão do CONSED (2001–2002), no ano de 2001, “[...] todos os Estados da federação aderiram ao Programa, exceto Bahia, Minas Gerais e Distrito Federal”. Todavia, de acordo com a mesma fonte, no mesmo ano, somenteSanta Catarina e Pará chegaram, de fato, a implementar o Programa. Neste ínterim, os consórcios entre o CONSED e as Secretarias Estaduais de Educação determinavam às instituições regionais que estas estabelecessem as diretrizes para cada Estado, sistematizadas no Guia de Implementação e desenvolvidas pelas próprias Secretarias Estaduais. Deforma que, ao permitir que cada unidade federativa desenvolvesse suas próprias especificidades de atuação, guiava-se o processo de implementação do Programa por princípios da flexibilidade e da descentralização.

Dentre os Estados participantes, dois foram considerados pioneiros na implementação: Pará e Santa Catarina. No Estado de Santa Catarina a Secretaria Estadual de Educação se articulou com três instituições de educação superior – Universidade do Estado do Pará (UEPA), Universidade da Amazônia (UNAMA) e Centro de Ensino Universitário do Pará (CESUPA) – as quais participam do Protocolo Interinstitucional do Estado do Pará, para ofertar duas modalidades de curso: extensão e pós-graduação lato sensu (especialização). Entre as ações do programa de capacitação a distancia para gestores escolares implementadas especificamente no Estado de Santa Catarina estão diversos encaminhamentos via cursos de formação continuada para equipes gestoras das escolas públicas do estado.

A primeira edição do PROGESTÃO no estado foi no ano de 2001 em parceria com o CONSED a Secretaria Estadual de Educação/SED e a Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC. Manteve-se como objetivo principal “Formar lideranças escolares comprometidas com a construção de um projeto de gestão democrática focada no sucesso do aluno e o público alvo: Educadores efetivos das escolas da rede estadual de ensino”90. Este primeiro movimento pelo

90FAGHERAZZI, Maristela Aparecida. (Assessora Pedagógica). CURSOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA EQUIPES GESTORAS DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA/PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO A DISTANCIA PARA GESTORES ESCOLARES – PROGESTÃO. Secretaria de Estado da Educação – SED. [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <leila.ced.ufsc@gmail.com>. 09 de outubro de 2014.

programa de capacitação a distancia para gestores escolares aconteceu entre os meses de Junho a dezembro de 2001. Foi ofertado na modalidade semipresencial e exigiu carga horária total de 270 horas cursadas. Naquele momento, o número de cursistas inscritos foi de 4.320 educadores efetivos das escolas da rede estadual de ensino. Foram distribuídas cento e vinte e sete (127) turmas em 26 Gerências Regionais de Educação localizadas no estado91. Desta ação resultou o número de

três mil setecentos e vinte e sete (3.727) cursistas concluintes. Uma observação importante é que entre estes concluintes o número de mil novecentos e quatro “1.904 cursistas que concluíram a 1ª edição do curso PROGESTÃO extensão, em 2002, complementaram a carga horária em mais 90 horas e obtiveram o título de Especialistas em Gestão Escolar. Parceria formada entre SED e UDESC”.

Numa segunda edição do PROGESTÃO em Santa Catarina, realizada entre os meses de junho a dezembro de 2002 (parceria entre CONSED e SED) manteve-se o mesmo objetivo da primeira edição do curso, bem como a mesma característica de modalidade e de carga horária total do curso. Mas, desta vez, o publico alvo foi ampliado e além da participação de educadores efetivos das escolas publicas da rede estadual, foi incluído a possibilidade de inscrição de educadores das redes municipais de ensino. Nesta ação o número de cursistas inscritos foi de 5.211 educadores. Sendo 3.193 da rede estadual e 1.491 educadores das redes municipais de ensino92. Esta segunda edição do

91Florianópolis, São José, Brusque, Tubarão, Laguna, Criciúma, Araranguá, Jaraguá do Sul, Blumenau, Rio do Sul, Ituporanga, Ibirama, Mafra, Canoinhas, São Bento do Sul, Joinville, Itajaí, Lages, Caçador, Curitibanos, Joaçaba, Concórdia, São Miguel d’Oeste, Maravilha, Xanxerê e Chapecó. Fonte: FAGHERAZZI, Maristela Aparecida. (Assessora Pedagógica). CURSOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA EQUIPES GESTORAS DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA/PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO A DISTANCIA PARA GESTORES ESCOLARES – PROGESTÃO. Secretaria de Estado da Educação – SED. [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <leila.ced.ufsc@gmail.com>. 09 de outubro de 2014. 92171 turmas foram distribuídas em 26 Gerências Regionais de Educação: Florianópolis, São José, Brusque, Tubarão, Laguna, Criciúma, Araranguá, Jaraguá do Sul, Blumenau, Rio do Sul, Ituporanga, Ibirama, Mafra, Canoinhas, São Bento do Sul, Joinville, Itajaí, Lages, Caçador, Curitibanos, Joaçaba, Concórdia, São Miguel d’Oeste, Maravilha, Xanxerê e Chapecó. Fonte: FAGHERAZZI, Maristela Aparecida. (Assessora Pedagógica). CURSOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA EQUIPES GESTORAS DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA/PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO A DISTANCIA PARA GESTORES ESCOLARES –

programa em Santa Catarina obteve 4.684 concluintes. Por conseguinte entre os anos de 2004 a 2005 a SED juntamente com o CONSED, lançou a terceira edição do PROGESTÃO. Este curso transcorreu entre os meses de setembro de 2004 a maio de 2005. Cerca de 5.192 educadores foram inscritos e manteve nesta edição o mesmo objetivo de “formar lideranças escolares comprometidas com a construção de um projeto de gestão democrática focada no sucesso do aluno”. Manteve também as características do público-alvo concentradas na formação de educadores efetivos das escolas da rede estadual e municipais de ensino. A modalidade seguiu sendo semipresencial como as edições anteriores, com carga horária total de 270 horas93.

Neste ínterim, surgiram os primeiros problemas relacionados à este Programa, a serem enfrentados pelo MEC: no cenário nacional, devido à demanda crescente pelo PROGESTÃO e as dificuldades de recursos encontradas pelos Estados para dar celeridade à sua ampliação. O que levou o CONSED a buscar novas alternativas para expansão do Programa. A solução do problema instalado estaria na forma como estes cursos seriam disponibilizados. Ou seja, como esta possibilidade de formação específica na área de gestão escolar chegaria até educadores brasileiros de escolas públicas?

Diante deste cenário, foi lançado em 2009 pelo CONSED a versão do PROGESTÃO Online constituindo-se como uma extensão via internet do Programa PROGESTÃO. Nessa perspectiva, acreditando na utilização das novas tecnologias como recurso eficiente do processo de aprendizagem, o CONSED firmou parceria primeiramente com o

PROGESTÃO. Secretaria de Estado da Educação – SED. [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <leila.ced.ufsc@gmail.com>. 09 de outubro de 2014. 93Foram 3.986 inscritos da rede estadual e 315 da rede municipal. 159 turmas foram distribuídas em 29 Gerências Regionais de Educação de: São Miguel d’Oeste, Maravilha, São Lourenço do Oeste, Chapecó, Xanxerê, Concórdia, Joaçaba, Campos Novos, Videira, Caçador, Curitibanos, Rio do Sul, Ituporanga, Ibirama, Blumenau, Brusque, Itajaí, São José, Laguna, Tubarão, Criciúma, Araranguá, Joinville, Jaraguá do Sul, Mafra, Canoinhas, Lages, São Joaquim e Palmitos. O número de cursistas concluintes foi de 4.30. Fonte: FAGHERAZZI, Maristela Aparecida. (Assessora Pedagógica). CURSOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA EQUIPES GESTORAS DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA/PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO A DISTANCIA PARA GESTORES ESCOLARES – PROGESTÃO. Secretaria de Estado da Educação – SED. [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <leila.ced.ufsc@gmail.com>. 09 de outubro de 2014.

Instituto Razão Social/IRS”94 para desenvolvimento do curso

PROGESTÃO Online. Com esta parceria ficou sob a responsabilidade do IRS realizar a migração do material impresso para mídia online em plataforma virtual e garantir a expansão do Programa a todo país. A observar que a presença de institutos, como este supracitado, englobam as ações de parcerias entre Estado e empresas fomentadas pelos organismos internacionais. Sendo assim, a versão Online preservou todos os conceitos fundamentais e metodologias de concepção do Programa PROGESTÃO, pois foram desenvolvidos de acordo com o curso original e contou com a contribuição efetiva de um Grupo de Trabalho constituído pela equipe técnica da Secretaria Executiva, Coordenadores e técnicos do PROGESTÃO nos Estados da Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Sergipe, Manaus, Tocantins e Distrito Federal, bem como, pelos especialistas, autores dos módulos. A coordenação ficou sob a responsabilidade do CONSED95. Em 26 de

agosto de 2011 foi publicado no site do CONSED96 a seguinte nota:

Tanto o PROGESTÃO quanto o PROGESTÃO Online foram concebidos com base em cinco pressupostos que balizaram o conteúdo e a metodologia: 1) paradigma da gestão focada no sucesso da aprendizagem dos alunos e na melhoria