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Técnico de farmácia

11. Outros cuidados de saúde prestados na Farmácia

11.4 Programa VALORMED

O profissional de saúde deve sensibilizar toda a comunidade para o destino dos medicamentos que já expiraram a validade, ou foram descontinuados das suas terapêuticas. Desta forma, a FNP dispõe também à comunidade o programa VALORMED, que tem como objetivo a gestão e tratamento de resíduos dos medicamentos, garantindo que estes são corretamente eliminado, seguindo um circuito especial de destruição (39).

Assim, o utente trás à farmácia os medicamentos que já não utiliza, quer por validade expirada quer por descontinuidade de tratamento, sendo toda a medicação colocada em contentores disponibilizados pelo programa VALORMED. Quando o contentor fica cheio é selado e devidamente identificado através do preenchimento de um impresso próprio. Posteriormente é enviado através das distribuidoras e encaminhados para o local de processamento (40).

O programa VALORMED é uma mais valia para toda a comunidade, pois além dos medicamentos seguirem para locais adequados, diminui a possibilidade de erros por parte dos utentes no uso desses medicamentos.

Durante o meu estágio pude constatar que os utentes da FNP estão bastante sensibilizados para a problemática dos resíduos dos medicamentos, tendo o programa VALORMED bastante adesão por parte da comunidade.

12. Conclusão

Com as consecutivas alterações de preços e regras de comparticipação dos medicamentos, a descida do preço dos medicamentos e consequentemente as margens de lucro a diminuírem, os custos fixos a manterem-se, a abertura de espaços de saúde em grandes superfícies comerciais aumentando assim a concorrência, desencadearam várias dificuldades ao exercício da farmácia comunitária. Assim, nos dias que correm o farmacêutico tem que saber distanciar os limites éticos e a atividade comercial inerente a uma farmácia.

O estágio na FNP permitiu-me contactar com a realidade da profissão farmacêutica sob o ponto de vista da farmácia comunitária. Durante os 3 meses que fiz parte da equipa da FNP aprendi questões mais práticas relacionadas com a profissão que, no meu ponto de vista, não estão acessíveis no percurso nosso académico, sendo apenas passiveis de ser alcançadas com o exercício da profissão. Na FNP foram-me transmitidos valores que, nos dias que correm, são de louvar, pois colocam os interesses do utente em primeiro lugar que os interesses financeiros em vista à obtenção de lucro. As funções desempenhadas por um farmacêutico comunitário ultrapassam largamente uma atividade meramente profissional, estando a componente humana sempre a ser posta à prova, uma vez que muitos dos utentes que visitam a farmácia além do aconselhamento dos produtos que estão a adquirir, procuram no farmacêutico uma pessoa que as possa ouvir, com quem podem desabafar sobre os problemas que a vida lhes impõe. Durante o meu estágio na FNP cresci socialmente de forma considerável, prestando muitos vezes aconselhamentos que iam além dos assuntos farmacoterapêuticos.

Toda a minha aprendizagem e crescimento pessoal devo à magnífica equipa da FNP que me recebeu de forma muito carinhosa e me transmitiu tudo o que necessitava para o exercício da profissão farmacêutica.

Durante o meu estágio foi-me permitido também participar em várias ações de formação acerca de produtos dispensados na farmácia, de modo a conseguir realizar um melhor aconselhamento aos utentes. Assim participei numa formação dada pela Isdin®, Frontline Combo®, Voltaren

Plast®, Eucerin, Edol. Fiz ainda formações online na página da ANF – Escola de Pós Graduação em

Saúde e Gestão - acerca de “envelhecimento cutâneo” e “psoríase para farmacêuticos”. Tive ainda a oportunidade de participar nas Jornadas Minhotas de Dermatologia (anexo XVIII).

13. Bibliografia

1. Boas Práticas Farmacêuticas para a farmácia comunitária. Conselho Nacional da Qualidade, Ordem dos Farmacêuticos. 2009.

2. Portaria nº 277/2012 de 12 de setembro. Diário da República, 1ª série. Nº 177 de 12 de setembro de 2012.

3. Deliberação nº 414/CD/2007. INFARMED.

4. Decreto-Lei nº 307/2007, de 31 de Agosto. Legislação Farmacêutica Compilada. INFARMED. 5. Decreto-Lei nº 176/2006, de 30 de Agosto. Estatuto do Medicamento. Legislação Farmacêutica

Compilada. INFARMED.

6. Despacho nº 21 844/2004. Diário da República, 2ª série. Nº 252 de 26 de Outubro de 2004. 7. Lei nº 11/2012, de 8 de março. Diário da República, 1ª série. Nº 49 de 8 de março de 2012. 8. Decreto-Lei nº 112/2011, de 29 de Novembro. Diário da República, 1ª série. Nº 229 de 29 de

Novembro de 2011.

9. Código Deontológico da Ordem dos Farmacêuticos. Ordem dos Farmacêuticos. 2013. 10. Despacho nº 15700/2012. Diário da República, 2ª série. Nº 238 de 10 de dezembro de 2012. 11. Portaria nº 137-A/2012 de 11 de maio. Diário da República, 1ª série. Nº 92 de 11 de maio de

2012.

12. Normas relativas à dispensa de medicamentos e produtos de saúde. INFARMED. 2014. 13. Saiba mais sobre Psicotrópicos e Estupefacientes. INFARMED. Disponível em

http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/PUBLICACOES/TEMATICOS/SAIBA_M AIS_SOBRE/SAIBA_MAIS_ARQUIVO/22_Psicotropicos_Estupefacientes.pdf.

14. Decreto Regulamentar nº 61/94, de 12 de Outubro. Legislação Farmacêutica Compilada. INFARMED.

15. Portaria nº 594/2004, de 2 de Junho. Legislação Farmacêutica Compilada. INFARMED. 16. Deliberação nº 1500/2004, 7 de Dezembro. Legislação Farmacêutica Compilada. INFARMED. 17. Decreto-Lei nº 95/2004, de 22 de Abril. Legislação Farmacêutica Compilada. INFARMED. 18. Portaria nº 769/2004, de 1 de Julho. Legislação Farmacêutica Compilada. INFARMED. 19. Decreto-Lei nº 48-A/2010 de 13 de Maio. Diário da República, 1ª série. Nº 93 de 13 de Maio de

2010.

20. Despacho nº 18694/2010. Diário da República, 2ª série. Nº 242 de 16 de Dezembro de 2010. 21. Manual de Relacionamento das Farmácias com o Centro de Conferência de Faturas do SNS.

ACSS, setembro 2013. Disponível em: https://www.ccf.min-

saude.pt/portal/page/portal/estrutura/documentacaoPublica/Manual_de_Relacionamento_ de_Farm%C3%A1cias_VF_1.14_1.pd.

22. Despacho nº 17690/2007 de 23 de julho. Diário da República, 2ª série. Nº 154 de 10 de Agosto de 2007.

23. Despacho nº 2245/2003, de 16 de Janeiro. Legislação Farmacêutica Compilada. INFARMED. 24. Farmacovigilância. Disponível em

:http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/PERGUNTAS_FREQUENTES/MEDICA MENTOS_USO_HUMANO/MUH_FARMACOVIGILANCIA.

25. Decreto-Lei nº 113/2010 de 21 de Outubro. Diário da República, 1ª série. Nº 205 de 21 de Outubro de 2010.

26. Produtos Cosméticos e de Higiene Corporal. INFARMED. Disponível em: http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/COSMETICOS.

27. Decreto-Lei nº 216/2008, de 11 de novembro. Diário da República, 1ª série. Nº 219 de 11 de novembro de 2008.

28. Decreto-Lei nº 74/2010 de 21 de junho. Diário da República, 1ª série. Nº 118 de 21 de junho de 2010.

29. Despacho nº 25 822/2005. Diário da República, 2ª série. Nº 239 de 15 de dezembro de 2005. 30. Decreto-Lei nº 217/2008 de 11 de novembro. Diário da República, 1ª série. Nº 219 de 11 de

novembro de 2008.

31. Lei nº 45/2003, de 22 de agosto. Diário da República, 1ª série. Nº 193 de 22 de agosto de 2013. 32. Os suplementos alimentares e a saúde. Papel do farmacêutico na utilização de plantas.

Disponível em http://www.fitoterapia.net/portada/portada_editor.php.

33. Decreto-Lei nº 148/2008 de 29 de julho. Diário da República, 1ª série. Nº 145 de 29 de julho de 2008.

34. Decreto-Lei nº 237/2009 de 15 de setembro. Diário da República, 1ª série. Nº 179 de 15 de setembro de 2009.

35. Decreto-Lei nº 145/2009 de 17 de junho. Diário da República, 1ª série. Nº 115 de 17de junho de 2009.

36. Dispositivos médicos na farmácia. Disponível em:

http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/DISPOSITIVOS_MEDICOS/AQUISICAO _E_UTILIZACAO/DISPOSITIVOS_MEDICOS_FARMACIA.

37. Deliberação nº 139/CD/2010. INFARMED. 38. Deliberação nº 145/CD/2010. INFARMED.

39. Valormed, Sociedade Gestora de Resíduos e de Embalagens e Medicamentos. Disponível em: http://www.valormed.pt/pt/conteudos/conteudo/id/5.

40. Valormed, Sociedade Gestora de Resíduos e de Embalagens e Medicamentos. Disponível em: http://www.valormed.pt/pt/conteudos/conteudo/id/18.

Capítulo III – Relatório de Estágio no Centro

Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho –

Vertente Farmácia Hospitalar

1. Introdução

O estágio em Farmácia Hospitalar, integrado no Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, foi realizado nos Serviços Farmacêuticos do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho – E.P.E. (CHVNG/E) com uma duração de 8 semanas.

Os serviços farmacêuticos (SF) alcançam atualmente um papel fundamental no funcionamento de um hospital, tendo como objetivo primordial a garantia da correta medicação para os doentes, tendo em conta aspetos como a segurança, qualidade e eficácia e ainda a individualização apropriada da terapêutica, sendo alcançada em conjunto com os restantes profissionais de saúde. A promoção de ações de investigação científica e de ensino, são também da responsabilidade do Farmacêutico Hospitalar (1,2).

Assim, os SF no CHVNG/E estão representados nos Órgãos de Apoio Técnico como a Comissão de Ética, a Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT), a Comissão de Controlo de Infeção, a Comissão de Nutrição Clínica, a Comissão de Ensaios Clínicos e ainda no Gabinete de Crise. Os SF estão classificados nos Serviços de Apoio à Prestação de Cuidados nomeadamente na Unidade de Apoio Clínico (3).

A direção dos SF tem que ser imperiosamente da responsabilidade de um farmacêutico hospitalar. Faz parte da responsabilidade dos SF inúmeras tarefas relativas ao circuito do medicamento como (1):

- Gestão – a seleção, a aquisição de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, a receção, o aprovisionamento, o armazenamento e distribuição dos medicamentos;

- Produção de medicamentos (como os citotóxicos);

- Análise dos produtos acabados bem como das matérias-primas; - Colaboração na prescrição e preparação da Nutrição Parentérica; - Distribuição de medicamentos e produtos de saúde;

- Colaboração na elaboração de protocolos terapêuticos; - Farmácia Clínica, Farmacocinética, Farmacovigilância;

- Prestação de cuidados farmacêuticos e informação de medicamentos; - Participação nos ensaios clínicos;

- Participação em Comissões Técnicas como exemplo a CFT; - Desenvolvimento de ações de formação.

Relativamente aos recursos humanos, o CHVNG/E incorpora a Diretora de Serviço, 15 farmacêuticos, 16 técnicos de diagnóstico e terapêutica (TDT), 3 assistentes técnicos (AT) e 16 assistentes operacionais (AO).