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CRISOTILA Amianto

6 PROJETOS EM ANDAMENTO E /OU PREVISTOS

Muitas empresas produtoras de diamante, nos estados de Mato Grosso e Minas Gerais, ainda estão com as atividades paralisadas, assim como algumas áreas com permissão de lavra garimpeira. Espera-se que o aumento do preço do diamante, o fim da crise financeira e a retomada do mercado, permitam a reabertura de minas e garimpos legalizados, principalmente nos estados de Minas Gerais e Mato Grosso.

7 OUTROS FATORES RELEVANTES

A arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) em 2009 foi de R$6.881,22, tendo uma queda de cerca de 80% em relação ao ano de 2008. A alíquota aplicada no cálculo da CFEM, no caso do diamante, é de 0,2% do faturamento líquido.

O Sistema de Certificação do Processo de Kimberley visa principalmente impedir a remessa de diamantes brutos extraídos de área que não seja legalizada perante o DNPM e impedir a entrada de diamantes brutos sem o Certificado de Kimberley do país de origem. O DNPM vem adotando medidas para evitar a produção ilegal como: fiscalizações semestrais nas áreas produtoras, criação do Cadastro Nacional do Comércio de Diamantes (CNCD), instituição do Relatório de Transações Comerciais (RTC), dentre outras providências.

DIATOMITA

Sergio Luiz Klein – DNPM/RN, Tel.: (84) 4006-4715, E-mail: sergio.klein@dnpm.gov.br

1 OFERTA MUNDIAL - 2009

A produção mundial de diatomita apresentou uma redução de aproximadamente 15% em relação ao que foi produzido em 2008, atingindo cerca de 1.850 mil toneladas (mt) em 2009. Os Estados Unidos da América (EUA) continuam despontando como o maior produtor e consumidor mundial de diatomita, com uma produção de 575 mt em 2009, embora tenha apresentado uma redução significativa de, aproximadamente, 25% na produção em relação ao ano anterior. Isso corresponde a 31% da produção mundial. A China manteve a produção nos níveis do ano anterior (Tabela 1), aumentando a sua participação de 20% para 24% da produção mundial realizada em 2009. O valor estimado da comercialização de diatomita beneficiada nos EUA sofreu uma redução para US$ 138 milhões (FOB), acompanhando a queda da produção. O maior emprego para a diatomita continuou sendo a filtração (inclusive purificação de cerveja, vinho, licores, óleos, graxas etc.). O uso final da diatomita consumida nos EUA ficou assim distribuído: filtração 48%; aditivo para o cimento 33%; absorventes 9%; carga (fillers) 8%, isolantes 2% e outros (principalmente uso farmacêutico ou biomédico) menos de 1%. Em termos de reservas de diatomita, os recursos existentes são suficientes para suprir o mercado mundial. Os EUA e a China são os maiores detentores das reservas conhecidas de diatomita, cujas reservas lavráveis, somadas, chegam aos 360 milhões de toneladas. No Brasil, em se tratando de reservas lavráveis oficiais, estima- se que as mesmas sejam da ordem de 2,5 milhões de toneladas. As reservas brasileiras estão assim distribuídas: Bahia (45%), nos municípios de Ibicoara, Medeiros Neto, Mucugê e Vitória da Conquista; Rio Grande do Norte (35%), nos municípios de Ceará-Mirim, Extremoz, Macaíba, Maxaranguape, Rio do Fogo, Nísia Floresta e Touros; Ceará (15%), nos municípios de Aquiraz, Aracati, Camocim, Horizonte, Itapipoca e Maranguape; Rio de Janeiro (1,5%), no município de Campos dos Goitacazes; São Paulo (1%), no município de Porto Ferreira.

Tabela 1 Reserva e produção mundial

Discriminação Reservas (1) (103 t) Produção (103 t)

Países 2009 2008 2009 %

Brasil 2.350 12,1 7,5 0,4

Estados Unidos da América 250.000 764(2) 575(2) 31,0

China 110.000 440 440 23,8

Dinamarca N/A 230(2) 225(2) 12,2

Japão N/A 115 110 6,0

México N/A 83 116 6,3

Comunidade dos Estados Independentes N/A 80 80 4,3

França N/A 75 75 4,0

Argentina N/A N/A(3) 40 2,2

Espanha N/A 34 50 2,7

Turquia N/A N/A(3) 30 1,6

Islândia N/A 28 26 1,4

Itália N/A 25 25 1,4

Outros países N/A 292 50 2,7

TOTAL 362.350 2.178 1.850 100,0

Fontes: DNPM/DIPLAM ; USGS-Mineral Commodity Summaries –2011;

(1) Reservas lavráveis, (2) minério processado, (3) computado em “outros países”, (N/A) dados não disponíveis. 2 PRODUÇÃO INTERNA

A produção bruta estimada de diatomita, em 2009, sofreu um decréscimo de, aproximadamente, 38% em relação ao ano anterior (7.534 toneladas (t) em 2009 contra 12.126 t em 2008).

A produção de diatomita beneficiada e comercializada permaneceu praticamente a mesma, com uma leve redução (inferior a 2%) em relação ao ano anterior (Tabela 2). O segmento de agente de filtração continua sendo o maior mercado consumidor (indústrias de bebidas), responsável pelo consumo de quase 45% da produção brasileira. O Estado da Bahia continua participando com a quase totalidade da produção nacional de diatomita, enquanto os demais estados produtores contribuíram com menos de 0,5%.

3 IMPORTAÇÃO

As importações de diatomita (primária e manufaturada) feitas pelo Brasil, incluindo substituto (argilas e terras ativadas), permaneceram em patamares semelhantes ao ano anterior. Em 2009 o aumento das importações, em volume, foi de apenas 2% quando comparado com 2008. Em termos de valor, o incremento chegou a pouco mais de 20%. As importações de bens manufaturados, ao contrário, sofreram redução de mais de 10% em volume (de 22.217 toneladas

DIATOMITA

em 2008 para 19.909 em 2009) e, em termos de valor, houve uma elevação superior a 5% (US$ 11.217 mil em 2007 para US$ 11.843 mil em 2009). A importação de bens primários sofreu novo aumento, chegando a quase 40% (10.074 toneladas em 2008 para 14.083 toneladas em 2009) e superior a 50% em valor (US$ 5.256 mil em 2008 para US$ 7.966 mil em 2009). Os bens primários foram provenientes do México (81%), EUA (7%), Argentina (6%), Áustria (4%), França (1%). As importações de manufaturados, por sua vez, foram provenientes do México (40%), Chile (33%), Argentina (11%), China (7%), EUA (7%).

4 EXPORTAÇÃO

Em 2009, as exportações brasileiras de diatomita (manufaturados) reagiram com uma elevação de quase 5% (2.554 em 2009 contra 2.445 toneladas em 2008) e, em termos de valor, a elevação foi cerca de 10% (US$ 971 mil em 2008 para US$ 1.064 mil em 2009). As exportações de bens primários (farinhas siliciosas fósseis e outras terras siliciosas) permaneceram constantes (150 toneladas em 2009 contra 149 em 2008), porém, em termos de valor, houve um aumento da ordem de 12% (US$ 269 mil em 2009 contra US$ 240 mil em 2008), destinadas para: Paraguai (64%), Argentina (14%), Chile (13%), Bolívia (5%), Peru (4%). Dentre os manufaturados, ocorreram exportações para: Argentina (78%), Paraguai (18%), Bolívia (3%).

5 CONSUMO INTERNO

O consumo aparente de diatomita e de seus derivados continuou crescendo. Em 2009, o aumento em volume foi de aproximadamente 27%, bastante significativo em relação ao ano anterior. A demanda por manufaturados permaneceu em níveis semelhantes ao ano anterior, com uma redução de cerca de 10% nas importações e uma elevação de 4% nas exportações. O Estado de São Paulo continua sendo o maior centro consumidor de diatomita beneficiada do Brasil. As indústrias de tintas, esmaltes e vernizes continuaram como principais consumidores de agente de carga e as indústrias de bebidas como principais consumidores de agente de filtração, seguido pelo setor de graxas e lubrificantes.

Tabela 2 Principais estatísticas - Brasil

Discriminação Unidade 2007(r) 2008(r) 2009(p)

Produção Diatomita Beneficiada (t) 5.555 4.430 4.350

Importação Diatomita(2) (t) 8.562 10.074 14.083

(103 US$-FOB) 3.951 5.256 7.966

Exportação Diatomita(2) (t) 214 149 2.704 150

(103 US$-FOB) 234 240 269

Consumo Aparente (1) Diatomita(2) (t) 13.903 14.355 18.283

Preços Médios Diatomita

(2) /(3)

(US$/t FOB) 461,46 521,74 566,65

Diatomita Beneficiada (US$/t FOB-BA) 778,0 925,0 956,3

Fontes: DNPM/DIPLAM; MF; MDIC;

(1) Produção + Importação – Exportação, (2) farinhas siliciosas fósseis (kieselguhr, tripolita, diatomita) e outras terras siliciosas, (3) preços médios FOB importação, (p) dados preliminares, (r) revisado.

6 PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS