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TERRAS RARAS

6 PROJETOS EM ANDAMENTO OU PREVISTOS

Não existem projetos em desenvolvimento para terras raras, considerando que a China continua suprindo o mercado brasileiro.

7 OUTROS FATORES RELEVANTES

De acordo com o AIMR -2010, do governo australiano, apesar da crise econômica mundial em 2008/2009, prevê- se para o período 2010 - 2015 que a demanda por Elementos de Terras Raras (ETR) continuará alta, variando de 124.000 toneladas/ano (tpa) de TR2O3, e valor estimado entre US$ 1,5 e 2,0 bilhões em 2010, para cerca de 190.000 a 200.000 tpa

em 2015. Os aumentos mais significativos previstos na demanda são atribuídos à expansão da fabricação de carros elétricos e híbridos, seguidos por catalisadores para o refino do petróleo, fabricação e polimento de vidros e componentes eletrônicos multinível.

Nos últimos três anos, a China está restringindo as exportações de terras raras, dando preferência às fábricas que usem a matéria prima no próprio país e exportando produtos, como motores elétricos de alto desempenho.

Discriminação Unidade 2007 (r) 2008 (r) 2009 (p) Produção Monazita (t) 1.173 834 303 Importação Bens Primários (t) 0,0, 0,0 0,0 (103 US$ - FOB 0,0 2 0,0 Compostos Químicos (1) (t) 2.792 2.274 1.306 (103 US$ - FOB 6.327 11.240 6.340 Manufaturados (2) (t) 727 635 327 (103 US$ - FOB 4.265 5.840 2.927 Exportação Compostos Químicos (3) (t) 58 36 21 (103 US$ - FOB 1.082 659 386 Manufaturados (4) (t) 509 421 321 (103 US$ - FOB 1.067 895 735 Consumo Aparente Monazita (t) 1.173 834 303 Compostos Químicos (t) 2.734 2.238 1.285 Manufaturados (t) 218 214 6 Preço Médio(5)

Conc. de Monazita (US$/t) 870 870 870

Conc. de Bastnaesita (US$/t) 6.610 8.820 5.730

TITÂNIO

Antônio A. Amorim Neto – DNPM/PE, Tel.: (81) 4009-5498, E-mail: antonio.amorim@dnpm.gov.br

1 OFERTA MUNDIAL - 2009

A produção mundial de concentrado de titânio em 2009 foi de 5,7 Mt, uma redução de aproximadamente 10% em relação ao total produzido no ano de 2008, consequência da queda na construção civil e na produção de bens duráveis. Mais de 90,7% da produção mundial de titânio é obtida da ilmenita, mineral de titânio de ocorrência mais comum, enquanto o restante da produção vem do rutilo, mineral com maior teor de titânio, porém mais escasso. As reservas de

titânio na forma de ilmenita e rutilo totalizam aproximadamente 690 Mt, sendo que quase dois terços dessas reservas estão concentradas em três países: China (29%), Austrália (22%) e Índia (13,5%). As reservas brasileiras de illmenita e rutilo totalizam 3,8 Mt e representam 0,55% das reservas mundiais. Os maiores produtores mundiais de titânio são: Austrália (26,3%), África do Sul (19,3%), Canadá (10,5%) e China (10,5%). O Brasil é o maior produtor da América Latina, tendo produzido em 2009 aproximadamente 0,74% da produção mundial de titânio.

Tabela 1 Reserva e produção mundial

Discriminação Reservas – 2009

(p) Produção(1) - 2009(p)

Ilmenita Rutilo Ilmenita Rutilo

Países (103 t) (103 t) (103 t) (%) (103 t) (%) Brasil(1) 2.400 1.400 39 0,8 3 0,6 Austrália 130.000 22.000 1.210 23,4 293 55,3 África do Sul 63.000 8.300 1.000 19,3 100 18,9 Canadá 31.000 - 600 11,6 - - China 200.000 - 600 11,6 - - Índia 85.000 7.400 380 7,3 18 3,4 Noruega 37.000 - 370 7,1 - - Ucrânia 5.900 2.500 270 5,2 50 9,4

Estados Unidos da América 6.000 400 200 3,9 2 2

Moçambique 16.000 480 200 3,9 6 1,1 Vietnã 1.600 - 200 3,9 - - Madagascar 40.000 - 60 1,2 - - Serra Leoa - 2.800 - - 60 11,3 Outros países 26.000 400 50 1,0 - - TOTAL 643.900 45.680 5.179 100% 530 100%

Fonte: DNPM/DIPLAM/AMB; USGS - Mineral Commodity Sumaries - 2010

(1) reserva medida - contido – TiO2, (2) a produção da rutilo está inserida dentro da produção de Ilmenita, (p) preliminar. 2 PRODUÇÃO INTERNA

Os principais municípios produtores de titânio no Brasil são Mataraca, PB, Santa Bárbara de Goiás, GO, Floresta, PE, e São Francisco de Itabapoana, RJ. A produção brasileira de titânio concentrado caiu de 98.600 t em 2008 para 41.900 t em 2009, redução de 57,5% por causa dos efeitos da crise econômica deflagrada em 2008. No ano de 2009, três empresas beneficiaram titânio no Brasil: Millenium Inorganic Chemicals Mineração Ltda., Titânio Goiás Mineração Indústria e Comércio Ltda. e Indústrias Nucleares do Brasil S/A, sendo a Millenium Inorganic Chemicals responsável por mais de 75% da produção nacional de titânio beneficiado.

3 IMPORTAÇÃO

O Brasil é um importador líquido de titânio. Enquanto o valor total das importações brasileiras (FOB) de 2009 foi de US$ 314,1 milhões, o valor das exportações totalizou apenas US$ 19,1 milhões, um déficit na balança comercial de US$ 295 milhões. Em 2009, o Brasil importou 159 mil toneladas de produtos de titânio. Em relação ao valor, a maior parte das importações foi de compostos químicos (78,1%), seguidos por manufaturados (15,3%), bens primários (5,8%) e semimanufaturados (0,8%). Os compostos químicos importados pelo Brasil consistem basicamente em pigmentos utilizados na fabricação de tintas. Os maiores fornecedores de compostos químicos de titânio para o Brasil são: Estados Unidos da América (EUA) (44%), México (20%), China (9%), Reino Unido (5%) e Alemanha (5%). A Noruega é o país que mais fornece manufaturados (obras de titânio) e bens primários (minérios em forma bruta), sendo responsável, respectivamente, por 72% e 70% do valor total das importações de titânio nessas categorias.

4 EXPORTAÇÃO

As exportações brasileiras de titânio em 2009 tiveram uma redução de 52% em relação a 2008, totalizando US$ 19,08 milhões. Em 2009, a maior parte do valor total das exportações brasileiras de titânio foi de compostos químicos (71,6%), seguido por manufaturados (18,6%), bens primários (9,2%) e semimanufaturados (0,6%). Os países da América do Sul foram os maiores consumidores de compostos químicos de titânio exportados pelo Brasil: Argentina (49%), Uruguai (7%), Paraguai (5%) e Chile (4%). Nos manufaturados, o país que mais importou foi os EUA (91%), seguido por China (3%), Argentina (2%) e Angola (1%). A demanda mais concentrada dentre as exportações de titânio foi a de bens

TITÂNIO

primários. Em 2009, somente Holanda e França importaram bens primários de titânio do Brasil, sendo a Holanda responsável por 68% do valor das exportações brasileiras de titânio na forma bruta.

5 CONSUMO INTERNO

Em razão dos diversos subprodutos de titânio e dos diferentes teores que compõem esses subprodutos é difícil determinar o valor em toneladas do consumo aparente de titânio. É sabido, no entanto, que no período de 2008 a 2009, a produção nacional caiu de 98.600 t para 41.850 t, as exportações de produtos de titânio caíram de 34.250 t para 23.921 t e o total das importações, que representam a maior parte do consumo nacional, caiu de 378.665 t para 314.107 t. Diante dos dados apresentados, é possível estimar que o consumo aparente de titânio, que vinha crescendo nos últimos anos, tenha tido uma redução entre 20% e 25% no período entre 2008 e 2009. Em relação ao uso, a maior parte das vendas do titânio produzido no Brasil em 2009 foi destinada à fabricação de tintas, esmaltes e vernizes (75,8%) e ferro-ligas (23,5%). O uso em pisos e revestimentos representou 0,7% e, ao contrário dos últimos anos, não foram informadas vendas para uso em siderúrgicas.

Tabela 2 Principais estatísticas – Brasil

Discriminação Unidade 2007(r) 2008(r) 2009(p)

Produção Concentr. Ilmenita / Conc.

Rutilo (t) 55.200/2.820 96.292/2.309 39.117/2.737 Importação Minérios de Titânio e concentrados (t) 3.539 24.397 46.416 (103 US$-FOB) 2.061 8.901 17.285 Ferrotitânio (t) 766 631 930 (103 US$-FOB) 6.140 3.987 2.396 Obras de Titânio (t) 15.389 17.404 305 (103 US$-FOB) 83.948 100.749 48.054

Pigmentos de Titânio – Tipo Rutilo (t) 56.893 82.203 94.508 (103 US$-FOB) 111.697 170.613 200.322 Exportação Ilmenita (t) 9.109 19.281 17.356 (103 US$-FOB) 720 1.998 1.752 Ferrotitânio (t) 4.988 4.002 482 (103 US$-FOB) 9.957 8.821 122 Obras de Titânio (t) 41 24 7 (103 US$-FOB) 6896 3.754 3.543

Outros Pigmentos - Dióxido de Titânio (t) 8.023 10.371 5.396 (103 US$-FOB) 16.523 23.715 12.093 Preços(1) Minérios de Titânio e concentrados (US$/t) 582,37 364,84 372,39 Ferrotitânio (US$/t) 8.015,67 6.318,54 2.576,34

Obras de Titânio (US$/t) 5.455,07 5.788,84 157.554,10

Pigmentos de Titânio – Tipo

Rutilo (US$/t) 1.963,28 2.075,51 2.119,63

Fonte: DNPM/DIPLAM; MDIC.

(1) preço médio: comércio exterior base importação, (p) preliminar, (r) revisado. 6 PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS

Os investimentos realizados nas operações de titânio no Brasil em 2009 ficaram restritos às minas e foram inferiores a R$ 1 milhão. Em relação à oferta mundial, espera-se um expressivo aumento da oferta mundial com o início da produção de ilmenita em Fort Dauphin, Madagascar, calculada em 750 mil toneladas por ano.

7 OUTROS FATORES RELEVANTES

Um estudo da consultoria independente australiana TZ Minerals International mostra que novas técnicas utilizadas nas usinas de dióxido de titânio, em conjunto com a redução do preço de alguns insumos utilizados no processo produtivo, reduziram os custos de produção em aproximadamente 11% no ano de 2009, aumentando sensivelmente as margens de lucro do setor. A pesquisa foi realizada com 60 indústrias em 27 países, cobrindo 91% das operações mundiais.

TUNGSTÊNIO

Telma Monreal Cano – DNPM/Sede, Tel.: (61) 3312-6747, E-mail: telma.cano@dnpm.gov.br

1 OFERTA MUNDIAL - 2009

A oferta mundial de tungstênio depende, entre outros fatores, da oscilação dos preços do metal e de seus substitutos. Contudo, o comportamento do governo chinês tem determinado a dinâmica do mercado deste insumo, porque a China possui mais de 60% deste recurso mineral e é o país que mais importa, produz e consome tungstênio no mundo.

Nos últimos anos, o aumento da demanda mundial por tungstênio levou o governo da China a controlar a produção e a limitar a exportação para assegurar a manutenção de seus recursos naturais. No entanto, a crise financeira internacional inverteu a tendência de alta dos preços do tungstênio, desmotivando a produção na maioria dos países detentores deste bem mineral, como a Rússia, o Canadá e os Estados Unidos da América (EUA).

Diante da redução da produção mundial, o governo chinês alterou sua estratégia de contenção da produção para ajudar os produtores locais e atender a sua própria demanda. Assim, em 2009, a produção total de tungstênio sofreu pequeno incremento, pois apenas a China aumentou sua produção.

No Brasil, o metal é encontrado nos minerais scheelita (CaWO4), localizado no Estado do Rio Grande do Norte, e

wolframita (Fe, Mn)WO4, do Pará e de Rondônia. As reservas lavráveis de scheelita somaram neste ano 13.700 t de W

contido e as reservas de wolframita 2.100 t de W contido. Tabela 1 Reserva e produção mundial

Discriminação Reservas(t) Produção(t)

Países 2009 2008(r) 2009(e) (%)

Brasil 15.800(1) 408 208 0,4

Estados Unidos da América 140.000 nd nd nd

China 1.800.000 43.500 47.000 81,0 Rússia 250.000 3.000 2.400 4,1 Canadá 110.000 2.300 2.000 3,4 Áustria 10.000 1.100 1.000 1,7 Bolívia 53.000 1.100 900 1,6 Portugal 4.200 850 850 1,5 Outros países 400.000 4.100 3.700 6,4 TOTAL 2.783.000 55.900 58.000 100

Fonte: DIPLAM/DNPM; USGS Mineral Commodity Summaries - 2010.

(1) reserva lavrável (metal contido, vide apêndice), (r) revisado, (e) estimado, (nd) não disponível. 2 PRODUÇÃO INTERNA

Em 2009, a produção de tungstênio (concentrados de scheelita e wolframita) somou 365 toneladas métricas (equivalente a 208 t de W contido) e registrou redução de praticamente 50% em relação ao ano anterior, refletindo o comportamento do mercado internacional deste metal. Nesse contexto, a empresa Shamrock Minerals do Brasil, responsável pela Mina Retiro, solicitou a prorrogação do início dos trabalhos de lavra para aguardar uma possível valorização dos preços, que justifique o investimento proposto.

Além disso, as chuvas intensas e frequentes que ocorreram no período na região do Seridó prejudicaram bastante a atividade mineradora, pois o risco de invasão de água nos túneis aumenta a possibilidade de desmoronamento e torna as estradas quase intransitáveis.

Assim, foram produzidas 279 toneladas métricas do concentrado de scheelita (159 t W contido, com teor médio equivalente a 75% WO3) e 86 toneladas métricas do concentrado de wolframita (49 t W contido, com teor médio

equivalente a 67% WO3). A produção de scheelita resultou das minas Barra Verde (10%), Boca de Lage (15%) e Brejuí

(52%), situadas no município de Currais Novos,RN, e operadas pelas empresas: Mineração Barra Verde, Mineração Boca de Lage e Mineração Tomas Salustino, respectivamente. A wolframita foi extraída das minas Igaparé Manteiga e Bom Jardim, pela empresa Metalmig Mineração Indústria e Comércio.

3 IMPORTAÇÃO

O Brasil importou, neste ano, 58 toneladas do minério de tungstênio e seus concentrados da Alemanha (48%), Bolívia (36%) e Quênia (16%). Ou seja, ao contrário dos últimos anos, o país passou a adquirir este item na pauta de importações, aparentemente porque os preços externos estavam mais competitivos que os nacionais em virtude da apreciação do real. Assim, o dispêndio brasileiro com a importação do minério e seus concentrados foi equivalente a US$ 435 mil.

4 EXPORTAÇÃO

Em 2009, o Brasil exportou 196 toneladas do minério de tungstênio e seus concentrados para a Holanda (59%), Bolívia (31%) e China (10%), auferindo faturamento igual a US$ 1,8 milhão, registrando expressiva queda de 62% na

TUNGSTÊNIO

quantidade e de 70% no faturamento em relação ao ano anterior. A combinação de preços em queda, câmbio apreciado e desaquecimento da demanda mundial pode ter influenciado o fraco desempenho das exportações deste bem mineral no período.

5 CONSUMO INTERNO

O mercado nacional consumiu 59% dos concentrados totais (scheelita e wolframita) produzidos este ano. A maior demanda, praticamente 90%, foi pelo concentrado de scheelita, que possui maior teor de WO3.

O setor de ferro ligas utilizou mais de 80% do total demandado pelo mercado nacional e o restante foi utilizado para fundição e metalurgia dos não ferrosos.

Os municípios de Cotia, Suzano e Araçariguama, no Estado de São Paulo, foram responsáveis por quase 100% do consumo doméstico destes concentrados.

Tabela 2 Principais estatísticas - Brasil

Discriminação Unidade 2007 (r) 2008 (r) 2009 (p) Produção Concentrado (t) 959 715 365 W Contido (t) 537 408 208 Importação Concentrado (t) - 0,5 58 (US$ 103 - FOB) - 30 435 Exportação Concentrado (t) 350 297 112 (US$ 103 - FOB) 6.933 5.952 1.803

Consumo Aparente(2) Concentrado (t) 187 112 154

Preço Médio Concentrado(1) Europa - London Metal Bulletin (US$/MTU-CIF) 165,00 164,00 150,00 EUA - Platts Metals Week (US$/MTU-CIF) 189,00 184,00 150,00

Preço – Concentrado(1) Mercado Interno (US$/Kg - FOB) 15,00 24,13 23,09

Preço Médio - FeW Importação (US$/Kg - FOB) 25,88 27,24 21,78

Fonte: DIPLAM/DNPM; MDIC; USGS Mineral Commodity Sumaries - 2010.

(1) quantidade em toneladas de W contido - fator de conversão aproximado para W contido: concentrado produzido x 72% WO3 x 0,793, (2) consumo

aparente: produção + importação – exportação, (r) revisado, (p) preliminar. 6 PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS

Neste ano, o DNPM aprovou 12 requerimentos de pesquisa apresentados em Rondônia, 10 requerimentos no Rio Grande do Norte, 01 requerimento no Pará e outro na Paraíba.

7 OUTROS FATORES RELEVANTES

A Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) propôs levantamento geológico na região central do Estado do Rio Grande do Norte - Empreendimento Lajes - para avaliar a amplitude das reservas potenciais, bem como seu emprego econômico.