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2. PROCESSO DE ELABORAÇÃO E DE TRAMITAÇÃO DE TRATADOS

2.5. HISTÓRICO E PROPOSTAS PARA ALTERAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE

2.5.1. EVOLUÇÃO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS BRASILEIRAS SOBRE

2.5.1.2. PROJETOS DE RESOLUÇÃO

Os Projetos de Resoluções (PRC na Câmara dos Deputados, PRS no Senado Federal) são proposições que regulam matérias pertinentes à competência privativa de cada uma dessas Casas, como no caso de suas regras de funcionamento interno, presentes nos Regimentos; além de fazer propostas de prêmios ou de tomar decisões em casos concretos, como, por exemplo, de cassação de mandato de parlamentar. Com o objetivo de verificar se existe interesse em oferecer tratamento mais minucioso para a matéria de internalização de tratados no âmbito do Poder Legislativo, interesse percebido na análise a respeito de PECs, foi efetuada pesquisa no endereço eletrônico de ambas as Casas do Congresso. A busca foi feita utilizando duas palavras-chave, “internacional”154 e “tratado”; além da expressão

“Direitos Humanos”.

A pesquisa no endereço eletrônico da Câmara dos Deputados, realizada entre os dias 26 e 27.02.2016, teve como resultado 9 (nove) PRCs.155 Foram descartados os projetos de

resoluções que (i) não tinham como objetivo alterar o procedimento de internalização de tratados; (ii) não tinham relação com a ingerência do Parlamento em política externa. Os resultados obtidos e selecionados foram os seguintes:

 Pesquisa por “internacional”: 179 resultados, dos quais 9 foram selecionados, os PRCs 5/2015; 259/2014; 160/2012; 12/2011; 45/2011; 131/2008; 47/2007; 271/2005 e 204/2005.156

154 No endereço eletrônico da CD foi utilizada, mais especificamente, a expressão “internaciona*”, para que o

termo “internacionais” também fosse incluído entre os resultados. No Senado, entretanto, foi feita pesquisa com os dois termos, separadamente, porque não era possível utilizar esse mecanismo na busca.

155 Foram selecionados os PRCs 5/2015; 259/2014; 160/2012; 12/2011; 45/2011; 131/2008; 47/2007; 271/2005 e 204/2005. 156 Descartados os PRCs 117/2016; 116/2016; 108/2015; PRC 107/2015; PRC 92/2015; PRC 84/2015; 75/2015; 62/2015; 59/2015; 55/2015; 54/2015; 52/2015; 39/2015; 34/2015; 21/2015; 19/2015; 10/2015 6/2015; 5/2015; 4/2015; 2/2015; 267/2014; 265/2014; 249/2014; 249/2014; 245/2014; 243/2014; 233/2013; 216/2013; 205/2013; 193/2013; 161/2012; 156/2012; 132/2012; 129/2012; 109/2012; 90/2011; 89/2011; 86/2011; 76/2011; 75/2011; 65/2011; 62/2011; 56/2011; 46/2011; 29/2011; 22/2011; 20/2011; 228/2010; 223/2010; 220/2010; 198/2009; 163/2009; 162/2009; 160/2009; 158/2009; 132/2008; 108/2007; 103/2007; 91/2007; 88/2007; 87/2007; 64/2007; 50/2007; 43/2007; 40/2007; 30/2007; 29/2007; 16/2007; 13/2007; 7/2007; 2/2007; 324/2006; 301/2006; 297/2006; 294/2006; 287/2006; 281/2006; 280/2006; 261/2005; 259/2005; 254/2005; 253/2005; 249/2005; 226/2005; 222/2005; 221/2005; 218/2005; 203/2005; 187/2004; 183/2004; 182/2004; 173/2004; 172/2004; 162/2004; 155/2004; 149/2004; 147/2004; 144/2004; 136/2004; 135/2004; 118/2003; 105/2003; 102/2003; 88/2003; 84/2003; 83/2003; 80/2003; 79/2003; 74/2003; 72/2003;

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 Pesquisa por “tratado”: 18 resultados, dos quais 7 foram selecionados, os PRCs 259/2014; 45/2011; 12/2011; 131/2008; 47/2007; 271/2005 e 204/2005.157

 Pesquisa por “direitos humanos”: 65 resultados, dos quais 5 foram selecionados, os PRCs 259/2014; 12/2011; 131/2008; 271/2005 e 204/2005.158

A pesquisa no endereço eletrônico do Senado Federal, realizada no dia 28.02.2016, teve como resultado três PRSs (PRS 38/2006; 29/1008 e 35/2014). Os resultados obtidos e selecionados foram os seguintes:

 Pesquisa por “tratado”: 2 resultados, dos quais ambos foram selecionados, os PRSs 38/2006 e 35/2014.

 Pesquisa por “internacional”: 281 resultados, dos quais 3 foram selecionados, os PRSs 38/2006; 29/2008 e 35/2014.159 68/2003; 62/2003; 60/2003; 58/2003; 49/2003; 42/2003; 41/2003; 29/2003; 27/2003; 20/2003; 10/2003; 9/2003; 5/2003; 262/2002; 256/2002; 243/2002; 219/2001; 178/2001; 98/2000; 60/2000; 63/2000; 56/1999; 115/1996; 77/1996; 49/1995; 153/1993; 211/1989; 129/1983; 66/1983; 10/1983; 187/1978; 55/1975 CC; 48/1968 CPI; 49/1964 CPI; 18/1963; 13/1963; 69/1960; 57/1960; 17/1959; 132/1957; 463/1953; 421/1953; 414/1953; 405/1953; 372/1953 COMDIP; 213/1952; 198/1952; 184/1952; 180/1952; 174/1952; 156/1952; 154/1952; 57/1951; 52/1951; 53/1951; 30/1951 e 11/1947 CEX. 157 Descartados os PRCs 50/2015; 34/2015; 196/2013; 123/2012; 79/2011; 119/2008; 107/2007; 259/2005; 235/2005; 229/2005 e 156/2004. 158 Descartados os PRCs 34/2015; 4/2015; 253/2014; 239/2014; 234/2013; 216/2013; 205/2013; 152/2012; 146/2012; 144/2012; 109/2012; 67/2011; 65/2011; 62/2011; 61/2011; 20/2011; 219/2010; 200/2009; 198/2009; 163/2009; 155/2009; 152/2009; 122/2008; 18/2007; 13/2007; 307/2006; 301/2006; 280/2006; 187/2004; 162/2004; 136/2004; 133/2004; 118/2003; 92/2003; 68/2003; 65/2003; 57/2003; 50/2003; 34/2003; 33/2003; 14/2003; 10/2003; 3/2003; 264/2003; 244/2002; 208/2001; 118/1997; 115/1996; 86/1996 CDN; 231/1995; 43/1991; 31/1991; 41/1988; 31/1988; 382/1985; 281/1985; 214/1984; 180/1984; 124/1983 e 122/1983. 159 Descartados os PRSs 8/1947; 9/1947; 1/1949; 13/1953; 17/1953; 26/1953; 32/1953; 3/1954; 5/1954; 6/1954; 12/1954; 24/1954; 25/1954; 17/1956; 11/1957; 12/1957; 22/1957; 30/1957; 35/1957; 12/1958; 67/1965; 70/1970; 71/1970 (todas anteriores ao Regimento atual do SF); 46/1971; 195/1972; 14/1975; 23/1978; 16/1979; 25/1989; 29/1989; 30/1989; 78/1989; 90/1989; 111/1989; 13/1990; 33/1990; 101/1990; 51/1991; 104/1991; 17/1992; 56/1992; 57/1992; 98/1992; 102/1992; 104/1992; 110/1992; 1/1993; 23/1993; 40/1993; 44/1993; 57/1993; 59/1993; 93/1993; 94/1993; 108/1993; 121/1993; 27/1994; 31/1994; 38/1994; 39/1994; 41/1994; 44/1994; 51/1994; 54/1994; 58/1994; 81/1994; 82/1994; 83/1994; 108/1994; 12/1995; 35/1995; 76/1995; 83/1995; 93/1995; 128/1995; 136/1995; 137/1995; 11/1996; 13/1996; 62/1996; 69/1996; 75/1996; 82/1996; 83/1996; 138/1996; 45/1997; 52/1997; 53/1997; 67/1997; 77/1997; 87/1997; 88/1997; 89/1997; 131/1997; 149/1997; 25/1998; 26/1999; 32/1999; 33/1999; 82/1999; 100/1999; 111/1999; 114/1999; 115/1999; 118/1999; 129/1999; 133/1999; 2/2000; 3/2000; 4/2000; 10/2000; 56/2000; 61/2000; 63/2000; 83/2000; 87/2000; 88/2000; 14/2001; 18/2001; 20/2001; 26/2001; 34/2001; 39/2001; 46/2001; 54/2001; 58/2001; 62/2001; 64/2001; 66/2001; 72/2001; 19/2002; 21/2002; 23/2002; 24/2002; 28/2002; 36/2002; 45/2002; 49/2002; 50/2002; 61/2002; 68/2002; 71/2002; 6/2003; 22/2003; 28/2003; 29/2003; 32/2003; 36/2003; 40/2003; 54/2003; 55/2003; 56/2003; 12/2004; 27/2004; 33/2004; 35/2004; 40/2004; 42/2004; 44/2004;

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 Pesquisa por “internacionais”: 9 resultados, dos quais 3 foram selecionados, os PRSs 38/2006; 29/2008 e 35/2014.160

 Pesquisa por “direitos humanos”: 15 resultados, dos quais 1 foi selecionado, o PRS 29/2008.161

Nos 9 (nove) PRCs e 3 (três) PRSs analisados, o primordial objetivo é alterar os respectivos Regimentos internos nos seguintes aspectos:

(i) Desmembrar a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional em duas comissões separadas, pois os temas de sua competência seriam demasiadamente abrangentes;162

(ii) Necessidade de regulamentar a previsão constitucional do art. 5º, §3º, CF, que trata da internalização de tratados de Direitos Humanos no ordenamento nacional, seguindo o mesmo trâmite das propostas para emenda à Constituição;163

(iii) Conferir competência conclusiva às Comissões da Câmara e do Senado, no que se refere a diversas matérias, particularmente a apreciação de tratados de Direitos Humanos;164 e

(iv) Estabelecer audiências públicas regulares na CREDN com o Ministro de Estado das Relações Exteriores.165

15/2005; 76/2005; 78/2005; 84/2005; 85/2005; 88/2005; 89/2005; 1/2006; 2/2006; 3/2006; 4/2006; 8/2006; 10/2006; 28/2006; 30/2006; 41/2006; 43/2006; 53/2006; 55/2006; 56/2006; 60/2006; 19/2007; 22/2007; 45/2007; 46/2007; 74/2007; 79/2007; 85/2007; 87/2007; 89/2007; 91/2007; 1/2008; 18/2008; 20/2008; 32/2008; 34/2008; 35/2008; 36/2008; 46/2008; 48/2008; 52/2008; 57/2008; 58/2008; 60/2008; 65/2008; 15/2009; 34/2009; 40/2009; 44/2009; 45/2009; 56/2009; 59/2009; 60/2009; 63/2009; 66/2009; 68/2009; 77/2009; 81/2009; 82/2009; 83/2009; 85/2009; 87/2009; 91/2009; 94/2009; 4/2010; 7/2010; 15/2010; 22/2010; 24/2010; 31/2010; 32/2010; 36/2010; 39/2010; 43/2010; 49/2010; 50/2010; 53/2010; 54/2010; 58/2010; 63/2010; 70/2010; 7/2011; 33/2011; 47/2011; 67/2011; 68/2011; 7/2012; 12/2012; 19/2012; 26/2012; 27/2012; 28/2012; 31/2012; 36/2012; 46/2012; 48/2012; 49/2012; 52/2012; 59/2012; 62/2012; 71/2012; 73/2012; 77/2012; 79/2012; 82/2012; 34/2013; 50/2013; 52/2013; 53/2013; 62/2013; 85/2013; 93/2013; 97/2013; 98/2013; 101/2013; 104/2013; 105/2013; 17/2014; 29/2014; 32/2014 e 42/2014. A quase totalidade das PRSs dizia respeito a autorizações para a contratação de créditos externos, com garantia da União, com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD).

160 Descartados os PRSs 112/1998; 31/2011; 6/2014; 21/2014; 36/2014; 5/2016, cinco dos quais tratavam da

instituição de Grupos Parlamentares com outros países.

161 Descartados os PRSs 41/1979; 20/1995; 54/1998; 28/1999; 81/1999; 5/2003; 20/2003; 82/2005; 59/2007;

62/2008; 16/2011; 20/2011; 82/2012 e 53/2014.

162 PRC 5/2015.

163 PRC 259/2014; 12/2011; 131/2008; 271/2005; 204/2005 e PRS 29/2008. Os autores das PRCs 259/2014 e

12/2011 mencionam a necessidade de reedição da proposta do Deputado Fernando Coruja, PRC 204/2005.

164 PRC 160/2012; 45/2011; 47/2007 e PRS 38/2006. 165 PRS 35/2014.

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Além das propostas dos PRCs e PRSs descritas acima, foram consultadas as justificativas apresentadas para a alteração dos Regimentos. Os PRs analisados têm como objetivo ampliar o poder do Congresso na condução da política externa nacional. Os argumentos mais utilizados nas justificativas são os seguintes:

(i) Ao descrever minuciosamente, nos Regimentos internos das Casas do Congresso Nacional, o procedimento para a tramitação de tratados de Direitos Humanos como Emenda Constitucional; e ao evitar que, em caso de não atingimento de quórum, o tratado seja afastado (e seja, portanto, aprovado no patamar de lei ordinária, em caso de aprovação por maioria simples – e rejeitado, apenas, caso não atinja essa maioria), é possível conceder maior segurança jurídica a esses direitos, que são de tão grande relevância para a vida de todos os brasileiros;

(ii) Ainda no que se refere à regulamentação da EC 45/2004 sobre tratados de Direitos Humanos, a intenção dos parlamentares é reforçar que a internalização como Emenda Constitucional, decisão primordialmente política, deve ser tomada pela Casa, não pode ser decorrência imediata do fato de se tratar de tratado de Direitos Humanos; ou do pedido nesse sentido por membros do Executivo;166

(iii) É preciso aprofundar o debate acerca do conceito de Direitos Humanos, e a harmonização das normas do Parlamento às disposições constitucionais auxilia o maior detalhamento no trato dessas questões, pois Deputados e Senadores, responsáveis pela constitucionalização desses tratados, devem travar discussões sérias e minuciosas a esse respeito;

(iv) É importante abreviar o procedimento de apreciação de tratados na Câmara, considerando que, no Senado, o tema é apreciado, necessariamente, apenas pela Comissão de Relações Exteriores, e não há necessidade regimental de que o seja por outras Comissões. Não é razoável que duas Casas “irmãs” tenham procedimentos discrepantes na apreciação de tratados internacionais, sendo na Câmara a tramitação

166 Será possível perceber discussão acirrada nesse sentido na tramitação da Convenção sobre os Direitos das

Pessoas com Deficiência, único instrumento internacional internalizado como Emenda Constitucional até o depósito desta tese.

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bastante mais difícil. A maior celeridade nesse processo de tramitação é meta urgente para o aprimoramento da instituição parlamentar. A concessão de poder conclusivo não impede a possibilidade de recurso ao Plenário (conforme o art. 58, §2º, I, CF);167

(v) A previsão de que os Deputados, além do Presidente da República, possam fazer requerimento para que determinada MSC seja considerada nos termos do art. 5º, §3º, CF, possibilita maior ingerência na incorporação de tratados de Direitos Humanos, preocupação não apenas brasileira, mas mundial;

(vi) A necessidade de realizar audiências públicas periódicas com o Ministro das Relações Exteriores, para informar o Parlamento a respeito (a) dos tratados em negociação e (b) daqueles negociados, porém não enviados ao Congresso, é justificada com o argumento de que, apesar de a condução da política externa ser de competência do Executivo, este depende de referendo congressual, essencial em um regime democrático. Como o tratado, uma vez incorporado à ordem jurídica nacional, é, no mínimo, equivalente a lei ordinária, ele interfere na vida do cidadão. Por essas razões, é extremamente relevante manter o Congresso informado dos tratados em fase de negociação e daqueles que, terminada essa fase, ainda não foram enviados para a apreciação do Poder Legislativo.

Dos 12 (doze) Projetos de Resolução estudados, seis não foram arquivados.168

Continuam a ser analisadas, portanto, algumas das propostas de Deputados e de Senadores para a modificação dos respectivos Regimentos, com o objetivo de aumentar as atribuições das Casas do Congresso.

É possível perceber, pela exposição acima, que existe preocupação dos parlamentares em participar das decisões concernentes às obrigações do país em relação à comunidade

167 Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na

forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação. (...) § 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:

I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa;

168 Os PRCs 5/2015 (apensado ao PRC 87/2007, e não analisado aqui, que cria a Comissão de Defesa Nacional

e está pronto para Pauta na CCJC); 259/2014 (Apensado ao PRC 12/2011); 45/2011 (apensado ao PRC 47/2007); 12/2011 (aguardando designação de relator na CCJC); 47/2007 (pronto para pauta no Plenário); e o PRS 35/2014, que está com a relatoria desde 10.11.2015 (Informação de 29.02.2016). Os PRCs 131/2008 e 271/2005 foram apensados ao PRC 204/2005. Este, por sua vez, foi arquivado em 31.01.2011. Trata-se da proposta original do deputado Fernando Coruja, mencionada por diversas PRCs posteriores.

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internacional, que podem ser consolidadas, no caso de internalização de tratados, apenas após referendo congressual. Ressalto, porém, que, das propostas analisadas, nenhuma foi concretizada e transformada em alteração no Regimento Interno. Entretanto, a reedição de propostas que (i) almejam uma melhor descrição do procedimento a ser adotado por parlamentares em caso de apreciação de tratados que possam ser classificados nas disposições do art. 5º, §3º, CF; e (ii) demonstram a intenção dos parlamentares em participar das discussões a respeito dos tratados negociados pelo Poder Executivo, atesta que inexiste apatia desse Poder em relação à condução da política externa nacional.

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