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PRONON e PRONAS/PCD

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Capítulo 3 – Causas, patrocínio e leis de incentivo

3.9. PRONON e PRONAS/PCD

Regulamentado pelo Ministério da Saúde, o Programa nacional de apoio à atenção oncológica (PRONON) e o Programa nacional de apoio à atenção da saúde da pes- 1. A lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004 (acessível pelo endereço http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2004-2006/2004/Lei/L10.973.htm), compreende Instituição Científica e Tecnológica (ICT) como “órgão ou entidade da administração pública que tenha por missão institucional, dentre outras, executar atividades de pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico.”

soa com deficiência (PRONAS/PCD) fazem parte da lei nº 12.7151 e foram instituídos

em setembro de 2012 no governo da Presidente Dilma Roussef, sendo Alexandre Rocha Santos Padilha o Ministro da Saúde.

De acordo o site do Ministério da Saúde (O QUE..., 2014), o PRONON e PRO- NAS/PCD incentivam ações e serviços desenvolvidos por entidades, associações e fundações privadas sem fins lucrativos, nas áreas da oncologia e da pessoa com deficiência, sendo que pessoas físicas e jurídicas que contribuem com projetos dessa natureza podem beneficiar-se de deduções fiscais no Imposto de Renda.

De acordo com os artigos 2º a 4º do Decreto nº 7.988, que regulamenta a lei nº 12.715, o PRONON destina-se à captação e canalização de recursos para a preven- ção e o combate ao câncer: ele abrange a promoção da informação, a pesquisa, o rastreamento, o diagnóstico, o tratamento, os cuidados paliativos e a reabilitação de neoplasias malignas e afecções correlatas.

Estão de acordo com esse programa a prestação de serviços médico-assistenciais, a formação, o treinamento e o aperfeiçoamento de recursos humanos (tanto nível téc- nico quanto superior), bem como a realização de pesquisas clínicas, epidemiológicas e experimentais relacionadas ao câncer. Os proponentes autorizados a apresentarem projetos no PRONON para captarem recursos de pessoas físicas ou jurídicas devem ser instituições de prevenção e combate ao câncer (pessoas jurídicas de direito pri- vado, associativas ou fundacionais, sem fins lucrativos), que são certificadas como entidades beneficentes de assistência social, qualificadas como organizações sociais ou qualificadas como organizações da sociedade civil de interesse público.

Já os artigos 5º a 7º do Decreto nº 7.988 explicam que o PRONAS/PCD destina-se à captação e canalização de recursos que estimulem e desenvolvam a prevenção e a reabilitação de pessoas com deficiência, abrangendo a promoção, a prevenção, o diagnóstico precoce, o tratamento, a reabilitação, a indicação e a adaptação de órte- ses, das próteses e dos meios auxiliares de locomoção em todo o ciclo de vida.

Os proponentes autorizados a apresentarem projetos no PRONAS/PCD devem ser pessoas jurídicas, de direito privado, sem fins lucrativos e que se destinam ao tratamento de deficiências físicas, motoras, auditivas, visuais, mentais, intelectuais, múltiplas ou de autismo. Elas devem obedecer a um dos seguintes requisitos: serem certificadas como entidades beneficentes de assistência social (de acordo com a lei nº 12.101/2009), serem qualificadas como organizações sociais (de acordo com a lei nº 9.637/1998), serem qualificadas como organizações da sociedade civil ou de inte- resse público (de acordo com a lei nº 9.790/1999) ou estarem cadastradas no Sistema Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES) do Ministério da Saúde. 1. A lei nº 12.715 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/Lei/L12715.htm) foi depois regulamentada pelo decreto nº 7.988, de 17 de abril de 2013 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ ato2011-2014/2013/Decreto/D7988.htm).

Pessoas físicas que optam pela declaração completa do Imposto de Renda ou pessoas jurídicas tributadas com base em lucro real podem aplicar até 1% dos seus Impostos de Renda devidos em doações ou patrocínios para projetos do PRONON ou PRONAS/PCD, que já estão autorizados pelo Ministério da Saúde.

De acordo com o artigo 4º desta lei, são consideradas ações de doação a trans- ferência de quantias em dinheiro para o projeto, a transferência de bens móveis ou imóveis, o comodato ou cessão de uso de bens imóveis ou equipamentos, a realiza- ção de despesas em conservação, manutenção ou reparos nos bens móveis, imóveis e equipamentos ou o fornecimento de material de consumo, hospitalar ou clínico, de medicamentos ou de produtos de alimentação. Já ações de patrocínio se referem à prestação de incentivos com finalidades promocionais.

Com base em informações da agência Nexo (PRONON..., 2015), o Programa Na- cional de Apoio à Atenção Oncológica registrou em seu primeiro ano de instituição (isto é, no ano de 2013) 47 entidades proponentes, que apresentaram 66 projetos para incentivo fiscal. Já no ano de 2014, foram 62 entidades proponentes com 146 projetos apresentados. O valor aprovado em 2013 foi de cerca de 117 milhões de reais, enquanto em 2014 este valor subiu para cerca de 242 milhões, um aumento de 107%. Dos projetos apresentados, 64% classificaram-se como assistência oncológi- ca, 21% como pesquisa e 15% como formação.

Ainda de acordo com a agência Nexo (PRONAS..., 2015), o Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência registrou, em 2013, 30 propo- nentes que apresentaram 75 projetos; no ano de 2014, foram 42 proponentes com 122 projetos apresentados. O valor aprovado no ano de 2013 foi de cerca de 19 mi- lhões de reais, enquanto que, em 2014, este valor subiu para cerca de 91 milhões de reais, um aumento de 362%. Dos projetos apresentados, 64% classificaram-se como assistência, 19% como pesquisa e 15% como formação.

Segundo Costa (2014), o valor do incentivo fiscal em 2013 (primeiro ano da lei) para o PRONON e o PRONAS/PCD foi de R$ 600 milhões. No ano de 2014, este valor elevou-se para R$ 1,3 bilhões.

Para 2015, a projeção de gastos tributários com o PRONON é de aproximada- mente cento e setenta e cinco milhões de reais (valor exato: R$ 175.067.528), o que representa 0,07% do orçamento de gastos tributários do Governo Federal para o mes- mo ano; já o valor projetado para o PRONAS/PCD é de aproximadamente centro e setenta e três milhões de reais (valor declarado: R$ 173.553.885), o que representa 0,07% dos gastos tributários estipulados para o respectivo ano (SECRETARIA DE ORÇAMENTO FEDERAL, 2015, p.5).

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