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5. PROPOSIÇÕES DE APERFEIÇOAMENTO DO PROGRAMA

5.1 PROPOSIÇÕES DOS EX-BOLSISTAS

Quadro 12 - Proposições de aperfeiçoamento (estudante) Propostas por categorias temáticas

A) Cobertura do Programa

Universalizar para todos os estudantes oriundos de escolas públicas.

Estimular e fomentar a integração de todos os alunos oriundos de escola pública às atividades acadêmicas (“que ensejam uma participação efetiva e prática na academia, de modo que, estes, não estejam à revelia do interesse da Universidade ou sejam excluídos do Programa BIA por não terem alcançado a nota – no vestibular – considerada satisfatória”).

Ampliar o programa para mais estudantes.

Ampliar a oferta de vagas aos alunos (“ no meu caso fui informado de que a reitoria dispunha de uma bolsa para mim e isso foi importante para me incentivar na escolha de minha profissão (Engenharia Química) e desde o início da faculdade ter contato com a pesquisa acadêmica na minha área”).

B) Valor da Bolsa

Aumentar o valor da bolsa (“é muito baixo e insuficiente diante dos gastos com a vida acadêmica”).

Aumentar o valor da bolsa (“e sua renovação mediante os resultados”).

C) Tempo de permanência do estudante no Programa

Possibilitar a renovação, caso orientador e orientando se interessem.

Ampliar o tempo de permanência do bolsista no Programa (“Um ano é relativamente pouco, pois quando o aluno realmente entende e realiza as atividades de forma correta eficiente, o tempo da bolsa BIA já tá perto do fim”)

Ampliar a duração do programa pelo menos para dois anos. Prolongar o período da bolsa.

Oferecer a oportunidade de o aluno participar do programa BIA em um período mais avançado do curso.

D) Visibilidade do Programa

Dar maior divulgação do programa para os alunos ingressantes na universidade.

Divulgar a existência do Programa nas EP para incentivar os estudantes a se dedicarem nos vestibulares Articular, ampliar e qualificar a comunicação com os (as) orientadores e coordenadores (as) dos projetos, programas e atividades.

Aperfeiçoar a comunicação enquanto formas de divulgação das informações em geral. Dar maior divulgação do projeto no âmbito acadêmico.

Conscientizar os professores da importância do programa ( “e que a bolsa tem para os alunos para que eles estejam dispostos a ser orientadores”).

E) Recepção e acolhimento

Solicitar a presença de todos os professores orientadores na reunião inaugural.

Realizar um "treinamento" com os bolsistas para informações sobre o funcionamento do programa.

F) Sistemática de acompanhamento

Promover encontros mensais para avaliação e diálogo sobre o trabalho desenvolvido. Promover encontros periódicos dos bolsistas para troca de experiência.

Acompanhar melhor o andamento do projeto.

Promover reuniões frequentes para troca de conhecimentos entre os envolvidos.

Promover mais encontros com os demais bolsistas do BIA para compartilhamento das experiências.

G) Integração Acadêmica

Integrar o aluno numa área mais próxima possível do seu interesse (“realização de atividades acadêmicas e não administrativas”).

Realizar reuniões de estudo.

Promover a abertura de oportunidades de participação em todas as áreas do conhecimento.

Promover uma programação e supervisão mais direcionada ao aluno carente (“ não somente o auxílio financeiro”).

H) Promoção e participação em eventos acadêmicos

Promover mais eventos e encontros para apresentação de trabalhos (“apenas para alunos BIA, possibilitando a troca de experiências e informações”).

Promover evento específico para o Programa (“ter um tipo de Jornada do BIA”) Oferecer condições dos estudantes participarem de congressos.

Promover mais encontros para divulgar os resultados obtidos nas pesquisas.

I) Premiação e Incentivos

Premiar os melhores estudantes (“... e no final da bolsa um "bônus" para os melhores avaliados”).

Premiar anualmente o melhor estudante e orientador (“'bolsista exemplar' e/ou para o orientador exemplar”). Criar mecanismos institucionais de valorização da tutoria docente (“Maior estímulo aos docentes por parte da universidade e dos órgãos fomentadores das bolsas, através da atribuição de maior peso a atividade de extensão na progressão ou pontuação do currículo dos professores”).

Apoiar os projetos de interesse dos estudantes (“Maior estímulo aos projetos pessoais dos alunos, mesmo que inseridos em projetos de pesquisas de seus professores”).

J) Assistência Estudantil

Proporcionar orientações e/ou encaminhamento dos egressos do BIA para outra(s) bolsa(s) estudantis. Propor a concessão de auxílio pedagógico aos bolsistas BIA.

K) Integração com a comunidade

Promover uma maior aproximação dos estudantes à comunidade, através de projetos de extensão, (“estas experiências lhes possibilitam uma maior identificação com o seu meio e o anseio de empreenderem ações transformadoras”).

Fonte: elaborado pela autora, a partir dos questionários respondidos no google.doc, 2012.

A análise dos eixos conceituais agrupados no quadro de sugestões, a partir do olhar do estudante, chama-nos a atenção para aspectos de ordem político-institucional, que envolvem mudanças de concepção política e programática, mas também sinaliza para pontos que podem ser objeto de alinhamento na gestão operacional do Programa, no âmbito da UFPE.

As sugestões são recorrentes desde o inicio do Programa, quanto à ampliação do acesso a um maior número de estudantes, chegando alguns a propor sua universalização a todos àqueles oriundos de escolas públicas, independentemente de sua classificação no

vestibular. O aumento do tempo de permanência no programa e no valor da bolsa de incentivo também vem sendo objeto de repetidas sugestões ao longo dos anos.

Dar uma maior visibilidade ao Programa, por meio de sua divulgação tanto no ambiente interno da UFPE, para docentes e unidades acadêmicas, quanto para as escolas públicas, como estratégia de incentivar estudantes do ensino médio a se empenharem a optar pelo estudo universitário, foi uma das sugestões apontadas.

Sugestões foram apontadas quanto à dinâmica do desenvolvimento do Programa em si, a partir da recepção e acolhimento ao estudante bolsista, seu engajamento aos projetos, a sistemática de acompanhamento, tanto pelo orientador quanto pela equipe de gestão, com a promoção de eventos de troca de experiência e integração e a possibilidade de participação em eventos acadêmicos.

A criação de uma política de incentivos e premiação aos estudantes e aos orientadores como estímulo a sua participação no Programa apresentou-se como uma inovação no conjunto das sugestões. Isso, a nosso ver reflete uma preocupação e um interesse do estudante não só consigo mesmo, mas com a valorização do papel do orientador, que além de não dispor de recursos de fomento aos projetos, pouco contabiliza no seu esforço acadêmico a tutoria do bolsista BIA.

A conjugação, aos participantes do BIA, de benefícios e recursos disponibilizados pela política de assistência estudantil foi objeto de sugestão; o que comprova o esforço do estudante em buscar apoios complementares à sua permanência e sucesso na trajetória acadêmica.

No rol das sugestões elencou-se a preocupação do estudante com a sua comunidade de origem, como uma estratégia de retribuir e contribuir com a transformação do seu meio social, por meio de valorização e de fomento a projetos, de iniciativa e/ou interesse próprio.