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Proposta de intervenção de rede da área de estudo

6. Análise Introdutiva

6.1. Proposta de intervenção de rede da área de estudo

Em termos gerais, as principais alterações assentam em duas premissas, algumas linhas manter-se-ão sem qualquer alteração, outras serão eliminadas e outras sofrerão ajustes pontuais.

A caracterização da oferta e da procura foi essencial para o processo de tomada de decisão da proposta que será apresentada, ficando demonstrado nas diversas análises efetuadas, que durante um ano existe um conjunto de linhas de baixa procura e que apresentam em praticamente toda a sua extensão sobreposição com outras linhas. Graficamente na caracterização do serviço, é efetuada a análise da procura por linha nas diferentes coroas. Na Figura 60 estão representadas todas as atuais linhas que prestam serviço na área de estudo, juntamente com a procura nas paragens, sendo possível constatar que a procura, tal como já se tinha constatado anteriormente, na coroa 3 é muito baixa em comparação com a coroa 1 e 2. Por outro lado, é possível destacar um eixo circular que abrange algumas freguesias da coroa 1, Lomar, Arcos e Nogueira da coroa 2 e Esporões e Figueiredo da coroa 3, que apresenta o maior volume de procura de toda a área de estudo, e que em termos gerais é servida pelas linhas 18 e 58. Não obstante, é ainda possível destacar três ou quatro locais da coroa 3 de procura

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significativa, como sejam Esporões, Figueiredo, Lamas, Escudeiros e com menor expressão mas com níveis de procura satisfatórios Tebosa e Oliveira (São Pedro).

Figura 60 – Passageiros anuais por paragem na área de estudo

Deste modo, as linhas 18 e 58 não deverão sofrer quaisquer alterações, dado as suas características e o volume considerável de passageiros, que as torna indispensáveis para o serviço de Transporte público na área como um todo. Estas linhas efectuam um percurso circular entre o centro da cidade de Braga e o início da coroa 3. Por outro lado, é determinante que estas linhas se mantenham devido ao elevado número de passageiros que transportam, na

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coroa 2, na zona de Nogueira, sendo de notar que esta é uma zona industrial e, por esse motivo, o serviço das linhas ganha realce devido aos movimentos paralelos de passageiros. Nesta temática deve referir-se, de igual modo, a linha 60, que se deverá mater sem qualquer alteração, dado ser uma linha radial, e apresentar um troço que não é abrangido por nenhuma das linhas que servem esta área. A linha 60 realça-se pois ser um dos locias de maior procura da coroa 3 de Figueiredo/Lomar, sem que haja possibilidade de apresentar uma alternativa simples para esse serviço.

Importa realçar que a procura nas linhas tem diferentes níveis de exigência de serviço, i. e., maior procura influencia maior oferta, logo maior frequência e consequentemente maior número de veículos a operar nas linhas. Mais uma vez é possível destacar os eixos onde circulam as linhas 18 e 58, para além da importância dada pelos TUB ao eixo radial centro, Tebosa e Guisande. Na Figura 61 apresenta-se o mapa com o número de veículos por hora em cada um dos troços, i. e., a frequência do serviço por eixo, onde se pode verificar, assim, a importância relativa dos diferentes eixos da área de estudo.

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Figura 61 – Mapa de frequências na nova rede proposta

Deste modo, no contexto da reestruturação da rede e possível supressão de determinados pontos de paragem encontram-se oito das dez linhas em serviço. Importa realçar que a linha 14 não foi contemplada no caso de estudo, porque não presta serviço na área de estudo mas entrou na configuração final da rede proposta para articular com a linha 35 que liga Tebosa e Guisande ao centro.

As linhas 20 e 59 efetuam o mesmo percurso, propôe-se alterações entre as zonas de Lomar, Arcos, Esporões. A zona de Lomar já se encontra servida pelas linhas 18 e 58, e não apresenta

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qualquer necessidade da linha servir o mesmo troço. É proposta uma alteração ao seu traçado incial, reajustando o seu percuso mais para Oeste, que abrange um serviço para além da freguesia de Lomar, nas freguesias de Arcos e Esporões, voltando à sua rota normal na freguesia de Figueiredo, conforme se pode ver na Figura 63. Deste modo, reduz o número de quilómetros percorridos, assim como, custos com combustível e recursos ambientais.

A linha 35 sofrerá algumas alterações, visto que é a linha que serve a área mais a Este do caso de estudo. Esta linha não intersecta, nem se sobrepões às restantes linhas que se deslocam até ao centro, com excepção da linha 34 na freguesia de Guisande. A primeira proposta de alteração diz respeito ao troço em "anel" que efectua na freguesia de Tebosa que será eliminado, uma vez que este pode ser servido pela linha 14. Esta linha, apesar de não integrar o caso de estudo, merece especial realce neste contexto visto a sua interferência ser relevante. A linha 14 efetua percurso até à freguesia de Priscos, assim, a mesma terá de ser alargada até à freguesia de Tebosa de forma a servir os passageiros desta zona. Em relação ao que era apresentado na linha 35, a diferença é o desvio realizado para Sudoeste na zona de Celeirós voltando a sobrepôr-se à linha 35 na freguesia de Tebosa efetuando o "anel" final nesta mesma freguesia. Em segundo lugar, propoem-se o alargamento da linha 35 até à freguesia de Penso (São Vicente), troço pretencente à linha 34, evitando que os passageiros desta freguesia se sintam lesados pela supressão deste troço, conforme se pode observar na Figura 63.

Por último, faz-se menção às linhas que se propõe suprimir na totalidade, onde se incluem as linhas 34, 38, 39 e 70. A supressão total destas linhas prende-se com o facto de apresentarem um serviço que se sobrepõe às linhas supramencionadas, além de não exibirem um volume de passageiros significativo que justifique o seu funcionamento. O troço de Nogueira, pertencente à linha 38, funcionará com o serviço de Transporte a Pedido, tal como o troço de Lamas/Trandeiras que pertence às linhas 39 e 70, como se indica na Figura 62.

Na Figura 62 apresenta-se a rede TUB para a área de estudo, com a identificação de alguns pontos que foram alvo de análise na proposta de reestruturação, nomeadamente a introdução do serviço de Transporte a Pedido, mantendo a rota fixa de algumas linhas e a eliminação de alguns troços de algumas linhas.

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Figura 62 – Rede em funcionamento

Na Figura 63 apresenta-se o resultado final das principais alterações propostas para a reestruturação da rede dos TUB na área de estudo.

Serviço DRT

Eliminação e integração na linha 14

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Figura 63 – Proposta de nova rede (linhas em estudo)

Por último, na Figura 64 apresenta-se o mapa com a versão final da proposta de reestruturação da rede TUB com a respetiva indicação das linhas e paragens do serviço convencional de transporte coletivo de passageiros.

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