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CAPÍTULO I – APRESENTAÇÃO

6. CAPÍTULO VI PROGRAD/UFES: DAS PERCEPÇÕES ÀS AÇÕES

6.2. OS OBJETIVOS PROPOSTOS

6.2.7. Propostas sugeridas nesse trabalho

Considerando nossas observações, muito do que poderíamos sugerir foi sendo sinalizado ao longo das discussões. Mas nos parece pertinente sugerirmos que atenção seja dada ao Relatório 11.02.03.99.22 (Mapa de Oferta por curso) que mostra todas as rejeições por falta de vagas nas etapas de matrícula ,ou seja, se o aluno não consegue matrícula na primeira etapa ele pode conseguir nas próximas mas as rejeições ficam registradas. O aperfeiçoamento do referido Relatório poderia fornecer aos docentes um quadro mais fidedigno do número de rejeições de matrícula por falta de vagas em disciplinas oferecidas.

Planejamento para oferta de Curso Intensivo de Férias nos meses de Janeiro e Fevereiro de disciplinas com alto índice de retenção, ou para aquelas que só são ofertadas anualmente. Essas ofertas poderiam ocorrer regularmente contribuindo para a integralização do curso pelos estudantes.

O incentivo a novas pesquisas sobre o fenômeno da retenção discente no âmbito da universidade, visando um mapeamento mais abrangente acerca do panorama da retenção na UFES. Mesmo com as pesquisas que já estão disponíveis, ou em andamento, incentivos à pesquisa podem mobilizar um número maior de ações em outras instâncias da universidade.

A necessidade de a universidade integrar ações conjuntas no âmbito da graduação em todas suas instâncias e que essas ações sejam assumidas por cada gestão em função de promover o sucesso do estudante e da instituição.

Mas o que pensamos ser primordial entre as sugestões é efetivamente dar voz ao que dizem nossos discentes, que apontaram como entraves para a integralização do curso fatores de ordem pedagógica como grade curricular, formação dos professores, oferta de disciplina, gestão do centro, entre outros fatores. Narraram também questões que ultrapassam o lado acadêmico da retenção que decorrem da motivação para estudar, da distância da família, do trabalho necessário, do relacionamento com “o” professor, da saúde de ordem física e financeira. Mas ainda assim eles persistem, e cada um, a seu modo espera da Universidade,

“Melhorar estrutura no geral, RU, Atendimento, Biblioteca, melhorar as aulas práticas, pois é pouco e não tem ônibus”.

“Mais atenção nos calouros, no começo do curso (disciplinas iniciais): Cálculo, álgebra”.

“[...] Mostrar o curso como é no início. O ideal seria mostrar o que é cada curso, melhorar as salas, condições de melhorias do Centro”.

“Acompanhamento maior do aluno, afirma que a UFES deixa tudo muito solto,. Que as pessoas reprovam,reprovam e não tem plano de estudo no tempo certo”.

“Melhorar a distribuição de disciplinas e horário, o aluno desperiodizado tem dificuldade de montar sua grade devido ao conflito de horários”.

“Ter melhor estrutura prática , para mostrar melhor como é o curso afirma que os alunos ficam muito presos a salas de aula”.

“Precisa melhorar a parte prática do curso, ter aulas de campo, tentar flexibilizar o horário das disciplinas”.

“Tentar aproximar mais o aluno. Despertar interesse, inovar e deixar a forma clássica de ensino para trás”.

“Melhorar a base de quem está entrando. Tentar alertar melhor os calouros. Palestras que ajudem o aluno a se encontrar”.

“Horários mais flexíveis, maior numero de professores, algumas matérias são ofertadas apenas uma vez por ano”.

“Acompanhamento psicológico e estrutura física da universidade”.

“É necessário uma melhora nos laboratórios, inclusive o fornecimento de materiais para aulas práticas no mesmo.

“Melhorar o plano da grade, algumas matérias ofertadas no primeiro período são muito complicadas para quem está chegando agora, principalmente se não teve uma base muito boa. Além de normalmente a matéria travar outros períodos”

“Melhor preparo dos professores, levar em conta a avaliação docente, reavaliar as didáticas dos professores e métodos de avaliação deles”.

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“Colocar uma matemática básica antes de iniciar os cálculos”

“Melhoria da comunicação entre os professores e também relação professor-aluno”. “Diálogo franco,aberto e compreensivo, o aluno que reprova muita das vezes pelo professor é considerado aluno problema, professor quer atrapalhar o aluno. Uma melhor orientação estudantil, dos professores junto com coordenador, psicólogo e pedagogo, ter uma equipe pedagógica para essa orientação. Tirar a sobrecarga do coordenador”.

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“Um canal mais aberto para comunicação, um suporte online. Gostaria de ser mais instruído, que houvesse mais acompanhamento com o estudante”.

“Melhoria da comunicação entre os professores e também relação professor-aluno”. “Maior suporte aos calouros, conscientização dos alunos da importância de frequentar os eventos institucionais além da importância de levar o curso a sério ainda mais no começo, pois se atrasa no começo ele desmotiva futuramente por causa do numero de matérias que trava e atrasam devido aquelas reprovações”. “Matérias obrigatórias anuais que travam outras matérias, algumas vezes desnecessárias, e acaba ocorrendo um efeito bola de neve. Se você reprova em uma matéria e só pode pegar ela no outro ano você acaba atrasando uns dois períodos e tendo que se desdobrar bastante para recuperar”.

“Conseguir mais bolsas de monitoria pra manter os estudantes, para que os estudantes de fora consigam se manter na universidade”.

“Quebra de pré-requisito, ou corretismo. A, a pessoa poder fazer as duas matérias a que reprovou e a seguinte ao mesmo tempo”.

“Revisão da grade. São sete matérias por período, fica muito puxado. Poderia ser mais tempo de curso e menos matérias por período”.

“Avaliação mais rigorosa dos docentes, há muito professor despreparado dando aula”.

“Aumento no numero de projetos e iniciação cientifica; aumento no numero de professores, a maioria é substituto e possui pouca oferta de disciplinas”.

Foram muitas as narrativas que reproduzimos ao longo desse trabalho. Os estudantes denunciaram, mas ao mesmo tempo anunciaram novas possibilidades, se reconhecem como retidos, percebem a instituição como um todo e nesse trabalho, tiveram a oportunidade de se reportar quanto ao problema da retenção e também de sugerir caminhos que, entendemos, por não conduzem apenas à questão de minimizar a retenção, mas à promoção do sucesso da universidade como um todo. Esperamos que nossa preocupação em entendermos mais sobre a retenção não tenha minimizado as percepções aqui registradas.