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Andressa Dias Botomé Edison Ribeiro Junior Ellen Rodrigues Soares e Silva Laura Ferreira Guterres Leury Guedes Marinho Patrick dos Santos Cardoso

7.1 Escola Luciana de Abreu

O objetivo de expandir a compreensão leitora dos alunos foi prioridade do projeto, porém o hábito da leitura é irregular nos cotidianos deles. Embora a realidade do ensino regular e o da educação de jovens e adultos seja diferenciada o hábito da leitura é quase o mesmo, os estudantes não têm consciência de que leem, pois não consideram que receitas, notícias de jornais e textos de entretenimento na internet são leitura. Mesmo tendo algum contato com leitura nota-se que a compreensão no que é lido não é boa.

No ensino regular o projeto foi aceito bem. Na educação de jovens e adultos, incialmente houve estranhamento e curiosidade. Primeiramente, porque os alunos tinham medo de reprovação e não entendiam o real objetivo da aprendizagem. Segundo, porque os estudantes achavam que o projeto se resumiria em uso de internet. Terceiro, e não menos desafiador, porque alguns haviam tido pouco ou nenhum contato com o uso da computação. Mesmo com a aceitação boa do ensino regular os dois primeiros módulos do bloco um foram “levados na brincadeira” como se as atividades tivessem simplesmente a função de um jogo e não um material didático.

No geral todos os alunos se habituaram e compreenderam as atividades facilmente. Na turma 73 houve cooperativismo, todos se ajudaram bastante, na turma 74 inicialmente os alunos não tinham paciência de se ajudarem e preferiam pedir as respostas para os colegas. Com o tempo sentiram prazer com o desafio do projeto. Na turma 80, no início, os alunos tinham resistência em solicitar ajuda inclusive com a monitora, mas aos poucos foram ficando mais interessados em pedir ajuda.

Na totalidade 6 da educação de jovens e adultos as trocas eram constantes. Em geral os alunos gostavam de ler os textos e trocar informações. Nessa turma existia um cuidado especial, pois havia pessoas de mais idade, muito interessadas no projeto, mas com dificuldades na máquina. Havia ajuda mutua para manusear o laptop e inclusive foi necessário escolher um aluno para ajudar a professora.

Na totalidade 6A os alunos eram bem independentes. Nessa turma havia um diferencial: um aluno com deficiência visual. Os alunos pouco o ajudavam e ele contava mais com o apoio da professora e a aprendizagem era oral e auditiva.

Nas turmas de sétima série foram trabalhados os gêneros textuais texto instrucional e poema. Os alunos tiveram dificuldade inicial de entender o que era texto instrucional pela falta de familiaridade com o gênero. Aos poucos perceberam no cotidiano. A prática escrita de textos instrucionais ajudou neste processo. O gênero Poema foi de melhor aceitação por estar mais ligado com as vivências dos alunos. Talvez essa grande familiaridade com os poemas tenha relação com o feminismo predominante nesta série.

Na oitava série foram trabalhadas o Gênero Curiosidade Científica e fábula. Na oitava série do ensino regular a curiosidade cientifica era um gênero distante dos alunos e, portanto, foi mais difícil a sua compreensão. A fabula foi melhor compreendida por já estar mais próxima dos alunos. Nas oitavas series da educação de jovens e adultos, em contra partida, o Gênero de Curiosidade Cientifica despertou mais o interesse dos alunos. Eles tiveram mais dificuldades em algumas atividades do gênero Fábula.

Nosso projeto contou com a bolsista Andressa Dias Botomé. A aluna da oitava série do ensino regular foi atenciosa e dedicada em ajudar os alunos. Esteve presente sempre que pode e sua ajuda era bem aceita até por parte dos alunos mais resistentes. A sua participação no projeto foi importante e fundamental, pois, por ter a mesma facha etária da maioria dos estudantes, conseguia se comunicar e compreender seus anseios.

Nota-se que os alunos tinham mais facilidade em executar as tarefas no computador, pois nos pós-testes ficavam nervosos sem a ajuda da professora. A turma 73 sentiu mais dificuldades no módulo de Associação por Contiguidade do primeiro bloco. As turmas 74, 80, T6 e T6A sentiram mais dificuldades em

Repetição (talvez por ser o primeiro módulo) e mais facilidade em Sinonímia por que relatam ter mais intimidade com a matéria.

Relativo à prática pedagógica usada pela professora Evelize Domingues nota-se que no início os alunos tiveram dificuldades de adaptação com uso integral dos computadores.

As turmas do ensino regular se sentiam mais dispostos trabalhando com autonomia. Nas turmas de educação de jovens e adultos era importante trabalhar em conjunto e as trocas eram mais bem aceitas. Nota-se também que essa prática pedagógica por envolver muitas trocas auxiliou na boa convivência e no aumento das amizades dos alunos, inclusive com a professora.

A aprendizagem obtida em todos os aspectos. Nota-se que os alunos reconhecem os gêneros trabalhados, ampliaram o leque de linguagens, acharam muito produtivo trabalhar o uso de sinônimos, compreendem melhor os textos e muitos adquiriram o hábito da leitura por terem se identificado com o projeto. Não há dúvidas de que esse método é de grande valia na aprendizagem dos adolescentes, jovens e adultos.

7.2 Escola Presidente Getúlio Dorneles Vargas

Meu nome é Patrick dos Santos Cardoso, tenho 14 anos e estudo na Escola Presidente Getúlio Dorneles Vargas, no 8ª ano, turma 32. Primeiramente queria agradecer a toda a equipe da PUCRS por terem proporcionado esse curso, e ao professor Leandro, pois ele foi quem me escolheu para ser bolsista (monitor do curso). Quando minha mãe me falou que tinha uma proposta para mim, fiquei muito ansioso. Ela falou que o professor Leandro havia me escolhido para ser monitor. Fiquei muito feliz. O professor Leandro acertou tudo comigo; eu iria receber uma bolsa e iria algumas vezes para Porto Alegre para aprender sobre as atividades que iríamos fazer com as turmas da minha escola.

Durante a viagem para a primeira reunião, eu estava nervoso e ansioso para saber como iria ser, se eu iria ter outros colegas. Quando chegamos na PUCRS, eu fiquei muito impressionado, pois achei muito grandes os prédios que tinham lá.

Já no local de reuniões, tínhamos de resolver as atividades do computador por módulos. Nas primeiras, fiquei com vergonha de errar e também estava com um pouco de dificuldade em fazer algumas, pois eram as primeiras que eu estava fazendo.

No primeiro dia de curso na nossa escola, as professoras Deise e Thaís foram aplicar o pré-teste. A coisa mais importante era prestar atenção no texto e nas perguntas. Nos primeiros dias de curso, ficamos só eu e o professor Leandro na sala de aula aplicando nas turmas as atividades. Vou contar como foram esses dias de aplicação nas turmas.

O projeto, inicialmente, era só às quartas-feiras, mas o professor Leandro decidiu que eu teria que ir às terças-feiras, pois não iria dar tempo num dia só e não iria render. A primeira turma foi a minha, a 32. O professor Leandro foi marcando os números dos computadores e dos cabos e eu fui entregando para os alunos. Depois ligamos o computador, entramos no programa para fazer as atividades. Gostei muito do jeito que o professor Leandro fez. Ele mostrou o módulo que íamos fazer primeiro, que foi o de repetição, e explicou o que é repetição e para que serve. Depois, ele colocou a senha no quadro e entramos nas atividades. Primeiro foi a atividade inicial, depois foi a atividade um, dois, e a três, e, logo após, os nossos comentários. Perguntei para os meus colegas se eles tinham gostado e o que eles tinham achado. Todos eles disseram que gostaram muito e que, de primeira, era um pouco difícil, porque era a primeira vez que eles tinham feito as atividades.

Já com a turma da tarde, fiquei um pouco nervoso, pois eu não tinha convivido muito com eles. Mas eles foram bem legais. Foi como a minha turma, bem tranquilo, rápido para fazer as atividades e para comentar.

Depois, quando foram mudando os gêneros, ficou mais complicado para algumas turmas. O primeiro gênero foi bem legal e fácil, que era o de texto instrucional para as turmas 31 e 32. À tarde, para a 33 e 34 foi o de curiosidade científica. O professor Leandro, no primeiro gênero, pediu que fizéssemos um trabalho escrito sobre o texto instrucional.

Gostei muito de participar deste projeto, porque ele desenvolve muito a competência de uma pessoa. Quero agradecer por esta oportunidade.

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