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QUADRO CLASSIFICATÓRIO DAS N.T DE O PAI GORIOT

No documento – PósGraduação em Letras Neolatinas (páginas 118-178)

Primeira classificação (que tipo de saber as notas portam):

(I) Notas do tradutor – que expressam esclarecimentos sobre a tradução.

(II) Notas de erudição – que expressam a erudição e o saber de quem as redigiu. Podem portar, no caso da obra analisada:

(a) um saber de especialista em Balzac.

(b) um saber de historiador, acadêmico ou professor.

Segunda classificação (a que as notas se referem):

(1) Notas sobre personalidades – autores, cientistas, filósofos, poetas, etc. –, lugares e acontecimentos históricos reais.

(2) Alusivas a costumes e hábitos da época e de outras épocas e culturas. (3) Traduções de palavras em outras línguas, que não o francês, no original.

(4) Alusivas a descrições de lugares em Paris, tanto que ainda existem como que não existem mais.

(5) Alusivas a obras e personagens literários e mitológicos.

(6) Alusivas a outros romances da Comédia ou aos personagens que apareceram ou aparecerão nesses outros romances, ou a qualquer fato relativo a esses personagens.

(7) Explicações de expressões, problemas e curiosidades da tradução. (8) Notas sobre o próprio Balzac e sua obra.

Corpus para a dissertação

O grupo de notas que vem primeiro se refere às da Globo. Elas vêm sempre na margem do texto. As notas da L&PM aparecem em seguida à nota a que referem com um recuo à esquerda.

Número da nota: 1 Página: 23

Sobre este Apêndice: como pode ser observado, em toda a dissertação a grafia do português foi usada segundo

o NOA – Novo Acordo Ortográfico. No entanto, optamos por manter a grafia antiga no corpus, bem como nas suas citações realizadas ao longo dos capítulos. Atualizamos, no entanto, a grafia nas outras citações que não as referenciais a trechos das traduções.

Texto de referência: “Ao grande e ilustre Geoffroy Saint-Hilaire1,...”

Texto da nota: Etienne Geoffroy Saint-Hilaire (1772-1844): célebre naturalista francês,

professor de Zoologia, campeão da teoria da composição orgânica na diversidade das espécies, a quem Balzac exalta no “Prefácio” de A Comédia Humana.

Classificação: (IIa) e (IIb); (1) e (8)

Número da nota: 2 Página: 24

Texto de referência: “O carro da civilização, semelhante ao do ídolo de Jaggernat2,...”

Texto da nota: Ídolo de Jaggernat: alusão a uma prática dos fanáticos de Jaggernat ou

Djaggernat, cidade da Índia, os quais em determinados dias de festa se atiram sob as rodas do carro gigantesco no qual a estátua do deus é carregada pelas ruas.

Classificação: (IIb); (2)

Número da nota: 1 Página: 18

Texto de referência: “O carro da civilização, qual o do ídolo de

Jaggernat1,...”

Texto da nota: Jaggnernat ou Jaggernaut (em sânscrito Jaggannatha,

“senhor do universo”): Deus hindu, cuja estátua, em gigantesco carro triunfal, era rolada para fora do tempo e cujos devotos muitas vezes morriam por se curvar em êxtase religioso diante do carro. (N.T.)

Classificação: (IIb); (2)

Número da nota: 3 Página: 24

Texto de referência: “Ah! Sabei-o: este drama não é ficção nem romance. All is true3: ele é tão verídico que qualquer um pode reconhecer em si mesmo e, talvez em seu próprio coração, os elementos que o compõem.”

Texto da nota: All is true: “tudo é verdade” (em inglês no original). Nas edições anteriores a

1839, esta frase servia de epígrafe ao romance.

Classificação: (I) e (IIa); (3)

Número da nota: 2 Página: 18

Texto de referência: “Ah! Pois fiquem sabendo: este drama não é

uma ficção, nem um romance. All is true2, ele é tão verdadeiro que todos podem reconhecer seus elementos em si mesmos, talvez seu coração.”

Texto da nota: Tudo é verdade. Em inglês no original. (N.T.) Classificação: (I); (3)

Número da nota: 4 Página: 25

Texto de referência: “A rua Nova de Santa Genoveva, sobretudo, é como uma moldura de

bronze, a única que convém a esta narrativa, para qual o espírito nunca estaria demasiado preparado por cores escuras e idéias graves, assim como, de degrau em degrau, a luz vai diminuindo e a voz do guia se tornando mais débil enquanto o viajante desce às Catacumbas4.”

Texto da nota: Catacumbas: grande ossuário, numa das extensas pedreiras subterrâneas de

Paris para onde foram transportados, por motivo de higiene, no século XVIII, os despojos das gerações antigas enterradas em bairros residenciais, aos quais foram juntados os restos mortais de milhares de vítimas da Revolução Francesa. Hoje uma das curiosidades de Paris, visitadas pelos turistas.

Classificação: (IIb); (4)

Número da nota: 5 Página: 25

Texto de referência: “Ao verem o verniz cheio de falhas que a cobre, os amadores de

símbolos descobriram nela, talvez, um mito do amor parisiense que se cura a alguns passos dali. Sob o pedestal, esta inscrição meio apagada recorda a data desse ornamento, pelo entusiasmo que testemunha por Voltaire, ao voltar a Paris em 1777:

Seja quem fores, eis teu dono: Ele o é, ou foi, ou há de sê-lo5.”

Texto da nota: Um mito do amor parisiense: o Hospital dos Capuchinhos ou dos Venerianos

do Faubourg Saint Jacques. – O epigrama de Voltaire traz o título de “Inscrição para uma Estátua do Amor” e reza assim no original: Qui que tu sois, voici ton maître; / Il l’est, le fut ou doit être.

Classificação: (IIb); (4) e (7)

Número da nota: 4 Página: 19

Texto de referência: “Diante do verniz lascado que a recobre, os

amantes de símbolos talvez descobrissem um mito do amor parisiense do qual se trata a alguns passos dali. Sob o pedestal, esta inscrição meio apagada lembra o tempo ao qual remonta aquele enfeite pelo entusiasmo que demonstra por Voltaire, que voltou a Paris em 17774:”

Texto da nota: Na realidade, é em 1778 que Voltaire (1694-1778),

procedente de Ferney, foi triunfalmente recebido em Paris. Esse dístico foi composto para o castelo de Maisons, mas também pode ser encontrado nos de Cirey e Sceaux. (N.T.)

Classificação: (IIb); (1)

Número da nota: 6 Página: 27

Texto de referência: “A parte superior é coberta com um papel envernizado representando as

principais cenas de Telêmaco6,...”

Texto da nota: Cenas de Telêmaco: mais exatamente Aventuras de Telêmaco (1699),

romance épico, em prosa, de Fénelon, imitação agradável das epopéias antigas, cheias de alusões e críticas indiretas ao reinado de Luís XVI; muito popular no século XVIII. O herói é Telêmaco, filho de Ulisses, que parte à procura de seu pai; no decorrer de sua viagem chega à ilha da ninfa Calipso, que retivera Ulisses durante sete anos.

Classificação: (IIb); (5)

Número da nota: 7 Página: 27

Texto de referência: “Encontram-se ali móveis indescritíveis, proscritos em toda a parte, mas

postos ali como os rebotalhos da civilização nos Incuráveis7.”

Texto da nota: Incuráveis: nome de um hospício em Paris, construído na rua de Sèvres em

1634 para acolher anciães indigentes e incapazes de ganhar a vida.

Classificação: (IIb); (4)

Página: 22

Texto de referência: “Ali se encontram daqueles móveis

indestrutíveis, proscritos em toda parte, mas lá colocados como são as sobras da civilização para os Incurables5.”

Texto da nota: Incurables, hospital parisiense que recebia não apenas

doentes desenganados, mas também idosos, indigentes e paralíticos. (N.T.)

Classificação: (IIb); (4)

Número da nota: 8 Página: 27

Texto de referência: “Vereis lá (...) candeeiros de Argand8 nos quais a poeira se combina com o azeite;...”

Texto da nota: Argand: físico suíço, inventor de um candeeiro de corrente de ar duplo. Classificação: (IIb); (1)

Número da nota: 9 Página: 28

Texto de referência: “Tem o olhar vidrado, a expressão inocente de uma alcoviteira que se

agasta para se fazer pagar mais caro, mas, por outro lado, parece disposta a tudo para amenizar a sorte, a entregar Georges9...”

Texto da nota: Georges Cadoudal: famoso conspirador monarquista, preso em 9 de março de

1804 e executado em 25 de junho do mesmo ano.

Classificação: (IIb); (1)

Número da nota: 10 Página: 28

Texto de referência: “...ou Pichegru10...”

Texto da nota: O General Pichegru: cúmplice de Georges Cadoudal, que se suicidou na

prisão em 5 de abril de 1804.

Classificação: (IIb); (1)

Número da nota: 6

Página: 24

Texto de referência: “Ela tem os olhos sem brilho, o ar inocente de

uma alcoviteira que vai se enfurecer para receber mais, mas que está disposta a tudo para se dar melhor, a entregar Georges ou Pichegru6...”

Texto da nota: Georges Cadoudal (1771-1804) e Jean Charles

Pichegru (1761-1804), monarquistas franceses que, por conspirarem contra Napoleão Bonaparte, foram denunciados e presos em 1804. (N.T.)

Classificação: (IIb); (1)

Número da nota: 11 Página: 29

Texto de referência: “Eugênio de Rastignac11, assim se chamava ele,...”

Texto da nota: Eugênio de Rastignac: uma das personagens mais importantes de A Comédia

Humana, já encontrado acessoriamente (é ele quem conta a anedota de Estudo de Mulher); é porém em O Pai Goriot que o conhecemos de verdade.

Classificação: (IIa); (6)

Número da nota: 10 Página: 25

Texto de referência: “Eugène de Rastignac10, como se chamava,...”

Texto da nota: Eugène de Rastignac, personagem central de A

comédia humana (A casa Nucingen, Ilusões perdidas, Esplendores e misérias das cortesãs, O gabinete das antigüidades, Ursule Mirouët, Uma filha de Eva, O deputado de Arcis, Um príncipe da Boêmia). (N.T.)

Classificação: (IIa); (6)

Número da nota: 12 Página: 30

Texto de referência: “Os dois hóspedes do segundo andar pagavam apenas setenta e dois

francos por mês. Essa pechincha, que só se encontra no Faubourg Saint-Marceau, entre a Bourbe12...”

transformado depois em maternidade.

Classificação: (IIb); (4)

Número da nota: 13 Página: 30

Texto de referência: “...e a Salpêtrière13...”

Texto da nota: Salpêtrière: célebre hospício de Paris. Classificação: (IIb); (4)

Número da nota: 14 Página: 31

Texto de referência: “O sr. Poiret era uma espécie de autômato. Vendo-o passar como uma

sombra (...); muitos perguntavam se essa sombra chinesa pertencia mesmo à audaciosa raça dos filhos de Jafé14 que perambulam pelo bulevar dos Italianos.”

Texto da nota: Jafé: engano de Balzac. Na verdade, Japeto, lembrado na Mitologia como pai

de Prometeu, que roubou do céu o fogo para os homens. Considerado às vezes como antepassado de toda a humanidade; daí, “filhos de Japeto” são todos os homens.

Classificação: (I), (IIa) e (IIb); (5)

Número das notas: 11, 12 e 13 Páginas: 27 e 28

Texto de referência: “O sr. Poiret11 era uma espécie de autômato. Ao vê-lo se estender como uma sombra (...), muita gente se perguntava se aquele espectro pertenceria à raça audaciosa dos filhos de Jafé12 que borboleteiam no Boulevard Italien13.”

Texto das notas: 11. Sr. Poiret, personagem de A comédia humana

(Os empregados, Esplendores e misérias das cortesãs). (N.T.)

12. Balzac provavelmente pretendia fazer alusão a um verso célebre (“Ao navio”, Odes) do poeta latino Horácio (65 a.C.-8 a.C.). O trecho “à raça audaciosa dos filhos de Jafé” seria uma tradução de “audax Iapeti genus”. Na ode de Horácio, a descendência de Jáspeto designa não somente Prometeu, mas todos os homens, considerados filhos deste último. Ao errar a grafia do nome, Balzac acaba por remeter erroneamente ao personagem bíblico Jafé, filho caçula de Noé, do

qual descende a raça branca. No entanto, a referência bíblica não parece fazer sentido algum nesse contexto. (N.T.)

13. O Boulevard Italien era, na época de Balzac, o ponto de encontro da boemia parisiense. (N.T.)

Classificação: 11. (IIa); (6)

12. (I), (IIa) e (IIb); (7) e (8) 13. (IIb); (4)

Número da nota: 15 Página: 32

Texto de referência: “Esse homem parecia, em suma, ter sido uma das bestas do nosso

grande moinho social, um desses Ratons parisienses que nem mesmo conhecem seus Bertrands15,...”

Texto da nota: Seus Bertrands: alusão a duas personagens de uma fábula de La Fontaine, O

macaco e o gato (livro IX, fábula 16). O macaco Bertrand incita o gato Raton a tirar do fogo as castanhas, e depois as come ele mesmo. A metáfora significa, pois, mais ou menos isto: “um desses explorados que nem mesmo conhece seus exploradores”.

Classificação: (IIb); (5)

Número da nota: 14 Página: 28

Texto de referência: “Enfim, aquele homem parecia ter sido um dos

burros de carga do nosso grande moinho social, um desses Ratons parisienses que sequer conhecem seus Bertrands14,...”

Texto da nota: Referência à fábula de La Fontaine “O macaco e o

gato”, animais cujos nomes eram, respectivamente, Bertrand e Raton. (N.T.)

Classificação: (IIb); (5)

Número da nota: 16 Página: 34

Texto de referência: “Freqüentemente, uma facécia digna de Juvenal16,...”

Texto da nota: Juvenal (65-128 d.C.): poeta latino autor de famosas sátiras em que açoita os

Classificação: (IIb); (1)

Número da nota: 15 Página: 31

Texto de referência: “Muitas vezes um gracejo digno de

Juvenal15,...”

Texto da nota: Decimus Iunius Juvenalis, conhecido apenas como

Juvenal, poeta satírico do século I. (N.T.)

Classificação: (IIb); (1)

Número da nota: 17 Página: 37

Texto de referência: “Embora um pouco rústico, vestia-se com tamanho apuro, tomava tão

elegantemente o rapé e o aspirava como um homem seguro de ter sempre a tabaqueira cheia de macuba17 que,...”

Texto da nota: Macuba: tabaco estimado de Macuba, na Martinica. Classificação: (IIb); (2)

Número da nota: 17 Página: 35

Texto de referência: “Embora um pouco rústico, ele andava tão bem-

posto, era tão entendido em tabaco, aspirava-o como um homem tão certo de ter sempre sua tabaqueira cheia de macouba17 que,...”

Texto da nota: Macouba,∗ variedade de tabaco da Martinica com perfume de rosas. (N.T.)

Classificação: (IIb); (2)

Número da nota: 18 Página: 38

Texto de referência: “A condessa dizia à sra. Vauquer, chamando-a de querida amiga, que

procuraria levar para lá a baronesa de Vaumerland e a viúva do conde Picquoiseau, duas amigas que iam completar três meses de permanência numa pensão do Marais18 mais cara que a Casa Vauquer.”

Texto da nota: Marais: antigo bairro de Paris, correspondente aos atuais III e IV

arrondissements (distritos), com muitos edifícios antigos.

Classificação: (IIb); (4)

Número da nota: 19 Página: 38

Texto de referência: “Após muitos cálculos, as duas viúvas foram ao Palais-Royal19...”

Texto da nota: Palais-Royal: famosa construção de Paris, cujo pátio e galerias, cheios de

lojas, serviam e servem ainda hoje de passeio.

Classificação: (IIb); (4)

Número da nota: 20 Página: 38

Texto de referência: “...onde compraram, nas Galerias de Madeira20, um chapéu de plumas e uma touca.”

Texto da nota: Galerias de madeira: uma das galerias do Palais-Royal, guarnecida de

barracas de madeira que serviam para lojas elegantes.

Classificação: (IIb); (4)

Número da nota: 21 Página: 39

Texto de referência: “Quando essas munições foram postas em uso e a viúva se viu de armas

na mão, ficou perfeitamente parecida com a tabuleta do Boi na Moda21.”

Texto da nota: Boi na moda: famoso restaurante da época, em cuja tabuleta o dono mandou

pintar um boi vestido dos atavios elegantes da moda: um chapéu, um xale etc.

Classificação: (IIb); (4)

Número da nota: 19 Página: 37

Texto de referência: “Quando tais munições foram empregadas e a

viúva ficou armada para a batalha, ela se parecida exatamente com o cartaz do restaurante Boeuf à la Mode19.”

Texto da nota: O cartaz do célebre restaurante Boeuf à la Mode,

(N.T.)

Classificação: (IIb); (4)

Número da nota: 22 Página: 45

Texto de referência: “Tem seu grande homem, um professor do colégio de França22, pago para manter-se à altura do auditório.”

Texto da nota: Colégio de França: universidade livre, existente até hoje, de grande prestígio. Classificação: (IIb); (4)

Número da nota: 23 Página: 46

Texto de referência: “Após ter sacudido os ramos da árvore genealógica, a velha fidalga

concluiu que, de todas as pessoas que poderiam ser úteis ao sobrinho entre a gente egoísta que constituía seus parentes ricos, a Viscondessa de Beauséant23 seria a mais acessível.”

Texto da nota: Viscondessa de Beauséant: uma das belas e grandes figuras femininas do

mundo balzaquiano, cuja história é narrada na novela A Mulher Abandonada.

Classificação: (IIa); (6)

Número da nota: 23 Página: 48

Texto de referência: “Depois de ter sacudido os galhos da árvore

genealógica, a velha senhora avaliou que, de todas as pessoas que poderiam servir a seu sobrinho, entre aquela gente egoísta que eram os parentes ricos, a sra. viscondessa de Beauséant23 seria a menos recalcitrante.”

Texto da nota: Viscondessa de Beauséant, personagem de A comédia

humana (Gobseck, O gabinete das antigüidades, A mulher abandonada, Albert Savarus, Os segredos da princesa de Cardignan). (N.T.)

Classificação: (IIa); (6)

Número da nota: 24 Página: 46

Texto de referência: “Os pensionistas puderam, assim, crer que ele não voltaria do baile

antes da madrugada, como acontecera outras vezes ao voltar das festas do Prado24...”

Texto da nota: Prado: salão de baile em frente ao Palácio da Justiça; existiu em 1807 a 1855. Classificação: (IIb); (4)

Número da nota: 25 Página: 46

Texto de referência: “...ou dos bailes do Odéon25,...”

Texto da nota: Odéon: teatro fundado em Paris em 1797; funciona ainda hoje como segundo

teatro nacional, ao lado da Comédie Française.

Classificação: (IIb); (4)

Número da nota: 26 Página: 47

Texto de referência: “Imaginai grandes olhos negros, mãos magníficas, pés bem talhados,

fogo nos gestos, uma mulher que o Marquês de Ronquerolles26 denominava um cavalo puro- sangue.”

Texto da nota: Marquês de Ronquerolles: irmão da condessa de Sérisy (Uma Estréia na

Vida) e protagonista de A História dos Treze.

Classificação: (IIa); (6)

Número da nota: 26 Página: 49

Texto de referência: “Imaginem grandes olhos negros, uma mão

magnífica, um pé bem-desenhado, fogo em seus movimentos, uma mulher que o marquês de Ronquerolles26 chamava de um cavalo puro- sangue.”

Texto da nota: Marquês de Ronquerolles, personagem de A comédia

humana (Ferragus, A duquesa de Langeais, O lírio do vale, Contrato de casamento, A menina dos olhos de ouro). (N.T.)

Classificação: (IIa); (6)

Número da nota: 27 Página: 47

Texto de referência: “Cavalo puro-sangue, mulher de raça, tais eram as locuções que

começavam a substituir os anjos do céu; as figuras ossiânicas27, toda a antiga mitologia amorosa repelida pelo dandismo.”

Texto da nota: Ossian: herói e poeta lendário da Escócia do século III, a quem James

Macpherson (1736-1796) atribuiu uma coletânea de poemas de que era autor. Esses poemas, com sua atmosfera sombria, seus heróis cavalheirescos e suas heroínas irreais, exerceram grande influência sobre o Romantismo.

Classificação: (IIb); (1)

Número da nota: 27 Página: 50

Texto de referência: “Cavalo puro-sangue, mulher de raça, tais

expressões começavam a substituir os anjos do céu; as figuras ossiânicas27, toda a antiga mitologia amorosa afastada pelo dandismo.”

Texto da nota: Relativas a Ossian (séc. III d.C.), legendário guerreiro

e bardo gaélico, ou a suas poesias. (N.T.)

Classificação: (IIb); (1)

Número da nota: 28 Página: 47

Texto de referência: “– No bosque, nos Bouffons28, em minha casa, em toda a parte.”

Texto da nota: Bouffons: nome que se dava, na sociedade, ao Teatro dos Italianos. Classificação: (IIb); (4)

Números das notas: 28 e 29 Página: 50

Texto de referência: “– Ora – respondeu ela –, no Bois28, no Bouffons29, em minha casa, em todo lugar.”

Textos das notas: 28. Referência ao Bois de Boulogne, bosque

localizado no extremo oeste de Paris. (N.T.)

29. Teatro bufo italiano, apresentado na Opéra-Comique. (N.T.)

Classificação: (IIb); (4), para ambas

Página: 48

Texto de referência: “Teve a sorte de encontrar um homem que não zombava de sua

ignorância, defeito moral entre os ilustres insolentes da época, os Maulincourt, os Ronquerolles, os Máximo de Trailles, os de Marsay, os d’Ajuda-Pinto, os Vandenesse29, que lá estavam,...”

Texto da nota: Personagens da Comédia Humana. Maulincourt aparece na História dos

Treze, assim como os Ronquerolles; Máximo de Trailles é encontrado em Gobseck e no fim de Beatriz; de Marsay desempenha um papel em O Contrato de Casamento; d’Ajuda-Pinto se revelará no presente romance; quanto aos dois Vandenesse, aparecem em Uma Estréia na Vida, e a vida familiar de um deles, Félix, é descrita em Uma Filha de Eva.

Classificação: (IIa); (6)

Números da notas: 30 a 35 Páginas: 50 e 51

Texto de referência: “Ele tivera a felicidade de encontrar um homem

que não zombara de sua ignorância, defeito mortal em meio aos ilustres impertinentes da época, os Maulincourt30, os Ronquerolles31, os Maxime de Trailles32, os de Marsay33, os Ajuda-Pinto34, os Vandenesse29, que lá estavam,...”

Textos da notas: 30. A família Maulincourt, composta pela baronesa

Charbonnon de Maulincourt e por seu neto, barão Auguste Charbonnon de Maulincourt, faz parte de A comédia humana (Ferragus, Contrato de casamento, A duquesa de Langeais). (N.T.) 31. Além do marquês de Ronquerolles, as irmãs dele também integram A comédia humana. (N.T.)

32. Conde Maxime de Trailles, personagem de A comédia humana (César Birotteau, Contrato de casamento, Gobseck, O gabinete das antigüidades, Ilusões perdidas, Ursule Mirouët, Os segredos da princesa de Cadignan, Um homem de negócios, Um príncipe da Boêmia). (N.T.)

33. A família de Marsay aparece em diversos títulos de A comédia humana, sobretudo o conde Henri de Marsay, um de seus principais personagens (A menina dos olhos de ouro, Contrato de casamento, César Birotteau, Ilusões perdidas, O lírio do vale, O gabinete das

antigüidades, A duquesa de Langeais, Memórias de duas jovens esposas, Ursule Mirouët, Modeste Mignon, Esplendores e misérias das cortesãs, Outro estudo de mulher, O deputado de Arcis, Os

No documento – PósGraduação em Letras Neolatinas (páginas 118-178)