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Quando o professor de Sociologia é questionado sobre a questão salarial, 52% do professores de Sociologia consideram sua remuneração insuficiente, e sobre a causa da má remuneração atribuíram:

Ausência de políticas governamentais. Educação é supérflua; políticas públicas; desvalorização da profissão (nº de 3); pouca valorização do governo e da sociedade; abonos e penduricalhos e também desvios de recursos públicos; desconsideração com a classe; descaso do governo; ausência de políticas governamentais; vários fatores, descaso com a educação, fatores políticos; desvalorização do magistério é histórica; falta de políticas salariais adequadas; a educação pública não dá lucro. Educação de qualidade é falácia, como ter esperança de construir novo ser para o futuro; a habilitação do magistério; o governo; é a má administração dos governantes; políticas equivocadas dos governantes; descomprometimento; sem palavras; governantes não priorizam educação; falta de vontade política do governo de SC, pois governo federal garante FUNDEB; precarização serviços públicos e desvalorização simbólica; falta interesse político, governantes submissos, categoria baixo nível de consciência, profissão tratada como vocação, sem formação; falta de interesse na educação; falta de vontade política de atender reivindicações da categoria; interesse do governo em desmotivar professores para que trabalhem em outras instituições, com sobrecarga de trabalho, cansados e serviço de má qualidade; má vontade dos gestores públicos estaduais; melhorar distribuição de renda; políticas salariais passadas beneficiaram alguns, inchando assim a máquina pública; não é a má remuneração e sim a grande jornada de trabalho semanal. Se o salário fosse melhor não precisaríamos trabalhar tanto; múltiplas causas, sociais, históricas e políticas; má distribuição em função de outros setores remunerados através da educação; o não conhecimento do trabalho exaustivo do professor de sala de aula, e, pessoas alheias à educação que comandam sem ter conhecimento de causa; má gestão dos recursos e falta de vontade do governo; falta de preocupação dos governantes, má distribuição de rendas, cabide de empregos e desvalorização da educação pelo governo; a má remuneração é porque eles consideram importante a educação; injustiça e má administração.

E sobre as sugestões dadas pelos professores de Sociologia:

Repensem nessa questão e se coloquem em nosso lugar; participação organizada na luta; analisar plano de carreira, salário digno; plano de cargos e salários; que a Lei do FUNDEB seja realmente cumprida para que seja melhorado; paralisação, conscientização e mobilização em 2008; priorizar educação; implantar piso nacional; novas práticas e maior participação e mobilização da classe; que só atuem na educação para fins de Leis, pessoas conhecedoras do papel do professor, que só assim se humanizará com os colegas; aplicar de forma proporcionada piso nacional, recursos dos fundos, cobrar royalites das usinas hidroelétricas e elétricas para fundo de educação e o que existe no estado do PR, pagar inativos igualmente aos ativos; que os educadores sejam vistos como profissionais responsáveis pela formação de qualquer outra pessoa; incorporação dos abonos, manutenção da atual tabela salarial; rever o valor dos educadores; valorização.

Nas causas apontadas pelos professores de Sociologia, o governo do Estado é o principal causador da má remuneração, pois não valoriza a educação – o trabalho do professor -, aplica mal os recursos, tem “má vontade política” de atender as reivindicações da categoria, atribuem também a má administração dos recursos públicos; uma visão histórica da má remuneração dos professores, que não é de agora se arrasta há bastante tempo sobre essa

categoria; e apontaríamos uma outra que foi ressaltada a questão da má divisão de renda entre os trabalhos.

Relacionado às sugestões para saírem dessa situação a maioria espera que o governante “repensem nessa questão e se coloquem em nosso lugar” descreve a falação da maioria, muito embora dêem sugestões pontuais como aplicar a Lei do piso nacional, usar FUNDEB, e mais professores – nº quatro -, colocam que a categoria tem que se mobilizar para conquistas salariais e condições trabalho.

Relacionado às filiações junto ao sindicato dos professores, a pesquisa trouxe os dados abaixo:

Tabela 37: Filiações ao Sinte

Filiado ao sindicato dos professores – SINTE Nº % Sim 23 44% Não 26 50% Já foi 1 2% Não colocou 2 4%

Fonte: Pesquisa de campo

O quadro mostra percentual expressivo de 50% dos professores que não são filiados, seguido de 44% deles que são filiados ao sindicato. Pelos números, mostra uma categoria dividida na importância ou não dada ao movimento sindical, na defesa de seus interesses.

Dos filiados, oito são formados em Ciências sociais, depois vem quatro formados em filosofia, em seguida o número total dos formados em Letras - dois professores -, pois existe somente dois com esta formação dando aulas de sociologia, e, os formados em história e os que não colocaram formação, com um número total de dois professores. E finalmente um professor das formações de pedagogia e gestão escolar.

Segundo dados, índice significativo de filiação dos professores formados em Filosofia, seguido dos professores com formação em Ciências Sociais. O índice de filiação mostra que os professores de sociologia do Estado não estão indiferentes e boa parcela deles acreditam na luta coletiva, e, que o sindicato – regional e estadual -, consegue mobilizar para eventos, confirmado também por um percentual de 41% que participam das atividades promovidas por ele.

Quando questionados porque não são filiados ao Sinte, os que responderam colocaram como motivo:

Desinteresse; desconto folha; medo porque sou ACT; não corresponde aos anseios classe; não tenho vontade; porque não acredito; Não coaduno com a política do Sinte; Não recebi convite para ser filiada; Classe magistério bem desunida; Não sinto representação da classe professores; Sou professora contratada temporariamente; Muita questão político-partidária; Sou professora ACT, isto torna um pouco complicado se filiar; Não tenho simpatia;

Não tenho interesse; Não vejo nada que me interessa; Não acredito no trabalho do sindicato.

Observa-se nos depoimentos acima um número de sete professores que não acreditam no trabalho do sindicato. Existe também um número de 03 professores que confirmam o que foi colocada anteriormente sobre o fato da não participação do professor ACT na luta sindical, pelo caráter temporário de seu trabalho; e existe um grupo que não têm interesse, ou vontade de participar.

E, sobre a participação em eventos promovidos e organizados pelo SINTE:

Tabela 38: Participação em eventos do Sinte

Participa eventos organizados pelo Sinte Nº % Sim 16 31% Não 20 38% Somente Regional 5 10% Não colocou 11 21%

Fonte: Pesquisa de campo

Sobre se é membro da direção do sindicato ou não:

Tabela 39: Participação na direção do Sinte

Membro do Sindicato Nº % Sinte estadual % Sinte regional % Não colocou Sim 11 21% 2 4% 7 13% 2 Não 39 75% Não colocou 2 4%

Fonte: Pesquisa de campo

O quadro acima mostra um percentual significativo de professores de Sociologia que participam da gestão do sindicato. Destes números, dos 21% que são membros do sindicato, 04 professores são da regional de Joinville, 02 de Florianópolis, e 01 professor das regionais

de Concórdia, Rio do Sul, São Miguel D’Oeste e Chapecó. Todos são efetivos. Relacionado à formação: 03 em Ciências Sociais, 02 em história, 01 em letras, 01 em gestão escolar, 01 em geografia e 02 não colocaram o curso. O ano de formação desses professores: anos de 1991 e 1995, um professor em cada ano; e os demais professores, vão do ano de 1998 a 2004.

O quadro abaixo traz o que os professores de Sociologia assinalaram sobre a participação ou não de segmentos sociais.

Tabela 40: Movimentos sociais, entidades que participa

Participa % Participou % Não participa % Não colocou qual % 1 Partido político 11 21% 10 19% 28 54% 3 6% 2 Movimento Social/sindical 15 29% 3 6% 27 52% 6 12% 3 ONG 5 10% 2 4% 34 65% 5 10% 4 Associação Moradores 12 23% 1 2% 30 58% 5 Gestão da escola 13 25% 8 15% 25 48% 6 Projetos desenvolvidos na escola (voluntariado) 7 13% 7 13% 15 29% **29 7 Outra(s) 2 4%

Fonte: Pesquisa de campo

O ser efetivo, por terem seus direitos garantidos, deveria possibilitar a participação com maior intensidade no movimento sindical. Neste caso a pesquisa de campo, nos dados acima, a participação em movimento sindical por professores efetivos se dá de forma reduzida – 15 professores -, comparado com os que não participam, que tem um número de 27 professores. Dentro da mesma questão, os que são ACTs tem um número de 03 que participam, e que não participam 08 professores. Relembrando que do total de professores que são ACTs, de um total de 49 professores que colocaram sua condição contratual, 16 são ACTs, e 33 são efetivos. Onde se conclui, dentro de movimento social e sindical existe pouca participação dos professores efetivos, principalmente, pela questão da quantidade de professores que estão nesta condição, como também dos professores temporários. Destes últimos, a pouca participação pode ser justificada pela insegurança e pressão exercida sobre eles que é bem maior, pois podem ser facilmente demitidos, ou como acontece nas escolas, as direções, no próximo ano, mesmo sendo vagas excedentes92 podem encaminhá-las para a escolha de outros ACTs retirando a possibilidade de permanência desses que participam do movimento sindical, isto foi constatado através de depoimentos em uma reunião de ACTs do

92

Estado em Florianópolis, realizada em abril/2009, onde muitos são ameaçados e desconhecem seus direitos. Inclusive no quadro anterior mostra depoimentos dos ACTs, sobre os motivos de não se filiam ao sindicato.

Quando questionados quais partidos políticos participam, os partidos colocados: Partido progressista (PP), Partido Social Democrático Brasileiro (PSDB), Partido Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), dois professores colocaram, e Partido dos trabalhadores (PT), com um número de três professores. Entre os partidos que participaram: Partido Democrático dos trabalhadores (PDT), PMDB, Psol e 04 professores do PT.

Relacionado ao tipo de movimentos - social ou sindical - os professores de Sociologia participam: Sinte/SC – nº de 15 professores; Plano Diretor; e Sinte Regional – nº 03 professores -. E que não participam mais: 02 professores colocaram do Sinte estadual.