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Dívida Financeira Líquida / EBITDA Ajustado pelos

R ESULTADOS O PERACIONAIS E F INANCEIROS DA C OMPANHIA

Abaixo, tabela sobre os resultados operacionais da Companhia, que serão explicados adiante (em milhões de reais): Demonstração do Resultado (em milhões de reais):

Demonstração do Resultado Consolidado

R$ AV % R$ AV %

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 9.697,2 100,0% 8.785,6 100,0% 10,4% CUSTO / DESPESA DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA

Energia elétrica comprada para revenda (4.353,8) -44,9% (4.148,0) -47,2% 5,0% Encargos do uso do sistema de transmissão e distribuição (1.135,9) -11,7% (976,7) -11,1% 16,3% Pessoal e entidade de previdência privada (647,2) -6,7% (699,9) -8,0% -7,5% Material e serviços de terceiros (442,8) -4,6% (351,9) -4,0% 25,8% Depreciação e amortização (499,7) -5,2% (497,6) -5,7% 0,4% Outras (704,9) -7,3% (833,8) -9,5% -15,5% TOTAL DO CUSTO / DESPESA DE SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA (7.784,2) -80,3% (7.507,9) -85,5% 3,7% RESULTADO DO SERVIÇO 1.913,0 19,7% 1.277,7 14,5% 49,7% RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRAS

Receitas 274,5 2,8% 498,1 5,7% -44,9%

Despesas (258,6) -2,7% (367,4) -4,2% -29,6% Variações monetárias/cambiais líquidas 87,1 0,9% 139,7 1,6% -37,7% TOTAL RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRAS 103,0 1,1% 270,4 3,1% -61,9% RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS E ITENS EXTRAORDINÁRIOS 2.016,0 20,8% 1.548,1 17,6% 30,2% Imposto de Renda e Contribuição Social (668,3) -6,9% (391,6) -4,5% 70,7%

LUCRO ANTES DOS ITENS EXTRAORDINÁRIOS 1.347,7 13,9% 1.156,5 13,2% 16,5% LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1.347,7 13,9% 1.156,5 13,2% 16,5%

Nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de

(em R$ milhões) 2010 2009

AH %

Resultados Operacionais – Comparação do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2010 com o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2009

Receita Operacional Bruta

A receita operacional bruta da Companhia nos anos de 2010 e 2009 foi de R$14.713,7 milhões e R$13.331,1 milhões, respectivamente, sendo composta substancialmente pela receita relacionada ao fornecimento e distribuição de energia elétrica. Estas receitas de fornecimento e distribuição da Companhia nos anos de 2010 e 2009 foram de R$12.907,9 milhões e R$11.839,6 milhões, respectivamente, apresentando um aumento de 9,0%. Essa variação é explicada principalmente pelo aumento de 2,9% no consumo cativo entre períodos, reajuste tarifário aplicado anualmente no mês de julho, sendo que em 2009 o efeito médio percebido pelo consumidor foi de 13,03% e em 2010 de 1,62%.

O volume total de energia vendido aos clientes cativos da Companhia foi de 35.434,3 GWh no ano de 2010, comparado com 34.436,3 GWh no ano de 2009. Este aumento de 2,9% foi causado principalmente pelo maior volume das classes residencial, com 3,5%, e comercial com 3,1% de acréscimo. O crescimento no volume de energia vendido aos clientes residenciais da Companhia resultou principalmente do incremento no número de consumidores faturados e aumento do crédito. Já o crescimento no segmento comercial é explicado pelo estimulo nas atividades comerciais pela economia interna favorável com o aumento do crédito pessoal, queda da taxa de desemprego e conseqüente incremento das vendas físicas. Vale destacar que o aumento do consumo em todas as classes de clientes também é explicado pela recuperação global da crise econômica de 2009.

Deduções da Receita Operacional

As deduções da receita operacional da Companhia são representadas pelos encargos setoriais (ECE, RGR, CCC e CDE) e tributários (PIS, COFINS, ICMS e ISS).

As deduções da receita operacional da Companhia nos anos de 2010 e 2009 foram de R$5.016,5 milhões e R$4.545,5 milhões, respectivamente. O aumento de 10,4% é explicado principalmente pela evolução dos encargos tributários incidentes na receita (ICMS, PIS, COFINS e ISS) em linha com o crescimento da receita bruta, pela variação nos encargos setoriais CCC, CDE, RGR, que tem valores homologados anualmente pelo órgão regulador – ANEEL, além do aumento de 26 milhões decorrente da aplicação da lei 12.111/09, em que é determinado 0,3% da receita operacional líquida para ressarcimento dos Estados com perda de arrecadação de ICMS, incidente sobre combustíveis fósseis utilizados para geração de energia elétrica, em virtude da interligação dos Sistemas Isolados ao Sistema Interligado Nacional – SIN.

Receita Operacional Líquida

Em 2010, a receita operacional líquida da AES Eletropaulo acumulou R$9.697,2 milhões, montante 10,4% superior à registrada em 2009 que foi de R$8.785,6 milhões. Tal aumento é explicado principalmente pela evolução das receitas com clientes residencial, industrial e comercial, também refletido pelo reajuste tarifário ocorrido em 2010.

Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos Custo do Serviço de Energia Elétrica

As despesas da Companhia com energia elétrica e encargos nos anos de 2010 e 2009 foram de R$5.489,7 milhões e R$5.124,7 milhões, respectivamente, representando um aumento de 7,1% pelos fatores abaixo descritos.

Energia elétrica comprada para revenda

As despesas da AES Eletropaulo com energia elétrica comprada para revenda nos anos de 2010 e 2009 foram de R$4.353,8 milhões e R$4.148,0 milhões, respectivamente. O aumento, comparando-se 2010 a 2009, é de 5,0%, sendo explicado principalmente pela compra total de energia 1,0% maior, em relação a 2009, para suprir o aumento de carga entre os períodos, além do acréscimo de 5,0% no preço médio de suprimento de energia: sendo R$ 112,1/MWh em 2010 contra R$ 108,4/MWh no ano de 2009, derivando principalmente dos aumentos de contratos bilaterais e leilões de energia (CCEAR), contrabalançado parcialmente pela redução do preço médio de Itaipu.

Encargos Uso Rede Elétrica e Transmissão

As despesas da Companhia com encargo de uso do sistema de transmissão e distribuição nos anos de 2010 e 2009 foram de R$1.135,9 milhões e R$976,7 milhões, respectivamente. Esta variação é explicada pelo aumento de R$ 173,8 milhões em Encargos do Serviço do Sistema (ESS) decorrente das necessidades de manutenção da confiabilidade do sistema interligado nacional. Esse valor foi parcialmente compensado pelo maior volume de créditos de PIS e COFINS registrados no período, de R$ 11,3 milhões.

PMSO (Pessoal, Material, Serviços e Outros)

Pessoal e entidades de previdência privada

As despesas com pessoal e entidade de previdência privada nos anos de 2010 e 2009 foram de R$647,2 milhões e R$699,9 milhões, respectivamente. A redução de 7,5% é explicada principalmente por:

- Redução das despesas com acordos e condenações trabalhistas em R$138,5 milhões: em 2010, as despesas com acordos e condenações trabalhistas somaram R$ 84,0 milhões ante R$ 222,5 milhões no ano anterior. Essa redução é explicada pelo efeito não-recorrente, em 2009, das baixas de depósitos judiciais, e, principalmente, pela redução de condenações e acordos em 2010. Variação % 2010 % 2009 % 2010 x 2009 Residencial 6.111,6 47,3% 5.536,6 46,8% 10,4% Industrial 2.046,9 15,9% 1.922,2 16,2% 6,5% Comercial 3.941,0 30,5% 3.639,1 30,7% 8,3% Outros 808,4 6,3% 741,7 6,3% 9,0% Total 12.907,9 100,0% 11.839,6 100,0% 9,0% Receita em R$ milhões Tipo de Cliente

- Redução das despesas com entidades de previdência privada em R$ 12,9 milhões: de acordo com a revisão dos cálculos atuariais realizados no final de 2009, a despesa de 2010 com entidade de previdência privada totalizou R$ 167,9 milhões, redução de 7,1% em comparação a 2009 (R$ 180,8 milhões). A despesa, gerada por estes cálculos, é dada preponderantemente pela diferença entre os juros sobre a obrigação atuarial e o rendimento esperado dos ativos do plano.

- Aumento das despesas com pessoal e encargos em R$98,6 milhões, sendo: R$ 35,0 milhões referente ao reajuste de 6,5% em salários e benefícios conforme acordo coletivo; R$ 5,9 milhões referente ao programa de incentivo a aposentadoria (PIA) com adesão de 42 colaboradores; acréscimo de R$ 33,8 milhões referente ao fim do rateio das despesas da administração central determinado pela Aneel; R$ 16,5 milhões em função da internalização de 1,2 mil entregadores de contas e leituristas; e R$ 17,7 milhões referente ao reconhecimento do benefício de assistência médica pós-emprego aos colaboradores elegíveis até 30 de setembro de 2010, conforme determina a Lei 9656/98.

Materiais e Serviços de Terceiros

As despesas da Companhia com materiais e serviços de terceiros nos anos de 2010 e 2009 foram de R$442,8 milhões e R$351,9 milhões, respectivamente. O aumento de 25,8% ocorreu devido ao aumento de turmas de emergência com o objetivo de aprimorar a qualidade do serviço medido através do DEC, serviço de corte e religa, manutenção predial, consultoria, gastos com sistemas de TI e honorários advocatícios.

Depreciação e amortização

As despesas de depreciação e amortização nos anos de 2010 e 2009 foram de R$499,7 milhões e R$497,6 milhões, mantendo praticamente no mesmo patamar, observando-se uma evolução apenas de 0,4 %.

Outras despesas

Este grupo é composto pelas seguintes despesas: Provisão de crédito de liquidação duvidosa, Provisão / Reversão para contingências, condenações e acordos judiciais, entre outras. Em 2010, atingiu R$704,7 milhões, representando uma redução de 9,5% em relação a 2009, que foi de R$833,8 milhões.

EBITDA

O EBITDA no ano de 2010 foi de R$2.412,8, valor 35,9% superior ao apurado no ano de 2009. Esta evolução foi resultada principalmente pela melhora de 2,9% no consumo do mercado cativo, somado ao efeito positivo do reajuste tarifário médio de 2010, além da liquidação financeira das quotas da Eletropaulo Telecomunicações Ltda. em R$ 265,4 milhões e da diminuição de despesas com acordos e condenações trabalhistas e entidade de previdência privada.

EBITDA Ajustado

O EBITDA Ajustado da Companhia foi de R$2.574,3 milhões em 2010, apresentando crescimento de 32,0% em relação a 2009. Esta variação é explicada pelas mutações do EBITDA acrescentando-se as despesas de R$161,6 milhões referente ao passivo com a Fundação CESP. Tais despesas tiveram redução 7,8% em relação a 2009. Resultado Financeiro

O resultado financeiro da Companhia nos anos de 2010 e 2009 foi receita de R$103,0 milhões e R$270,4 milhões, respectivamente. Essa variação é decorrente do impacto, em 2009, de uma receita não recorrente no valor de R$ 275,3 milhões relacionado à adesão da AES Eletropaulo ao Programa de Parcelamento Fiscal (“Refis”) de tributos federais; além do impacto positivo de R$ 106,3 milhões em 2010 referente ao final da discussão sobre o acordo firmado com o Banco Santos em 2010.

Receitas financeiras

A receita financeira da Companhia nos anos de 2010 e 2009 foi de R$274,5 milhões e R$498,1 milhões, respectivamente. A redução de 44,9% é decorrente principalmente de uma receita não recorrente, em 2009, no valor de R$ 275,3 milhões relacionado à adesão da AES Eletropaulo ao Programa de Parcelamento Fiscal (“Refis”) de tributos federais.

Despesas financeiras

As despesas financeiras da Companhia nos anos de 2010 e 2009 foram de R$258,6 milhões e R$367,4 milhões, respectivamente. A redução de 29,6% é explicada principalmente por:

- efeitos positivos não-recorrentes relacionados a contabilização, no 2º trimestre de 2010, de R$ 106,3 milhões referentes ao final da discussão sobre o acordo firmado com o Banco Santos, e reconhecimento, no 3º trimestre de 2010, do montante de R$ 20,4 milhões relacionado a reversão de provisão de juros e multa, correspondentes a contingência iniciada pela mudança na base de cálculo do COFINS instituída em 2004.

- redução de R$ 9,2 milhões devido ao fim dos encargos incidentes sobre os débitos fiscais em função da adesão ao Refis em Nov/09;

- redução de R$ 17,6 milhões com carta fiança devido ao cancelamento das cartas fianças apresentadas em garantia nas discussões fiscais findas em novembro de 2009 com a adesão ao Refis e à não renovação da garantia firme para a emissão da carta de fiança para o Caso Eletrobrás;

Variações monetárias e cambiais líquidas

A receita financeira da Companhia com variações monetárias e cambiais líquidas nos anos de 2010 e 2009 foi de R$87,1 milhões e R$139,7 milhões, respectivamente. A redução de R$ 37,7% milhões é explicado principalmente por:

(i) itens não-recorrentes, como R$39,7 milhões relacionados à atualização monetária do recebimento da 1ª parcela do acordo com a Prefeitura de São Paulo, ocorrido em 2009; (ii) impacto negativo de R$ 15,0 milhões referente ao reconhecimento do ajuste retroativo da variação monetária sobre a energia livre; e (iii) redução de R$ 13,8 milhões referente à variação cambial da compra de energia de Itaipu.

Lucro Líquido do Exercício

O lucro líquido do exercício da Companhia nos anos de 2010 e 2009 foi de R$1.347,7 milhões e R$1.156,5 milhões, respectivamente. O aumento de 16,5% é explicado essencialmente:

(i) pelo acréscimo de 2,9% no consumo do mercado cativo, somado ao efeito positivo do reajuste tarifário médio de 2010;

(ii) pelo impacto positivo não-recorrente de R$ 68,2 milhões devido à adoção do IFRS; e

(iii) por ganhos provenientes de itens não recorrentes, como o acordo com a massa falida do Banco Santos (R$ 70,1 milhões), liquidação financeira da venda das quotas da Eletropaulo Telecomunicações Ltda. (R$ 175,1 milhões) e reversão de provisões trabalhistas (R$ 57,4 milhões).

Este resultado equivale a um lucro líquido por ação nos anos de 2010 e 2009 de R$7,60 e R$6,52 por ação ordinária, e R$ 8,36 e R$ 7,17 por ação preferencial, respectivamente.

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