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Realizar exercícios em contexto de prática simulada

No documento guia apoio rvcc (páginas 51-53)

a validação de tarefas pode ser feita na Ficha de análise do

3.6.6 Realizar exercícios em contexto de prática simulada

Os exercícios realizados em contextos de prática simulada correspondem, como o nome indica, a provas práticas, e constituem uma forma de avaliação a aplicar, em último caso, de modo alternativo, sempre que, após a realização da entrevista pelo tutor de RVC, subsistam dúvidas sobre o domínio que o candidato tem de determinadas tarefas e não estejam reunidas as condições para que se proceda a uma observação directa do desempenho em posto de trabalho.

Para cada unidade de competência que integra o Referencial de RVCC profissional existe um exercício prático associado. Este exercício pode ser aplicado na íntegra (quando todas as tarefas que integram a unidade de competência são avaliadas por esta via) ou de forma parcial (quando apenas algumas das tarefas da unidade de competência são avaliadas por esta via).

O valor avaliativo dos exercícios práticos é também elevado, tal como os anteriores, na medida em que estes podem conduzir, de forma decisiva, a uma validação ou não validação de tarefas ou mesmo a uma revisão da avaliação feita em sede de entrevista. A avaliação através do recurso aos exercícios práticos deve, aliás, ser conclusiva, o que equivale a considerar que a aplicação deste instrumento específico para avaliação de determinadas unidades de competência ou, a um nível mais específico, de determinadas tarefas, esgota, em princípio, a necessidade de se recorrer a outro tipo de instrumento para confirmar a avaliação dessas mesmas unidades de competência e/ou a execução de determinadas tarefas.

Tal não obsta, porém, a que a pontuação atribuída pelo tutor de RVC na etapa de reconhecimento, a uma dada tarefa com base no exercício prático, não possa vir a ser revista, no âmbito da intervenção da equipa de validação (avaliador de RVC, tutor de RVC e profissional de RVC, no contexto dos momentos/sessões de validação), se subsistirem algumas dúvidas quanto ao grau de domínio que o candidato tem da execução dessa tarefa. No âmbito do RVCC profissional, os exercícios práticos constituem a forma de avaliação mais morosa e dispendiosa, pois obrigam à criação de condições específicas, simuladas, que são fortemente exigentes do ponto de vista dos recursos físicos, materiais e técnicos (trabalho de preparação do exercício) a afectar pelos Centros Novas Oportunidades. Por essa razão, considera-se que devem ser o último dos instrumentos a mobilizar, quando, por alguma razão, esteja esgotada a possibilidade de proceder à avaliação de tarefas/unidades de competência por todas as outras vias já elencadas.

3.6.6.1 Condições de realização dos exercícios em prática simulada

Para além de, tal como os restantes instrumentos de avaliação, estarem organizados em unidades de competência, respectivas tarefas e ponderações, os exercícios práticos obedecem aos seguintes princípios:

• a Grelha do exercício prático, onde deverão ser registados os resultados de avaliação do candidato, integra para cada UC uma Ficha de caracterização, dirigida ao tutor de RVC e ao avaliador de RVC, que explicita os objectivos pretendidos, os procedimentos a considerar na execução da tarefa e as condições de execução;

• a Grelha do exercício prático inclui um conjunto de critérios de avaliação que constituem os requisitos de desempenho para avaliação das condições em que o candidato realiza cada tarefa.

A Ficha de caracterização do exercício enquadra o tutor de RVC, o avaliador de RVC e o próprio candidato relativamente às condições em que o exercício prático deve ser realizado: objectivos do exercício, tempo de execução de cada uma das tarefas, recursos necessários (equipamentos/ferramentas, informação técnica, etc.). Esta ficha contém também informação respeitante aos procedimentos associados a cada tarefa, que serve para balizar a avaliação do tutor de RVC e/ou do avaliador de RVC, e que especifica os vários “passos” que concorrem para a execução dessa tarefa.

A ficha de cada exercício indica se os procedimentos devem ser dados a conhecer ao candidato, ou não, devendo o tutor de RVC e o avaliador de RVC seguir escrupulosamente esta instrução. Intencionalmente, em muitos “kits de avaliação”, a formulação dos procedimentos é genérica, de forma a que, a partir dela, o tutor de RVC e/ou o avaliador de RVC possam trabalhar exemplos concretos, a propor ao candidato. Esses exemplos devem ir variando, de forma a evitar que cada candidato tome conhecimento prévio das provas práticas específicas a que poderá ser sujeito durante o seu processo de RVCC. Cada tutor de RVC e/ou avaliador de RVC deve ter uma “carteira” de exercícios que podem ser simulados.

Os “kits de avaliação” incluem, porém, um exemplo concreto de exercício, a disponibilizar ao candidato a título ilustrativo, para que fique com a ideia sobre o tipo de prova prática que irá desenvolver.

0

As células em branco, por preencher, correspondem aos critérios de avaliação considerados relevantes no âmbito da tarefa correspondente. O tutor de RVC e/ou avaliador de RVC devem assinalar, com um “s” (sim), os critérios que foram observados/ cumpridos pelo candidato durante a execução da tarefa, e com um “n” (não) os critérios que não foram cumpridos.

A validação de cada tarefa depende do número de critérios que, no decorrer da sua avaliação, forem cumpridos/observados. Atendendo a que todos os critérios têm a mesma ponderação considera-se que cada tarefa é validada quando pelo menos metade dos respectivos critérios de avaliação tiverem sido cumpridos.

A plataforma informática está preparada para, em função desse preenchimento, apresentar o resultado de classificação de cada tarefa, de forma automática. Os critérios cumpridos no decorrer da avaliação de cada tarefa devem ser lançados na plataforma informática, para que os resultados globais da avaliação possam ser automaticamente calculados. Este cálculo tem em consideração, não só as classificações de cada tarefa avaliada em posto de trabalho, como também as classificações atribuídas às restantes tarefas da mesma unidade de competência que foram avaliadas através da aplicação de outros instrumentos. O desenvolvimento dos exercícios em contexto de prática simu- lada poderá implicar o recurso a equipamentos mais sofisticados ou menos comuns, que o Centro Novas Oportunidades não

3.6.6.2 Condições de pontuação/avaliação dos exercícios em prática simulada

Os exercícios práticos são também compostos por uma Grelha de avaliação, na qual são especificados os resultados

da avaliação. Esta grelha consiste numa matriz que integra as tarefas (e respectivas ponderações), bem como os critérios de avaliação que permitem avaliar o desempenho do candidato em cada uma dessas tarefas.

Quadro 7 – Exemplo de Grelha de exercício prático (excerto)

Tarefas

UC 1. Executar o corte manual de matéria-prima UFCD correspondente (1854)

1.1 Executa um plano de consumo de materiais

de um modelo 3 NA NA

1.2 Afia a faca de corte manual

4 NA NA NA

1.3 Executa o corte das peças de um modelo,

manualmente 5 NA

Fonte: “Kit de avaliação” da saída profissional “Carpinteiro(a) de Limpos”.

Ponderação

1. T

empo de execução

1

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